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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DALILA TEIXEIRA RODRIGUES (201310659) REBECA ABREU DE ABREU (201310668) PREPARO DE SOLUÇÕES EM MOL/L ILHÉUS-BAHIA 2013 i SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1 2 OBJETIVOS .......................................................................................................... 3 3 PARTE EXPERIMENTAL .................................................................................. 3 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................... 4 5 CONCLUSÕES ..................................................................................................... 6 6 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 6 7 ANEXO 1- QUESTIONÁRIO............................................................................... 6 1 1. INTRODUÇÃO Soluções são definidas como misturas homogêneas de substâncias que acabam por possuírem propriedades físicas próprias decorrentes da sua composição. As soluções são classificadas de acordo com as substâncias que o constituem, suas quantidades relativas e o seu estado físico (RUSSEL, 1994). Numa solução uma ou mais substâncias encontram-se dissolvidas em outra que está relativamente em excesso. A substância presente em maior quantidade é denominada de solvente, enquanto as em menores quantidades são chamadas de solutos. A quantidade relativa entre solvente e soluto chama-se de concentração (RUSSEL, 1994). A concentração de uma solução é uma propriedade intensiva, ou seja, tomando-se uma amostra da solução, não importando a alíquota tomada, a relação entre o soluto e o solvente, concentração, será sempre mantida. Os tipos de concentração mais comuns são a concentração comum e a molar. A concentração comum relaciona a massa do soluto m em gramas sobre o volume de solução V em litros, sendo referida a partir da eq.(1) a seguir: 𝐶 = 𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢 çã𝑜 (1) A concentração molar por sua vez relaciona o número de mols n de soluto pelo volume V da solução em litros sendo representada pela eq.(2) a seguir: 𝑀 = 𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢 çã𝑜 (2) A concentração comum é dada em g/L podendo ser representada por C, enquanto a concentração molar, ou molaridade é dada em mol/L podendo ser representada por M ou c (CHANG,2010). Em atividades laboratoriais para efeitos práticos é comum armazenar soluções mais concentradas, a estas soluções dá-se o nome de soluções estoque. Geralmente para utilizar as soluções estoque é necessário diminuir a sua concentração, para isto utiliza-se a técnica da diluição. Partindo do princípio da conservação da quantidade de substância, toma-se uma alíquota qualquer de uma solução estoque que manterá o número de mols de soluto mesmo havendo a adição de solvente, rearranjando as eq.(1) e (2) pelo número de mols de soluto a diluição pode ser representada pela eq.(4) a seguir: 𝑀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 × 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 × 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 (4) 2 Onde o produto da concentração molar Minicial da solução estoque pelo seu volume Vinicial é igual ao produto da concentração molar Mfinal da solução a ser obtida pelo seu volume Vfinal buscado (ATKINS, 2001). 3 2. OBJETIVOS - Preparar uma solução de HCl 0,2 mol/L a partir de solução estoque HCl 2,0 mol/L. - Preparar uma solução de CuSO4 0,15 mol/L a partir do sólido. 3. PARTE EXPERIMENTAL 3.1. Materiais utilizados - 01 balança analítica; - 02 béqueres de 100 mL; - 01 bastão de vidro; - 01 vidro de relógio; - 02 balões volumétricos 100 mL; - 01 pipeta volumétrica 10 mL; - Espátula; - Pipeta de Pasteur; - Água destilada; - Solução estoque HCl 2,0 mol/L; - Sulfato de cobre (CuSO4 . 5H2O). 3.2. Métodos utilizados 3.2.1. Preparo da solução de CuSO4 0,15 mol/L Pesou-se 3,8210g de CuSO4 . 5H2O em uma balança analítica usando um vidro de relógio previamente tarado. Transferiu-se a massa pesada para o béquer de 100 mL. Adicionou-se cerca de 20 mL de água destilada ao béquer e agitou-se com o bastão de vidro até a completa dissolução. Transferiu-se a mistura para o balão volumétrico 100 mL e completou-se o volume do mesmo com água destilada, lavando o béquer para a total transferência do soluto. Acertou-se o menisco com o auxílio de uma pipeta de Pasteur. Homogeneizou-se. Reservou-se. 4 3.2.2. Preparo da solução HCl 0,2 mol/L Transferiu-se cerca de 20 mL de água destilada para um balão volumétrico 100 mL. Transferiu-se com a pipeta volumétrica 10 mL da solução estoque HCl 2,0 mol/L para o balão volumétrico 100 mL com água. Completou-se o volume do mesmo com água destilada, acertando o menisco com o auxílio de uma pipeta de Pasteur. Homogeneizou-se. Reservou-se. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados referentes às práticas experimentais estão apresentados a seguir. 4.1. Preparo das soluções de CuSO4 Neste caso, realizou-se uma dissolução, pois o reagente utilizado encontrava-se na forma sólida. Para o preparo de 100 mL de solução CuSO4 0,15 mol/L necessitou-se de 0,015 mol de CuSO2 segundo o princípio da conservação do número de mols. O rótulo do CuSO4 utilizado no experimento possuía a informação sobre o reagente estar na forma de penta-hidratado (CuSO4. 5H2O) possuindo massa molar 249,69 g/mol e grau de pureza de 98%, devendo portanto ser efetuada as devidas correções antes do ato da pesagem. Segundo o Atkins (2001) a massa molar do sulfato de cobre anidro é 159,608 g/mol. Assim 0,015 mol de CuSO4 puro corresponde à: 1 mol 𝑑𝑒 𝐶𝑢𝑆𝑂4 − 159,608 g 0,015 mol 𝑑𝑒 𝐶𝑢𝑆𝑂4 − 𝑥 𝑥 = 159,608𝑔 × 0,015 mol = 2,39412 g de CuSO4 Portanto, para obter certas quantidades de CuSO4a partir de CuSO4. 5H2O fora estabelecida a relação entre as massas: 249,69 g de CuSO4. 5H2O − 159,608 g de CuSO4 Assim a quantidade a ser pesada do reagente seria de 3,7454g, porém no rótulo do reagente era informado o teor de pureza de 98%, portanto a quantidade real de soluto a ser pesada deveria ser de: 5 98% − 3,7454 g 𝑑𝑒 𝐶𝑢𝑆𝑂4. 5𝐻2𝑂 100% − 𝑦 g de 𝐶𝑢𝑆𝑂4. 5𝐻2𝑂 𝑦 = 3,7454 g × 100 98 = 3,8218 g 𝑑𝑒 𝐶𝑢𝑆𝑂4. 5𝐻2𝑂 Não é possível afirmar que a solução preparada tenha concentração exata de 0,15 mol/L, principalmente por o sulfato de cobre ser uma substância higroscópica, para tal feito seria necessária a padronização da solução. 4.2 Preparo da solução HCl 0,2 mol/L No preparo dessa solução foi realizada uma diluição, já que foi feita a partir de uma solução mais concentrada. A quantidade de HCl a ser coletada da solução estoque fora calculada a partir da equação (4), sendo a concentração inicial de 2,0 mol/L e a final de 0,2 mol/L para um volume final de 100 mL, assim reescrevendo a equação, o volume a ser coletado seria de: 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑀𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 × 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 0,2 mol/L × 100 mL 2,0 mol/L = 10 mL Ao se adicionar o ácido ao balão volumétrico adicionou-secerta quantidade de água anteriormente para evitar eventuais acidentes uma vez que a adição direta de água às soluções concentradas de ácidos pode causar a ejeção de partículas em temperatura elevada devido à liberação imediata de energia em altas quantidades, assim realizou-se a pré-dissolução do ácido em água e adicionando-o de pouco a pouco. 6 5. CONCLUSÃO No preparo de soluções deve-se atentar para o grau de pureza das substâncias utilizadas, a natureza do soluto e o volume final que se quer obter. Deve-se atentar para as instruções de segurança durante o preparo de soluções, pois alguns reagentes são potencializados quando em solução, outros liberam energia quando solubilizados podendo acarretar acidentes. 6. REFERÊNCIAS ATKINS, P.; JONES, L.; Princípios de Química – Questionando a vida moderna e o meio ambiente, Porto Alegre: Ed. Bookman, 2001. CHANG, R. Química Geral: Conceitos essenciais. 4. ed. Editora: AMGH: Porto Alegre, 2010. MAIA, D. Práticas de Química para Engenharia. 1 ed. Editora Alínea e Átomo: São Paulo, 2008. RUSSEL, J. B. Química Geral. 2.ed. Editora Pearson Makron Books: São Paulo, 1994. ANEXO 1- QUESTIONÁRIO 1) Como deve ser o preenchimento do balão volumétrico até o menisco? Faça um dese- nho mostrando este procedimento. Figura 1: Preenchimento do balão volumétrico 7 O preenchimento do balão volumétrico deve ser finalizado com o auxilio de uma pipeta de Pasteur, mantendo o traço de aferição na altura dos olhos para evitar erro de paralaxe. A parte inferior da concavidade formada pela água deve estar imediata- mente na linha de aferição. 2) O que é uma dissolução exotérmica e uma dissolução endotérmica? O que ocorre com a temperatura da solução em cada caso? A dissolução exotérmica ocorre quando a energia necessária para a dissociação das partículas é menor do que a energia liberada na solvatação ocasionando um au- mento da temperatura no recipiente, tal processo é observado na dissolução do hidró- xido de sódio em água. A dissolução endotérmica é o oposto, a energia absorvida é menor do que a libera- da causando um resfriamento nas mediações. 3) Explique o que é uma substância higroscópica e o que é uma substância deliquescente. As substâncias higroscópicas são aquelas que absorvem facilmente a umidade do meio, como o hidróxido de sódio e o sulfato de cobre. Necessitando agilidade na pe- sagem deles, devido à formação de compostos hidratados. As substâncias deliquescentes são aquelas que mudam para a fase líquida quando expostas à umidade do ar devido a menor pressão de vapor da água no composto do que na atmosfera. A deliquescência é uma propriedade relativa por depender as ca- racterísticas momentâneas do meio. Toda substância deliquescente é higroscópica, mas o contrário nem sempre é ver- dadeiro. 4) O que significa transferir quantitativamente o soluto para o balão volumétrico? Adotar métodos que assegurem que todo soluto está sendo transferido. Em tal pro- cedimento, depois de escorrer o soluto pré-dissolvido no balão, deve-se lavar o reci- piente com o solvente e novamente efetuar a transferência. 5) Por que devemos colocar primeiro o soluto e só depois completar com água o balão volumétrico? 8 O volume do soluto, se este for adicionado após o preenchimento total do balão vo- lumétrico, pode fazer com que o menisco ultrapasse o traço de aferição e comprometa a exatidão da concentração. 6) Quais devem ser as massas de CuSO4 para preparar as seguintes soluções: a) 500 mL de solução 0,5 mol/L; Adotando a massa molar do CuSO4 igual á 159,608 g/mol e usando as equações an- teriormente mencionadas, temos: 𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 0,5 𝑚𝑜𝑙/𝐿 × 0,500 𝐿 = 0,250 𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 0,250 𝑚𝑜𝑙 × 159,608 𝑔/𝑚𝑜𝑙 = 39,9 𝑔 b) 250 mL de solução 0,1 mol/L. 𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 0,1 𝑚𝑜𝑙/𝐿 × 0,250 𝐿 = 0,025 𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 0,025 𝑚𝑜𝑙 × 159,608 𝑔/𝑚𝑜𝑙 = 3,99 𝑔 7) Quais os volumes de HCl concentrado para preparar as seguintes soluções: a) 500 mL de solução 0,5 mol/L; Considerando HCl de concentração 12,0 mol/L e utilizando equações anteriores, obtemos: 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 0,5 𝑚𝑜𝑙/𝐿 × 0,500 𝐿 12 𝑚𝑜𝑙/𝐿 = 0,0208 𝐿 b) 250 mL de solução 0,1 mol/L. 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 0,1 𝑚𝑜𝑙/𝐿 × 0,250 𝐿 12 𝑚𝑜𝑙/𝐿 = 0,00208 𝐿 8) Quais devem ser as massas de NaOH para preparar as seguintes soluções: a) 500 mL de solução 0,5 mol/L; Considerou-se a massa molar do NaOH igual á 40,00 𝑔/𝑚𝑜𝑙. 𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 0,5 mol/L × 0,500 L = 0,250 mol 𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 0,250 mol × 40,00 g/mol = 10,0 𝑔 b) 250 mL de solução 0,1 mol/L. 𝑛𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 0,1 𝑚𝑜𝑙/𝐿 × 0,250 𝐿 = 0,025 𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 0,025 𝑚𝑜𝑙 × 40,00 𝑔/𝑚𝑜𝑙 = 1,00 𝑔
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