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PORTOS Prof. Dr. Hito Braga de Moraes Belém, março de 2014 PORTOS 1 - CONCEITUAÇÃO Um complexo portuário ou obra acostável é um local onde os navios e embarcações encontram meios fáceis, seguros e cômodos para as várias operações a que são destinados. O porto é uma estação de transbordo, estabelecida no ponto terminal das aquavias e das vias terrestres. O acesso a ele deve ser largamente assegurado tanto do lado aquático como do terrestre. 2 - CONDIÇÕES A QUE DEVEM SATISFAZER OS PORTOS • Proporcionar abrigo seguro; • Profundidade suficiente; • Área suficiente para que as embarcações possam fazer manobras ou evoluções na região portuária; • Proporcionar acesso fácil aos navios; • Fundo ou leito que proporcione boa ancoragem; • Possuir meios fáceis para o embarque e desembarque de passageiros e cargas; • Possuir meios para realizar o abastecimento e manutenção das embarcações; • Áreas contíguas que permitam a instalação de: Armazéns, indústria, estação de passageiros, comércios e etc.; • Localização: o porto deve ser construído em locais de profundidades compatíveis com o navio de projeto e que possibilitem comunicação viária fácil e econômica com o interior do país e com a sua zona de influência. 3 - PRINCIPAIS ELEMENTOS DE UM PORTO • Retroporto: área interna do porto reservada para instalações de serviços e armazenagem; • Cais ou doca: uma espécie de muralha de contenção utilizada para acostagem de embarcações; • Berço: local do porto específico para carga e descarga de mercadorias; • Molhe ou dique: obras de proteção contra os movimentos ondulatórios do mar; • Dolfins de amarração: são colunas que servem para amarração das embarcações; • Equipamentos portuários: guindastes, empilhadeiras, carretas e outros equipamentos. 4 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA: NAVIO x PORTO • A maioria dos portos brasileiros foram construídos no final do século passado (Ex: ). • O desenvolvimento portuário vem a reboque da evolução da construção naval. • Nos locais onde as embarcações operam deram origem as cidades. • Aumento da população/ troca de mercadorias => Mais embarcações/ maior tamanho. • Aumento do tamanho dos navios = problemas de estiva. • Início do século: – Todos os navios eram cargueiros ( aparelhados somente para carga geral). – Localização dos portos: águas naturalmente abrigadas ou estuarinas. • Os estuários são caracterizados por: – pouca profundidade (baixo calado), – elevados efeitos de assoreamento – influência de marés – existência de barras na entrada do estuário. • Aumento da tonelagem de carga transportada + Especialização = portos inadequados. Motivos: restrições de calado. pouca profundidade no porto ou na barra foz/desembocadura. operações de carga e descarga inadequadas. Sob o ponto de vista operacional, o aumento do porte dos navios pode gerar as seguintes restrições. • BOCA: o aumento da boca do navio é restrição para travessias de canais e eclusas, e operação de carga e descargas nos portos. – Ex: Navios PANAMAX, devido a travessia do canal do panamá, apresentam forte restrição de boca 32,20 m. Atalho para CanaldePanama (2) COMPRIMENTO: o aumento no comprimento causa dificuldade de manobrabilidade em águas abrigadas, bem como na transposição de eclusas. Visualizar_Proj_100207(2).exe 5 - PORTO INSERIDO NO SISTEMA DE TRANSPORTE • O transporte aquaviário é totalmente dependente do transporte terrestre. • Normalmente se inviabiliza o transporte marítimo em função do terrestre. • Devemos estudar o transporte como um todo, integrando todas as modalidades de transporte. • O transporte aquaviário não realiza o transporte porta a porta, • Para o dimensionamento de um porto, temos que conhecer: – os veículos que vão utiliza-lo, – o tipo de carga a ser movimentada, – os modais de transporte, – fluxo de carga, – fatores econômicos e financeiros, – estocagem, – equipamentos de carga e descarga – outros. 6 - HINTERLAND E FORELAND (zonas de influência portuária) 6.1 - HINTERLAND Considera-se hinterland de um porto: • cidade ou localidade em que um porto estiver localizado ou em que funcionar a respectiva alfândega, ou as costas ou margens atingidas pela navegação interior de um porto; • região do país servida por meio ou vias de transportes terrestres, fluviais ou lacustres para a qual se encaminham, diretamente, mercadorias desembarcadas no porto ou da qual originam mercadorias para embarque no mesmo porto. • região de influência geo-econômica do porto (no sentido da terra). Para determinar o hinterland de um porto é necessário conhecer: tipo, origem e destino da carga. A zona de influência do porto não é estática, ou seja, varia com o tempo. A modificação do hinterland do porto ligado ao sistema de transporte está em função do destino e origem da carga. Ex: Estrada de Ferro de Carajás que desviou uma área do hinterland do porto de Belém para o porto de Itaqui (Ma). O planejamento do crescimento do porto é fácil de ser obtido quando seu hinterland é restrito. Ex1: o porto de Ilhéus na Baia a carga está ligada ao hinterland do porto, ou seja, a zona cacaueira. Ex2: porto Barra do Riacho (norte de Vitória). Seu hinterland é definido para o embarque de celulose. A previsão da carga está ligada a plantação de celulose junto ao porto. O hinterland mesmo quando bem definido pode mudar quando muda, por exemplo: a) O modal de transporte que alimenta o porto. Ex1: o porto de Vila do Conde (Pará) o hinterland era determinado pelo distrito industrial da Albras, com a implementação de acessos rodoviários, o porto passou a ter seu hinterland ampliado para outras regiões do estado do Pará Ex2: o porto do Rio de Janeiro não possui seu hinterland bem definido, pois ocorre uma superposição com o hinterland do porto de Santos. b) A política do governo. Ex: porto Paranaguá no estado do Paraná que através de acordos governamentais ampliou o seu hinterland até o Paraguai. O hinterland pode ser classificado como: macro regional e micro regional. Macro regional: conotação abrangente. Ex: porto de santos, Rio de Janeiro e Paranaguá. As áreas de influências desses portos não são bem definidas podendo ocorrer superposição de áreas de influência. Micro regional: quando a área de influência é bem definida. Ex: porto de Macapá, Ilhéus e Barra do Riacho. O porto de Itaquí se expandiu em função do acesso ao porto, pela construção da ferrovia Carajás e Norte Sul, incorporando ao seu hinterland as áreas de influências do porto de Belém. 6.2 - FORELAND • Influência geo-econômica externa do porto, zona do porto em relação ao mar. Dependendo do tipo de porto (terminal) o foreland é bem definido, basta se conhecer quais os portos que vão se comunicar com este porto. • É importante conhecer o foreland de um porto, para a determinação das características dos navios que freqüentarão o porto (restrições: eclusas, canais, etc...). • Um porto com o hinterland bem definido facilitará a determinação do foreland desse porto. • O foreland é definido considerando a navegação de longo curso e cabotagem. 7 - CONCEITOS DAS OBRAS ACOSTÁVEIS O objetivo principal das obras acostáveis é de possibilitar a movimentação de carga do porto para o navio e vice-versa. • conceito antigo: As instalações eram apropriadas à pequena quantidade de carga e pequenos tamanhos de navios. Com isso as instalações eram de pequenos armazéns, pouca profundidade, etc... • conceito moderno: crescem a movimentação de carga, armazéns e segurança. Em função da evolução do transporte marítimo sucedeu-se a necessidade de maiores estruturas portuárias. O avanço do porto acompanha a evolução dos navios. Entretanto, não sepode incorporar esse avanço em função da vida útil do navio, isto porque a vida útil do porto é muito maior que a do navio (navios 20 anos e o porto 100 anos). Com isso, deve-se projetar o porto visando não só as condições técnicas-operacionais atuais dos navios, mas sim prevendo evoluções futuras pois o porto comporta várias gerações de navios. • A armazenagem é função do porte do navio, especialidade do navio, equipamentos portuários e controle de carga. • A evolução tecnológica também se verifica para os portos. Porém nem sempre elas podem ser aplicadas e incorporadas a um porto já existente. LOCAL DE IMPLANTAÇÃO DE UM PORTO O local de implantação da estrutura portuária é determinada por imposições diversas relacionadas com as condições do hinterland, localização dos meios de transportes terrestres de penetração, de infra-estrutura industrial e de produção. O local escolhido pode oferecer boas condições de abrigo e proteção à ação do mar ou exigir obras especiais de defesa. As condições ideais de localização correspondem sempre à possibilidade de ser encontrada uma enseada abrigada e com profundidade de água suficiente para permitir o acesso dos navios ou embarcações, sem obras adicionais de dragagem ou derrocagem. Caso não possamos dispor destas condições, impõem-se obras adicionais de abrigo, tais como, molhes e quebra-mares, além de serviços de dragagem. Na impossibilidade de serem encontradas condições adequadas para a implantação das obras, utiliza-se terminais fora do litoral. É o caso de certos terminais petroleiros em mar aberto (Monomoias flutuantes). QUANTO SUA LOCALIZAÇÃO AS OBRAS ACOSTÁVEIS OU PORTOS PODEM SER: • Internos • Externos • Off-Shore PORTOS INTERNOS • São portos localizados em águas naturalmente abrigadas como: baias, angras, estuários, etc... • Estes portos são caracterizados por pouca profundidade, movimento de marés e sujeitos a assoreamento • Pode haver a ocorrência de curvas EX: Porto de Itajaí PORTOS EXTERNOS • São portos localizados próximos (aderente) a costa em águas desabrigadas. • Com os elevados custos de dragagem nos portos interiores e o aumento no porte dos navios, principalmente dos navios especializados, atualmente se verifica uma tendência para a construção de portos externos. • Para conter os problemas de correntes e fortes ondas, são construídos, junto aos portos, obras de abrigo tais como: molhes e quebra-mares. EXEMPLOS DE PORTOS EXTERNOS IBITUBA ILHEUS SUAPE BARRA DO RIACHO FORTALEZA PORTOS OFF-SHORE • Estão localizados ao largo da costa (não aderentes a mesma). Podem ser ligados ou não a terra. AREIA BRANCA PORTO DE ARACAJU CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DE OBRAS DE ACOSTAGEM • As obras de acostagem devem permitir a fixação da embarcação atracada na margem, recebendo, portanto, os esforços resultantes desta atracação. • A obra de atracação funciona também como arrimo do terrapleno onde operam os equipamentos portuários e transitam os veículos terrestres. • O projeto e o cálculo destas obras envolvem conhecimentos de natureza tipicamente multidisciplinar, como: hidrodinâmica e hidráulica marítima, geotécnica, estática e dinâmica das estruturas, engenharia naval, navegação e equipamentos, operação e planejamento portuário. O PROJETO DE UMA OBRA ACOSTÁVEL DEVERÁ PERCORRER AS SEGUINTES ETAPAS PRINCIPAIS. • Definição do tipo de obra, de acordo com a sua função e as condições topográficas, hidráulicas e geotécnicas do local escolhido; • Fixação dos parâmetros de projeto e esforços sobre a obra, em função do tipo de embarcações que dela se servirão, bem como dos equipamentos portuários; • Dimensionamento e detalhamento das obras estruturais e de defensas eventualmente necessárias, além de outras obras complementares. TIPOLOGIA DA OBRA • FUNÇÃO DA OBRA. Poderemos ter obras acostáveis para carga geral; terminais para graneis sólidos e líquidos. O tipo de equipamento empregado ou o sistema de carga e descarga dos navios podem caracterizar também os terminais, como é o caso dos terminais de containers ou os terminais roll-on roll-off. Outro exemplos de como os equipamentos podem influir no tipo das estruturas portuárias são dados pelos terminais em carregadores deslizantes e os terminais em carregadores setoriais, nas instalações para carga de minerais, em especial o ferro. SOLUÇÕES ESQUEMÁTICAS DE TERMINAIS • Soluções em cais corridos, com um lado acostável, em opções de paramento fechado e de paramento aberto CAIS EM DOLFINS para granéis líquidos EXEMPLO Porto de Miramar em Belém CAIS EM DOLFINS para granéis sólidos Exemplo CAIS VERTICAL CAIS EM ESCADA CAIS EM RAMPA ESCALONADA Porto de Altamira –PA (Vitória do Xingú) CAIS FLUTUANTE PORTO FLUTUANTE DE MANAUS CAIS EM PLATAFORMA TIPO FINGER OUTROS TIPOS DE CAIS • Para pequenas instalações ou como obras provisórias, são usados trapiches, estacas de madeira, etc. • O simples rampeamento da margem e seu revestimento pode ser usado como obra de acostagem em rio de pequena variação de nível d'água CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS DAS OBRAS DE ACOSTAGEM • Cais para carga geral • Cais para graneis sólidos • Cais para graneis líquidos Tipos de cais para graneis sólidos: Terminais para: Minérios Fertilizantes Grãos Tipos de cais para graneis líquidos Terminais para : Sucos (Santos - SP) Petróleo Derivados (Miramar - PA) PARA A IMPLANTAÇÃO DE TERMINAIS DE GRANÉIS SÓLIDOS Requisitos Físicos EM TERRA Áreas planas e com boa capacidade de suporte (fundações) Idealmente longe dos centros Urbanos NO MAR (para o navio de projeto) Profundidades adequadas Condições de acesso adequadas Requisitos Técnicos Acesso Ferroviário Acesso Marítimo técnica e ambientalmente adequado Estocagem (a céu aberto e em silos verticais ou horizontais) Requisitos Operacionais • Equip. portuários – De Pátio Moegas rodo-ferroviárias Correias transportadoras Stackers / Reclaimers – De Cais Shiploader Caçambas Shipunloader Sugadores, etc LAYOUT PORTUÁRIO • O layout portuário é dividido em: layout terrestre e aquático. • É extremamente importante integração do sistema de transporte. A falta de integração pode inviabilizar o porto, dependendo da disposição e arranjo dos equipamentos portuários. • As componentes aquáticas de natureza hidráulica, o responsável é o engenheiro hidráulico. • As componentes terrestres, o responsável é o engenheiro de transporte. • É importante haver integração entre as duas partes, caso contrário ocorrerá problemas de planejamento. EXEMPLO DE FALTA DE INTEGRAÇÃO • PORTO DE SANTANA – AP Falta de alinhamento do cais com a corrente do rio Layout Portuário FATORES QUE INFLUENCIAM NO LAYOUT PORTUÁRIO • Navios • Tipos de carga COMPONENTES AQUÁTICAS DO LAYOUT PORTUÁRIO - Canal de acesso, - Ante-porto - Porto propriamente dito, com sua bacia de evolução e instalações de acostagem. Principais fórmulas utilizadas no dimensionamento do fundo do canal são, para os trechos retilíneos: V= 1,6 B e > 1,6 B t= (1,0 a 1,3) B Onde, V - Largura da faixa de navegação e - Entrevias. t - Distância ao pé dos taludes laterais do canal. B – Boca da embarcação de projeto Dimensionamento do canal de acesso Fórmulas simplificadas aplicadas ao dimensionamento do fundo dos canais, também podem ser utilizadas, de acordo com a PIANC (Permanent International Association of NavigationCongresses): T= (6 a 7) B com cruzamento de navios T= (3 a 4) B sem cruzamento de navios A Norma Brasileira - NBR 13246/1995, adota os seguintes valores para "T": T= (6,8 a 7,4) B com cruzamento de navios T= (3,6 a 4,2) B sem cruzamento de navios OBS: Os valores de "T" mínimos correspondem a canais com taludes inclinados e os valores de "T" máximos correspondem a canais com taludes verticais Trecho em curva No trecho em curva, será necessário o acréscimo de uma sobrelargura que permita a inscrição dos navios de projeto, levando-se em conta seu comprimento, de acordo com a fórmula a seguir, referente ao comprimento do navio: S= L2/8R Onde: S – Sobrelargura do canal em curva R – Raio do eixo do canal Profundidade do canal Dimensionamento da bacia de evolução e área de fundeio O dimensionamento da bacia de evolução e da área de fundeio se faz em função do comprimento do navio de projeto, utilizando-se diâmetros maiores para os navios de maior porte. R = ( 2,75 A 5,0 ) x L Onde: R – Raio da Bacia de Evolução L – Comprimento do navio de projeto Dimensionamento do berço de atracação É uma das unidades mais importantes do layout de um porto. As dimensões dos berços são determinadas em função do navio de projeto A quantidade de berços é determinada através de simulação (teoria de filas) e pesquisa operacional. Para determinação do número de berços, precisamos conhecer a quantidade de carga movimentada, a produtividade e o tamanho do navio de projeto. Os berços sempre que possível deverão está localizados o mais próximo possível da isóbata (curva de mesma profundidades) As obras de abrigo são construídas em pleno mar, distante das instalações portuárias que irão proteger, sendo sua localização influenciada, essencialmente, em função dos seguintes fatores: Direção de propagação da onda máxima Configuração do litoral Dimensão da área a abrigar OBRAS EXTERNAS DE ABRIGO OU PROTEÇÃO Classificação das obras de abrigo As obras de abrigo podem ser classificadas segundo diferentes critérios: Quanto ao perfil De paramento vertical De paramento inclinado Mistas Quanto ao tipo construtivo De concreto De enrocamento Natural Artificial Mistas Quanto à forma de atuar sobre a onda Refletivas Quebra-ondas Mistas • As obras de paramento vertical são, concomitantemente, de concreto e refletivas; • as de paramento inclinado são, também, de enrocamento e do tipo quebra-ondas • As obras mistas têm, normalmente, uma parte inferior de enrocamento (com paramento inclinado, portanto) tendo a parte superior construída em concreto (com paramento vertical). Tipos de blocos artificiais Existem mais de 90 tipos desses blocos, sendo os mais usuais os tetrapodes (desenvolvidos no Laboratório de Neyrpic, na França) e os dolos (desenvolvidos em laboratório da África do Sul). • Critérios de escolha do tipo de obra • Técnicos – Em locais sujeitos a recalques diferenciais as obras devem ser, necessariamente, refletivas. – Para a obra ser refletiva, será necessário que esteja situada em locais onde p >2xH, • Sendo: p – Profundidade local; H – Altura de onda de projeto. • Econômicos – As obras refletivas, em princípio, poderão ser mais econômicas, em virtude de ter um perfil transversal menor. – As avarias em obras de abrigo só podem ser reparadas em obras do tipo quebra-mar; avarias em obras refletivas significam, normalmente, perda total da obra • Construtivos – Distância das pedreiras, no caso das obras de enrocamento. – Condições de agitação durante a construção. ELEMENTOS DE PROJETO E CÁLCULO DOS MOLHES E DIQUES Na figura (a), tem-se a seção transversal de um molhe típico de enrocamento. Os taludes do enrocamento podem variar na ordem de 1: 1,5 a 1:3 (cotg α = 1,5 a 3,0), de acordo com o tipo de material empregado. Existe naturalmente o interesse de manter o talude o mais acentuado possível, dentro das características do material empregado, de modo a obter a máxima economia. A cota do topo do molhe deve ser fixada de modo a evitar a passagem das ondas sobre a crista, seja pela altura da onda ou pela sua ascensão ao longo do talude (wave runtip). Na Figura (b), tem-se a seção típica de um dique refletor de ondas. Estes diques são, em geral, projetados de modo a criar um anteparo vertical, capaz de refletir as ondas progressivas neles incidentes, gerando ondas estacionárias ou clapolis. A altura do dique deve ser compatível com a altura do clapoti, que é igual ao dobro da altura da onda progressiva incidente. Ambos os tipos de molhe ou dique têm, em geral, uma pista ou via de trânsito em seu coroamento. Fórmula para cálculo do peso dos blocos de enrocamento para ruptura de ondas "fórmula de Iribarren-Hudson". • P = ____Kd x H3 x dr_____ (cos α – sem α)3 (dr – 1)3 • Onde; • P = Peso mínimo do bloco de enrocamento ( tf) • Kd = Coeficiente de estabilidade dos blocos naturais ou artificiais • H Altura da onda ( m ) • dr Densidade do enrocamento, em relação a água do mar = γ . • γa • α ângulo do talude do enrocamento Iribarrem calculou os valores Kd = 0,0148 para os molhes de enrocamento natural e Kd 0,0187 para molhes constituídos de blocos artificiais. Conforme observa-se, este coeficiente é pouco variável e Iribarrem propôs adotar. Kd = 0,015 e Kd 0,019 respectivamente para molhes de blocos naturais e molhes de blocos artificiais Figura esquemática representando uma onda de altura H, que rompe num talude de enrocamento, de inclinação α. Os blocos ou elementos calculados de acordo com as fórmulas anteriormente apresentadas devem ser dispostos apenas no talude diretamente sujeito à ação das ondas, conforme sugere a Figura acima. No restante do molhe e, em especial em seu núcleo, as unidades de enrocamento ou blocos podem ser de menor dimensão ou dimensões variáveis. A espessura da camada de proteção sujeita ao ataque direto das ondas deve incluir um mínimo equivalente a três camadas de elementos, cujo peso P é determinado pela fórmula anterior. Teremos, assim, para a espessura da camada de proteção, aproximadamente. _____ e = 3 3√ P/ sendo o peso específico do enrocamento ou blocos • Em caso de blocos artificiais, por medida de economia, a espessura da camada de proteção pode ser reduzida ao equivalente a duas camadas de blocos, ou seja, _____ • e = 2 3√ P/ • A espessura e pode ser variável ao longo do talude pelo fato de podermos diminuir a dimensão dos elementos de enrocamento ou blocos com a profundidade, em relação ao nível da água. Podemos, assim, escalonar decrescentemente estas espessuras, obtendo e1, e2, e3 etc, conforme figura anterior. • A largura do coroamento do molhe é, em geral, fixada pelas necessidades de movimentação do equipamento que lança o enrocamento ou os blocos. Diques refletores de onda Os diques refletores de ondas, são construções de paramento vertical, assentes sobre bases de enrocamento e que provocam a reflexão total da onda, gerando clapotis Para evitar a ruptura da onda, a profundidade mínima do fundo deverá ser H1> 4a, sendo “a" a amplitude da onda. Da mesma forma, a profundidade mínima acima do nível do enrocamento da base deverá ser H2 > 3a A elevação H3 da crista do dique, acima do nível máximo da água, deverá ser tal de modo a impedir a passagem das ondas Molhe de proteção contra a ação das correntes • No caso da existência de correntes acentuadas, principalmente correntes de maré, as obras portuárias deverão ser protegidas por molhes de enrocamento, cujo comportamento apresenta algumas diferenças essenciais em relação ao comportamento dos molhes de proteçãocontra as ondas. • A principal diferença é a de que, nos molhes contra a ação das correntes, não podemos fazer variar as dimensões dos elementos no manto de proteção, como nos molhes contra a ação das ondas. • As dimensões e conseqüentemente o peso das unidades ou blocos deverão ser calculados de modo que as forças produzidas pela corrente não sejam suficientes para carreá-los. • A condição limite de equilíbrio, a partir da qual ocorre o carreamento do elemento, é definida por F - μPs = O • Uma fórmula, neste sentido, foi deduzida por S. V. lzbash , com o intuito de aplicá-la aos diques de enrocamento que servem para o fechamento dos rios, na construção de obras hidráulicas. • Para condições usuais das rochas, pode-se calcular o diâmetro do bloco como: • Dr = Vm2 . • K . 2g( λr - 1 ) • λa • Onde, "K" é um coeficiente adimensional igual respectivamente a 1,35 para rocha de perfil triangular e 0,69 para rocha de perfil acentuadamente alongado. • Considerando os blocos aproximadamente esféricos, o seu peso será • P =λr . π Dr3 = λr . Vm6 . • 6 6 K3 (2g)3 ( λr - 1 )3 • π λa • Onde, • P = peso mínimo dos blocos (tf) • λr = peso específico do bloco (tf/m3) • λa = peso específico da água (tf/m3) • Vm = velocidade média da corrente ao longo da seção transversal (m/s) • K = coeficiente adimensional • Com esta fórmula, podemos dimensionar o peso dos blocos de rocha para os molhes proteção contra as correntes. Verificamos que o peso dos blocos varia com a sexta potência da velocidade, decorrendo daí a importância de uma fixação correta da velocidade corrente no projeto OBRAS INTERNAS OU DE ACOSTAGEM • As obras internas são utilizadas para acostagem dos navios nos portos. Algumas dessas obras servem, também, para a amarração dos navios, sendo complementares às obras de acostagem, propriamente ditas. As obras de acostagem mais usuais são: • Cais (quays ou wharves, em inglês) • Molhes de atracação (finger piers, em inglês) • Trapiches • Pontes de atracação • Estrutura complementar às obras de acostagem, utilizada na amarração dos navios: • Duques d’Alba (dolphins, em inglês) • Finalmente, também usada na amarração dos navios, temos as bóias de amarração, cujo exemplo mais notável é a monoboia, utilizada nos terminais petroleiros para o transbordo de graneis líquidos. Cais Cais Molhe Molhes de atracação Trapiche Litoral Pontes Dársena Cais escavado Estruturas das obras de acostagem • As obras de acostagem são construídas no interior dos portos, sendo utilizadas para a operação de carga e descarga dos navios. Servem, basicamente, para: • Acostagem das embarcações • Muros de arrimo para o terrapleno dos cais • Classificação Estrutural • Obras de peso - quando a estabilidade da obra é assegurada pelo peso próprio dos elementos componentes; • Obras leves - têm o peso próprio desprezível; sua estabilidade depende da resistência das peças componentes da estrutura às tensões que nelas se desenvolvem, provocadas pelos esforços solicitantes. • Obras semi-leves ou semi-pesadas - são aquelas em que tanto o peso próprio, quanto a resistência das peças componentes têm influência na estabilidade da obra. • Esforços Solicitantes das Estruturas • Sobre-cargas fixas ou móveis sobre o muro ou sobre o terrapleno. • Empuxo do terrapleno, aumentado pelas sobre-cargas. • Pressões hidrostáticas do mar e da água do terrapleno. • Sub-pressão. • Esforços dos navios sobre as amarras exercidos nos cabeços. • Choques e pressões produzidos pelos navios diretamente contra o muro ou transmitidos pelas defensas e devidas a ondas e ventos; • Peso próprio da estrutura. • Sobre-cargas - Devidas à existência de veículos, armazéns e mercadorias, sobre o terrapleno. Projeta- se como carga uniformemente distribuída, tendo os seguintes valores: – Cais de saneamento - 1t/m2 – Cais comercial - 2t/m2 – Cais de minérios - 5t/m2 – Cais militar - 6t/m2 • Casos particulares (para estocagem dos seguintes produtos): – Carvão - 5t/m2 – Madeira - 3 a 7t/m2 – Sal - 8 a 12t/m2 – Óleo - 10 a 15t/m2 – Veículos rodov. 0,5 a 1t/m2 AMARRAÇÃO DE NAVIOS • Cabeços - 20 a 25 m de espaçamento - França • 20 m de espaçamento - Alemanha • A figura abaixo mostra o esquema básico de amarração dos navios, indicando os principais cabos utilizados nessa função. Cabeço de amarração Cabeço de amarração do Porto de Belém O Número de cabeços será função do navio-gabarito, sendo usual o espaçamento entre cabeços de 1,0 a 1,5 vezes a boca do navio, limitado a 30 metros. Os ganchos de desengate rápido são mais freqüentes nos terminais de operação de cargas especiais, notadamente cargas consideradas perigosas, ou ainda quando há forte incidência de ventos no local. Trata- se de uma alternativa aos cabeços tradicionais, permitindo a liberação rápida das amarras, mediante o acionamento dos gatilhos. Âncora LAYOUT TERRESTRE • ARMAZENAGEM (armazéns cobertos, pátios, silos e tanques) • VIAS DE ACESSO • INSTALAÇÕES DE APOIO ARMAZÉNS • Não existe porto sem instalações de armazenagem. • São instalações para armazéns de carga geral, podendo ser unitizadas (palets, containers) ou isoladas. • Os armazéns podem ser de primeira linha, junto aos berços (armazéns de trânsito) e os de segunda linha (afastados do berço). • É ideal a carga passar sempre pelo armazém para equilibrar o sistema em curto prazo. • Deve-se evitar que os armazéns de primeira linha fiquem próximos aos berços. O mais recomendável é que fiquem afastados de 25 a 30 metros dos berços de atracação. PÁTIOS • São necessários para o estacionamento de carretas ou armazenamento de containers. Pátios para armazenagem de Containers • SILOS • Servem para estocar grãos ou granéis sólidos e fertilizantes (podem ser horizontais ou verticais) TANQUES • Não se deve alocar a área de tancagem junto ao cais, pois os tanques podem ser abastecidos por oleodutos, sendo assim, deve-se reservar as áreas próximas ao cais (área nobre) para a instalação de armazéns ou pátios. • Em volta do tanque, deve-se escavar uma vala com capacidade igual a capacidade do tanque de modo a conter possíveis vazamentos. Terminal de Miramar Terminal de Miramar VIAS DE ACESSO • O acesso para uma instalação portuária pode ser: - Rodoviário - Ferroviário - Hidroviário • Exemplos de portos brasileiros e seus tipos de acessos. • Porto do Rio Grande RS: a metade da carga que chega ao porto vem por meio do transporte hidroviário. • Porto de Vila da Conde - PA: é limitado pelo acesso rodoviário. • Porto de São Sebastião - SP: Localizado na sobra da Ilha Bela, com excelentes condições marítimas, porém sem acesso ferroviário e difícil acesso rodoviário. INSTALAÇÕES DE APOIO – Área de administração – Oficinas – Subestação – Reservatório d'água – Parque de estacionamento – Balança – Portões de entrada, ETC... ETAPAS NECESSÁRIAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE UM PORTO • Estudos prévios • Esta fase é ocupada com os levantamentos preliminares que devem compreender observações dos seguintes elementos dos locais em estudo: • Aspectos Fisiográficos (Ondas, correntes, marés, ventos). • Aspectos Geotécnicos (sondagens existentes e dados geotécnicos disponíveis). • Transporte Litorâneo (observação da situação existente). • Hidrografia (através de sondagens batimétricas já existentes ou a serem realizadas). • Conexões rodo-ferroviárias existentes com as áreas em estudo. PLANO DIRETOR Esta fase consiste em se estabelecer o arranjo geral das áreas portuárias em estudo, contendo as instalaçõesque se deseja construir. ESTUDOS DE VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA Esta fase compreende o levantamento dos custos e benefícios das alternativas que estão sendo estudadas até esta etapa, passando a se estudar uma única alternativa, daí em diante PROJETO BÁSICO • Aprofundam-se os levantamentos das etapas anteriores: • Modelos portuários elaborados nessa fase dos estudos: – Modelos de Agitação – Modelos Costeiros – Modelos de Estabilidade de Obras de Abrigo – Modelos Especiais • determinação das forças de amarração de navios submetidos à ação de correntes • eliminação de vibração de pilares em estruturas submetidas à ação de correntes de grande intensidade (acima de 5 nós de velocidade) PROJETO DETALHADO OU EXECUTIVO • O Projeto Executivo refina os dados do Projeto Básico, • Admite-se, nesta etapa, que a estimativa do custo do projeto oscile entre 10 a 15 % do valor real da obra. CONSTRUÇÃO • Uma vez licitadas as obras, passa-se à etapa final do processo de implantação do porto selecionado, com a sua construção pelo empreiteiro definido no processo de seleção. • Nesta etapa, considera-se de fundamental importância o acompanhamento da execução da obra por uma empresa encarregada de supervisionar as várias fase da construção e encarregada de definir eventuais alterações do projeto, conforme é usual acontecer. OPERAÇÃO PORTUÁRIA PLANEJAMENTO DA OPERAÇÃO PORTUÁRIA • O planejamento é a fase inicial da operação portuária, que se caracteriza por um processo dinâmico, que consiste de estudo, análise e escolha das diretrizes visando ao estabelecimento de metas a serem alcançadas num período determinado. • Deve, nesta fase procurar garantir ao porto as melhores condições para que as operações que possam ser realizadas o façam, idealmente, de maneira produtiva e racional. • O planejamento deve compreender a planificação, dia a dia, das operações realizadas no porto, iniciando-se com a estimativa de chegadas de navios em um dado período, geralmente em um mês. • Para o correto planejamento das operações, o porto deve ainda, conhecer o calado máximo dos navios, os tipos e quantidades de cargas a serem movimentadas, o tipo de navegação (Longo Curso, Cabotagem ou Interior) e o ETA (Estimated Time of Arrival) das embarcações. • Com o conjunto dessas informações o porto poderá definir, para cada navio, os seguintes elementos: - Local de atração; - Áreas de armazenagem; - Tipos de operações envolvidas Para atingir aos objetivos assinalados, cabe ao planejamento da operação portuária as seguintes atividades: - Realizar a programação das atrações e elaborar o programa geral das operações de cada navio esperado; - Programar a execução das operações de todos os serviços portuários. - Programar a distribuição de veículos e equipamentos para dos serviços em instalações de armazenagem, bem como outras dependências nas quais se processem operações de carga e descarga; - Programar serviços marítimos ligados à operação portuária; - Determinar providências para o atendimento de serviços solicitados por terceiros. EXECUÇÃO DAS OPERAÇÕES PORTUÁRIAS • Operações de granéis líquidos – O granel líquido é movimentado do porto para o navio, e vice-versa, por meio bombeamento – O embarque tanque-navio é realizado geralmente por gravidade OPERAÇÃO DE GRANÉIS SÓLIDOS • SENTIDO EXPORTAÇÃO – A operação de carregamento de granéis sólidos é efetuada sempre por gravidade, utilizando-se um sistema de correias transportadoras entre as instalações de estocagem (pátios, silos, etc) e o equipamento carregador do navio (ship-loader). OPERAÇÃO DE GRANÉIS SÓLIDOS • SENTIDO IMPORTAÇÃO • Para grãos, de um modo geral, utilizam-se equipamentos pneumáticos (sugadores); Para granéis pulvurulentos ou minérios, utilizam-se caçambas (grabs ou clamshell) acopladas a guindastes de pórtico. OPERAÇÕES DE CARGA GERAL • A operação portuária de embarque e desembarque de carga geral é sem dúvida, muito mais complexa e trabalhosa que a dos granéis vistos anteriormente. • Apesar de não existir, diferenças significativas entre as operações nos sentidos de importação e exportação, são utilizadas diversas rotinas operacionais que tornam peculiares as movimentações, de acordo com o tipo de embalagem, do equipamento portuário e dos implementos operacionais disponíveis. • Assim á que existe diferentes rotinas operacionais conforme as características da carga a ser movimentada, por exemplo, containers, carga geral fracionada e unitizada, etc. Embarque direto • No caso de carga fracionada a lingada é consolidada no porto com o auxílio de estropos, fundas, redes ou pallets. • O estropo consta de um cabo sem fim, ou seja, uma volta de cabo com as extremidades costuradas que permite a colocação da carga, normalmente sacos sobre ele, quando esticado na horizontal, mantendo uma distância de aproximadamente 40 cm entre os cabos, e abraçando a mercadoria quando da ocasião do içamento. • A funda consiste em um estropo com uma lona costurada entre os dois lados do cabo de modo que, quando esticada, fique com a distância de abertura correta, fazendo com que as pressões se distribuam mais uniformemente sobre a carga. • A rede consiste em um traçado de cabos, com nós eqüidistantes e alças em suas extremidades, permitindo a colocação da mercadoria em sua superfície e posterior içamento pelo guindaste. • Os pallets são estrados de madeira idealizados de modo a permitir a entrada dos garfos das empilhadeiras e, assim efetuar o transporte horizontal e o armazenamento da carga em sua forma unitizada. Permite a adaptação do estropo em suas laterais para facilitar a elevação pelo guindaste. CONTROLE DA OPERAÇÃO PORTUÁRIA • O controle da operação portuária tem por objetivo efetuar a parte documental relativa aos serviços de carga e descarga, recebimentos, liberações, armazenagem e fiscalização de terminais com a finalidade de garantir o porto quanto à segurança e cobrança pelos serviços prestados, além de manter a estatística das quantidades e volumes de cargas movimentadas • Além desses objetivos, o controle deve verificar o grau de eficiência da execução da operação, ou, em outras palavras, comparar os índices operacionais observados nesta fase com aqueles previstos por ocasião do seu planejamento. • Entre os índices operacionais, o mais importante é a produtividade, a qual corresponde a relação entre o produto movimentado em peso e o intervalo de tempo considerado. • Certamente, entre os índices previstos e observados são encontrados valores que apresentam certa dispersão em razão, principalmente dos seguintes aspectos: – dificuldade de retirada e colocação da carga nos porões das embarcações por parte da estiva; – navios que apresentam pequenas aberturas de escotilhas e porões com arranjos que dificultam a arrumação da carga; – experiência da estiva na operação dos equipamentos de bordo e na arrumação das cargas; – características ambientais dos porões (temperatura, toxicidade, etc); – outros. FATORES QUE INFLUENCIAM A OPERAÇÃO PORTUÁRIA - Equipamentos portuários - Equipamentos dos navios - Características físicas do cais e áreas de armazenagem. - Mão-de-obra portuária - Características das mercadorias. - Características dos navios. - Condições climáticas. - Logística da movimentação interna EQUIPAMENTO PORTUÁRIO Operação com carga geral • Guindaste de pórticos (elétricos) - Movimenta-se sobre trilhos. • Guindaste sobre rodas (auto-guindaste) - Movimenta-se sobre rodas pneumáticas. - Apoiado sobre sapatas. - Consome óleo diesel. Equipamento de cais EQUIPAMENTO DO NAVIO • Osequipamentos do navio têm sua limitação no alcance da lança dos equipamentos de carregamento e descarregamento de mercadoria, pois estes só atingem uma faixa restrita do cais, causando congestionamento. • Exemplos: - Guindaste elétrico de bordo - Pau de carga (antigamente) CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO CAIS E ÁREAS DE ARMAZENAGEM • A faixa do cais muito estreita (concepção antiga onde a carga era colocada diretamente no armazém). Sendo melhor quando a distância entre o navio e o porto era menor. MÃO-DE-OBRA PORTUÁRIA • Capatazia : embarque e desembarque • Estiva : embarque e desembarque • Conferente : confere mercadorias • Consertador : conserta a carga • Arrumadores : arruma e limpa os porões dos navios CARACTERÍSTICAS DA MERCADORIA • Quanto a natureza (aspecto físico) • Quanto a procedência ou destino • Quanto a embalagem • Quanto a periculosidade ou insalubridade • Quanto a espécie • Outras classificações • Mercadorias frigorificadas • Mercadorias perecíveis (frutas) • Mercadorias valiosas (dinheiro) • Mercadorias pesadas (turbinas) • Mercadorias especiais (animais vivos) CARACTERÍSTICAS DO NAVIO Cargueiro convencional: Abertura estreita dos porões Cargueiro especializado: Transporta carga como se fosse a granel, a abertura da escotilha é igual a do porão, e os mesmos não possuem cantos vivos, diminuindo a quebra de espaço, possuem pontes rolantes ROLL- ON - ROLL-OFF • Navios especializados CONTAINERS GRANELEIROS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS • Dependendo do tipo de carga, pode-se operar ou não. Em alguns lugares onde o índice pluviométrico é grande, pode ocorrer o congestionamento do porto. • Exemplo : Celulose, grãos, carga geral, não podem ser carregados ou descarregados com a chuva LOGÍSTICA DA MOVIMENTAÇÃO INTERNA • A) Concepção e destinarão das áreas, de acordo com suas finalidades, de maneira a permitir a execução otimizada das funções básicas dos seus serviços; • B) Compatibilização do sistema viário de acesso com o terminal e a circulação interna; • C) Edificações, pátios e instalações capazes de permitir ao terminal, executar os serviços básicos; • D) Dimensionamento das vias, pátios e edificações, instalações, equipamentos e mão-de-obra de acordo com os fluxos de veículos e cargas previstos. EQUIPAMENTO PORTUÁRIO • GUINDASTE DE PÓRTICO GUINDASTE FLUTUANTE DESCARREGADOR DE NAVIO MINÉRIOS SUGADORES (GRÃOS) CARREGADORES DE NAVIO SHIP-LOADER EQUIPAMENTOS PARA TRANSPORTE DE PRODUTOS EMPILHADEIRA STACKERS RECUPERADORES DE PILHAS (RECLAIMERS) • PONTES ROLANTES – São vigas localizadas de maneira transversal, no interior dos armazéns de carga, que se deslocam sobre trilhos laterais, acionadas por comando elétrico e dotadas de um elemento de fixação de carga (moitão, garra etc). A carga é içada por cabos de aço, permitindo assim o empilhamento no armazém. • PÓRTICOS ROLANTES – pórticos rolantes são equipamentos muito próximos das pontes, sendo que se destinam, preferencialmente, a pátios descobertos, onde, não havendo as paredes laterais, • AUTO-GUINDASTES – São equipamentos que se deslocam sobre rodas, dotados de lança elevatória e movimento de giro, destinados às operações de carga e descarga de produtos. Funcionam como equipamentos de apoio e podem ser utilizados para os serviços nas áreas de armazenagem de carga, bem como para apoio à realização de serviços de manutenção de equipamentos CONTEINERS • TIPOS DE CONTEINERS – UNIDADES DE CARGA GERAL Tradicional Teto livre (Open top) Unidades térmicas Unidade tanque Unidade plataforma Padrões pesos e dimensões • A ISO recomenda containers com 10, 20, 30 e 40 pés de comprimento. Entretanto, o tipo mais comum é o padrão 20 pés, seguido do padrão 40 pés (no Brasil, são esses, praticamente, os únicos tipos utilizados). • Com relação ao peso da tara, os containers de 20 pés pesam cerca de 2,0 toneladas e os de 40 pés, 3,5 toneladas. A ISO estabelece a capacidade de carga útil em 24 toneladas e 30 toneladas, para os containers de 20 e 40 pés, respectivamente. EQUIPAMENTOS PARA A MOVIMENTAÇÃO DOS CONTEINERS • SPREADER • TRANSTAINERS PORTAINERS EMPILHADEIRAS LAYOUT DE PORTOS ESPECIALIZADOS EM CONTEINER PROCEDIMENTOS PARA ARRUMAÇÃO DAS CARGAS • CAIXAS DE DIMENSÕES UNIFORMES • Para arrumação de cargas uniformes, obtêm-se um resultado mais produtivo com a utilização do sistema de blocos cativos. • SACOS E FARDOS • Para arrumação de mercadorias ensacadas ou acondicionadas em fardos, é recomendável a utilização do sistema de filas em cruz, capaz de reduzir os efeitos da pressão da carga sobre as paredes e sobre o fundo do container • TAMBORES • Na arrumação de cargas em tambores metálicos, torna-se imperativo evitar, através da colocação de elementos amortecedores, o contato direto entre as bordas dos tambores e as paredes e piso do container. • CARGAS PALLETIZADAS • Preliminarmente, é desejável que as cargas arrumadas sobre pallets respeitem as dimensões destes e não apresentem saliências. • TRANSPORTE SIMULTÂNEO DE CARGA SECA E LÍQUIDA • Quando se pretende transportar, em um único container, cargas secas e cargas líquidas, há que se evitar o contato direto entre os dois tipos de mercadoria e, para isso, é usual a colocação de um anteparo vertical de madeira. • TRANSPORTE SIMULTÂNEO DE CARGAS COM DIFERENÇAS SIGNIFICATIVAS DE PESO • A arrumação, em um só container, de cargas de baixa densidade juntamente com cargas de densidade elevada, é indesejável, expondo a operação a riscos, em razão do desequilíbrio de carregamento. • Sendo, porém, imperativo esse tipo de procedimento, recomenda-se a arrumação de toda a carga pesada no fundo do container, reservando a parte superior do equipamento para as cargas de menor densidade. • CARGAS COM FORTE CONCENTRAÇÃO DE PESO • A primeira recomendação consiste em observar os limites para o peso máximo permitido sobre o piso do container. • A carga deve estar distribuída de maneira uniforme no container, em função dos pontos extremos de fixação do spreader, sob pena de desequilíbrio durante o içamento. SISTEMA ROLL-ON ROLL OFF • VANTAGENS • DESVANTAGENS DEFENSAS DEFENSAS • A energia de impacto a ser absorvida pela defensa é calculada através da energia cinética transmitida a estrutura através da energia global correspondente a velocidade normal ao cais, multiplicada por um certo coeficiente de redução que depende da forma e da distribuição de massa do navio, além do coeficiente de atrito, que pode ser desprezado pois seu efeito é muito pequeno. • A fórmula da energia de impacto (Ei) pode então ser escrita da seguinte forma: cVMEi .2p. 2 1 2161 1 c L C = Coeficiente de redução L = Comprimento do navio M = massa do navio Vp = Velocidade normal ao cais de acostagem ll O mínimo de "c" corresponde ao máximo de “l", que é 1/2L, isto é, metade do comprimento do navio, para o qual c = 0,20. Este pode ser considerado o limite inferior do coeficiente de redução. Requisitos a serem preenchidos pelas defensas • A) capacidade de absorção total da energia transmitida pelo navio, executando percurso suficiente para manter a força aplicada na estrutura dentro de limites capazes de serem suportados; • B) Não causar danos aos cascos dos navios; • C) Impedir, quanto possível, o contato direto do navio com partes desprotegidas da obra; • D) Boa capacidade de absorção de esforços locais aplicados a pequeno número de elementos protetores; • E) As partesconstituintes das defensas e seus elementos de fixação deverão ter resistência suficiente aos esforços a que estão sujeitos, bem como às forças tangenciais que possam ocorrer. DIAGRAMA DE ENERGIA O tipo dado pela curva O-1-A corresponde a reações acentuadas desde os pequenos deslocamentos, com grande absorção de energia, desde o início. O tipo O-2-B não reage às pequenas deformações, permitindo grandes deslocamentos iniciais, com cargas relativamente pequenas. PRINCIPAIS TIPOS DE DEFENSAS • De modo geral, podemos agrupar as defensas em três categorias: elásticas, de gravidade e de tipos diversos DEFENSAS ELÁSTICAS A defensa elástica preconiza o emprego de elementos de borracha, submetida a processos tecnológicos especiais, destinados a dar-lhe resistência à ação da água do mar. Diversos tipos foram desenvolvidos e patenteados por fabricantes. • Comuns são também os cilindros de borracha, com orifício interno de modo a possibilitar a livre expansão lateral da borracha em compressão, havendo uma estrutura de ligação que permite seu funcionamento conjunto. Estes cilindros podem ser de grande comprimento e solicitados diametralmente; tem-se então as defensas tubulares, muito comuns na proteção dos paramentos de cais • Defensa com grande capacidade de absorção são os amortecedores do tipo RAYKIM, construídos de espécie de "sanfona" de borracha com boa capacidade de resistir também aos esforços horizontais. A sua absorção energética pode superar as 15tm por unidade Outro amortecedor de grande capacidade energética é do tipo LORD. Consta de um elemento de borracha, em forma de coluna de seção variável, com seção mínima na porção média. Quando carregada acima de certo limite, a coluna flamba, dissipando grande quantidade de energia sob forma não mecânica. Defensa celular tipo BRIDGESTONE e tipo “V”, que nada mais é do que um grande cilindro de borracha, comprimido axialmente e sofrendo flambagem, quando solicitado além de certos limites • Quando se tratar de uma obra em paramento corrido, tipo cais ou finger, os elementos de defensa são dispostos em seqüência regular ou em grupos ao longo da frente acostável • Para complementar esta breve enumeração de defensas elásticas, cita-se também os chamados DOLFINS ELÁSTICOS. • Este tipo consta de uma estaca ou um conjunto de estacas de aço que recebem o impacto em seu topo, absorvendo a energia transmitida pelo choque em forma de energia elástica. Defensas de gravidade As defensas de gravidade são sempre elementos de grande peso e acarretam aumento de dimensões da superestutura, sendo, portanto, pouco usadas Outros tipos de defensas As defensas hidropneumáticas baseiam-se em conter ar e água no interior do bolsão. A água, no entanto, é expedida acima de certos limites de pressão. Filmes e imagens de defensas TRELFILM\Fender1.MOV (filme de testes de defensas) TRELINST (fotografias de defensas) TRELFILM\Fender2.mov (filme de impacto nas defensas) TERMINAIS HIDROVIÁRIOS PARA PASSAGEIROS O terminal é a parte do sistema de transporte, onde se realiza interface entre dois ou mais modos de transporte, ou entre duas diferentes rotas do mesmo modo, e no qual se fornecem arranjos especiais para facilitar a transferência entre os modos de transporte. As deficiências de projeto e a não integração do sistema hidroviário com os demais modos de transporte, na maioria dos terminais hidroviários de passageiros existentes no Brasil e particularmente na Amazônia, são responsáveis por grande parte dos problemas operacionais ocorridos e pela não confiabilidade dos usuários do sistema hidroviário. • Necessidade da Integração Embarcação - terminal – cidade • O dimensionamento e as características básicas do terminal de passageiro hidroviário, dependem: – da linha, – tempo de viagem, – demanda atual e futura, – movimentos de pico e fluxos médios, – características sócio-econômicas dos usuários e – localização dentro das cidades. FUNÇÕES DOS TERMINAIS HIDROVIÁRIOS DE PASSAGEIROS • QUANTO A OPERAÇÃO • facilidade de embarque e desembarque de passageiros • possibilitar a transferência de um modo ou serviço de transporte para outro • prover estacionamentos ou pátios para garageamento de veículos • oferecer os serviços necessários ao atendimento do usuário • administrar e operar o sistema de transporte no terminal • proporcionar conforto e segurança ao usuário • possibilitar uma circulação adequada de passageiros e veículos • QUANTO A LOCALIZAÇÃO – servir como ponto de referência ao usuário – dar maior eficiência ao sistema de transporte – possibilitar uma maior acessibilidade ao transporte – aumentar a mobilidade dos indivíduos – atrair maior número de usuários para o transporte SEGUNDO O TIPO DE VIAGEM, OS TERMINAIS PODEM SER CLASSIFICADOS EM : • Urbanos – Os usuários dos terminais urbanos, normalmente, se caracterizam pela ausência de bagagens, pequena permanência no terminal e grande parte deles realizam viagens pendulares de freqüência diária. • Interurbanos – Os usuários deste terminal poderão ter um tempo de permanência maior e portarem bagagens, o que exige um infra-estrutura maior de serviços para o seu atendimento. • Interestaduais – Estes terminais se caracterizam por possuir uma gama maior de serviços e comércios. LOCALIZAÇÃO DO TERMINAL HIDROVIÁRIO • A localização do terminal não deve prejudicar os usuários do sistema de transporte e seu entorno (vizinhança urbana), aumentar os tempos de viagem, provocar maiores distâncias de caminhada e impor tráfego às vias sem condições ou aumentar o percurso dos veículos terrestres. O terminal deve ser localizado em lugares de boa profundidade, sem problemas de assoreamento e correntezas. Considerações e exigências de operação e projeto • Do ponto de vista do usuário • Tempo mínimo de espera e/ou de transferência, boas coordenação de horários e pequena distância entre modos. • Menor distância de circulação dentro do terminal • Conveniência (ou comodidade) - serviço adequado de informações, formas adequadas de circulação e capacidade, fácil e seguro embarque e desembarque, e facilidades para os deficientes físicos. • Projeto arquitetônico agradável e proteção contra as intempéries. • Segurança e confiança - proteção máxima contra acidentes de tráfego, superfícies e equipamentos seguros, boa visibilidade e iluminação Do ponto de vista do operador • custo mínimo de investimento • custo mínimo de operação • capacidade adequada • flexibilidade de operação • capacidade de atrair passageiros Do ponto de vista da comunidade • A comunidade está interessada em ter um atrativo e eficiente sistema de transporte. • A comunidade também está interessada nos efeitos, a curto, médio e longo prazo no entorno ao terminal. Os efeitos imediatos incluem o impacto ambiental, aspectos visuais e as consequências no sistema de transporte. Os efeitos de médio e longo prazo incluem as alterações na área de entorno que podem ser estimulados ou desencorajados pela operação do terminal. TEORIA DE FILAS APLICADA AO PLANEJAMENTO PORTUÁRIO Aplicações da teoria de fila: - Determinação do número ótimo de berços de atracação; - Determinação da capacidade máxima de um porto ou terminal; - Viabilidade da substituição / compra de equipamentos de carga e descarga; - Cálculo de tarifas. Análise de Situações: - Ociosidade Portuária - Congestionamento Portuário - Situação ideal (porto operando dentro de limites operacionais adequados) marketing • OciosidadePortuária: estudos de logística para atrair cargas atuação comercial no mar • Congestionamento Portuário: inadequação à capacidade portuária em terra • Aspectos Político – Sociais Econômicas • Identificação das causas: Ambientais Físicas Operacionais • Implementação de medidas corretivas: curto prazo operacionais médio prazo fisico-operacionais longo prazo físicas Teoria das Filas • Objetivo da aplicação da Teoria das Filas estimar os tempos de espera dos navios. • Definição dos termos usados em Teoria das Filas: - Cliente - Fila - Disciplina da Fila - Ponto de Atendimento - Canais de Atendimento - Tempo de Serviço (ou de Operação) - Tempo de Permanência no Sistema • Para a aplicação geral da Teoria das Filas necessitamos das seguintes distribuições estatísticas: – chegada de clientes – atendimento de clientes • Em Planejamento Portuário as distribuições estatísticas adotada são, em geral, as seguintes: – chegadas de navios distribuição de Poisson – tempos de serviço (operação / atendimento) dos navios distribuição de Erlang • Modelos matemáticos mais comumente utilizados em Teoria das Filas: • notação geral adotada na definição dos modelos: X / Y / Z • Xdistribuição estatística a ser adotada para a chegada de clientes • Ydistribuição estatística a ser adotada para o atendimento de clientes • Znúmero de pontos de atendimento (serviço) • • Modelos de Teoria de Filas normalmente utilizados em Planejamento Portuário: • M / M / n Poisson / Exponencial / no de berços • M / E2 / n Poisson / Erlang (k=2) / no de berços • E2 / E2 / n Erlang (k=2) / Erlang (k=2) / no de berços • Dentre esses modelos o mais comumente adotado é o M / M / n. • Modelo M / M / n: • onde: • Tw tempo médio de espera por navio –normalmente (dias/navio); • Ts tempo médio de serviço por navio –normalmente (dias/navio); • n no de berços, – (unidades); • taxa de ocupação do(s) berço(s) – (%). 1 0 211 n i i n n s w i n nnnn n T T ! )( )(!)()( )( • A taxa de ocupação () pode ser calculada pela seguinte expressão: • • onde: • taxa de ocupação do(s) berço(s), em (%); • taxa média de chegadas de navios – normalmente (navios/dia); • n número de berços, em (unidades); • taxa média de serviço por navio–normalmente (navios/dia/berço); • n taxa média de serviço global–normalmente (navios/dia/terminal). • As taxas de chegada e atendimento dos navios são calculadas pelas seguintes expressões: n sTT N 1 ; • Por sua vez, o número de navios e o tempo de serviço podem ser calculados do seguinte modo • onde: • N no de navios (navios/ano); • Q quantidade de carga movimentada – (toneladas/ano); • q consignação média por navio, – (toneladas/navio); • Ts tempo médio de serviço por navio, (dias/navio); • To tempo médio de operação (efetiva) por navio, – (dias/navio); • Ta tempo médio de atracação por navio, em horas, – (dia/navio); • Td tempo médio de desatracação por navio, em horas, – (dia/navio); • p produtividade média por navio, – (toneladas/navio/dia). • considerando um berço de acostagem (n = 1) p q TTTTT q Q N odaos ;)(; 1s w T T •considerando um berço de acostagem (n = 2) 2 2 1 s w T T No navios chegando em 1 dia Quantidade de ocorrências (no dias/ano) 0 10 1 13 2 17 3 23 4 . . . . 12 3 13 1 . 0 = 365 No de ob se rva çõ es 10 20 30 0 1 2 3 4 ... No de navios 40 50 Poisson (teórico) observado DISTRIBUIÇÃO DE CHEGADAS • Fatores que afetam a capacidade portuária: • O número de berços existentes; • A capacidade de transferência de carga do navio para o cais e vice-versa; • A capacidade de transferência de carga de e para o porto; • As capacidades de armazenagem e de movimentação de cargas armazenadas de e para o porto. • Fatores que afetam o número de Berços ideais: • A estatística de chegadas de navios (inclusive distribuição entre chegadas); • A distribuição dos tempos de serviço; • Os custos dos berços e respectivas instalações portuárias agregadas; • Os custos dos tempos de espera dos navios no porto; • Os custos do manuseio das cargas e respectivas armazenagens . • Resumo do Cálculo Regra Prática: • Capacidade Máxima de um Terminal • Número de Berços • Dados: • Número de Berços: n • Consignação média: q (t/navio) • Ano operacional: T (dias/ano) • Tempo de Serviço: Ts (dias/navio) • Tempo de Espera Admissível: Twadm (dias/navio) • Pede-se: • Movimentação: Q (t/período T) • Solução: – Twadm / Ts • Calcular: N Q – • Número de Berços: • Dados: – Movimentação: Q (t/ano) – Consignação média: q (t/navio) – Ano operacional: T (dias/ano) – Tempo de Serviço: Ts (dias/navio) – Tempo de Espera Admissível: Twadm (dias/navio) • Pede-se: • Número de Berços de Atracação: n • Solução: – N – Calcular: Tw/Ts Tw – Arbitrar n se Twadm Tw (n) berços; - Comparar:Twadm e Tw se Twadm < Tw (n+1) berços até que Twadm Tw. CUSTO ECONÔMICO • Moeda estrangeira • Impostos • Salários : não traduzem os reais custos de mão-de-obra • Juros Previsão de demanda • Processos de estimativa – Consulta a empresas – Estimativa estatística através de tendência – Evolução do mercado – Comoditis Benefícios econômicos • Determinação complexa – Conforto – Conveniência – Ganhos de Tempo Redução dos custos de operação - Custo com ou custo sem - Trafego gerado ou desviado - Redução de frete com mudança de modal Benefícios Econômicos • Desenvolvimento econômico • Redução de acidentes
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