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Difilobotríase
Definições
Filo:Plathyhelminthes
Classe:Cestoda
Gênero: Diphyllobothrium spp
Espécie: Diphyllobothrium latum
História
Ovos da espécie Diphyllobothrium pacificum foram detectados em excrementos fossilizados de múmias Chinchorro do Chile, com idade estimada de 4.000 a 5.000 anos. Ao adotar o hábito de comer peixe cru ou mal cozido os nativos adquiriram o verme cestódio Diphyllobotrium pacificum. Na Europa, Ásia e América do Norte são descritos casos do Diphyllobothrium latum.
A doença é comum em países como Chile, Peru e Argentina, por ingestão de salmão contaminado. A difilobotríase é uma doença comum em áreas com hábito alimentar de ingestão de peixes crus ou mal-cozidos. Na América do Sul há registro de casos de difilobotríase veiculada por peixes de água doce (Diphyllobothrium latum) ou de água salgada (Diphyllobothrium pacificum).
Definição
O Diphyllobothrium spp é um cestóide, conhecido como um dos maiores parasitas intestinais do homem, conhecido como a "tênia" do peixe. Diversas espécies de Diphyllobothrium podem parasitar os seres humanos, mas na América do Sul estes casos estão restritos a duas espécies: o D. pacificum e D. latum, sendo esta a mais prevalente. O parasita pode persistir no intestino humano por mais de dez anos, instalando-se no intestino delgado e podendo atingir de dez a quinze metros de comprimento, com mais de 3.000 proglotes.
Modo de Transmissão
Não há transmissão direta pessoa-a-pessoa. A contaminação se dá através da ingestão de peixes crus, defumados em temperatura inadequada ou mal cozidos que contém a larva infectante. O Homem é o hospedeiro definitivo.
Ciclo de Vida
“O ciclo de vida deste parasita envolve 01 hospedeiro definitivo, no caso o homem e 02 hospedeiros intermediários”. O homem ingere o peixe contaminado com a larva infectante denominada plerocercóide. No intestino do homem atinge o estágio adulto. No homem, o verme adulto se localiza no jejuno (I.D), podendo atingir até quinze metros de comprimento, contendo mais de 3.000 proglotes. Como é hermafrodita, cada proglote, apresenta órgão sexual masculino e feminino. O Diphyllobotrium spp instalado no intestino delgado, ataca a mucosa. Ovos são liberados pelas proglotes (anéis grávidos) e eliminados nas fezes do hospedeiro. Em contato com a água, e dependendo da temperatura, de oito dias a várias semanas o embrião contido no ovo diferencia-se em coracídios, que então saem dos ovos. Estes, quando ingeridos por pequenos crustáceos, transformam-se em larvas procercóides. Os peixes ingerem o crustáceo que contêm a larva, então esta migra para os músculos do peixe, desenvolvendo-se larvas plerocercóides.
A transmissão pode ocorrer, quando um peixe de maior tamanho se alimenta de um peixe de menor tamanho contaminado. Como os seres humanos geralmente não ingerem pequenos peixes crus ou mal-cozidos, estes não representam importante fonte de infestação. Entretanto, os pequenos peixes podem ser ingeridos por espécies de peixes maiores e predadores. Nestes casos, a larva "plerocercóide" pode migrar para a musculatura do peixe predador e os seres humanos se infectam pelo consumo do peixe cru ou mal cozido contendo a larva plerocercóide. Após a ingestão, a larva "plerocercóide" se desenvolve em verme adulto imaturo, localizando-se no intestino delgado. Os vermes adultos do D. latum aderem à mucosa intestinal do homem e iniciam seu ciclo no hospedeiro definitivo.
Reservatório
O principal reservatório da doença é o ser humano infectado, que eliminam ovos nas fezes, bem como cães, ursos e outros mamíferos piscívoros.
Período de incubação
Caracteriza-se por um período de 5 a 6 semanas, desde a ingestão dos ovos até a eliminação do agente pelas fezes.
Sinais e Sintomas
Os sinais e sintomas são variáveis, de acordo com o desenvolvimento atingido pelo parasita no homem. A maioria dos casos apresenta-se de forma assintomática, entretanto, podem ocorrer distensão abdominal, flatulência, cólica abdominal intermitente, emagrecimento e diarréia, sendo uma complicação importante a anemia grave.
 Diagnóstico
O Diagnóstico laboratorial da difilobotríase é realizado por microscopia mediante a detecção de ovos ou proglotes nas amostras de fezes. É importante a diferenciação do parasita com outras espécies de cestódeos e helmintos para o tratamento adequado.
Tratamento
A droga de escolha é o praziquantel (10 mg/kg de peso em dose única). A administração de vitamina B12 pode ser necessária para correção da anemia.
Medidas preventivas
Evitar consumir pescados crus, defumados em temperatura inadequada ou mal cozidos, os quais devem ser consumidos bem cozidos. O congelamento do peixe cru, durante 24 horas a – 18 º C ou a irradiação do produto inativam o parasita. O congelamento a – 20 º C, por 7 dias, é também um procedimento recomendado para inativar, não apenas o parasita da difilobotríase, mas as outras parasitoses de peixes assegurando a proteção do consumidor de sushis/sashimis ou outros pratos da culinária japonesa à base de peixes crus.

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