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Gestão Ambiental 1

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Prévia do material em texto

Licenciamento Ambiental
Gestão Ambiental
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
CAROLINA GALVÃO SARZEDAS
AUTORIA
Carolina Galvão Sarzedas
Olá! Sou formada em Ciências Biológicas, com mestrado e 
doutorado em Ciências, com experiência técnico-profissional na área de 
Meio Ambiente há mais de 18 anos. Minha formação acadêmica começou 
na UFRJ, local em que me apaixonei pela ciência e pela educação. Tenho 
experiência tanto na área de orientação acadêmica quanto na produção 
de material didático para grandes empresas de educação. Por isso, fui 
convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores 
independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de 
muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Definições e Tipos de Licenças Ambientais ..................................... 10
Meio Ambiente e sua História ................................................................................................ 10
Marco Internacional: Conferência de Estocolmo .................................. 12
Marco Brasileiro: Criação da Política Nacional do Meio Ambiente 
(PNMA) ................................................................................................................................. 13
Conceito de Licenciamento Ambiental ........................................................................... 14
Tipos de Licença Ambiental .................................................................................................... 15
Licença Prévia (LP): ..................................................................................................... 16
Licença de Instalação (LI): ..................................................................................... 17
Licença de Operação (LO): .................................................................................... 18
Procedimentos Para Obtenção das Licenças Ambientais ......... 19
Órgãos Licenciadores .................................................................................................................. 19
Passos Para a Obtenção da Licença ................................................................................ 20
Concessão de Licença Prévia (LP) ..................................................................22
Concessão de Licença de Instalação (LI) ...................................................23
Concessão de Licença de Operação (LO) .................................................24
Documentos Exigidos para Obtenção da Licença .................................................24
Condicionantes e Prazos de Validade ................................................27
Condicionantes Ambientais .....................................................................................................27
Condicionantes de Prevenção, Mitigação e Compensação ........29
Condicionantes de Estudos e Monitoramento ...................................... 30
Condicionantes Administrativos e de Procedimentos ..................... 30
 Controle das Condicionantes ............................................................................ 31
Prazos de Validade das Licenças Ambientais ............................................................32
Prazos de Validade – Licença Prévia .............................................................33
Prazos de Validade – Licença de Instalação ...........................................33
Prazos de Validade – Licença de Operação ............................................34
Importância do Licenciamento .............................................................36
Conservação dos Recursos Naturais ............................................................................... 36
Controle Ambiental ....................................................................................................................... 39
Importância do Licenciamento Ambiental .................................................................. 40
Atividades Passíveis de Licenciamento Ambiental ................................................42
7
UNIDADE
01
Gestão Ambiental
8
INTRODUÇÃO
Você sabia que a área de Licenciamento Ambiental é muito importante 
para o Meio Ambiente? Isso mesmo. Sabemos que até a década de 1970 a 
poluição e os impactos ambientais eram considerados consequências do 
desenvolvimento desordenado, mesmo assim eram um mal necessário 
em relação aos benefícios proporcionados pelo progresso. Nessa época, 
a Conferência de Estocolmo teve como resultado a Declaração sobre o 
Ambiente Humano, em que ficou determinado que a tarefa de planificar, 
administrar e controlar a utilização dos recursos naturais dos Estados 
ficaria a cargo de instituições nacionais competentes, com o objetivo de 
melhorar a qualidade do Meio Ambiente. No Brasil, o PNMA (Programa 
Nacional do Meio Ambiente) cria o Sistema Nacional do Meio Ambiente 
(SISNAMA) com o intuito de fundamentar a proteção ambiental no Brasil. 
Um dos instrumentos do PNMA é o Licenciamento Ambiental, que é um 
documento emitido por órgãos licenciadores, no qual regras, condições, 
restrições e medidas de controle ambiental ficam estabelecidas a fim 
de serem seguidas pela empresa solicitante. Entendeu? Ao longo desta 
unidade letiva, você vai mergulhar neste universo!
Gestão Ambiental
9
OBJETIVOS
Olá! Seja muito bem-vindo à Unidade 1 – Licenciamento Ambiental. 
Nosso objetivo é auxiliar você no atingimento dos seguintes objetivos de 
aprendizagem até o término desta etapa de estudos:
1. Entender as definições e os tipos de Licenciamento Ambiental.
2. Aplicar procedimentos para licenciar um empreendimento.
3. Acompanhar e controlar os prazos de validade das licenças 
ambientais e suas condicionantes.
4. Discernir sobre a importância da fiscalização e do monitoramento 
para o Licenciamento Ambiental.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho!
Gestão Ambiental
10
Definições e Tipos de Licenças Ambientais
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
o que é e para que serve o Licenciamento Ambiental. 
Esse importante instrumento da Política Nacional do Meio 
Ambiente analisa a viabilidade ambiental das atividades 
econômicas. E, então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então, vamos lá. Avante!.
Meio Ambiente e sua História
Você deve estar pensando que Meio Ambiente é um termo 
corriqueiro na nossa sociedade e que sua preservação sempre foi alvo 
de preocupação. Porém, até a década de 60, o termo “Meio Ambiente” 
era simplesmente usado com o objetivo de designar unidades ecológicas 
que se comportam como um sistema natural. 
Figura 1 – Representação de Meio Ambiente
Fonte: Freepik.
GestãoAmbiental
11
É possível afirmar que até poucas décadas atrás o desenvolvimento 
econômico advindo da Revolução Industrial impediu que os problemas 
ambientais fossem levados em consideração. Nesse sentido, a poluição 
e os impactos ambientais como consequência do desenvolvimento 
desordenado sempre foram visíveis, contudo, eram considerados um mal 
necessário em relação aos benefícios proporcionados pelo progresso. 
Como dito anteriormente, o termo Meio Ambiente só foi usado 
pela primeira vez na década de 60, durante a reunião do Clube de Roma, 
cujo objetivo era reconstruir os países destruídos pela Segunda Guerra 
Mundial. 
VOCÊ SABIA?
O Clube de Roma foi criado em 1968 e era constituído 
por políticos, cientistas e donos de indústrias. O objetivo 
do clube era analisar e discutir quais eram os limites do 
crescimento econômico, levando em consideração (pela 
primeira vez), o crescente uso dos recursos naturais. Os 
maiores problemas discutidos foram o rápido crescimento 
da população, a industrialização acelerada, a escassez 
de alimentos, a deterioração do Meio Ambiente e o 
esgotamento de recursos naturais não renováveis. O 
Relatório do Clube de Roma (ou Relatório Meadows) foi um 
dos documentos mais importantes advindos dessa reunião.
Até então, uma avaliação, com consequente priorização de projetos, 
era limitada a uma análise econômica, sem nenhum objetivo de levar em 
consideração as consequências ou efeitos ambientais de um projeto. As 
degradações ambientais no entorno ou o bem-estar social nunca foram 
preocupações. 
Vemos, pela primeira vez, uma manifestação institucionalizada de 
política a favor do Meio Ambiente e ao impacto ambiental na criação, em 
1969, nos EUA, da NEPA (do inglês: National Environmental Policy Act). 
Mais tarde, esse instrumento também foi adotado pela França, Canadá, 
Holanda, Grã-Bretanha e Alemanha.
Gestão Ambiental
12
A partir desse ato, o processo de Avaliação do Impacto Ambiental 
(AIA) foi institucionalizado como um importante instrumento de política 
ambiental, dispondo de objetivos e princípios de maneira a exigir de todos 
os empreendimentos, a fim de que o funcionamento possa impactar o 
Meio Ambiente, as seguintes observações: 
 • Identificação dos possíveis impactos ambientais.
 • Efeitos ambientais negativos da proposta e suas alternativas de 
ação.
 • Relação dos recursos ambientais negativos no curto prazo.
 • Manutenção ou mesmo melhoria do seu padrão ambiental no 
longo prazo.
 • Definição clara quanto a possíveis comprometimentos dos 
recursos ambientais para o caso de implantação da proposta.
Marco Internacional: Conferência de Estocolmo
Em 1972, na Suécia, foi realizada a I Conferência Mundial de Meio 
Ambiente, com o objetivo de estabelecer uma visão global e princípios 
comuns, que sirvam de inspiração e orientação à humanidade para 
preservação e melhoria do ambiente (UNEP, 1972).
Diante disso, a Conferência de Estocolmo é considerada um marco 
para as preocupações acerca das questões ambientais, passando a fazer 
parte de políticas de desenvolvimento adotadas por países desenvolvidos 
e em processo de desenvolvimento. Teve como resultado a Declaração 
sobre o Ambiente Humano, na qual ficou determinado que a tarefa de 
planificar, administrar e controlar a utilização dos recursos naturais dos 
Estados fica a cargo de instituições nacionais competentes, com o objetivo 
de melhorar a qualidade do Meio Ambiente. 
Desde então, vem ocorrendo grandes avanços nas discussões das 
questões ambientais, tanto no que diz respeito às legislações, quanto à 
conscientização das pessoas. 
Gestão Ambiental
13
Marco Brasileiro: Criação da Política Nacional do 
Meio Ambiente (PNMA)
A implantação de metodologias de avaliação dos impactos 
ambientais no Brasil se deu a partir da exigência de órgãos internacionais 
de financiamento, que, para aprovar empréstimos a projetos do governo, 
cobravam medidas de proteção ou mitigação ambiental. Toda essa 
pressão internacional gerou conscientização da população, que começou 
a cobrar a adoção de práticas de preservação ambiental e levou o governo 
a estabelecer, em 1981, a Política Nacional do Meio Ambiente - PNMA (Lei 
no 6.938).
A PNMA cria o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), 
com o intuito de fundamentar a proteção ambiental no Brasil, por meio 
de normas, portarias, decretos e resoluções dos Conselhos Nacional, 
Estaduais e Municipais. 
EXPLICANDO MELHOR:
SISNAMA: é uma estrutura político-administrativa composta 
por um conjunto articulado de órgãos, entidades, regras 
e práticas responsáveis pela proteção e melhoria da 
qualidade ambiental.
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, o Brasil 
assumiu a relevância das questões ambientais para o país, definindo, 
no seu Capítulo VI, Art. 125, os direitos e deveres do Poder Público e da 
sociedade no papel de responsáveis pela conservação do Meio Ambiente 
e, tornando-o um bem de uso comum. 
Gestão Ambiental
14
Conceito de Licenciamento Ambiental
Como vimos anteriormente, até a década de 70 não havia uma 
preocupação com a qualidade ambiental, uma vez que o poder público 
atuava apenas em caráter corretivo, com alcance restrito aos centros 
urbanos e às indústrias. A única exceção eram regiões cujo objetivo era 
a criação de estações ecológicas com uso de investimento federal e de 
áreas com potencial turístico. 
Nesse contexto, as ideias sobre Meio Ambiente começaram a 
ser difundidas pelo mundo, o que forçou a política interna brasileira a 
assumir uma postura mais preventiva. Para isso, foi instituído, como um 
dos instrumentos da PNMA, o Licenciamento Ambiental, o qual tem como 
finalidade a promoção de um controle prévio de construção, instalação, 
ampliação e funcionamento dos estabelecimentos cujas atividades 
façam uso de recursos ambientais, e que sejam considerados efetivos ou 
potencialmente poluidores. 
Inicialmente, o LA foi aplicado às indústrias de transformação e 
depois foi estendido, de modo a abranger projetos de infraestrutura 
(promovidos por órgãos do governo ou empresas particulares), indústrias 
de extração e projetos de expansão urbana, turismo e agropecuária, além 
de toda e qualquer atividade cuja implantação ou funcionamento possa 
ser efetivo, ou potencialmente danoso para o Meio Ambiente. 
A exigência do LA em determinadas atividades, principalmente 
para aquelas potencialmente poluidoras como mineradoras, indústrias 
metalúrgicas, entre outras, tem como objetivo controlar as intervenções 
ambientais que possam vir a comprometer sua qualidade, de modo a 
dispor sanções penais e administrativas ao infrator. 
IMPORTANTE:
Qualidade ambiental é definida como o conjunto das 
características de um ecossistema que pode ser de 
natureza física, química, biológica, social, política, 
tecnológica ou econômica, isto é, natural ou construído. É 
medido por meio das variações em padrões e normas pré-
-estabelecidas, como: qualidade do ar, nível de poluição, 
qualidade da água, entre outros.
Gestão Ambiental
15
Tipos de Licença Ambiental
Anteriormente, vimos o conceito de LA e sua importância no controle 
das atividades e empreendimentos com potencial poluidor. Agora, vamos 
mostrar efetivamente o que é o LA e dar ênfase aos tipos de licenciamento 
existentes. Sob esse viés, o LA é feito a partir da emissão de uma licença 
ambiental, que nada mais é do que um documento com validade definida, 
emitido por órgãos competentes, o qual estabelece regras, condições, 
restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser seguidas 
pela empresa solicitante. 
Mas, quais são as avaliações feitas durante o processo? Podemos 
citar alguns exemplos como:
 • Emissões de gases nocivos.
 • Poluição sonora.
 • Riscos de explosão e incêndio.
 • Geração de líquidos poluentes.
 • Geração de resíduos sólidos.
 • Entre outros.
O recebimento da Licença Ambiental obriga o empreendedor a 
assumir compromissos com a manutenção da qualidadeambiental do 
local da instalação e do funcionamento da atividade em questão. 
O processo de LA se constitui de três tipos de licenças exigidas em 
etapas específicas do processo: Licença Prévia (LP), Licença de Instalação 
(LI) e Licença de Operação (LO). A seguir veremos cada uma das etapas 
em detalhes: 
Gestão Ambiental
16
Licença Prévia (LP):
É a primeira etapa no processo de licenciamento, em que o órgão 
licenciador (pode ser da esfera Federal, Estadual ou Municipal) avalia 
desde a localização do empreendimento, onde a área de instalação 
é testada com base no zoneamento municipal, até sua concepção, de 
maneira a atestar a viabilidade ambiental e estabelecer os requisitos para 
as próximas fases. 
DEFINIÇÃO:
Zoneamento municipal é uma delimitação de áreas com 
características comuns dentro do município. Com base 
nessa divisão, a área prevista no projeto é avaliada, de 
modo que, no futuro, o empreendimento não sofra sanções 
(multas e interdições) ou precise ser realocado. A LP define 
o alicerce ambiental da empresa, com todos os aspectos 
referentes ao controle do Meio Ambiente que pode ser 
afetado pela atividade do empreendimento. 
Alguns estudos ambientais, como Estudo de Impacto Ambiental 
(EIA) ou Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) e Relatório de Controle 
Ambiental (RCA), podem ser solicitados pelo órgão licenciador, para que 
esse órgão defina onde a atividade será enquadrada para cumprir as 
referentes normas ambientais. 
IMPORTANTE:
O EIA/ RIMA (Estudo de Impactos Ambientais): é uma 
exigência legal, instituída pela Resolução CONAMA 001/86, 
na implantação de projetos com significativo impacto 
ambiental. É um estudo realizado no solo, água e ar para 
verificar se a área contém algum passivo ambiental, além 
de prever como o meio socioeconômico-ambiental será 
afetado pela implantação do empreendimento. 
Gestão Ambiental
17
Já o RCA (Relatório de Controle Ambiental) é um documento 
que fornece informações de caracterização do empreendimento a ser 
licenciado, contendo: descrição do empreendimento; do processo de 
produção; caracterização das emissões geradas nos diversos setores do 
empreendimento (ruídos, efluentes líquidos, efluentes atmosféricos e 
resíduos sólidos).
Licença de Instalação (LI):
Depois de detalhado o projeto inicial na LP, é necessário requerer a 
LI. Só depois de autorizado por meio do documento de LI, o empreendedor 
poderá dar início à construção do empreendimento e instalação de 
equipamentos. 
A solicitação deve ser publicada conforme a Resolução CONAMA 
no 6/86 e deverá ser executada de acordo com o projeto apresentado. 
Qualquer modificação na planta ou nos sistemas precisa ser avaliada 
novamente pelo órgão licenciador, que é responsável por avaliar 
a instalação do empreendimento e dos equipamentos, inclusive, a 
implantação dos programas de monitoramento e, se for o caso, das 
medidas mitigadoras. 
Depois da aprovação do Plano Básico Ambiental e deferimento da 
solicitação da concessão da LI, um parecer é emitido com as condições a 
serem atendidas antes da solicitação da Licença de Operação.
NOTA:
Projeto Básico Ambiental (PBA) é o conjunto de documentos 
técnicos que atende às condicionantes da LP e apresenta 
programas e projetos ambientais detalhados.
Gestão Ambiental
18
Licença de Operação (LO):
Essa licença autoriza o funcionamento do empreendimento e 
deve ser requerida somente quando a empresa estiver edificada e após 
a verificação das medidas de controle ambiental exigidas pelo órgão 
licenciador nas licenças anteriores. 
Portanto, a LO somente é solicitada quando a empresa estiver 
pronta para operar ou para regularizar alguma atividade em operação.
SAIBA MAIS:
Caso queira se aprofundar no assunto e saber quais são as 
atividades passíveis de Licença Ambiental consulte o site 
do Ministério do Meio Ambiente clicando aqui. 
RESUMINDO:
E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que 
você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Aprendemos que a 
Política Nacional do Meio Ambiente (Lei no 6.938/81) 
determina que a construção, a instalação, a ampliação 
e o funcionamento de estabelecimentos e atividades 
utilizadoras de recursos ambientais, que são considerados 
efetiva ou potencialmente poluidores, dependerão de 
prévio licenciamento expedido por órgãos competentes 
(IBAMA e Estadual). Tal licenciamento, conhecido 
como Licença Ambiental, é um processo que pode ser 
simplificado para atividades ou empreendimentos de 
pequeno potencial de impacto ambiental que, nesse caso, 
serão submetidos à aprovação de Conselhos Municipais de 
Meio Ambiente. As licenças são divididas em Prévia (LP), 
de Instalação (LI) e de Operação (LO). A LP é a primeira 
etapa do licenciamento, na qual são definidos os aspectos 
referentes ao controle ambiental. A LI autoriza o início da 
construção, e a LO autoriza o funcionamento ou regulariza 
a situação das atividades, determinando os métodos de 
controle e as condições de operação. 
Gestão Ambiental
https://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/cart_sebrae.pdf
19
Procedimentos Para Obtenção das 
Licenças Ambientais
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender o 
passo a passo do Licenciamento Ambiental. Aqui estarão 
descritos quais os órgãos responsáveis por cada tipo 
de atividade e quais os documentos necessários para 
o processo de licenciamento. E, então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!.
Órgãos Licenciadores
Você deve estar se perguntando a quem s solicita um pedido de 
Licenciamento Ambiental para uma empresa?” E a resposta é: DEPENDE. 
A atividade desenvolvida é de pequeno potencial de impacto 
ambiental? Então, pode ser submetida aos Conselhos de Meio Ambiente 
dentro da esfera municipal.
A atividade desenvolvida é similar às atividades da vizinhança? 
Então, o conjunto dos empreendimentos poderá solicitar um único 
processo ambiental, desde que a responsabilidade legal pelo conjunto 
de empreendimentos seja definida. 
Seu empreendimento desenvolverá atividades em mais de um 
estado ou os impactos ambientais podem ultrapassar os limites do 
território estadual? Nesse caso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) será responsável pela emissão 
do licenciamento. 
Se a atividade desenvolvida estiver dentro dos limites regionais, 
então caberá aos órgãos estaduais de Meio Ambiente a competência do 
licenciamento, porém essa competência pode ser delegada ao município, 
caso os impactos ambientais sejam locais.
Gestão Ambiental
20
É importante saber que a Resolução 237/97 do CONAMA determina 
que só é preciso solicitar o licenciamento em uma única esfera de ação 
(Federal, Estadual ou Municipal), contudo o LA exige que as Secretarias 
Municipais de Meio Ambiente se manifestem. 
NOTA:
O IBAMA tem por finalidade executar as políticas e diretrizes 
governamentais definidas para o Meio Ambiente.
Passos Para a Obtenção da Licença
Agora você já sabe a quem solicitar seu pedido de licença ambiental, 
portanto falta saber o passo a passo desse processo.
1º passo: 
Situação do empreendimento:
 • Novo empreendimento. 
 • Solicita-se a LP para planejamento e concepção da 
localização da empresa.
 • Após, solicita-se a LI para dar início às instalações do 
empreendimento ou ampliação das unidades já existentes.
 • Por fim, solicita-se a LO para início das atividades.
 • Empreendimento já existente, no caso da empresa operar sem 
licença ou ter sido implantada antes do Sistema de Licenciamento 
de Atividades Poluidoras (SLAP)).
 • É necessária a apresentação conjunta dos documentos, 
estudos e projetos para as fases LP e LI.
2º Passo: 
A quem solicitar a licença?
Como dito anteriormente, as atividades com baixo potencial de 
impactos ambientais e restritos ao local de funcionamento (como a maiorGestão Ambiental
21
parte dos empreendimentos) deverão ter suas licenças solicitadas junto 
aos conselhos municipais ou aos órgãos estaduais que poderão delegar 
a função aos municípios.
Empreendimentos cujas atividades ou potencial de impacto 
ambiental ultrapassem os limites do território estadual devem ser 
licenciados pelo IBAMA. 
3º passo: 
Solicitação de requerimento junto ao órgão responsável.
Já sabe qual é o tipo de licença e qual é o órgão licenciador? Agora 
é só solicitar os formulários adequados ao seu caso. 
4º passo: 
Coleta de dados e documentos.
Os procedimentos exigidos e a relação de documentos vão variar 
de acordo com o tamanho da empresa, sua atividade, seu grau de risco e 
qual fase de licenciamento solicitada. 
5º passo: 
Preenchimento do cadastro da atividade. 
O cadastro nada mais é do que um documento descritivo que 
deve conter todas as informações acerca da empresa e das atividades 
desenvolvidas. Entre as informações devem estar descritos: o endereço 
de funcionamento, o produto ou serviço oferecido, produtos estocados, 
efluentes gerados, destino dos resíduos. Além disso, em casos industriais, 
deverá haver levantamento de plantas e descrição dos processos 
industriais desenvolvidos.
IMPORTANTE:
Algumas empresas contratam profissionais especializados 
na área de licenciamento para realizar o cadastro, porém 
todas as dúvidas podem ser esclarecidas direto com o 
órgão ambiental onde será feita a solicitação.
Gestão Ambiental
22
6º passo: 
Abertura do processo de licenciamento.
Com os passos anteriores realizados, basta procurar o órgão 
ambiental municipal ou estadual e solicitar a abertura do processo de 
Licenciamento Ambiental. 
IMPORTANTE:
Nessa etapa, as taxas referentes ao custo do processo já 
deverão ter sido pagas.
7º passo: 
Publicação da abertura do processo. 
Agora, a empresa terá 30 dias para publicar a abertura do processo 
no Diário Oficial e, então, fazer um ofício e protocolar junto à publicação 
do órgão licenciador. 
Concessão de Licença Prévia (LP)
Como já dito anteriormente, a LP é concedida na fase preliminar do 
planejamento da atividade ou do empreendimento. A LP aprova o local 
do empreendimento, o grau de geração de impactos ambientais e, se 
for o caso, programas de redução e mitigação de impactos negativos e 
maximização dos positivos. 
Para isso, é necessário que o órgão licenciador tenha informações 
suficientes do empreendimento ou atividade a ser desenvolvida para 
tomar as decisões cabíveis. 
O órgão licenciador, então, elabora o Termo de Referência (TR) 
que norteará o processo de Licenciamento Ambiental e o submete ao 
conhecimento de outras instituições que possam ter relação com o 
empreendimento, se for preciso, como: IPHAN, Vigilância Sanitária e 
FUNAI.
Gestão Ambiental
23
O órgão licenciador ainda pode solicitar que o empreendimento 
apresente Análise ou Avaliação dos Riscos. 
NOTA:
Obrigatoriamente, na solicitação de licenciamento precisa 
conter uma Certidão Municipal atestando que o local e o 
tipo de atividade a ser desenvolvida pelo empreendimento 
estão de acordo com a legislação aplicável.
Depois de concluída a análise, o órgão licenciador elabora um parecer 
técnico conclusivo sobre a viabilidade ambiental do empreendimento. 
A partir disso, a concessão da LP estabelece as condicionantes que o 
empreendedor deverá cumprir. 
Concessão de Licença de Instalação (LI)
Nesse momento, serão analisados os programas e planos propostos 
no estudo ambiental realizado para a LP. 
O empreendedor, quando solicita a LI, entrega ao órgão licenciador 
os planos e projetos ambientais, assim como o projeto de engenharia 
detalhado, documentos esses que já foram estabelecidos nos estudos 
ambientais e na LP.
É preciso ficar claro que o órgão licenciador poderá modificar 
os condicionantes e as medidas de controle e adequação, bem como 
suspender ou cancelar uma licença já concedida se houver inadequação 
ou violação das normas legais ou dos condicionantes, caso haja omissão 
e falsa descrição de informações por parte do empreendedor, ou ainda, 
se houver algum incidente que cause riscos ambientais ou à saúde. 
O parecer conclusivo e a LI com as condicionantes são emitidos 
pelo órgão licenciador após o deferimento da solicitação da licença e a 
aprovação do Plano Básico Ambiental. As condicionantes exigidas devem 
ser cumpridas antes da solicitação da LO. 
Gestão Ambiental
24
Concessão de Licença de Operação (LO)
O órgão licenciador precisa acompanhar a instalação e a implantação 
dos programas e medidas ambientais propostos, de maneira a realizar 
modificações, se forem necessárias. 
Para solicitar a LO, o empreendedor precisa apresentar um relatório 
provando ter atendido às condicionantes da LI. Após isso, o órgão 
licenciador analisa o relatório, faz uma vistoria no local e depois emite um 
parecer técnico sobre a concessão da LO.
Documentos Exigidos para Obtenção da 
Licença
Anteriormente, descrevemos a sequência do processo de 
concessão de licenças ambientais, agora listaremos os documentos 
necessários para solicitar as licenças. Vamos a eles: 
 • Memorial descritivo do processo da empresa.
 • Formulário de Requerimento preenchido e assinado pelo 
representante legal.
 • CPF e identidade do representante legal que assinar o 
requerimento.
 • CPFs e registros nos conselhos de classe dos profissionais 
responsáveis pelo projeto, construção e operação do 
empreendimento.
 • CPF e identidade da pessoa encarregada do contato entre a 
empresa e o órgão ambiental.
 • Procuração, CPF e identidade do procurador (se houver). 
 • Ata da eleição da última diretoria, quando se tratar de sociedade 
anônima, ou contrato social registrado, quando se tratar de 
sociedade por cotas de responsabilidade limitada.
 • CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica.
Gestão Ambiental
25
 • Registro de propriedade do imóvel ou de certidão de aforamento 
ou cessão de uso.
 • Certidão da Prefeitura indicando que o enquadramento do 
empreendimento está em conformidade com o a Lei de 
Zoneamento Municipal.
 • Licença Ambiental anterior (se houver).
 • Guia de Recolhimento (GR) do custo de Licença. A efetuação do 
pagamento e custo da taxa referente deverá ser orientada pelo 
órgão.
 • Planta de localização do empreendimento. Poderá a empresa 
anexar cópia de mapas do Guia Rex ou outros mapas de ruas, 
indicando sua localização.
 • Croquis ou planta hidráulica, das tubulações que conduzem os 
despejos industriais, esgotos sanitários, águas de refrigeração, 
águas pluviais etc. Essas tubulações deverão ser representadas 
com linhas em cores ou traços diferentes.
IMPORTANTE:
Todos os documentos originais devem ter a firma 
reconhecida, e as cópias apresentadas precisam ser 
autenticadas. As plantas são exceção e deverão ser 
assinadas pelo responsável técnico e pelo proprietário.
SAIBA MAIS:
Caso queira se aprofundar no assunto, acesse o site do 
Ministério do Meio Ambiente clicando aqui. 
Gestão Ambiental
https://www.mma.gov.br/informma/item/10201-licenciamento-ambiental.html
26
RESUMINDO:
E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo, tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Aprendemos 
que o PNMA estabelece quais atividades efetiva ou 
potencialmente poluidoras devem ser submetidas ao 
Licenciamento Ambiental. Vimos também que o IBAMA 
é o órgão responsável pelo LA na esfera Federal; já os 
órgãos Estaduais têm a competência de licenciar as 
atividades localizadas em seus limites regionais, porém, 
em caso de atividades com impactos locais, as Secretarias 
Municipais de Meio Ambiente têm a competência para 
fornecer o licenciamento. Uma série de passos precisam 
ser seguidos desde a obtenção dos documentos pessoais 
dos responsáveis pelo empreendimento até a planta do 
local de funcionamento para abertura eacompanhamento 
do processo. Depois de concluída a análise e a vistoria, o 
órgão licenciador emite um parecer técnico e concede as 
licenças (uma de cada vez) onde estão estabelecidas as 
condicionantes que o empreendedor deverá cumprir.
Gestão Ambiental
27
Condicionantes e Prazos de Validade
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
como funcionam as condicionantes ambientais e os prazos 
de validade para cada licença. Vamos entender que os 
compromissos com o impacto ambiental gerado por um 
empreendimento são responsabilidades do empreendedor 
e garantem a manutenção da licença. E, então? Motivado 
para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!.
Condicionantes Ambientais
O que são condicionantes ambientais e para que servem? 
Condicionantes nada mais são do que compromissos e condições que 
o empreendedor precisa assumir com o órgão licenciador para que 
consiga obter e manter suas licenças ambientais. Nessas condicionantes 
estão estabelecidas as garantias da sustentabilidade ambiental e a 
conformidade do empreendimento ou atividade a ser realizada. 
Figura 2 - O desenvolvimento precisa estar em equilíbrio com o Meio Ambiente
Fonte: Freepik. 
Gestão Ambiental
28
Parece simples, né? Mas são cláusulas que estabelecem restrições, 
condições e medidas de controle ambiental que, obrigatoriamente, 
precisam ser seguidas pelo empreendedor. Nelas, ainda, estão incluídas 
as compensações que o responsável pela atividade deve promover de 
acordo com os impactos ambientais causados. 
O desenvolvimento das condicionantes é fundamentado na 
avaliação dos impactos previstos no Estudo de Impacto Ambiental 
e no Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), que foi elaborado 
pelo empreendedor ao solicitar a licença ambiental. Portanto, o órgão 
responsável pelo processo de licenciamento (IBAMA, órgãos estaduais ou 
Secretaria do Meio Ambiente do Município) estabelece as condicionantes 
a serem cumpridas. 
Cada etapa do processo de licenciamento (LP, LI ou LO) terá 
condicionantes específicas, e a licença seguinte só será emitida se todas 
as condicionantes anteriores tiverem sido cumpridas. 
Para decidir o conjunto de condicionantes, o órgão licenciador 
deverá analisar o EIA/RIMA em reuniões com a sociedade em audiências 
públicas, nas quais o projeto deve ser amplamente debatido. Deverá 
também consultar o empreendedor e, dependendo da natureza do 
empreendimento, da localização e do impacto gerado, outros órgãos 
governamentais, como Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto do 
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Ministério da Saúde, 
Vigilância Sanitária, entre outros, devem ser consultados. 
NOTA:
O principal documento que define as condicionantes 
é o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que é 
elaborado pelo empreendedor. Neste estudo, haverá o 
diagnóstico ambiental, com a avaliação dos impactos do 
empreendimento e as medidas preventivas, compensatórias 
e mitigadoras para os impactos previstos.
Gestão Ambiental
29
As condicionantes podem ser divididas em três grupos principais e 
são definidas pelos órgãos licenciadores: 
1. Mitigação e compensação. 
2. Estudos e monitoramento. 
3. Caráter administrativo e de procedimentos.
Condicionantes de Prevenção, Mitigação e 
Compensação
As condicionantes podem ser realizadas por meio de ações 
concretas no empreendimento ou a partir de estudos e monitoramento 
das atividades.
O que isso quer dizer? 
As ações concretas podem ser, por exemplo, o replantio de um 
tipo de vegetação em uma dada região, de maneira a compensar o 
desmatamento (inevitável) cometido durante o processo de licenciamento. 
As condicionantes podem ser divididas em preventivas, mitigatórias 
ou compensatórias. 
As preventivas, como o nome sugere, tendem a evitar que a 
atividade em questão cause danos ambientais. 
Já as medidas mitigadoras têm como objetivo minimizar ou 
reduzir os danos ambientais causados pela instalação ou operação do 
empreendimento ou atividade.
Por fim, a compensação é feita de maneira a substituir um dano 
ambiental que não teve como ser prevenido nem mitigado. Podemos citar 
como exemplo o caso de uma comunidade pesqueira que é prejudicada 
pela introdução de um novo empreendimento no local da pesca. Nessa 
situação, os responsáveis pelo novo empreendimento podem ter como 
condicionante a geração de um programa de apoio à pesca artesanal. 
Gestão Ambiental
30
Condicionantes de Estudos e Monitoramento
Esse tipo de condicionante exige do empreendedor um 
monitoramento de determinada atividade ou característica da região, 
que pode ser um meio físico, biótico, socioeconômico ou relacionado 
ao impacto ambiental que o empreendimento causou ou está causando 
durante a sua implantação.
O empreendedor também pode ser responsável por realizar 
estudos adicionais ao EIA, para mapear, de maneira adequada, o que 
uma nova atividade ou empreendimento podem impactar nos aspectos 
socioeconômicos, bióticos e físicos da região. 
Condicionantes Administrativos e de Procedimentos
As condicionantes administrativas estão relacionadas à legalidade 
e à regularidade do processo de Licenciamento Ambiental. É como 
o empreendedor se adequa a procedimentos legais, impessoais, 
morais e de publicidade e eficiência. Podemos exemplificar as medidas 
administrativas como a obediência dos prazos para apresentação dos 
documentos técnicos exigidos ou a apresentação de relatórios que 
comprovem a execução das obrigações previstas para se obter a licença. 
As condicionantes administrativas ainda podem ser divididas em 
genéricas, sem prazo; e específica, com prazo. 
As genéricas são as mais comuns e aplicáveis a praticamente 
todos os empreendimentos licenciados. Estão associadas ao padrão de 
qualidade ambiental exigido pelo órgão responsável pelo licenciamento. 
Podemos tomar como exemplo de condicionante genérica o controle das 
emissões ambientais de acordo com a atividade exercida, como efluentes 
líquidos e atmosféricos, ruídos, entre outros. 
As condicionantes sem prazo definido são direcionadas 
especificamente para a atividade ou o empreendimento objeto daquele 
licenciamento. Isso significa dizer que o cumprimento da condição não 
está relacionado a um prazo fixo, e sim deve ser realizado durante todo o 
prazo de vigência da licença.
Gestão Ambiental
31
As condicionantes específicas e com prazo têm dias, meses ou 
anos para o seu cumprimento e devem ser realizadas ou justificadas 
formalmente ao órgão ambiental, por meio de ofício. Exemplo: construção 
de uma contenção onde serão armazenados os óleos usados e o local 
dos compressores em um dado empreendimento. Nesse caso, solicita-se 
o envio de um arquivo fotográfico e determina-se um prazo de X dias a 
partir da emissão da licença. 
IMPORTANTE:
O não cumprimento de quaisquer condicionantes pode 
gerar consequências como pagamento de multas ou até 
suspensão e cancelamento da licença, ficando a punição à 
critério do órgão ambiental licenciador.
 Controle das Condicionantes
Quem acompanha a implementação das medidas e condicionantes 
solicitadas nas licenças são os órgãos envolvidos no licenciamento. Isto é, 
o acompanhamento do cumprimento ou não das condicionantes deve ser 
informado aos respectivos órgãos competentes, que pode ser o IBAMA 
ou órgão estadual responsável. 
Condicionantes de naturezas distintas podem ser acompanhados 
e vistoriados por órgãos distintos. Em caso de não cumprimento, cabe 
ao órgão licenciador a responsabilidade de revogar a licença ou aplicar 
outras penas, como multas. 
O acompanhamento e a validação do cumprimento das 
condicionantes recebem as seguintes classificações: cumprida, 
descumprida, em atendimento ou encerrada.
Gestão Ambiental
32
NOTA:
Uma condicionante cumprida pode ser considerada 
“encerrada”, porém em alguns casos, a condicionante, 
mesmo “cumprida”, pode gerar uma nova condicionante, 
dependendodo seu resultado. Esse fato é comum em 
condicionantes de monitoramento que acabam por indicar 
a necessidade de ações concretas.
Prazos de Validade das Licenças 
Ambientais
As licenças ambientais (LP, LI e LO) são emitidas para autorizar 
as etapas desde o planejamento de um empreendimento ou atividade 
até seu pleno funcionamento. Por isso, prazos de validade distintos são 
determinados para cada uma das licenças, como veremos em detalhes 
nas explicações a seguir. O prazo de validade vai depender de inúmeros 
fatores relacionados ao empreendimento. Entre eles, podemos destacar 
a atividade exercida, a situação ambiental do local de instalação e a 
tipologia do empreendimento. Por isso, o órgão ambiental licenciador vai 
estabelecer prazos e especificá-los a partir dos parâmetros estabelecidos 
na Resolução CONAMA nº 237/97. 
Quadro 1 – Tipos de licenças e seus prazos 
Etapa do 
Licenciamento Prazo mínimo Prazo Máximo
Licença Prévia (LP).
Estabelecido pelo 
cronograma.
Não superior a 5 anos.
Licença de 
Instalação (LI).
Estabelecido pelo 
cronograma.
Não superior a 6 anos.
Licença de 
Operação (LO).
4 anos. 10 anos.
Fonte: CONAMA (1997).
Gestão Ambiental
33
NOTA:
Os prazos só valem se forem obedecidas as condicionantes 
especificadas na expedição das licenças.
Prazos de Validade – Licença Prévia
Para a LP, determina-se que com a elaboração dos planos, dos 
programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, o prazo 
de execução precisa estar entre o mínimo estabelecido na licença, não 
podendo ultrapassar 5 anos.
Caso seja necessário, o empreendedor poderá solicitar renovações 
da LP, porém seu prazo total, desde a emissão original não poderá 
ultrapassar 5 anos. Contudo, se as condicionantes ambientais não 
forem atendidas dentro do prazo definido na licença, o processo de 
licenciamento será arquivado.
Prazos de Validade – Licença de Instalação
Havendo a aprovação do Plano Básico Ambiental e o consequente 
deferimento da solicitação da concessão da licença, o órgão ambiental 
licenciador vai emitir um parecer para a emissão da LI. O prazo de 
validade para a implantação e a instalação deverá estar entre o mínimo 
estabelecido pelo cronograma, não podendo ser superior a 6 anos.
EXPLICANDO MELHOR:
O conjunto de documentos técnicos em atendimento às 
condicionantes da LP, programas e projetos ambientais 
detalhados compõe o Projeto Básico Ambiental - PBA.
A licença de concessão da LI conterá todas as condicionantes que 
deverão ser atendidas antes do empreendedor solicitar a Licença de 
Operação (LO). 
Gestão Ambiental
34
Prazos de Validade – Licença de Operação
O parecer técnico emitido para o deferimento da concessão da LO 
necessita contemplar todas as condicionantes que deverão ser atendidas 
durante o prazo de validade dessa concessão. Dentro da LO, serão 
considerados os planos de controle ambiental, e sua validade estará entre 
4 e 10 anos no máximo. 
Durante o prazo da LO, o empreendedor deverá apresentar 
relatórios periódicos e o órgão licenciador é responsável por acompanhar 
a execução dos programas de monitoramento, além de fazer vistorias ao 
local.
Para renovar a LO, o empreendedor solicita com antecedência 
mínima de 120 dias para a expiração do prazo de validade, junto ao 
órgão ambiental, a prorrogação da licença do empreendimento. Por sua 
vez, o órgão licenciador responsável poderá modificar as medidas de 
controle e adequação, suspender ou cancelar a licença ou substituir as 
condicionantes já existentes, se porventura o empreendedor: 
 • Violar ou não se adequar a quaisquer condicionantes ou normas 
legais.
 • Omitir ou descrever falsamente informações relevantes que 
subsidiaram a expedição da licença.
 • Se houver graves riscos ambientais e de saúde.
NOTA:
O monitoramento da atividade precisa ser realizado 
de maneira contínua, procedendo-se a sua revisão e 
atualização periódica.
Gestão Ambiental
35
SAIBA MAIS:
Caso queira se aprofundar no assunto e ter mais informações 
acerca de Licenciamento Ambiental, consulte a página de 
Licenciamento Ambiental do Ministério do Meio Ambiente 
clicando aqui. 
RESUMINDO:
E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Refletimos 
que as condicionantes ambientais nada mais são do que 
compromissos e condições que o empreendedor precisa 
assumir com o órgão licenciador para que consiga obter 
e manter suas licenças ambientais. Nessas condicionantes 
estão contidas restrições, condições e medidas de controle 
ambiental que precisam ser seguidas pelo empreendedor e, 
ainda, as compensações que o responsável pela atividade 
deve promover de acordo com os impactos ambientais 
causados. Cada etapa do processo de licenciamento (LP, LI 
ou LO) terá condicionantes específicas e a licença seguinte 
só será emitida se todas as condicionantes anteriores 
tiverem sido cumpridas. As condicionantes podem ser 
divididas em grupos principais e definidas pelos órgãos 
licenciadores. Estudamos os seguintes grupos: de mitigação 
e compensação de estudos, de monitoramento e de caráter 
administrativo e de procedimentos. As LP, LI e LO autorizam 
etapas entre o planejamento de um empreendimento ou 
atividade até seu pleno funcionamento, por isso, prazos de 
validades distintos são determinados para cada uma delas: 
LP inferior a 5 anos, LI inferior a 6 anos e LO entre 4 e 10 
anos de validade. 
Gestão Ambiental
http://pnla.mma.gov.br/
36
Importância do Licenciamento
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
a importância do processo de Licenciamento Ambiental, 
compreendendo que o LA é muito mais do que um 
processo burocrático. E, então? Motivado para desenvolver 
esta competência? Então vamos lá. Avante!
Conservação dos Recursos Naturais
Os recursos naturais são elementos úteis ao homem desde o 
processo de desenvolvimento da civilização até a manutenção da 
sobrevivência e conforto das sociedades em geral. 
Figura 3 - Progresso x Sustentabilidade
Fonte: Freepik. 
Gestão Ambiental
37
A conservação e a preservação são termos distintos e dependem 
de diversos fatores aliados ao processo de conscientização ambiental 
tanto do poder público quando da sociedade. 
Sob essa perspectiva, a conservação contempla o amor à natureza, 
sem esquecer o uso racional e o manejo criterioso das espécies existentes. 
Os conservacionistas prezam pelo papel de gestor e, por serem parte 
integrante do ecossistema, trabalham em conjunto com políticas de 
desenvolvimento sustentável, de maneira a reduzir o uso de matérias-
primas, de energias não-renováveis e até mesmo estimular mudanças 
nos padrões de consumo em prol da sobrevivência dos ecossistemas.
A preservação já tem o foco em proteger a natureza independente do 
seu valor econômico e ou utilitário, e aponta o homem como causador da 
quebra do equilíbrio ecológico. O preservacionismo tem caráter protetor, 
com propostas de criação de santuários intocáveis, sem interferência 
dos avanços do progresso e sua consequente degradação. Sua posição 
radical não permite ações como explorar, consumir, pesquisar e, até 
mesmo, tocar.
Figura 4 – Preservar e conservar
Fonte: Freepik. 
Gestão Ambiental
38
Porém, a realidade atual exige de nós uma reflexão cada vez 
menos linear sobre a inter-relação homem/natureza. Nesse sentido, ao 
avançar sobre os mais diversos ecossistemas, o homem vem gerando 
diversas formas de impacto ambiental e desequilíbrio ecológico, o que 
implica a necessidade de se aumentarem as práticas sociais com base no 
fortalecimento do direito ao acesso à informação e à educação ambiental 
em uma perspectiva integradora. 
O dilema das sociedades modernas é conciliar o desenvolvimento 
tecnológico e o uso de recursos naturais com o equilíbrio da natureza. 
Isso porque temos visto, desde a década de 80, o inícioda preocupação 
do homem com os danos causados pelos seus atos, como chuvas ácidas, 
aumento do efeito estufa, ilhas de calor cada vez mais comuns nas 
cidades, buraco na camada de ozônio, poluição dos oceanos, extinção 
de diversas espécies e, também, o esgotamento rápido de recursos não 
renováveis.
A partir de 1987, com a divulgação do Relatório Brundtland (Nosso 
Futuro Comum), começou a ser defendida a ideia do Desenvolvimento 
Sustentável, não só reforçando as necessárias relações entre economia, 
tecnologia, sociedade e política, mas também chamando a atenção para 
a necessidade de uma nova postura ética em relação à preservação do 
Meio Ambiente. 
SAIBA MAIS:
O Relatório Brundtland é o documento intitulado Nosso 
Futuro Comum, publicado em 1987. O relatório faz parte de 
uma série de iniciativas, anteriores à Agenda 21, as quais 
reafirmam uma visão crítica do modelo de desenvolvimento 
adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas 
nações em desenvolvimento, e que ressaltam os riscos 
do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar 
a capacidade de suporte dos ecossistemas. Quer saber 
sobre ele? Clique aqui.
Gestão Ambiental
http://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/viewer.html?pdfurl=https%3A%2F%2Fambiente.files.wordpress.com%2F2011%2F03%2Fbrundtland-report-our-common-future.pdf&clen=16827805&chunk=true
39
Desse modo, o conceito de Desenvolvimento Sustentável surge para 
enfrentar a crise ecológica e estimular que as pesquisas tecnológicas e a 
exploração de matéria-prima levem em consideração não só o presente, 
mas a preservação para as gerações futuras. 
Controle Ambiental
O controle ambiental se baseia em grupos de regras destinados 
à fiscalização dos impactos ambientais negativos gerados pela ação 
antrópica (do homem), como emissões atmosféricas de gases do efeito 
estufa e descarte de resíduos sólidos gerados pela atividade de efluentes 
líquidos, de modo a corrigir ou reduzir os seus impactos sobre a qualidade 
ambiental.
Esse importante controle se dá por meio de três princípios: 
licenciamento, monitoramento e fiscalização. 
O licenciamento, como vimos até o momento, trabalha com a 
prevenção de possíveis intervenções negativas no Meio Ambiente. Para 
isso, utiliza o EIA/RIMA como ferramentas que possibilitam a prevenção 
e fornecem a um órgão do governo o poder de decisão sobre a melhor 
alternativa para um empreendimento a fim de minimizar os impactos 
ambientais gerados. 
O monitoramento é um instrumento que faz um elo entre o 
licenciamento e a fiscalização. É um órgão de controle que tem por 
responsabilidade estabelecer metas a serem atingidas pelo empreendedor, 
visando a manutenção da qualidade ambiental da atividade exercida. 
A fiscalização é considerada um instrumento de correção, em que é 
possível reparar um dano ou identificar um potencial risco de degradação 
ambiental. É uma ferramenta muito usada para corrigir os rumos do 
empreendimento, de maneira a minimizar ou reparar qualquer impacto 
que possa ser causado. 
Nesse contexto, é possível afirmar que métodos de monitoramento 
são uma importante ferramenta do Licenciamento Ambiental. A seguir, 
listaremos alguns desses métodos de avaliação de contaminantes que 
podem gerar riscos para o organismo:
Gestão Ambiental
40
Método químico:
 • Avalia a exposição, de modo a aferir os níveis de contaminantes 
bem conhecidos nos compartimentos ambientais.
Método de bioacumulação:
 • Avalia a exposição, de modo a aferir os níveis de contaminantes na 
biota ou determinando a dose crítica no local de interesse.
Método do efeito biológico:
 • Avalia a exposição e o efeito, de modo a determinar se as primeiras 
alterações adversas são parciais ou totalmente reversíveis.
Método da saúde:
 • Avalia o efeito do contaminante por meio do exame da ocorrência 
de doenças irreversíveis ou danos no tecido dos organismos.
Método de Análise dos Ecossistemas:
 • Avalia a integridade de um ecossistema por meio de um inventário 
de composição, densidade e diversidade das espécies, entre 
outros.
Método biológico ou de biomonitoramento:
 • Avalia mudanças no Meio Ambiente ou na qualidade da água por 
meio do uso de organismos vivos.
Importância do Licenciamento Ambiental
O Licenciamento Ambiental tem por objetivo principal promover 
uma análise sobre a viabilidade ambiental das atividades econômicas, de 
maneira a assegurar que os empreendimentos sejam instalados em locais 
ambientalmente adequados. 
Dessa forma, os responsáveis pelas atividades precisam adotar 
tecnologias que minimizem os possíveis impactos ambientais causados 
pelo seu empreendimento, de maneira a compatibilizar o desenvolvimento 
socioeconômico com a proteção ambiental. 
Gestão Ambiental
41
As atividades de acompanhamento e monitoramento dos impactos 
ocorrem de maneiras distintas:
 • Empreendedor: responsável pela proposição e execução do 
Programa de Acompanhamento e Monitoramento dos impactos 
decorrentes da implantação do seu empreendimento ou 
atividade. O programa é apresentado ao longo do processo de 
Licenciamento Ambiental para subsidiar a obtenção das licenças 
ambientais.
 • Órgão ambiental licenciador: responsável por acompanhar o 
programa proposto pelo empreendedor, de maneira a avaliar e 
fiscalizar o seu cumprimento. 
Os importantes procedimentos adotados pelo órgão licenciador 
para o acompanhamento e monitoramento ambientais garantem a 
diminuição dos danos ambientais. Para isso, é preciso muita atenção nos 
seguintes momentos: 
 • Recebimento e análise dos relatórios de monitoramento ambiental, 
elaborados pelo empreendedor por força das exigências das 
licenças ambientais concedidas. 
 • Realização de vistorias ao empreendimento ou atividade. Nesse 
caso, são elaborados relatórios com emissão de pareceres 
técnicos sobre a necessidade de aprimoramento das técnicas 
de controle propostas e implantadas, comunicando oficialmente 
ao empreendedor a necessidade de se rever seu programa de 
monitoramento e, se for o caso, aplicando-se as penalidades 
previstas em lei.
Os dados referentes ao monitoramento podem conduzir a uma 
modificação do projeto, de modo a contribuir para que normas ambientais 
sejam estabelecidas, e que critérios e métodos de avaliação ambiental 
sejam definidos. Sendo assim, abre-se para uma melhor previsão dos 
impactos ambientais de projetos ou programas semelhantes.
Os resultados do monitoramento são subsídios importantíssimos 
na análise dos impactos cumulativos ou sinérgicos em regiões como 
bacias hidrográficas, por exemplo, tornando-se objetos de planejamento 
regional. 
Gestão Ambiental
42
Atividades Passíveis de Licenciamento 
Ambiental
 • Extração e tratamento de minerais.
 • Indústria de produtos minerais não metálicos.
 • Indústria metalúrgica.
 • Indústria mecânica.
 • Indústria de material elétrico, eletrônico e comunicação.
 • Indústria de material de transporte.
 • Indústria de madeira.
 • Indústria de papel e celulose.
 • Indústria de borracha.
 • Indústria de couros e peles.
 • Indústria química.
 • Indústria de produtos de matéria plástica.
 • Indústria têxtil, de vestuário, calçados e artefatos de tecidos.
 • Indústria de produtos alimentares e bebidas.
 • Indústria de fumo.
 • Obras civis.
 • Serviços de utilidade.
 • Transporte, terminais e depósitos.
 • Turismo.
 • Atividades agropecuárias.
 • Uso de recursos naturais.
Gestão Ambiental
43
IMPORTANTE:
A atuação da fiscalização é de suma importância 
na realização de inspeções nas instalações de 
empreendimentos, uma vez que a situação é verificada do 
ponto de vista documental perante o órgão ambiental (se a 
atividade tem licença ambiental, se está dentro do prazo de 
validade etc.), bem como pontos críticos são observados 
nas instalações passíveis de provocar alguma degradação 
ambiental.
RESUMINDO:
E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo, tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que vocêrealmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. A Constituição 
Federal de 1988 incumbiu à coletividade o dever de 
defender e preservar o Meio Ambiente para os presentes 
e futuras gerações. Isso foi traduzido como o princípio da 
participação popular no trato das questões ambientais. 
Porém, nós só defendemos algo que conhecemos, não é 
verdade? Por isso, é de suma importância que a sociedade 
esteja informada para defender adequadamente o 
patrimônio ambiental brasileiro. O governo também tem 
como obrigação zelar pelo bem ambiental, de modo a ser 
responsável pela imputação genérica de publicidade e de 
dever de informação.. Esse importante controle público se 
dá por meio de três princípios: Licenciamento Ambiental, 
monitoramento e fiscalização. O licenciamento funciona 
com a prevenção de possíveis intervenções negativas 
no Meio Ambiente; a fiscalização é um instrumento de 
correção, em que é possível reparar um dano ou identificar 
um potencial risco de degradação ambiental, enquanto o 
monitoramento é um instrumento que faz um elo entre o 
licenciamento e a fiscalização.
Gestão Ambiental
44
REFERÊNCIAS
BRASIL. Caderno de Licenciamento Ambiental. Brasília: Ministério 
do Meio Ambiente, 2009. 
CONDICIONANTES. Instituto Pólis, [s. d.]. Disponível em: https://
polis.org.br/wp-content/uploads/BO-03_26_10_16.pdf. Acesso em: 18 
nov. 2019. 
PINTO, E. C. A importância do cumprimento de condicionantes 
da licença Ambiental. Mata Nativa, 2017. Disponível em: http://www.
matanativa.com.br/blog/cumprimento-de-condicionantes-da-licenca-
ambiental. Acesso em: 18 nov. 2019. 
SEBRAE-RJ. Manual de Licenciamento Ambiental: guia de 
procedimentos passo a passo. Rio de Janeiro: GMA, 2004. 
Gestão Ambiental
	Definições e Tipos de Licenças Ambientais
	Meio Ambiente e sua História
	Marco Internacional: Conferência de Estocolmo
	Marco Brasileiro: Criação da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA)
	Conceito de Licenciamento Ambiental
	Tipos de Licença Ambiental
	Licença Prévia (LP):
	Licença de Instalação (LI):
	Licença de Operação (LO):
	Procedimentos Para Obtenção das Licenças Ambientais
	Órgãos Licenciadores
	Passos Para a Obtenção da Licença
	Concessão de Licença Prévia (LP)
	Concessão de Licença de Instalação (LI)
	Concessão de Licença de Operação (LO)
	Documentos Exigidos para Obtenção da Licença
	Condicionantes e Prazos de Validade
	Condicionantes Ambientais
	Condicionantes de Prevenção, Mitigação e Compensação
	Condicionantes de Estudos e Monitoramento
	Condicionantes Administrativos e de Procedimentos
	 Controle das Condicionantes
	Prazos de Validade das Licenças Ambientais
	Prazos de Validade – Licença Prévia
	Prazos de Validade – Licença de Instalação
	Prazos de Validade – Licença de Operação
	Importância do Licenciamento
	Conservação dos Recursos Naturais
	Controle Ambiental
	Importância do Licenciamento Ambiental
	Atividades Passíveis de Licenciamento Ambiental

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