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CREDITO PUBLICO E ENDIVIDAMENTO PUBLICO
CRÉDITO PÚBLICO
  	A palavra crédito tem origem do latim creditum, que por sua vez advém de credere, cujo significado é confiança. Portanto crédito é confiança.
 	São elementos do crédito: a confiança e o prazo. A confiança que o credor deposita na pessoa a quem concede o crédito de que a mesma lhe restituirá o capital. O prazo significa a troca de um valor presente por um valor futuro.
 	“Crédito público é a faculdade que tem o Estado de, com base na confiança que inspira e nas vantagens que oferece, obter, mediante empréstimo, recursos de quem deles dispõe, assumindo, em contrapartida, a obrigação de restituí-los nos prazo e condições fixados”.
O Estado pode obter crédito público de duas formas:
contraindo empréstimos de entidades públicas ou privadas, nacionais, estrangeiras ou internacionais;
emitindo títulos e colocando-os junto aos tomadores privados de um determinado mercado, está também é uma forma de empréstimo público.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
 	Como importante manifestação de competência financeira, a contratação de empréstimos pelo poder público é subordinada, hoje, a severa disciplina constitucional.
 	Além dos princípios expressos no "caput" do art. 37 da Constituição Federal – legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência – convém que se reconheça a importância e oportunidade de serem trazidos à lembrança princípios perfeitamente cabíveis ao tema, como os da transparência e seriedade.
 	Enfim, na essência, o conjunto dos princípios e regras que a Constituição cidadã expõe para este tema reúnem-se no que se poderia designar por "sistema constitucional financeiro" que se apresentam voltados à disciplina da atividade financeira pública.
Comentários sobre esses princípios:
 	a) da legalidade: é também conhecido como "princípio da autonomia da vontade" por trata-se de norma principiológica nascida voltada originariamente para o indivíduo, materializando-se pela primeira vez na Constituição no art. 5°, II . Contudo, essa previsão legal, em especial, vem dirigir-se de forma mais incisiva à pessoa, física ou jurídica, que poderá fazer ou deixar de fazer tudo aquilo que a lei não lhe impor veto. Assim, mais especificamente, o princípio constante do "caput" do art. 37 da Constituição é o responsável por exprimir a obrigatoriedade que terá a Administração Pública, na figura do gestor público, de ver-se sujeitado à formalidade das prescrições legais; ou seja, é o princípio a apontar que a origem dos créditos públicos deverá, necessariamente, ser regulada por leis federais específicas e que somente poderão ser tomados nos moldes legais fixados por tais leis;
 	b)da impessoalidade: em verdade, vem representar um corolário ao princípio da legalidade. É caracterizado por forçar a Administração para que esta observe, nas suas decisões, os critérios objetivos previamente estabelecidos na norma legal – em função da obrigatoriedade na sua vinculação – afastando a discricionariedade do Administrador e a possibilidade de subjetivismos na condução dos atos públicos; ou seja, não deve o gestor público agir em prol de interesses pessoais, devendo agir sempre com impessoalidade, o que é fundamental, quando se tem o poder de contratar empréstimos de assombrosos valores;
 	c) da moralidade: é bom que de logo seja ressaltado que defende-se que a moralidade não necessitaria estar prevista em qualquer lei para ser passível de ser exigida do Administrador Público – pois, não terá qualquer lei o condão de fazer nascer, fazer surgir a moral em um indivíduo; afinal nascemos já dotados ou não desse atributo, vez que o mesmo é intrínseco ao caráter de cada ser humano. Assim, apesar de elevada ao "status" de princípio, a moralidade, em verdade, deveria ser vista tão somente como um atributo necessário e até mesmo indissociável da tarefa de qualquer cidadão que venha a exercer quaisquer das funções públicas, em especial aquelas relacionadas com a responsabilidade pelo desembolso ou arrecadação das verbas públicas, o que se adequa perfeitamente ao assunto em estudo: os créditos públicos;
 	d) da publicidade: consiste em fazer com que através da divulgação dos atos emanados da Administração Pública todos tenham conhecimento das ações do Estado, de tal forma que qualquer indivíduo possa se sentir em condições de fiscalizar quaisquer das atividades administrativas do Poder Público em geral e, dentre elas, incluem-se os empréstimos públicos que irão compor os créditos públicos;
 	e) da eficiência: que vem referir-se à possibilidade que o Estado tem de equacionar para obter maiores e melhores resultados, independentemente de se tratar dos planos social, econômico ou administrativo. Contudo, especificamente focado ao assunto em estudo, o princípio da eficiência pode ser traduzido pelo equacionamento das receitas e despesas públicas, aumentando tanto a base de arrecadação como o volume das soluções implementadas; é o controle fiscal, com maior eficiência, para minimizar gastos e maximizar resultados, com o melhor aproveitamento do crédito público disponível;
 	f) da transparência: podendo ser confundido com o princípio da publicidade, esse princípio faz com que no orçamento público constem, expressa e claramente, todos os empréstimos assumidos pelo Estado, de tal forma que sejam de conhecimento amplo;
 	g) da seriedade: que poderia, em uma primeira e rápida análise, ser equivocadamente confundido com o princípio da moralidade, na verdade vem querer significar a gravidade do comprometimento do Estado e que deve ser considerado para que se honre o compromisso assumido com o credor do crédito público – decerto que, para tanto, fundado no princípio da moralidade pública. Assim, honrando-se a seriedade do negócio jurídico pactuado, torna-se irretratável a promessa assumida pelo Estado com a contratação do empréstimo, sendo ainda assegurada a restituição do crédito tomado, acrescido dos juros contratados.
ENDIVIDAMENTO PUBLICO
EMPRÉSTIMO PÚBLICO
 	Empréstimo público é a operação pela qual o Estado recorre ao mercado interno ou externo em busca de recursos dos quais necessita, devido, em regra, a insuficiência da arrecadação tributária, assumindo a obrigação de devolver o capital nas condições por ele fixadas.
 	O empréstimo público distingue-se dos tributos, por não ser compulsório e prever devolução. Os tributos são obrigatórios e, em regra, não possuem promessa de devolução (no empréstimo público o Estado sempre assume a obrigação de restituir o capital acrescido das vantagens e nas condições determinadas).
 NATUREZA JURÍDICA DO EMPRÉSTIMO PÚBLICO
 	A maioria da doutrina entende que o empréstimo público é um contrato. Não obstante alguns autores negarem essa natureza contratual, afirmando que o empréstimo público seria uma obrigação unilateral assumida pelo Estado, na qual a fonte direta não seria a vontade das partes e sim a lei.
 	Certamente o empréstimo público é um contrato de adesão, que se dá dentro de um regime jurídico de direito público, mas não deixa por isso, de ter natureza contratual, pois o mutuante tem a faculdade de não aceitar as condições impostas em bloco pelo Estado e desta forma, não emprestar o dinheiro ou não comprar o título emitido pelo Estado.
 	Importante destacar que essa natureza contratual não existirá no caso de empréstimos obrigatórios, como o empréstimo compulsório (art. 148 da Constituição Federal), por exemplo. Os empréstimos obrigatórios são na realidade tributos restituíveis.
 CLASSIFICAÇÃO DO EMPRÉSTIMO PÚBLICO
Quanto à forma:
1. Voluntários: Estado não utiliza qualquer forma de coação para obter os recursos.
2. Semi-obrigatórios ou Patrióticos: o Estado indiretamente coage o mutuante à conceder o empréstimo, utilizando-se de meios de pressão social.
3. Obrigatórios: o Estado obriga o mutuante a conceder o empréstimo, nesse caso o empréstimo perde sua natureza contratual, e passa a ser um verdadeiro tributo.
Quanto à origem:
1. Interno: obtido dentro do território nacional, não importando se orecurso vem de nacionais ou estrangeiros.
2. Externo: obtido no exterior, de governos estrangeiros, de entidades estrangeiras ou internacionais.
Quanto ao prazo:
1. Prazo longo: a devolução pelo Estado é realizada a longo prazo.
2. Prazo curto: o Estado tem que efetivar o pagamento em um curto período.
3. Perpétuos: não tem previsão de data para pagamento.
Quanto à competência:
1. Federal: empréstimo público tomado pela União.
2. Estadual: empréstimo público realizado pelo Estado-membro.
3. Municipal: empréstimo público feito pelo Município.
CONDIÇÕES DO EMPRÉSTIMO PÚBLICO
 	No empréstimo particular, em regra, os juros são a única vantagem oferecida ao mutuante. Mas no empréstimo público, para que esta operação à qual o Estado recorre tenha sucesso, devem ser oferecidas outras vantagens além dos juros.
 	São algumas das vantagens oferecidas: realização dos denominados empréstimos em loteria (nos quais são realizados sorteios periódicos e os sorteados recebem na hora a quantia emprestada e os juros); concessão de privilégios fiscais(isenção fiscal dos rendimentos dos títulos, por exemplo); atribuição de vantagens jurídicas aos títulos (como impenhorabilidade dos mesmos).
 GARANTIAS DO EMPRÉSTIMO PÚBLICO
As garantias oferecidas pelo Estado ao mutuante do empréstimo público, são de duas ordens:
Garantia da devolução da quantia emprestada: que pode ser por exemplo a indicação de fiadores, a vinculação de determinadas rendas do Estado ao pagamento.
Garantia contra a desvalorização da moeda: por exemplo as garantias de câmbio (vinculação do valor do pagamento a moeda estrangeira no momento da devolução), a cláusula ouro (valor do pagamento vinculado a cotação internacional do ouro).
AMORTIZAÇÃO DO EMPRÉSTIMO PÚBLICO
As formas clássicas de pagamento, de resgate do empréstimo público são:
todos os títulos são resgatados simultaneamente na data do vencimento;
pagamento em série por meio de sorteios periódicos;
por meio do pagamento de rendas vitalícias;
através de saldos orçamentários (o Estado compra seus próprios títulos na Bolsa, geralmente quando a cotação está abaixo do valor nominal).
CONVERSÃO DO EMPRÉSTIMO
 	“Conversão é a alteração feita pelo Estado, após a emissão, de qualquer das condições fixadas para a obtenção do crédito público, objetivando diminuir a carga anual do encargo que ele tem de suportar, em contrapartida à subscrição”.
Sob o aspecto jurídico temos três tipos de conversão:
FORÇADA: “em que o Estado impõe ao mutuante a substituição do título primitivo por um novo, que oferece menor vantagem que o anterior, podendo tal imposição ser feita indiretamente, quando, por exemplo, o Estado não obriga a referida substituição, mas decreta a caducidade dos títulos que não forem substituídos; tal modalidade de conversão atenta contra o direito adquirido do mutuante e é repelida nos países em que os tribunais controlam a constitucionalidade das leis”.
FACULTATIVA: o Estado não obriga à substituição do título, ele concede ao mutuante, sem exercer qualquer forma de coação, a possibilidade de escolher trocar seu título primitivo por um novo, que não lhe retira nenhuma vantagem e ainda lhe oferece um juro maior ou de permanecer com o título antigo.
OBRIGATÓRIA: o Estado oferece ao mutuante o direito de opção que consiste no reembolso do valor do título primitivo (descontados juros) ou na troca por outro título que oferece uma vantagem menor.
REPÚDIO DA DÍVIDA
 	Ocorre quando o Estado, independentemente da vontade de quem lhe concedeu o empréstimo, cancela a dívida, não realizando seu pagamento. Essa prática desmerece a confiança que o Estado inspira, podendo ser causa de dificuldades na hipótese de precisar de novos empréstimos.
DÍVIDA PÚBLICA
 	Dívida pública é quanto o governo deve para entidades e para a sociedade. O governo toma dinheiro emprestado para financiar parte dos seus gastos que não são cobertos com a arrecadação de impostos, ou para a gestão financeira – para alcançar controlar o nível de atividade, o crédito ou o consumo ou para captar dólar. 
 	A dívida do governo pode ser interna (quando o credor está dentro do país), ou externa (fora do país) para bancos públicos ou privados, investidores privados, instituições financeiras internacionais e governos de outros países.
 A expressão “dívida pública” pode ser considerada em dois sentidos:
Sentido amplo: compreendendo tudo que o Estado deve, seja a que título for, seja qual for a origem do débito.
Sentido estrito: compreende apenas os débitos oriundos de empréstimos públicos.
CLASSIFICAÇÃO DE DÍVIDA PÚBLICA EM SENTIDO AMPLO 
“Em sentido amplo ou lato, compreende todas as obrigações do Estado para com seus credores, seja qual for a sua origem, como caução, depósito, prestação de serviços, fianças, pensões, aposentadorias, fornecimento de bens, sentenças judiciais ordenatórias de pagamentos e empréstimos”.
CLASSIFICAÇÃO DE DÍVIDA PÚBLICA EM SENTIDO ESTRITO
“Em sentido estrito ou restrito, no entanto, a dívida pública é aquela cuja obrigação de pagamento decorra apenas de empréstimos”. (Luiz Emydgio Frankiln da Rosa Junior)
“Decorrência natural dos empréstimos obtidos pelo governo, a dívida pública advém dos contratos firmados entre o ente público tomador do empréstimo com terceiros, nacionais e internacionais emprestadores dos recursos. Consiste, na verdade, no reconhecimento da obrigação, no passivo, do conjunto de compromissos envolvendo os juros e a amortização do capital, de curto e longo prazos, assumidos e devidos pelo Estado” (Sérgio Jund).
Referencia
Atividade Financeira do Estado / Despesa Publicado em 19 de agosto de 2008-http://www.aprendatributario.com.br/?p=13 - Pesquisado em 17-04-2014
Sandra Reis da Silva - Crédito público - Publicado em 12/2006. Elaborado em 06/2006. - http://jus.com.br/artigos/9328/credito-publico - Pesquisada em 17-04-2014
TIAGO MAGGI DE SOUSA – Via Jus - Crédito público - http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=115 – Pesquisado em 17-04-3014

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