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IMPACTOS AMBIENTAIS (AIA/EIA/RIMA) LICENCIAMENTO AMBIENTAL Abordaremos as seguintes questões: O que é impacto ambiental? O que é o EIA? Segundo a Resolução n.º 1/1986 do CONAMA, quais são as quatro etapas que compõem o EIA? O que é o RIMA? Quais são as três modalidades de licença ambiental? Que atividades precisam se submeter ao processo de licenciamento? Impacto Ambiental? Mudanças na natureza causadas por atividades econômicas. Mas será que é só isso mesmo??? O impacto ambiental ultrapassa as fronteiras do meio ambiente físico e biótico, abrange também a esfera social. *** Desenvolvimento sustentável: Preservação ambiental X Responsabilidade social Impacto Ambiental De acordo com o Artigo 1º da Resolução no 1 do CONAMA: Impacto Ambiental: qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: I.a saúde, a segurança e o bem-estar da população; II.as atividades sociais e econômicas; III.a biota; IV.as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e V.a qualidade dos recursos ambientais. Mas não foi o poder público o único a se preocupar com a definição de impacto ambiental. De acordo com a norma ISO 14000, o impacto ambiental compreende todas as mudanças no meio ambiente — adversas ou benéficas — que resultem da realização de atividades econômicas. *** Nem todo impacto é negativo: inúmeras atividades econômicas produzem efeitos benéficos no ambiente onde atuam. Estudo do Impacto Ambiental (EIA) O EIA é um dos instrumentos mais importantes de um SGA. • revela os efeitos do empreendimento; • mostra ao gestor que aspectos devem ser aperfeiçoados, evitando o desgaste da imagem da empresa perante o público ou mesmo problemas com as autoridades. Mas em que momento o EIA deve ser executado??? No ato de solicitação do licenciamento? O estudo precisa ser desenvolvido para obter licença, porém sua aplicação vai muito além desse processo. Para que se desenvolva um empreendimento ambientalmente correto, é preciso que o EIA oriente todas as etapas de planejamento administrativo e operacional do projeto. Ou seja, antes de colocar “a mão na massa”, as equipes de gestão financeira e técnica precisam se sentar à mesa para discutir o rumo dos negócios sem perder de vista seu impacto ambiental. Fazer escolhas sem o EIA pode inviabilizar a implantação de um empreendimento! Ex: Se a área escolhida para a construção de um porto ficar dentro de uma região destinada à preservação de uma espécie marinha em extinção ... Se a empresa já tiver comprado as instalações ... E o licenciamento for negado ... Para entender a função do EIA nas organizações é preciso entender as etapas que compõem um projeto: A Lei 6.938/81 consolidou a Política Nacional do Meio Ambiente: Estabeleceu a elaboração de EIA/RIMA como pré- requisito para concessão de licença no caso de obras ou atividades com elevado potencial de degradação ambiental. A regulamentação do EIA ficou a cargo da União, responsável por estabelecer seu conteúdo mínimo. Os governos estaduais foram autorizados a adicionar normas que atendam às peculiaridades da gestão ambiental em seu território. Municípios não gozam da mesma liberdade para legislar sobre o EIA. O máximo que as autoridades municipais podem fazer é pressionar o governo estadual a favor da criação de normas com exigências que também contemplem suas necessidades. • EUA, país conhecido pela fama de “vilão ambiental” foram os primeiros a tornar esse tipo de estudo obrigatório. • Em 1969, qualquer ação ou proposta federal deveria apresentar uma declaração de impacto ambiental. • Três anos depois, o Banco Mundial pegou o Brasil de surpresa: o financiamento para a hidrelétrica de Sobradinho só seria aprovado após a avaliação de um estudo de impacto ambiental do projeto. • Na ocasião, o EIA nem sequer integrava a legislação brasileira. • Aos poucos, o EIA deixou de ser um “bicho de sete cabeças” para se popularizar como uma importante ferramenta da gestão ambiental. AIA ou EIA? (As duas siglas existem e designam coisas diferentes) Há, no entanto, uma certa confusão em relação à nomenclatura de Estudo de Impacto Ambiental (EIA, Constituição 1988 artigo 225) e Avaliação de Impacto Ambiental (AIA, Lei 6938/1981). Segundo Barbieri (2007), a AIA é apenas um componente do estudo. A AlA corresponde à etapa em que os impactos são identificados e mensurados. O EIA, por sua vez, não fica restrito à avaliação; ele abrange também o estudo de tecnologias alternativas e outras medidas para o controle e prevenção dos efeitos negativos sobre o meio ambiente. Estudo de Impacto Ambiental (EIA) Para padronizar o conteúdo do estudo do impacto ambiental, o artigo 6º da Resolução no 1/1986 do CONAMA estabelece quatro atividades técnicas indispensáveis: 1) o diagnóstico ambiental; 2) análise dos impactos ambientais do projeto; 3) discriminar as ações mitigadoras dos impactos negativos; e 4) plano de monitoramento. 1) Diagnóstico Ambiental: • Descrição da área com detalhamento de recursos ambientais existentes. • A aprovação do EIA requer um diagnóstico completo do meio ambiente, envolvendo o meio físico, biológico e o socioeconômico. 2) Análise dos impactos: Prever a magnitude dos prováveis efeitos decorrentes das atividades, sejam eles positivos ou negativos, diretos ou indiretos, de curto, médio ou longo prazo, se provisórios ou permanentes, grau de reversibilidade. 3) Ações mitigadoras dos impactos negativos: Nessa etapa, é comum citar as tecnologias de controle e prevenção, bem como o nível de eficiência de cada uma delas. Os responsáveis pelo empreendimento devem arquitetar um plano de monitoramento capaz de acompanhar de perto os impactos. Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) • O RIMA está incluído no EIA; • Funciona como a conclusão do EIA; • Todos os componentes do EIA são levados em conta para redigir uma avaliação final. É no RIMA que a equipe expressa sua decisão final, declarando se o projeto é ou não um risco para o meio ambiente. A linguagem do documento deve ser acessível e objetiva, afinal de contas, umas das características do RIMA é a sua publicidade, ou seja, seu caráter público. Ao contrário dos documentos sigilosos, guardados a sete chaves, o relatório ambiental precisa estar acessível a todos. • O RIMA deve estar acessível nas Secretarias de Meio Ambiente, bibliotecas ou outros centros de documentação, lembrando que só é possível restringir o acesso a partes que contenham segredos industriais. • Deve ser anunciada a sua existência (divulgação) • Fase de comentários: esse período deve ser informado em veículos de comunicação público (Diário Oficial) e os stakeholders tem o prazo de 30 dias para se pronunciarem. Qualquer interessado, pessoa física ou jurídica, pode escrever suas opiniões, queixas ou reivindicações e anexá-las ao processo. • Quando o projeto gera muita polêmica, as autoridades realizam audiência pública (proponente e as demais partes interessadas discutem o RIMA). • A sociedade civil pode articular uma audiência com um abaixo- assinado. • Localização audiência: fácil acesso! Apesar das contribuições benéficas do debate democrático, o governo precisa ficar de olhos abertos. Muitas vezes, adversários políticos ou empresas concorrentes usam as audiências públicas como arena para outras lutas. Felizmente, nem toda participação nas audiências públicas é movida por objetivos escusos. Em muitos casos, as atas das audiências refletem preocupações genuínas da sociedade civilem relação aos impactos das atividades econômicas, ajudando o órgão licenciador a expedir seu veredito. Quem deve conduzir o EIA?Quem deve conduzir o EIA? O empreendedor?O empreendedor? O órgão público?O órgão público? ou De acordo com a Resolução CONAMA n.º237/1997, tanto o EIA quanto o RIMA deveriam ser preparados por uma equipe multidisciplinar habilitada, sem vínculos com o proponente do projeto, a fim de garantir a imparcialidade dos seus resultados. Infelizmente, o artigo que exigia a independência foi revogado. Hoje, os únicos requisitos dizem respeito à: habilitação e ao caráter multidisciplinar da equipe. Porém, o governo ainda conta com uma “carta na manga” para resguardar o interesse público: tanto o empreendedor quanto os integrantes da equipe são responsáveis pelo conteúdo do EIA. Ou seja, qualquer mentira ou irregularidade no documento pode sujeitá-los a sanções administrativas, civis e penais cabíveis. Custo EIA?Custo EIA? Além de ser um processo demorado, costumam ser caros, pois exigem a contratação de profissionais especializados. Todas as despesas são pagas pela parte interessada. ESTRUTURA DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (SISNAMA) ÓRGÃO SUPERIOR Conselho do Governo A sua função é auxiliar o Presidente da República na formulação da Política Nacional do Meio Ambiente. ÓRGÃO CONSULTIVO E DELIBERATIVO CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente A finalidade do CONAMA é estudar e propor diretrizes e políticas governamentais para o meio ambiente e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas, padrões e critérios de controle ambiental. O CONAMA assim procede através de suas resoluções. ÓRGÃO CENTRAL Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal Encarregado de planejar, coordenar e supervisionar as ações relativas à Política Nacional do Meio Ambiente. Como órgão federal implementa os acordos internacionais na área ambiental. ÓRGÃO EXECUTOR IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Entidade autárquica, dotada de personalidade jurídica de direito público e autonomia administrativa, é a encarregada da execução da Política Nacional para o Meio Ambiente e sua fiscalização. ÓRGÃOS SECCIONAIS São entidades estaduais responsáveis pela execução de programas e projetos de controle e fiscalização das atividades potencialmente poluidoras (Secretarias Estaduais de Meio Ambiente e entidades supervisionadas como a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental-CETESB, no estado de São Paulo, e a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente-FEEMA, do Rio de Janeiro). ÓRGÃOS LOCAIS Entidades ou Órgãos Municipais São órgãos ou entidades municipais voltadas para o meio ambiente, responsáveis por avaliar e estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional de seus recursos, supletivamente ao Estado e à União. DISPOSITIVOS LEGAIS DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE Constituição Federal de 1988, artigo 225, parágrafo terceiro (Machado, 1995) "As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, às sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados" 1999: Lei nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998 - "Lei de Crimes Ambientais" "dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências Dispositivos legais, à disposição da sociedade, para interferir nas atividades de empreendimentos causadores de problemas ambientais (Barros & Monticelli, 1998): Ação Civil Pública: ação de responsabilidade por danos ao meio ambiente Lei nº 7.347/85: criou instrumento processual permitindo que as pessoas (mesmo aquelas que não sofreram um dano ambiental direto), possam propor uma Ação Civil Pública contra causadores de dano ambiental. Podem mover uma Ação Civil Pública o Ministério Público, a União, Estados, Municípios, autarquias, empresas públicas, fundações, sociedades de economia mista ou associações legalmente constituídas e em funcionamento há pelo menos 1 ano, que apresentam em suas finalidades a proteção ao meio ambiente. Ação Popular: (Lei nº 4.717/65), estabelece que qualquer cidadão pode ser parte legítima em uma ação judicial para conseguir a invalidação de atos administrativos lesivos ao meio ambiente. Mandado de Segurança: regulamentado pela Lei nº1.533/51, que permite que pessoas físicas ou jurídicas, ou entidades com capacidade processual, entrem com ações para proteger o direito individual ou coletivo. ABORDAGEM DO MEIO FÍSICO NAS ETAPAS DE ELABORAÇÃO DE EIA/RIMA Fonte: modificado de Fornasari Filho et al. (1992) Conjunto de técnicas utilizadas na implantação, no funcionamento, na ampliação e na desativação de uma atividade modificadora do meio ambiente (Fornasari Filho et al., 1992 apud Fornasari Filho & Bitar, 1995). O entendimento dos processos tecnológicos como agentes de alteração ambiental e seu potencial modificador dos processos do meio ambiente é de fundamental importância para a realização do EIA, isso porque deve-se conhecer em detalhes os processos tecnológicos de um empreendimento, para analisar a interação destes com os meios físico, biológico e sócio-econômico. A intervenção do PROCESSO TECNOLÓGICO sobre PROCESSO DO MEIO FÍSICO acarreta, na maioria das vezes, em um PROCESSO ALTERADO. As figuras a seguir esquematizam e exemplificam como o processo tecnológico pode modificar os processos físicos, levando muitas vezes a sérios problemas ambientais, com prejuízos econômicos associados. PROCESSOS TECNOLÓGICOS EXEMPLO • Área de antiga mineração em zona urbana. A remoção da cobertura vegetal realizada pela mineração, a impermeabilização do solo e a concentração do fluxo d´água no loteamento (Processo Tecnológico) causaram a intensificação dos processos físicos, resultando no aparecimento de sulcos e ravinas, que podem evoluir para voçorocas (Processos Alterados). Também como conseqüência, o material erodido se acumula nas porções mais baixas (Processo Alterado) • Muitas vezes os processos físicos são acelerados, como no caso do exemplo acima, os processos de erosão pela água e a deposição de sedimentos e partículas foram intensificados, acarretando em prejuízo econômico pela necessidade de obras de correção para a implantação de futuros empreendimentos na área alterada. • Em geral, a área de expansão urbana apresenta muitos problemas ambientais devido a intervenção brusca na dinâmica do meio físico pelos processos tecnológicos, produzindo os processos alterados. Como pode ser observado na tabela, os empreendimentos devem ser tratados de forma diferente de acordo com a sua situação, se já instalados ou ainda a instalar. Outros estudos e relatórios ambientais Para ganhar licença no território paulista não basta apresentar o EIA/RIMA. Antes de elaborar esses documentos, é necessário apresentar o Relatório Ambiental Preliminar (RAP). O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV) é mais uma inovação para a fórmula tradicional de licenciamento. Vale lembrar, porém, que o EIV não substitui o EIA quando a legislação obriga a apresentação deste último. Em junho de 2001, o CONAMA lançou a Resolução no 279/2001 para facilitar o licenciamento de empreendimentos do setor energético com impacto ambiental de pequeno porte. Na ocasião, o órgão ambiental criou o Relatório Ambiental Simplificado (RAS), que, como o próprio nome indica, exige procedimentos mais simples para o licenciamento ambiental. Plano de recuperação de áreas degradadas (PRAD) para o setor minerador, conhecido por profundos impactos ambientais. LICENCIAMENTO AMBIENTAL Instrumento de políticapública para regular as atividades com elevado potencial de poluição. Licenciamento Ambiental O licenciamento ambiental é um procedimento administrativo pelo qual os órgãos ambientais, em sua área de competência, autorizam (OU NÃO): a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental (Resolução CONAMA 237/97). É preciso lembrar que só as atividades com potencial poluidor elevado precisam se submeter ao processo de licenciamento. Dependendo da natureza do empreendimento, as autoridades podem solicitar a substituição do EIA/RIMA por estudos mais compatíveis com o licenciamento das atividades em questão. Aliás, até a escolha do órgão competente varia de acordo com o empreendimento. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais renováveis (IBAMA) é responsável pela concessão de licenças de projetos com impacto ambiental de nível nacional ou regional. Antes de conceder a licença ambiental, o IBAMA consulta o parecer técnico de órgãos ambientais dos estados e municípios onde o empreendimento será desenvolvido. Etapas do licenciamento ambiental De acordo com o artigo 10 da Resolução n.º 237/1997 do CONAMA, o licenciamento ambiental ocorre em oito etapas. Em primeiro lugar, o órgão público competente define em conjunto com o empreendedor os documentos, estudos e relatórios necessários. • as autoridades podem abrir mão do EIA/RIMA e solicitar um relatório simplificado; ou no caso de mineradoras ou outros empreendimentos com elevado potencial de degradação ambiental, o EIA/RIMA não é suficiente: estudos complementares podem ser exigidos. • A partir de 1994, no Estado de São Paulo, a Resolução SMA 42/94, da Secretaria do Meio Ambiente, normatizou os procedimentos para Licenciamento Ambiental, instituindo 02 instrumentos preliminares ao EIA/RIMA: o RAP e o TR • RAP = Relatório Ambiental Preliminar • Primeiro documento para o Licenciamento Ambiental; • Objetiva instrumentalizar a decisão do órgão ambiental quanto à exigência ou dispensa do EIA/RIMA, para obtenção de Licença Prévia (LP); • TR = Termo de Referência • Nos casos de exigência de EIA/RIMA, o Relatório Ambiental Preliminar (RAP), junto com outros instrumentos, subsidia a elaboração do Termo de Referência (TR) para o EIA/RIMA a ser realizado. • Assim, a elaboração do EIA/RIMA segue a seguinte seqüência: • Nos casos em que há dispensa de elaboração do EIA/RIMA, a partir do Relatório Ambiental Preliminar (RAP), parte-se diretamente para o Licenciamento Ambiental. • A partir de 1994, no Estado de São Paulo, a Resolução SMA 42/94, da Secretaria do Meio Ambiente, normatizou os procedimentos para Licenciamento Ambiental, instituindo 02 instrumentos preliminares ao EIA/RIMA: o RAP e o TR • RAP = Relatório Ambiental Preliminar • Primeiro documento para o Licenciamento Ambiental; • Objetiva instrumentalizar a decisão do órgão ambiental quanto à exigência ou dispensa do EIA/RIMA, para obtenção de Licença Prévia (LP); • TR = Termo de Referência • Nos casos de exigência de EIA/RIMA, o Relatório Ambiental Preliminar (RAP), junto com outros instrumentos, subsidia a elaboração do Termo de Referência (TR) para o EIA/RIMA a ser realizado. • Assim, a elaboração do EIA/RIMA segue a seguinte seqüência: • Nos casos em que há dispensa de elaboração do EIA/RIMA, a partir do Relatório Ambiental Preliminar (RAP), parte-se diretamente para o Licenciamento Ambiental. O próximo passo é requerer a licença ambiental mediante a apresentação dos documentos requeridos, dando-lhes a publicidade exigida por lei. Em seguida, é a vez do órgão ambiental analisar os projetos, estudos e relatórios entregues, bem como realizar vistorias técnicas quando necessário. Depois da análise, a comissão pode pedir esclarecimentos ou documentos complementares, se julgar insatisfatório o conteúdo encaminhado. *** para os casos mais polêmicos, é preciso realizar audiências públicas (proponentes responderão dúvidas das partes interessadas e do órgão ambiental) Conforme o andamento do processo, o poder público poderá expedir três modalidades de licença ambiental, como mostra a Figura 3. • Nos casos em que o licenciamento está bem encaminhado, o órgão ambiental pode conceder a licença prévia (LP): documento que aprova a localização e a concepção do planejamento ainda em sua fase preliminar. Em outras palavras, liberar a LP significa atestar a viabilidade ambiental do projeto. O proponente não pode se acomodar: o órgão costuma emitir uma série de ajustes e requisitos mínimos para o bom andamento das fases seguintes. • Se tudo correr bem, o empreendedor receberá a licença de instalação (LI). Essa licença autoriza a instalação das atividades, desde que contempladas as especificações previstas nos estudos, relatórios e projetos aprovados. • Após verificar o cumprimento das exigências, o órgão ambiental pode deferir o pedido, liberando a licença de operação (LO). Com esse documento em mãos, o empresário já pode “colocar a mão na massa” e dar início ao funcionamento das atividades. • A partir do EIA/RIMA (exigido pelo órgão ambiental com base no RAP) ou do RAP (quando o órgão ambiental dispensou a elaboração do EIA/RIMA), busca-se a obtenção das Licenças Ambientais. • Desta forma, no Estado de São Paulo, para a obtenção das licenças ambientais (LP, LI e LO), o empreendedor deverá seguir a seguinte seqüência de elaboração de documentos. • No Estado de São Paulo foram definidas 3 etapas para o Licenciamento Ambiental (Resolução SMA 42/94). Outros estados também utilizam procedimento semelhante, como por exemplo o Rio de Janeiro. • • 1ª ETAPA • Licença Prévia = LP • 2ª ETAPA • Licença de Instalação = LI • 3ª ETAPA • Licença de Operação = LF ou LO • A Licença Prévia (LP) no Decreto 88.351/83 é conceituada como a licença obtida "na fase preliminar do planejamento da atividade, contendo requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observados os planos municipais, estaduais e federais do uso do solo" (Machado, 1995). Portanto, a obtenção de LP assume o significado de viabilidade do empreendimento na área pretendida. • A Licença de Instalação (LI) autoriza a implantação do empreendimento e dispõe sobre as especificações que devem ser seguidas, de acordo com o projeto apresentado, ou seja, nessa fase o requerente pode construir as instalações do empreendimento e as obras de contenção de impactos ambientais, adotando as medidas iniciais de recuperação. • A Licença de Funcionamento (LF) ou Operação (LO), como o própria nome indica, autoriza a operação do empreendimento, sendo somente fornecida após vistoria do órgão fiscalizador responsável, dependendo se todas a exigências do referido órgão descritas na LI foram cumpridas pelo empreendedor. • Mesmo com a LO o empreendimento fica sujeito a fiscalização e a possíveis sanções, caso não forem cumpridas as especificações técnicas do projeto e as exigências do órgão público responsável. • CERTOS CASOS DE EXTRAÇÃO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO DISPENSAM O EIA/RIMA E PREVÊEM A APRESENTAÇÃO DE: • RCA (Relatório de Controle Ambiental); • PCA (Plano de Controle Ambiental), • PRAD (Plano de Recuperação de Áreas Degradadas). • Tais documentos atendem às necessidades de empreendimentos mineiros de pequeno e médio portes, dados que não necessitam de um trabalho tão denso e detalhado como o EIA/RIMA. • O RCA e o PCA são documentos que caracterizam o empreendimento desde o meio físico, biológico e sócio-econômico em termos regionais até em termos locais, alémde detalhar as atividades que serão desenvolvidas pelo empreendedor. • Já o PRAD é o plano que vai qualificar os impactos ambientais causados pelo empreendimento e indicar quais atividades devem ser desenvolvidas para a recuperação da área, mostrando as medidas mitigadoras que devem ser realizadas para a diminuição desses impactos. Validade do Licenciamento Resolução CONAMA n.º 237/1997 estabeleceu prazos de validade para o licenciamento, o que, na prática, tornou compulsória a avaliação contínua do empreendimento. De acordo com o artigo 18 da norma, cabe ao órgão ambiental estabelecer a vida útil da licença, desde que respeitados os prazos mínimos e máximos. Antes que faltem 120 dias para a expiração da licença, o empresário deve procurar novamente o órgão ambiental e solicitar a sua renovação. Se julgar necessário, o órgão público pode fazer novas exigências no ato de renovação, cobrando outros ajustes por parte dos proponentes. Aliás, de acordo com o artigo 19 da Resolução do CONAMA n.º 237/1997, a licença pode ser suspensa ou até cancelada quando forem identificados os seguintes cenários: violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais; omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da licença; superveniência de graves riscos ambientais e de saúde. Pontos importantes Entende-se por impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas. O EIA é composto por um conjunto de mecanismos que ajudam a monitorar os efeitos das atividades humanas sobre o meio ambiente. Em geral, a elaboração do EIA antecede a execução do projeto, estimando as possíveis implicações imediatas ou futuras da realização de empreendimentos com elevado potencial de degradação ambiental. De acordo com a Resolução n.º 1/1986 do CONAMA, o EIA deve se dividir em quatro etapas principais: 1) avaliação das alternativas tecnológicas e de localização; 2) identificação dos impactos ambientais durante as fases de implantação e operação; 3) delimitação da área de influência; e 4) análise dos programas governamentais para a região, de modo que o projeto se compatibilize com os planos públicos. O RIMA é um dos instrumentos do EIA: a equipe responsável por sua elaboração deve considerar todos os componentes do estudo de impacto ambiental para emitir seu parecer final sobre a viabilidade do projeto. Existem três modalidades de licença ambiental: licença prévia, de instalação e de operação. Só as atividades com potencial poluidor elevado precisam se submeter ao processo de licenciamento. A Resolução do CONAMA n.º 1/1986 oferece alguns exemplos de tais atividades. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47
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