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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I

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1 
 
 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FASE POSTULATÓRIA 
I. DA FORMAÇÃO DO PROCESSO 
 
O processo se inicia com a propositura da demanda. 
A demanda vai ser considerada proposta somente quando a petição inicial for 
protocolada (art. 132 do CPC). A data do protocolo da petição inicial é a mesma data do 
início do processo. 
➢ Demanda: é ato jurídico que requer forma especial – conteúdo; 
➢ Petição inicial: é a forma especial que a demanda pede – forma. 
 Quando a petição for protocolada e der início ao processo surge a litispendência 
(pendência da causa) e, a partir daí o processo já produz efeitos, porém não para todos: 
➢ Efeitos da litispendência para o autor: desde a formação do processo; 
➢ Efeitos da litispendência para o réu: somente depois da citação (art. 312 c/c 
art. 240 do CPC). 
Art. 312 do CPC: “Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for 
protocolada, todavia, a propositura da ação só produz contra o réu os efeitos 
mencionados no art. 240 depois que for validamente citado”. 
Art. 240 do CPC: “A citação válida, ainda quando ordenada por juízo 
incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o 
devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406/2002 (Código 
Civil). 
 
I. PETIÇÃO INICIAL 
 
1) REQUISITOS DA DEMANDA (art. 139, CPC) 
 
a) FORMA: como regra, deve ser escrita, assinada e datada. Há casos em que a postulação 
inicial é admitida oralmente, porém sempre se reduz a termo escrito. São esses: 
- Juizados Especiais Cíveis [art. 14 da Lei nº 9.099/99]; 
- Pedido de Concessão de medida protetiva de 
urgência em favor da mulher que se afirma vítima de 
violência doméstica ou familiar [art. 12 da Lei nº 
11.340/2006]; 
- Procedimento especial da ação de alimentos [art. 3º, 
§ 2º da Lei nº 5.478/1968]. 
b) ASSINATURA: a petição inicial deve ser assinada por quem possui capacidade 
postulatória, normalmente o advogado, regularmente inscrito na OAB, membro do 
Ministério Público ou defensor público. Existem casos em que o leigo pode assumir a 
capacidade postulatória também. A assinatura deve conter também o endereço 
eletrônico e não eletrônico, acompanhado de procuração. 
2 
 
c) INDICAÇÃO DO JUIZO: indicar o juízo a que se destina 
essa petição (singular ou colegiado); ver conteúdo sobre 
competência [art. 319, I, CPC]. 
 O endereçamento do juízo será feito no cabeçalho da 
petição e devem ser obedecidas as designações corretas 
da comarca e o juiz competente. EX: Exmo. Sr. Juiz de 
Direito da Vara de Família da Comarca de São Luís, 
Estado Federado do Maranhão”. 
d) QUALIFICAÇÃO DAS PARTES: é a apresentação dos 
dados do autor e do réu do processo e estão prescritos 
no art. 319, II do CPC. 
• Nome e prenome; 
• Estado civil; 
• União estável (se houver); 
• Profissão; 
• CPF/CNPJ; 
• Endereço eletrônico; 
• Domicílio; 
• Residência. 
Caso falte um desses requisitos o autor deve informar isso na petição (que 
não sabe tal informação). Essa qualificação existe para evitar que se processe 
pessoas erradas, verificar a incidência de alguma norma que tenha como base 
uma dessas qualificações (ex.: litisconsórcio necessário para pessoas casadas, o 
benefício da justiça gratuita que tem que checar a profissão ou atividade 
desenvolvida para saber se ela merece mesmo esse benefício, etc.). 
 Casos de CNPJ: deve ser acompanhada do estatuto social e documento 
que comprove a regularidade da representação, para ver se quem outorgou a 
representação desta, poderia fazer isso. 
 Casos de nascituro: dever conter “nascituro de xxx (nome da mãe). 
 Casos de litisconsórcio multitudinário: deve-se buscar identificar a 
maioria possível, ou o líder do grupo. Nessas situações o autor deve indicar 
somente os elementos que tornem viável a citação dos líderes. 
 Não vai causar indeferimento da petição inicial quando [art. 319 CPC]: 
 - Não souber dados e pedir diligências para consegui-los [§ 1º]; 
- Não souber dados, mas de para identificar e citar [§ 2º]; 
 - Não souber dados por impossibilidade [§ 3º]. 
 Resolução n. 46 do Conselho Nacional de Justiça: diz que o cadastramento das 
partes deve ter como prioridade o nome ou razão social constante no CPF, perante a 
Receita Federal. Se isso for impossível vai ser cadastrado o que tiver na petição inicial, 
sem abreviaturas, e outros dados necessários à identificação das partes (RG, título de 
eleitor, nome da mãe, etc.) [§ 1º]. Sem prejuízo de posterior alteração para o que consta 
na Receita. 
 Art. 15 da Lei nº 11.419/2006: para processos eletrônicos com impossibilidade 
de identificação, informar dados na Receita Federal. 
e) CAUSA DE PEDIR (Causa Petenti): é a exposição dos fatos e dos fundamentos jurídicos 
que justificam o pedido [art. 319, III do CPC]. 
• Fato: causa remota, é a exposição de todos os fatos da vida, 
mas é o que aconteceu o fato concreto do litígio. 
• Fundamento jurídico: causa próxima, é o uso das leis, súmulas, jurisprudências 
que fundamentam o pedido. 
• O fato ou conjunto de fatos jurídicos é a narração dos fatos da vida que se tornam 
juridicizados por se enquadrarem na hipótese normativa da regra jurídica e o 
fundamento jurídico é o efeito jurídico que se espera daquele fato e que o 
demandante traz como o fundamento do pedido. 
Teoria da substancialização: pluralidade de fatos, pluralidade de demandas. 
Impõe ao demandante o ônus de indicar o fato e o fundamento jurídico que dão 
suporte ao pedido. TEORIA ADOTADA NO CPC. 
Teoria da individualização: impõe ao autor o ônus de indicar somente o 
fundamento jurídico, mas não o fato que lhe deu causa. 
Causa de pedir composta: pluralidade de fatos para uma punica demanda. EX: em casos 
de responsabilidade civil é só uma demanda, porém para que haja responsabilidade civil 
precisa de mais de um fato: conduta, culpa, nexo causal e dano, sem um desses a petição 
não é aceita. 
OBS: fundamento jurídico é diferente de fundamento legal. Os fundamentos jurídicos 
são os utilizados pelo autor na petição, e estes não limitam na decisão do juiz. O 
fundamento legal é a argumentação do juiz para a decisão. O fundamento legal na decisão 
do juiz pode ser diverso do fundamento jurídico requerido pelo autor no começo, desde 
que sejam preservados o direito almejado e o pedido formulado, mas para ele fazer isso 
tem que consultar as partes. 
➢ Fundamentação legal com normas distintas da fundamentação jurídica: 
enunciado n. 281 do Fórum Permanente dos Processualistas Civis. 
➢ Consulta das partes: art. 10 do CPC e o Enunciado n. 282 do Fórum Permanente 
dos Processualistas Civis. 
 
 
 
Capacidade postulatória: 
também chamada de 
postulacional (ius 
postulandi) é a exigência do 
sujeito de possuir 
capacidade técnica, sem a 
qual não é possível realizar o 
ato processual (assunto de 
pressupostos processuais). 
 
Pode: fundamentou juridicamente os fatos errado, mas pediu certo e ele pode ser aceito. 
Não pode: fundamentar juridicamente certo, mas pedir errado. 
3 
 
Causa de pedir ativa: fato que constitui o direito (emprestei o dinheiro e tinha que me 
devolver). 
Causa de pedir passiva: motivo que impulsionou o direito de agir (não me devolveu). 
 
f) PEDIDO (Petitum): 
 - Núcleo e objetivo da petição inicial; 
 - É o objeto de identificação da demanda (verificar se não tem litispendência, 
coisa julgada ou ocorrência de conexão); 
 - É o parâmetro para a fixação do valor da causa; 
 - É deduzido; 
 - E decorre logicamente da causa de pedir; 
 Duplicidade do pedido: todo pedido é duplo. O primeiro é o pedido da 
atividade jurisdicional (pedir que o juiz faça tal coisa) e o segundo é o bem da 
vida pretendido (o que eu quero pedir realmentecom o primeiro pedido). Tem-
se então o pedido imediato e o mediato. 
 Mediante o pedido da providência jurisdicional eu peço o bem da vida 
pretendido. 
 Tipos de pedidos imediatos 
• Pedido declaratório: o autor pede a declaração da existência ou não 
existência de um direito, podendo ser excepcionalmente adquirida a 
declaração sobre um fato; 
• Pedido constitutivo: o autor pede a renovação, criação, modificação ou 
extinção de uma situação jurídica; 
• Pedido condenatório: o autor pede ao juiz que condene o réu a uma 
obrigação de fazer, não fazer ou dar algo; 
• Pedido mandamental: pede que o juiz ordene sob pena de coerção 
indireta. São aquelas em que o juiz, ao condenar o réu, emite uma 
ordem, um comando, que permite, sem necessidade de um processo 
autônomo, tomar medidas concretas e efetivas, destinadas a 
proporcionar ao vencedor a efetiva satisfação de seu direito; 
• Pedido executivo: Nesta ação o réu fica obrigado a adimplir sua 
obrigação quando o autor detém a posse de um documento com 
eficácia jurídica e aceita em juízo. O cumprimento da ação de execução 
dar-se-á mediante um título executivo judicial ou um título executivo 
extrajudicial, por meio da atuação coercitiva do Estado. Esse pedido faz 
surgir a sentença executiva e permite, independentemente da vontade 
do réu, a realização do direito do autor reconhecido mediante uma 
decisão judicial ou pela legislação vigente. 
O pedido imediato 
Como construir? Ele deve ser certo (art. 322, CPC), determinado (art. 324, CPC), claro (art. 
330, § 1º, II, CPC) e coerente (art. 330, § 1º, IV, CPC). 
 a) certo: é o pedido expresso, significar dizer o que quer com aquela ação judicial. 
Não são admitidos pedidos como “condenar o réu no que achar justo”. Isso é válido tanto 
para o pedido imediato quanto para o mediato. 
 b) determinado: trata-se de delimitar aquele pedido em quantidade e qualidade, 
caso isso não seja possível faz um pedido genérico. Ex: eu pedi aquela biblioteca (certeza) 
pq é herança, mas para essa certeza eu tenho que determinar exatamente o que tem na 
biblioteca que eu estou pedindo para que a certeza desse pedido seja determinada, como 
é uma tarefa demasiada difícil eu posso entrar com um pedido genérico (ele vai ser 
estudado mais na frente, slow down); 
 c) claro: o pedido tem que ser inteligível, não pode ser algo que ninguém entende 
nada, se for pouco claro o juiz implica na inépcia da petição inicial; 
 d) coerente: o pedido deve decorrer logicamente da causa de pedir. Eu não posso 
narrar fatos X na causa de pedir e o pedido for Y. Pedido que não decorrer logicamente 
da causa de pedir causa inépcia da famosa petição. 
 Na falta de alguma dessas caraterísticas do pedido o juiz ordena a correção 
dessas lacunas num prazo de 15 dias, e também dizer exatamente o que tem que ser 
corrigido, se passar do prazo e o autor não apresentar as correções a petição é indeferida 
(art. 321 do CPC). 
 Classificação do pedido mediato 
 
1. Simples: é aquele em que o autor só pede uma coisa, é bem simples mesmo. 
 
2. Complexo cumulativo próprio: (art. 327 do CPC) há cumulação de pedido 
quando forem formulados vários pedidos, pretendendo-se o acolhimento 
simultâneo de todos eles. É a cumulação própria de pedidos. Elas podem ser 
simples ou sucessivas. 
 2.1. Simples: é a acumulação de pedidos independentes entre si, a 
relação entre eles não tem precedência lógica (pedido preliminar ou prejudicial). Não tem 
necessidade de examinar um para poder examinar o outro, e o acolhimento total ou 
parcial de um não interfere no outro. 
 2.2. Sucessivas: há uma relação de dependência lógica entre os pedidos, 
um só vai ser acolhido se o anterior for também. Essa precedência lógica pode acontecer 
de duas maneiras: 1) dependência prejudicial, a rejeição do primeiro implica na rejeição 
do segundo com o julgamento dele também; 2) dependência preliminar, a rejeição do 
primeiro pedido implica na impossibilidade de exame do segundo, portanto esse também 
é rejeitado, mas sem julgamento. O acolhimento do primeiro nem sempre implica no 
pedido 
mediato
Complexo
cumulativo
alternativo
simples
4 
 
acolhimento do segundo: EX: eu peço A e, se eu conseguir, eu quero também B, C, D...., 
mas o juiz pode dar só A e os outros não. 
3. Complexo cumulativo impróprio: esse tipo de cumulação é denominado 
impróprio porque os pedidos são cumulativos, porém somente um deles poderá 
ser atendido. O acolhimento de um implica na impossibilidade do acolhimento 
do outro. 
 Esse pedido dispensa o requisito da compatibilidade de pedidos. 
 3.1. Pedido subsidiário (art. 326, CPC): nesse tipo, também chamado de pedido 
eventual, o autor estabelece uma hierarquia de preferencias entre os pedidos. O segundo 
só será analisado se o primeiro for rejeitado ou não puder ser analisado (por falta de 
algum pressuposto de exame de mérito). O pedido subsidiário depende da improcedência 
do pedido principal, que era o preferido pelo demandante. 
 Observações 
 - Se o primeiro pedido, aquele pelo qual o autor tinha preferência, for 
atendido, não será examinado o subsidiário (óbvio né); 
 - Se o primeiro pedido for atendido parcialmente, Ricardo Tjader e Cruz 
e Tucci afirmam que deve ser analisado o pedido subsidiário se ele puder ser atendido 
integralmente, pois desse modo o autor sai em mais vantagem do que só com a parcela 
do principal. 
 - Se o pedido principal foi recusado e acolhido o subsidiário, e depois o 
autor entrar com um recurso para o principal e esse recurso for aceito, o pedido 
subsidiário antes acolhido será prejudicado. Se o recurso não for aceito prevalece 
somente o que tinha sido decidido na sentença (princípio da proibição da reformatio in 
peius). 
Reformatio in peius: Reforma para pior. Não é admissível que, ao julgar o recurso, o 
Tribunal piore a condenação do recorrente, sem ter ocorrido recurso da parte contrária. 
Isso significa que, havendo recurso exclusivo da defesa, não poderá ter o réu a sua pena 
agravada. O contrário ocorre quando há recurso da acusação, pois neste caso haveria 
pedido do parquet para agravar a situação do réu, não havendo mais que se falar em 
agir ex officio. 
 3.2. Pedido cumulativo alternativo (art. 326, § único, CPC): são várias 
pretensões, sem preferência entre elas, e com o objetivo de só uma delas ser atendida. 
Pedido alternativo ≠ cumulativo alternativo. Aqui são no mínimo dois pedidos, para que 
um deles seja atendido, mas essa escolha não vai ser do autor, por isso ele não pode 
propor recurso se não gostar da escolha, uma vez que ele não estabeleceu preferências, 
por isso o nome é alternativo (OU um OU outro). 
Cumulação inicial: quando é definida logo na petição inicial; 
Cumulação ulterior: quando é feita depois da petição inicial. Ex: aditamento ou alteração 
do pedido ou causa de pedir (329, I, CPC). 
Requisitos para a cumulação dos pedidos (art. 327, § 1º, CPC) 
1) Compatibilidade: os pedidos devem ser compatíveis entre si, do contrário 
causa inépcia da petição inicial; 
2) Competência: só é possível cumulação se o juízo houver competência para 
atender todos, se não, não tem cumulação. 
E se houver incompetência relativa? Súmula 170 do STJ. “Compete ao 
juízo onde for intentada a ação de acumulação de pedidos, trabalhistas 
e estatutário, decidi-la nos limites da sua jurisdição, sem prejuízo do 
ajuizamento de nova causa, com pedido remanescente, no juízo 
próprio. “. O juiz admite a parte que lhe é pertinente, rejeitando o que 
não é de sua competência, a parte rejeitada não sofre prejuízos e pode 
ser destinada ao juízo correto sem nenhum problema. 
 Exceção: se houver conexão entre os pedidos ou a causa de pedir não 
ocorre desmembramento da PI (art. 55, § 1º, CPC). 
3) Mesmo procedimento: todos devem tramitar pelo mesmo procedimento. 
Sendo estes diversos ainda sim pode haver a cumulaçãose todos puderem 
ser transferidos para o procedimento comum. Há possibilidade de um dos 
pedidos ser pleiteado por procedimento especial facultativo, e estes podem 
ir para o comum (ex. mandado de segurança, ações possessórias, ações 
monitórias). Porém, há casos que pertencem à procedimentos especiais 
obrigatórios e não podem ir para o rito comum (ex. inventário e partilha de 
bens, desapropriação). 
IV. Pedido genérico (art. 324, § 1º, CPC): 
 Gênero – determinado 
 Quantidade/qualidade – indeterminado 
 Quando é usado? 
• Ações universais: quando for muita coisa e for impossível de 
determinar. Ex: herança, rebanho, biblioteca, etc. 
• Não puder calcular as consequências do ato ou fato: ex: acidentes. É 
importante deixa bem claro os motivos pelos quais não se pode calcular 
as consequências. 
• O valor ou condenação depender de um ato do réu: ex: ação de 
prestação de contas cumulada com o pagamento do saldo devedor. 
V. Pedido implícito – quando outros pedidos são incrementados na postulação 
implicitamente por força de lei. Então mesmo que a parte não o tenha pedido, o 
magistrado deve examiná-lo e julgá-lo conforme o caso. 
 
Exemplo: honorários advocatícios e 
despesas processuais (ressarcimento) 
e juros legais – art. 322, § 1º, CPC. 
 
O pedido é implícito, mas isso não quer dizer que seu 
julgamento também seja. Assim, ele deve constituir 
capítulo autônomo na decisão. 
5 
 
g) VALOR DA CAUSA (art. 319, V, CPC): em toda petição inicial deve constar o valor da 
causa e sua fixação está prescrita nos arts. 291 – 293 do CPC. Não há causa sem valor ou 
causa com valor muito baixo ou muito alto. 
 Súmula 261 do TFR – em litisconsórcio ativo voluntário o valor da causa será o 
valor global dividido pelo número de litisconsortes. 
Requisitos: art. 262 do CPC. Se a causa não se encaixar nesses requisitos o autor 
vai decidi-la e o juiz vai controlar esse valor seguindo o princípio da boa-fé, da 
razoabilidade e da proporcionalidade. 
 O juiz pode controlar, ex officio, o valor atribuído à causa, observados os 
parâmetros examinados no art. 262, § 3º do CPC. Pode o réu, também, impugnar a 
atribuição de valor à causa; essa impugnação será feita na contestação, sob pena de 
preclusão (293 CPC). 
h) INDICAÇÃO DOS MEIOS DE PROVA USADOS PARA ALEGAR A VERDADE: o autor tem 
que indicar quais são as provas que ele pretende usar em sua defesa. Isso tem pouca 
eficácia prática porque depois o órgão julgador determina por ex officio a produção de 
provas (art. 370 do CPC) ou isso também é feito na fase de saneamento, ou seja, não é 
necessário a presença desse requisito. 
i) AUDIÊNICIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO: o autor deve dizer na petição inicial se 
deseja ou não a audiência de conciliação ou mediação. Se o autor e o réu disserem 
expressamente que não a querem, então não acontece – art. 334, § 4º, I, CPC. Para o autor 
isso tem que ser feito na postulação inicial. 
Se ambas as partes não demonstrarem interesse nessa audiência é celebrado 
uma convenção processual antes do início do processo (negócio processual atípico com 
base no art. 190 do CPC) e o autor leva essa convenção junto com a PI. 
-Todos os requisitos estão no art. 334 – ver depois o resumo de Audiência de 
Conciliação e Mediação – 
J) DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS À PROPOSITURA DA DEMANDA: estão no art. 320 do 
CPC. 
➢ Por força de lei: são os documentos que devem ser apresentados porque a lei 
exige. EX: na execução ou procuração, o título executivo. 
➢ Porque o autor citou: são os documentos que se tornam necessários a partir do 
momento em que o autor se referiu a eles em sua petição inicial como 
fundamento do seu pedido. 
REGRA: deve se produzir prova documental na demanda (art. 434 do CPC). 
 - Mas pode ser ulterior: art. 435 do CPC; 
 - Pode ser feita por analogia ao art. 319, §1º: exigir diligências para conseguir; 
 - Pode solicitar a exibição do devido documento porque está em posse do réu 
ou de terceiros: art. 397 do CPC. 
Enunciado nº 283 do Fórum de Processualistas Civis: “Aplicam-se os arts. 319, §1º; 396 
a 404 também quando o autor não dispuser de documento indispensável à propositura 
da ação”. 
 
2) ALTERAÇÃO/ADITAMENTO DA DEMANDA (art. 329 do CPC) 
 
1. Aditamento: o autor pode ampliar a demanda (pedido ou causa de pedir) até 
antes da citação, depois disso esse aditamento só poderá ser feito com o 
consentimento do réu (negócio processual típico) e somente até a fase de 
saneamento do processo. Depois disso não podem mais haver aditamentos ou 
alterações na demanda. 
2. Redução da demanda: a demanda pode ser reduzida nos seguintes casos: 
a. Desistência parcial; 
b. Renúncia parcial ao direito postulado; 
c. Transação parcial na pendência do processo; 
d. Convenção de arbitragem relativa a parte do objeto litigioso, na 
pendência do processo; 
e. Interposição, pelo autor, de recurso parcial contra sentença de mérito 
desfavorável. 
Nesses casos o processo continua em relação à parte restante do mérito e as 
decisões que homologam tais atos, em juízo singular, serão decisões 
interlocutórias e, não, sentenças. 
3. Alteração da demanda: trata-se da substituição dos elementos da demanda 
(pedido e causa de pedir). Obedecem às mesmas regras do aditamento: pode ser 
feita antes da citação do réu – 
art. 319, I, CPC; após a citação só 
é feita com o consentimento do 
réu (mesmo sendo ele revel) e, 
consentido, este terá um novo 
prazo de resposta. Se o réu não 
concordar com a alteração da 
demanda isso deve ser expresso, pois o silêncio em relação à proposta é 
entendido como concordância tácita, operando-se a preclusão. Depois do 
saneamento não pode mais, mesmo com o consentimento de ambas as partes. 
 
3) EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL (art. 321 do CPC) 
 
 Quando há irregularidades na postulação, como na falta de alguns requisitos 
essenciais, o juiz intima o autor para corrigi-las, emendando-a ou complementando-
a. Nisso o juiz deve: 
 - Determinar que a emenda seja feita num prazo de 15 dias; 
 - Dizer exatamente o quê deve ser corrigido ou complementado. 
[Art. 334, § 5º, CPC] O autor deverá indicar, na 
petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, 
e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 
10 (dez) dias de antecedência, contados da data da 
audiência. 
6 
 
 Se a primeira emenda não foi satisfatória é permitido a determinação judicial de 
uma nova emenda. Essa emenda mesmo que efetuada após o prazo concedido não 
justifica o indeferimento. 
 É possível ainda a emenda da petição inicial mesmo depois da contestação, desse 
que não enseje modificação do pedido ou causa de pedir sem o consentimento do réu. Se 
não for emendada a petição, impõe-se a extinção do processo sem resolução de mérito 
(nesses casos pós-citação, porque antes é indeferimento). 
 
4) INDEFERIMENTO LIMINAR DA PETIÇÃO INICIAL (Art. 330 do CPC) 
 
 É a decisão judicial que obsta liminarmente o prosseguimento da causa, pois não 
se admite o processamento da demanda. O juiz despacha a petição sem nem citar o 
réu. 
 O indeferimento só ocorre no início do processo: só há indeferimento liminar 
antes da citação do réu. Após a citação se extingue o feito por outro motivo. 
 Essa decisão judicial não resolve o mérito da causa, pois nem chega a examiná-
la. 
 Indeferimento total: quando o juiz rejeita toda a demanda. O recurso usado é o 
de apelação. 
 Indeferimento parcial: quando o juiz rejeita apenas parte da demanda (ex. na 
cumulação de pedidos e um dele é inepto). Não haverá extinção do processo, não se 
podendo falar, pois, de sentença. A decisão vai variar de acordo de onde ela ocorreu. 
Assim: 
Se ocorreu em juízo 
singular 
Decisão interlocutória Recurso: agravo de 
instrumento 
 
Se ocorreu em tribunal 
 
Decisão unipessoal 
Recurso: recurso especial (? 
– Não tenho certeza)Se foi proferida por um 
relator ou um acórdão 
 
 
Decisão colegiada 
Recurso: - relator: agravo 
interno 
- Acórdão: ordinário 
constitucional, especial ou 
extraordinário. 
 
 Hipóteses de indeferimento 
a) Inépcia: quando a petição tem defeitos vinculados à causa de pedir ou o 
pedido. São defeitos que não só dificultam, mas impedem o julgamento do 
mérito da causa. São causas de inépcia: 
i. Ausência de pedido ou causa de pedir; 
ii. Pedido indeterminado que não se encaixa nas hipóteses 
de exceção; 
iii. Quando da narração dos fatos não decorrer logicamente 
o pedido; 
iv. Cumulação de pedidos incompatíveis entre si. 
b) Ilegitimidade das partes: apenas a ilegitimidade extraordinária leva ao 
indeferimento da petição inicial; a ilegitimidade ordinária é caso de 
improcedência do pedido. 
c) Falta de interesse processual: 
art. 330, III, CPC. 
d) Não atendido os dispositivos 
dos arts. 106 e 321 do CPC: art. 330, IV, CPC. O art. 106 determina que na petição 
inicial deve conter o endereço em que o advogado receberá as intimações, o 
número de inscrição do advogado na OAB e a sociedade de advogados a qual 
participa. Se não for suprimida a omissão num prazo de cinco dias haverá 
indeferimento (§ 1º do mesmo art.). O 321 é a regra de emenda da petição inicial. 
 
5) IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO (art. 332 do CPC) 
 
 É a decisão jurisdicional que, antes da citação do demandado, julga 
improcedente o pedido formulado pelo demandante. É decisão de mérito (sentença 
terminativa), é apta 
à coisa julgada 
formal e passível de 
ação rescisória. 
 
É uma 
técnica de aceleração do processo. Há posição favorável ao demandado e dispensa a sua 
citação. É aplicável a qualquer processo. 
 Não há violação do princípio do contraditório visto que se trata de uma 
improcedência, ele não precisa ser ouvido ou participar do processo para sair vitorioso. 
 A improcedência liminar somente poderá ocorrer quando tais questões puderem 
ser examinadas ex officio, pois o réu ainda não foi citado. 
Liminar – limiar, começo. Decisão liminar é uma 
decisão sem o conhecimento das partes. 
Fala-se em demandante e demandado pois também se aplica à 
reconvenção – demanda do réu proposta contra o autor no 
mesmo processo. 
7 
 
 
 O legislador impõe dois pressupostos para que haja improcedência: 
➢ Causa que dispensa a fase instrutória: dispensa porque a matéria fática pode 
ser comprovada por prova documental. 
➢ Se o pedido se encaixar em uma das hipóteses: inc. I a IV e § único do art. 332. 
 
Hipóteses para a improcedência 
 
 A) Pedidos contrários à precedentes 
obrigatórios (art. 926-928 do CPC): 
havendo precedentes que neguem 
aquele pedido o juiz pode julgar dessa 
maneira, sejam esses precedentes 
consagrados ou não em súmula. 
 
 Exceção: em casos de distinção ou superação. 
 Admitem a improcedência liminar o pedido que contrariar: 
Súmulas do STF ou STJ Art. 322, inc. I, CPC. 
Acórdão do STF ou STJ em julgamento de 
recursos repetitivos 
Art. 322, inc. II, CPC. 
Entendimento firmado em incidente de 
resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência 
Art. 322, inc. III, CPC. 
Enunciado de súmula de tribunal de justiça 
do direito local 
Art. 322, inc. IV, CPC. 
 
Cabe lembrar que a improcedência liminar do pedido será permitida em todas as 
hipóteses se a causa dispensar a produção de provas em audiência – pressuposto 
geral da improcedência visto no caput do art. 322. 
 B) Reconhecimento de prescrição ou decadência: art. 322, § 1º, CPC. 
➢ Decadência: em relação à decadência o órgão jurisdicional somente 
pode conhecer de ofício a decadência legal; a decadência convencional 
depende da provocação da parte interessada – art. 210 do CC. 
➢ Prescrição: prescrição é a perda da pretensão de reparação de um 
direito violado em virtude da inércia do seu titular no prazo previsto em 
lei. Nesses casos é permitido a improcedência do pedido. 
A improcedência liminar do pedido, implicando extinção do processo, é uma 
sentença, impugnável por apelação. Se a apelação for aceita cabe o juízo de 
retratação, feito em 5 dias pelo juiz prolator da decisão. Se for rejeitada o juiz 
determinará a citação do réu para demonstrar a sentença em seu favor e estipular 
um prazo de 15 dias para que o réu apresente as contrarrazões à apelação – art. 332, 
§4º, CPC. 
 Apelação do demandante em error in 
procedendo: o autor afirma que o juiz usou o 
322 quando não devia usar, e, se isso for 
acatado, é constatada a invalidação da sentença 
e o processo segue normalmente. 
 Apelação do demandante em error in 
iudicando: a sentença é válida, mas a tese 
jurídica escolhida pelo juiz está equivocada. 
Nesse caso o tribunal poderá reformar a decisão, oferecendo uma outra decisão ao 
mérito. 
 
 
 
 
 
II. CITAÇÃO 
 
É um ato de comunicação do réu e interessado para ingressar no processo (art. 238, 
CPC). 
tanto a improcedência 
quando o indeferimento 
geram uma sentença
improcedência resolve o mérito
indeferimento não resolve o mérito
As contrarrazões do réu são uma forma 
de defesa da sentença, é semelhante à 
contestação, mas aqui ela reforça a 
decisão do magistrado. Se o réu citar um 
fato novo, o autor é chamado para ter 
uma ‘réplica’. 
Juízo de retratação – quando o juiz volta atrás 
na decisão. Pode ser em casos de: 
 - Indeferimento da inicial 
 - Improcedência da inicial 
Transitada em julgado a decisão que julgou liminarmente improcedente 
o pedido, deverá o escrivão ou chefe de secretaria comunicar o réu o 
resultado desse julgamento – art. 322, §2º, CPC. 
8 
 
 
 Não é um pressuposto processual. É uma condição de eficácia do processo (art. 
312, CPC) em relação ao réu e um requisito de validade (art. 329, CPC). Existe situações 
em que pode ser proferida uma sentença sem que haja a citação, como nos casos de 
improcedência e indeferimento liminar do pedido, mas em ambas o réu não é 
prejudicado, não sendo ferido o princípio do contraditório já que no indeferimento o 
mérito nem chegou a ser analisado e na improcedência ele não perdeu nada. 
 
1) COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO DO CITANDO (art. 239, § 1º) 
 
É quando o citando aparece espontaneamente alegando que não recebeu nenhuma 
citação ou que ela estava inválida (nulidade). Então o prazo para a apresentação da 
resposta do réu começa a contar a partir do dia em que este se apresentou 
espontaneamente em juízo. 
E se a alegação de inexistência ou invalidade da citação for rejeitada? – art. 239, § 
2º, CPC. Ele vai ser considerado revel. 
O réu compareceu espontaneamente alegando nulidade da citação, mas já veio 
oferecendo defesa – ele pode 1) pedir um novo prazo para produzir sua defesa ou pode 
2) não pedir um novo prazo para a produção da defesa, nesse caso o juiz considera suprida 
a falha da nulidade da citação pelo comparecimento e imediata apresentação de defesa. 
 
2) PESSOALIDADE DA CITAÇÃO (art. 224, CPC) 
A regra é que a citação seja feita na pessoa do citando. Incapaz: cita o representante 
legal dele; pessoa jurídica: presentantes. 
(art. 224, § 1º, CPC) – ausência do citando. 
(art. 242, § 2º, CPC) – presunção legal de representação do citando-voluntário. Quando o 
citando não está no país e nem deixou ninguém com poderes para receber a citação, aí 
cita alguém que se presume ser capaz de responder por ele. 
(art. 248, § 2º, CPC) – se for pessoa jurídica a citação também pode ser entregue à pessoa 
com poderes legais de administração ou quem é responsável pelo recebimento das 
correspondências da empresa. 
Citação de entes públicos – realizada perante o órgão de Advocacia Pública 
responsável pela sua representação judicial (art. 242, § 3º, CPC). 
 
3) LOCALDA CITAÇÃO (art. 243, CPC) 
 
Onde estiverem. Se for militar em serviço ativo (243, § único, CPC). 
Quando não pode ser feita a citação: quem estiver participando de ato religioso, 
doentes em estado graves, parente de alguém que morreu no dia da morte e nos sete 
dias seguintes e noivos três dias depois do casamento. São impedimentos de caráter 
transitório, passado esse tempo ele pode ser citado normalmente. 
 
4) EEFEITOS DA CITAÇÃO 
 
Gera efeitos de ordem processual e material. A citação tem por efeito tornar litigiosa 
a coisa demandada. 
a) Estende a litispendência para o réu; 
b) O direito à coisa passa a ser litigioso; 
c) Impede a modificação da demanda sem o seu consentimento; 
d) Constitui em mora o devedor (em casos em que a mora é ex personae e não 
foi estabelecida nenhuma conduta anterior que a constituísse). 
Citação em caso de litisconsorte passivo – a citação de cada um deles irá ser o marco 
inicial sem que, necessariamente, tenha que chamar todo mundo para começar (art. 231, 
§ 1º, CPC). Refere-se somente ao prazo de resposta. 
 
5) MODALIDADES DA CITAÇÃO 
 
➢ Correio; 
➢ Oficial de justiça; 
➢ Mandado com hora certa; 
➢ Escrivão ou chefe de secretaria; 
➢ Edital; 
➢ Por meio eletrônico. 
 
III. RESPOSTAS DO RÉU 
Resposta do réu é diferente da contestação. Aquela é genérica e diz respeito a 
qualquer manifestação do réu em relação ao processo que pode ser tanto o 
reconhecimento dos fatos alegados pelo autor como a própria revelia. 
 
 1) TIPOS DE RESPOSTAS DO RÉU 
• Reconhecimento de procedência do pedido formulado pelo autor (art. 487, 
III, a, CPC). 
• Requerimento avulso de desmembramento de litisconsórcio multitudinário 
ativo (art. 113, § 2º, CPC) 
• Contestação 
dupla função
in ius vocatio convocar a juízo
edictio actiones
notificar-lhe do teor 
da demanda
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• Reconvenção 
• Arguição de impedimento ou suspeição do juiz, membro do MP ou auxiliar de 
justiça 
• Revelia 
 
2) CONTESTAÇÃO 
A contestação é o meio pelo qual o réu se defende em juízo, representando, nesse 
último caso, o exercício concreto do direito de defesa. Está para o réu como a p. inicial 
está para o autor (ação exercida). 
 2.1. Aspectos formais da contestação 
A contestação deve ser escrita, assinada por quem tem capacidade postulatória 
(advogado, defensor público ou membro do Ministério Público) e deve ser entregue 
dentro do prazo estipulado, sob pena de ser caracterizada a revelia. 
➢ Escrita: exceção – juizados especiais cíveis que pode ser feita pela forma 
oral (mas, geralmente, tudo se reduz a termo, até para fim de registro 
mais seguro do que a parte disse). 
Os demais requisitos da contestação muito se assemelham ao da petição inicial: 
➢ Qualificação das partes (não é obrigatória se já foi, corretamente feita 
na inicial); 
➢ Indicação do juízo; 
➢ Documentos indispensáveis; 
➢ Requerimento de provas; 
➢ Dedução dos fatos e fundamentos jurídicos da defesa; 
 
 2.2. Tipos de contestação 
• Mérito e rito / processual (ou admissibilidade) 
• Direta e indireta 
• Dilatória e peremptória 
• Objeção e exceção 
• Interna e instrumental 
• Defesa de mérito e defesa de rito: 
 
a) Defesa de mérito – é a defesa que se opõe contra a pretensão, contra o conteúdo 
da demanda. Ataca o direito material da demanda. 
b) Defesa de rito ou processual – é a defesa que se opõe à eventuais irregularidades 
formais que a petição possa ter. É feita contra a forma da demanda. Defesas 
preliminares*, são feitas antes da defesa de mérito, podem ser dilatórias ou 
peremptórias 
 
• Objeção e exceção: 
 
a) Objeção – é a matéria de defesa que pode ser conhecida ex officio pelo 
magistrado. Existem objeções substanciais e processuais 
b) Exceção – alegação de defesa que, para ser conhecida pelo magistrado, precisa 
ter sigo alegada pelo interessado. Existem exceções substanciais e processuais. 
 
• Dilatória e peremptória: 
 
a) Dilatória – apenas dilata no tempo o exercício de determinada pretensão, ela 
retarda o exame, o acolhimento ou eficácia do direito do autor. Ex: nulidade de 
citação, conexão, incompetência. 
b) Peremptória – é aquela que visa perimir o exercício da pretensão, ou seja, 
extingui-lo. Ex: alegar prescrição, decadência, compensação. 
 
• Direta e indireta: 
 
a) Direta – o réu se limita a negar a existência dos fatos alegados como direitos 
constitutivos do autor ou negar a consequência jurídica que o autor pretende 
como o fato que alega (o réu não nega a existência do fato, mas a sua 
consequência). Aqui ele só se defende do que está na petição inicial, não introduz 
nenhum fato novo, o que dispensa a necessidade de réplica (réplica é a resposta 
do autor sobre a contestação). Não existe defesa direta processual, pois todas as 
defesas processuais são indiretas. Só se pode falar de defesa direta de mérito, 
mas também pode ter defesa indireta de mérito. 
b) Indireta – é a inclusão de um fato novo na contestação que não tinha na petição 
inicial. Nesse caso, haverá necessidade réplica. Esses fatos novos podem ser 
impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor. 
 
• Interna e instrumental: 
 
a) Interna – formulada no bojo dos autos em que está sendo demandado o réu. 
b) Instrumental – é uma defesa que para ser apreciada ela tem que ter auto 
próprios, é autônoma e apensado aos autos principais. 
 
2. 3. DEFESA PROCESSUAL (RITO OU ADMISSIBILIDADE) 
 São as alegações preliminares da contestação e que devem ser feitas antes da 
defesa de mérito, tem como objetivo questionar se a apreciação do mérito dessa 
demanda será viável visto que sofre de defeitos formais e impõe a réplica do autor (art. 
337, CPC). As questões preliminares da citação estão dentro das questões prévias 
conforme esquema mais abaixo. São elas: 
10 
 
a) Nulidade ou inexistência da citação; 
b) Alegação de incompetência absoluta ou relativa do juízo; 
c) Incorreção do valor da causa; 
d) Inépcia da petição inicial; 
e) Perempção, litispendência e coisa julgada; 
f) Conexão e continência; 
g) Incapacidade das partes, defeito de representação ou falta de autorização; 
h) Alegação de convenção de arbitragem; 
i) Ausência de legitimidade ou d interesse processual; 
j) Falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
k) Indevida concessão do benefício da gratuidade concedido ao autor. 
(Art. 338, CPC) – quando o réu diz que é parte ilegítima ou que não foi o responsável pelo 
prejuízo causado. O autor tem 15 dias pra substituir o réu e tem que pagar de 3 a 5 por 
cento do valor da causa, se for irrisório segue o art. 85, § 8º, CPC
 
 
As questões prévias são aquelas que antecedem o exame do mérito, ou seja, devem 
ser examinadas pelo magistrado antes de enfrentar o mérito. Elas se dividem em: 
1. Preliminares: são as questões que, se acolhidas pelo magistrado, impedem o 
exame do mérito. Podem ser subdivididas em: 
• Preliminares próprias: se acolhidas, levam necessariamente à extinção do 
processo sem resolução do mérito; 
• Preliminares impróprias: se acolhidas, impedem aquele magistrado de 
examinar o mérito, mas não conduzem à extinção do feito. Elas têm como 
consequência a remessa dos autos a outro magistrado. 
2. Prejudiciais: são as questões que, se acolhidas, condicionam o exame do mérito. 
As prejudiciais influenciam a forma como o juiz vai julgar a questão principal. As 
questões prejudiciais podem ser classificadas em: 
• Interna: surge no mesmo processo em que é discutida a questão principal. 
• Externa: surge em outro processo. Nesse caso, admite-se, ainda, uma 
subclassificação: - homogênea: ambos os processos (o da prejudicial e o da 
principal) pertencem ao mesmo ramo do direito. Por exemplo, ambos os 
processos são cíveis. 
- heterogênea:cada um dos processos pertence a um ramo diverso. Por 
exemplo, uma ação é penal e a outra é civil ou trabalhista. 
Regra da eventualidade ou da concentração da defesa: toda defesa deve ser formulada 
de uma vez só, ou seja, tudo o que o réu tiver e quiser se defender tem que ser feito na 
contestação. Exceção: ar, 342, I, II, III do CPC. Pode ter cumulação de defesas, mesmo que 
todas elas sejam excludentes entre si: “primeiro, não me destes dinheiro algum; segundo, 
já o devolvi faz um tempo; terceiro, dissestes que era um presente; e, finalmente, já 
prescreveu”. 
 
Prazo: o prazo para apresentar a contestação é de 15 dias (art. 335, caput, CPC). Em caso 
de entes públicos, MP, litisconsorte com advogados diferentes ou réu representado por 
defensor público o prazo é de 30 dias. Começa a contar quando: 
a) Acabou a audiência de conciliação e mediação, quando a parte não 
compareceu a ela ou, se compareceu, não teve acordo; 
b) O réu manifestou o desinteresse no prazo de 10 dias de antecedência; 
c) A audiência de conciliação e mediação não foi nem marcada. 
➢ Obs. Ver § 1º e 2º do 335. 
 
2.4. INDEFERIMENTO E ADITAMENTO DA CONTESTAÇÃO (342) 
1) Indeferimento – pode acontecer se a contestação for intempestiva ou se não 
houver regularidade na representação da parte. Em caso de contestação 
intempestiva, ela não é indeferida se conter afirmações de defesas que 
podem ser comprovadas depois do prazo de contestação. Se tiver 
documentos, mesmo sendo indeferida, os documentos ficam nos autos do 
processo porque o réu revel tem direito à produção de provas (sumula 231 
do STF). No caso da irregularidade não indefere se a parte chegar sem 
advogado (juiz nomeia um) ou se for uma parte incapaz que chegou sem 
representante (juiz nomeia tbm). 
2) Aditamento – acrescentar as defesas que podem ser alegas depois do prazo 
de contestação e que estão previstas no 342 do CPC. São casos excepcionais. 
 
LITISCONSÓRCIO 
Litisconsórcio é a pluralidade das partes, seja no polo ativo ou passivo de uma relação 
jurídica. O propósito da existência do litisconsórcio é dar praticidade e celeridade ao 
processo, se uma classe de trabalhadores ajuíza uma ação contra uma empresa pelos 
mesmos motivos é mais trabalhoso e menos econômico se cada deles, isoladamente, 
prosseguir com um processo separado, isso corresponde ao Princípio da Economia 
Processual. Porém, um dos principais motivos é a harmonia entre julgados, em casos de 
processos diversos para ações semelhantes corre-se o risco de cada ação ir para um juízo 
Questões prévias
Questões 
preliminares
próprias 
impróprias
Questões 
prejudiciais
interna
externa
heterogêneas
homogêneas
11 
 
diferente, com um juiz diferente e findar em sentenças diferentes, causando conflitos 
entre os interessados que verificassem que em outra causa similar a decisão foi diversa 
da sua. 
ÔNUS DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA (341) 
É o dever de impugnar (contestar, não concordar, bater de frente) especificadamente 
as alegações feitas pelo autor e não se defender genericamente, sob pena de aquilo que 
não foi impugnado especificamente ser tido como verdadeiro. Esse ônus serve tanto para 
a contestação quanto para a réplica e o recurso (art. 341, CPC). 
 Quem não possui esse ônus? Advogados dativos, defensores públicos e 
curador especial. 
 Quando não se pode presumir verdadeiros os fatos não impugnados 
especificamente? I) não for admissível a confissão, II) a petição inicial não conter o 
instrumento que a lei considerar da substância do ato e, III) estiverem em contradição 
com a defesa, considerada em seu conjunto. (341) 
 
2.5. PEDIDO DO RÉU 
Pedido do réu: o réu pode pedir: 
➢ Extinção do processo sem exame de mérito; 
➢ Remessa dos autos ao juízo competente ou ao juízo prevento; 
➢ A devolução do prazo de defesa; 
➢ Improcedência do pedido do autor; 
➢ Condenação do autor às verbas da sucumbência; 
➢ Condenação do autor por litigância de má-fé; 
 
3) RECONVENÇÃO 
É uma das possibilidades de resposta do réu em que ele não só se defende, mas 
também formula, naquele mesmo processo, uma outra ação contra o autor. É 
um contra-ataque do réu. Passa a existir pro juiz então duas ações que devem 
ser julgadas no mesmo momento e na mesma sentença. 
 Requisitos para a reconvenção 
i. Existência de uma causa pendente: a causa pendente é a causa que o autor 
propôs contra o réu, que é antecedente à reconvenção. 
ii. Obediência ao prazo de resposta: deve ser apresentada na mesma peça e no 
mesmo prazo da contestação. 
iii. Competência do juízo: o juízo tem que ser competente para julgar a ação 
principal e a reconvenção. 
iv. Mesmo procedimento: se forem de procedimentos diversos que eles 
possam transitar no procedimento comum, do contrário não tem 
reconvenção. 
v. Conexão: relatividade, afinidade de questões da ação do autor e da 
reconvenção do réu. 
vi. Interesse processual: se é uma condição da ação é também da reconvenção. 
vii. Cabimento: tem que ver se a legislação prevê como cabível a aplicação da 
reconvenção porque tem casos, como no de Juizados Especiais Cíveis, em 
que a lei prevê um pedido contraposto e não uma reconvenção. 
Pedido contraposto x Reconvenção 
 O pedido contraposto ocorre em Juizados Especiais Cíveis, procedimento de 
produção antecipada de provas e procedimento das demandas possessórias. São 
simplificadas e limitadas. A reconvenção tem natureza variada, basta que seja conexa com 
a ação principal ou com os fundamentos da defesa (343). Não possui restrições. Porém, 
ambas são do mesmo gênero: demanda do réu contra o autor. 
viii. Pagamento das despesas: se houver, os tribunais locais que cobram, varia. 
Para propor a reconvenção tem que pagar monamoor. 
Reconvenção e ampliação subjetiva da demanda 
(art. 343, §§ 3º 3 4º, CPC). A reconvenção pode ser proposta tanto pelo réu e um terceiro 
(em caso de litisconsórcio) quanto pelo réu contra o autor e um terceiro. 
4) REVELIA 
É a perda do prazo para apresentar a contestação (intempestividade). Desse modo o 
réu é considerado revel (art. 344, CPC). 
A revelia é a falta de contestação e não deve ser confundido com a ausência deste na 
audiência, exceto nos casos de Juizados Especiais Cíveis onde a contestação é feita na 
própria audiência e oralmente. A revelia não implica em decisão contra o réu. 
 
Efeitos da revelia 
 
- Efeito formal: art. 346 - Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos 
fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial) e art. 355, II do CPC (o réu 
for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na 
forma do art. 349). Além da preclusão em desfavor do réu do poder de alegar algumas 
matérias de defesa, exceto aquelas previstas no art. 342 do CPC. 
 
- Efeito material: presunção de veracidade dos fatos alegados (344, CPC). A presunção 
de veracidade pode ser absoluta (iure et iure), não admite prova em contrário, ou relativa 
(ius tantum), admite prova em contrário. 
Há casos que não tem revelia, mas que sofre os efeitos desta. Que casos são esses? 
Eu não sei. 
Quando não sofre efeito material? 
a. Quando há litisconsorte passivo e um dele apresenta a contestação dentro do 
prazo (tempestiva). A contestação de um aproveita em benefício dos demais; 
b. Quando o litigio versar sobre matéria de direitos indisponíveis. Nesse caso não 
pode haver presunção de veracidade, esses fatos devem ser comprovados; 
12 
 
c. Quando a petição inicial não apresenta os instrumentos indispensáveis para a 
prova solene do ato; 
d. Quando as alegações são inverossímeis ou em contradição com as provas 
constantes nos autos 
e. Quando sofrer somente efeito processual. Nesse caso os prazos só seguirão 
depois da data de publicação no Diário Oficial. O prazo contra o revel tem que 
ser publicado, seele tiver advogado é publicado em nome deste, se não é em 
nome do réu. 
 
FASE DE SANEAMENTO 
I. PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES 
A fase de saneamento e as providências preliminares que o juiz pode tomar serão 
iniciadas findo o prazo da contestação. 
 Depois do prazo da contestação 
 1º) Verificar se foi apresentada a contestação; 
 2º) Se não foi apresentada = é caso de revelia. Daí o juiz vai ver se a revelia surtiu 
o efeito do 344. 
 a) Se não surtiu efeito revelia: art. 348. Indicação que o autor especifique as 
provas que pretende produzir, se ainda não as tiver indicado. Prazo: 5 dias. 
-Se o réu aparecer: ele também pode produzir provas, ainda que não 
tenha apresentado a defesa (349). 
 b) Se surtiu efeito da revelia: precisa de prova? Indicação de produção de provas. 
Não precisa? Julgamento antecipado com resolução de mérito (355, II). 
 - O réu compareceu: 348, CPC. 
 3º) Se foi apresentada = verificar o tipo de defesa 
 1 - Se for defesa de mérito indireta: art. 350, CPC. É quando ele 
inclui os fatos novos (fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do 
autor). O autor é intimado para apresentar a réplica num prazo de 15 dias (350-351). 
Se o autor trouxer documentos na réplica o réu tem a tréplica para se manifestar 
sobre eles, mesmo prazo (§ 1º, 437, CPC.) 
 Exemplo: 
 Caso: o autor está cobrando do réu o pagamento de uma dívida prevista 
em um determinado contrato. 
 Fato extintivo: o réu alega que já pagou (mas é dele o ônus da prova) 
 Fato modificativo: o réu alega que houve um parcelamento da dívida e que já 
pagou uma parte e parcelou o resto. 
 Fato impeditivo: o réu alega que o contrato, ou a obrigação por parte do autor 
não foi cumprida. 
 2 – Se for defesa de rito: art. 351, CPC. Trata de defesas 
processuais feitas pelo réu. São as alegações formais do réu. 
 
 
II. DO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO 
PROCESSO 
Momento processual - Art. 353, CPC. Cumpridas as 
providências preliminares ou não havendo necessidade delas, o juiz proferirá julgamento 
conforme o estado do processo. 
1) Hipóteses: 
- Extinção do Processo; 
- Julgamento Antecipado do Mérito; 
- Julgamento Antecipado Parcial do Mérito. 
a) Extinção do Processo (art. 354, CPC) – comumente, ao fim das providências 
preliminares, o processo deveria abrir-se para a fase instrutória. Entretanto, se não 
houver a possibilidade ou necessidade de produção de provas o processo pode ser extinto 
naquele momento, com ou sem o julgamento do mérito. Pode ser total ou parcial, como 
no caso de cumulação de pedidos e há a extinção de um deles (parágrafo único do 354). 
Sendo extinção parcial cabe decisão interlocutória com o recuso de agravo de 
instrumento. Se for total é uma sentença o recurso cabível é a apelação 
 Extinção sem resolução de mérito – art. 485, CPC. São as hipóteses em que o juiz 
profere uma sentença sem resolução nenhuma do mérito. Trata-se de uma sentença 
processual. São elas: 
 I - indeferir a petição inicial; 
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência 
das partes; 
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor 
abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; 
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de 
desenvolvimento válido e regular do processo; 
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa 
julgada; 
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou 
quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; 
Alegações de nulidades 
sanáveis: art. 352. O juiz 
manda corrigir num 
prazo de até 30 dias 
13 
 
VIII - homologar a desistência da ação; 
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível 
por disposição legal; e 
X - nos demais casos prescritos neste Código. 
 Extinção do processo com resolução de mérito – art. 487, II e III, CPC. 
 Inciso II – ocorrência de prescrição ou decadência que são institutos que 
ofendem diretamente o direito material. Se o juiz reconhecer que houve prescrição ou 
decadência do direito do autor ele vai extinguir o processo e vai julgar com análise de 
mérito, mas sem dizer de quem aquele direito pertence de fato. 
 Inciso III – homologação: 
➢ Do reconhecimento de procedência do pedido 
formulado na ação ou reconvenção. Reconhece a 
verdade dos fatos e consequências alegados pelo 
autor. 
➢ Da transação (acordo feito entre as partes onde elas 
cedem em parte o direito); 
➢ Renúncia à pretensão formulada na ação ou 
reconvenção. 
 
 
 
(Art. 488, CPC) – Se houver a hipótese do 485 e do 487 o juiz decide pelo 487 se favorecer 
só uma das partes ou pelo 485 se as hipóteses favorecerem as duas partes. 
b) Julgamento Antecipado do Mérito – art. 355, CPC. Em tese o julgamento do processo 
só aconteceria depois da fase de instrução, porém o juiz pode antecipar esse ato para 
depois da fase postulatória. Isso acontecerá quando ele não encontrar nenhuma hipótese 
para o art. 354 ou nos casos abaixo: 
 I – Sempre que não houver necessidade de produção de outras provas, as que 
têm já bastam; 
 II – Em caso de revelia do réu e que surtiu o efeito material, ou seja, houve uma 
presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor. Não é que ele vai sempre julgar 
antecipadamente o mérito nesse caso, mas ele pode. 
c) Julgamento Antecipado Parcial do Mérito – art. 356, CPC. Trata da mesma coisa do 
355, a diferença é que aqui o julgamento vai ser só de parte do pedido e não da demanda 
total. São as hipóteses: 
 I – mostrar-se incontroverso: se não teve necessidade de discussão desse pedido, 
ou de parte desse pedido, ele pode logo ser julgado porque não tem motivo para ele 
continuar ali. 
 II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355. 
III. SANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO 
É a preparação do processo para o início da fase de instrução. Estão no art. 357, CPC. 
É feita quando não foi possível extinguir ou julgar antecipadamente o mérito. 
 1º passo: resolver as questões processuais pendentes. Momento dedicado ao 
saneamento de qualquer defeito processual que tenha permanecido ou que tenha 
aparecido depois das providências preliminares. 
 2º passo: delimitar as questões de fato sobre os quais recairá a atividade 
probatória, especificando os meio de prova admitidos. Aqui o órgão jurisdicional vai 
identificar quais são os fatos controvertidos e quais serão os meio que servem para 
cada um deles. 
 3º passo: distribuição do ônus da prova. 
 4º passo: delimitar as questões de direito (jurídicas) relevante para a decisão de 
mérito. 
 5º passo: designar a audiência de instrução e julgamento. Essa audiência só vai 
ser necessária se for necessário a produção de provas orais (testemunho, 
depoimento, peritos). 
 FASE DE INSTRUÇÃO 
I. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO 
Momento processual 
➢ Antes (1973): petição inicial > citação > contestação > saneamento > audiência 
preliminar (AMC). 
➢ Agora (2015): petição inicial > citação > AMC > contestação. 
Agora a Audiência de Conciliação e Mediação vem antes da contestação porque primeiro 
se tenta um acordo, se flopar nunca existiu. No NCPC o processo é menos autoritário da 
parte do juiz, há uma busca mais intensa pelos meios de pacificação entre as partes. Não 
existe mais a “substituição da vontade das partes pela vontade do juiz”, mas sim uma 
preocupação de tentar resolver as coisas na paz, por isso a AMC agora vem antes da 
contestação. 
 A AMC mudou a petição inicial: nela tem que conter o desinteresse do autor, se 
caso ele tiver. No silêncio presume-se que ele tem interesse na audiência. 
 A AMC mudou a citação: continua com a dupla função (ius vocatio e edictio 
actiones). Porém, não é mais para trazer a contestação e, sim,para tentar a conciliação. 
 Pressupostos – art. 334, CPC. Os pré-requisitos para que se haja a AMC são: 1) o 
preenchimento de toda a petição inicial e 2) em casos em que não houve indeferimento 
ou improcedência liminar do pedido. 
Obs: Confissão – reconhecimento de um fato; desistência - 
reconhecimento do direito do outro e dá a sentença de mérito; 
renúncia – o autor abre mão do direito, não pode mais entrar com 
outra ação; desistência do autor: abre mão da ação, mas pode entrar 
com outra depois. 
14 
 
 Prazos: art. 334, in fine, CPC. A audiência fica marcada para depois de 30 dias 
contados a partir da propositura da demanda para o autor e o réu deve ser citado 20 dias 
antes dela acontecer. 
(Art. 334, § 1º, CPC): tem que ter um conciliador e um mediador. 
(Art. 334, § 4º, I, CPC): se só uma parte manifestar desinteresse e a outra não, a audiência 
acontece assim mesmo. Pode ser que na hora não seja feito acordo nenhum, porque a 
outra parte não quer, mas a audiência acontece. 
(Art. 334, § 6º CPC): se no litisconsórcio todos não quiserem ela não acontece, mas se uma 
pessoa quiser, ela acontece. 
 Divisão – art. 334, § 2º, CPC. A audiência pode ser dividida se houver sinais de 
acordo, mas ainda não concretizado, nesse caso ela pode ser suspensa por até dois meses 
e depois continuar para que se conserve esse sinal de acordo. 
 Intimação do autor – é feita pelo Diário Oficial da Justiça ou pelo e-mail do 
advogado. O autor não é citado, é intimado através do advogado. 
 Não realização – art. 334, § 5º, CPC. Se o autor não tiver interesse na audiência 
de conciliação mediação ele tem que manifestar isso na petição inicial. Se o réu não quiser 
também ele tem que dizer isso por meio de uma petição num prazo de 10 dias anteriores 
à data marcada para a audiência. Se a parte manifestar interesse e não for paga uma 
multa de 20% do valor da causa, ela pode mandar um representante ou o próprio 
advogado por meio de procuração (§ 8º). 
 Meios eletrônicos – pode ser realizada por meios eletrônicos, como 
videoconferência. O lado bom é que fica registrado tudo o que as partes dizem. 
 Redução a termo – se houver algum acordo a audiência é reduzida a termo 
(passada por escrito) e fica registrada no livro da audiência (344, § 11). 
II. AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO 
A audiência de instrução e julgamento só ocorre quando há necessidade de produção 
de prova oral. Tem processos em que ela nem existe. Está prescrita no art. 358 do 
CPC. 
 Como começa? 
 Pregão inicial: abertura da audiência no dia e hora estipulado. Acontece em dias 
úteis, dentro do horário de expediente, não cabendo nesse dia ela continua no 
próximo dia útil (art. 365, § único, CPC), é realizada na sede do juízo e se precisar ser 
em outro lugar o juiz vai determinar (217 CPC). Lembrando que a audiência de 
conciliação e mediação é feita em um local próprio para ela, não é na sede do juízo. 
 O auxiliar de justiça apregoa (chama) as partes e todo mundo que tem que ir para 
a audiência e o juiz a declara aberta. 
 - Fases 
 a) conciliação: art. 359, CPC. Antes de começar a instrução o juiz vai tentar 
novamente a conciliação entre as parte. Conseguiu? Reduz a termo e homologa. Não 
conseguiu? Segue a instrução. 
Poder de polícia: art. 360, CPC. É o poder de limitar certas liberdades individuais, 
dentro da lei, para organizar a audiência em benefício do bem comum. É para manter 
a ordem. 
 b) Instrução: art. 361. Produção de prova oral. A ordem padrão é: 
 1º - os peritos; 
 2º - as partes (primeiro autor e depois o réu); 
 3º - as testemunhas (até 10 para cada parte e até 3 para testemunhar o 
mesmo fato). 
 As partes não veem quem depôs antes, mas podem ver quem vai depor depois. 
O réu não escuta o autor. Não podem ter textos escritos dos testemunhos para 
somente ler, mas podem ter anotações. 
c) Alegações finais: são as argumentações finais de ambas as partes finda a 
instrução de julgamento. Podem ser: 
- Remissivas: quando elas não tem mais nada para falar. 
- Orais: é concedido 20 minutos para cada parte falar (autor, réu e MP, 
se for o caso). Em caso de litisconsórcio o tempo é o mesmo para o 
grupo todo, fica a critério a divisão. 
- Memoriais ou escritas: entrega de um documento escrito com as 
alegações. Prazo sucessivo (15 em 15 dias) não é obrigatório e nem 
precisa de intimação. Primeiro o autor, depois o réu e, por último o MP. 
 d) Sentença – art. 366, CPC. Depois das alegações a sentença sai em 30 dias, se 
ultrapassar esse período não acontece nada. 
 - adiamento da sentença: art. 362, CPC. 
➢ Convenção das partes; 
➢ Não comparecimento justificado de alguém que tinha 
que ir; 
➢ Atraso de 30 minutos. 
Esse adiamento pode acontecer mais de uma vez. 
 Cisão da audiência: art. 365, CPC. Quando a audiência não puder ser realizada 
no mesmo dia que já foi marcada porque alguém importante faltou (caput do artigo) ou 
quando acabou o horário de expediente. Aí ela é cindida. 
 Documentação: art. 367, CPC. A audiência é toda documentada, tanto a sentença 
como os despachos e o que foi gravado nela. 
III. DAS PROVAS 
Prova é o meio que se tem para demonstrar ou evidenciar um fato. A sua finalidade 
é convencer/influir na decisão do juiz (art. 369, CPC). Podem servir de prova os 
documentos, os testemunhos, a perícia criminal, etc. 
 Meios: é a forma usada para extrair a prova. Meio x fonte. 
a) Meios legais: estão previstos na lei. 
b) Meios legítimos: não estão na lei, mas são socialmente aceitos. 
15 
 
c) Meios ilegítimos: são provas que são legais ou legítimas, mas que foram 
adquiridas por meios ilegítimos. Essas provas não são aceitas em juízo, ou pela 
lei ou pela jurisprudência. 
Previsão CPC 
1. Ata notarial; 
2. Confissão; 
3. Depoimento pessoal; 
4. Exibição; 
5. Documentos; 
6. Testemunhas; 
7. Perícia; 
8. Inspeção judicial. 
Ata notarial (art. 384, CPC) 
 É a documentação de um fato feito por um tabelião registrado e lavrado em 
cartório. Só pode ser feita por um tabelião (art. 7º, III da Lei nº 8.933/94). 
Confissão (arts. 389 e 380, § 1º, CPC) 
É o reconhecimento que uma parte faz de um fato que lhe é prejudicial e 
favorável a seu adversário. Não gera nenhuma decisão. 
 Quem pode confessar? Quem é parte do ato confessado (própria e pessoal), 
desfavorecimento de quem confessa e favorecimento da outra parte, não pode ser um 
terceiro, se for representante só por meio de procuração. 
 Espécies de confissão 
Judicial: produzida em juízo 
Extrajudicial: produzida fora dele 
Espontânea: feita por iniciativa de quem confessa 
Provocada: feita por depoimento pessoal da parte 
 
Depoimento pessoal (art. 385, CPC) 
 É o depoimento pessoal de uma parte que é requerida pela outra parte ou pelo 
juiz. Dessa forma existem duas formas de depoimento pessoal: por provocação ou por 
interrogatório. 
a) Provocação: é feita por meio de requerimento da outra parte e é realizado 
na audiência de instrução e julgamento, se não comparecer para depor, ou 
se recusar, presumir-se-ão verdadeiros os fatos alegados em desfavor da 
parte que deveria depor. 
b) Interrogatório: determinado pelo juiz ex officio em qualquer fase do 
processo, para esclarecer um fato para o magistrado em questão. Se 
distingue a partir do momento em que a primeira é pelo requerimento da 
outra parte e a segunda determinada pelo juiz. 
Pode mentir no depoimento pessoal, é a ampla defesa, mas se a parte se recusar 
a depois presunção de veracidade dos fatos. 
Exibição (art. 396, CPC) 
 É o pedido de exibição para uma parte de um documento ou coisa que ela 
possua, se ela se recusar a negar serão presumidos verdadeiros os fatos alegados. O 
pedido pode ser feito pelo juiz ou pela outra parte. Se o pedido é feito para terceiro ele é 
citado para comparecer com a coisa num prazode 15 dias, se se recursar (arts. 402 e 403), 
não se pode presumir veracidade. 
Documentos (art. 405, CPC) 
 É a preparação para produzir provas (instrumento). Pode ser público ou 
particular. Se alguém alegar falsidade desse documento abre-se uma investigação, mas o 
processo não é suspenso. Tem documento lacto sensu e stricto sensu. 
 Documento público – quando o autor é um agente público no exercício da 
função. 
 Documento particular – quando o autor não é agente público ou, se for, não o 
fez no exercício da função. 
Testemunhas (art. 442, CPC) 
 É um terceiro desinteressado que é chamado pela parte para testemunhar um 
fato. Tem o dever de ir e falar a verdade. Não pode mentir. 
Obs: se for a parte é depoimento pessoal, se for um 
terceiro é testemunho 
 Espécies 
1) Presencial: a que a pessoa presenciou o fato probando; 
2) De referência: soube do fato por meio de terceira pessoa; 
3) Referida: aquela cuja existência foi apurada por meio de outro depoimento; 
4) Judiciária: relata em juízo o seu conhecimento do fato; 
5) Instrumentária: presenciou a assinatura do instrumento do ato jurídico e o 
firmou. 
Quem não pode ser testemunha? 
 - incapazes > Art. 447, § 1º, CPC. 
 - impedidos > Art. 447, § 2º, CPC. 
 - suspeitos > Art. 447, § 3º, CPC. 
Quando o testemunho não vai ser admitido? Art. 443, CPC. 
 I - fatos já comprovados por documento ou confissão 
 II – fatos que só podem ser comprovados por documento ou por perícia 
Perícia (art. 464, CPC) 
16 
 
 Necessidade de conhecimentos técnicos específicos. O juiz designa um perito 
para averiguar e avaliar um fato em questão. 
 Fontes: pessoas e coisas. 
 
 
 Quando o juiz chama o perito ele aciona também assistentes para cada parte, 
eles depositam as análises para as partes e, em um período, elas corroboram um 
questionário. 
 Questionário < parte < assistente < perito > assistente > parte > questionário. 
Inspeção judicial (art. 481, CPC) 
 É a percepção pessoal do juiz e é obrigatória em caso de interdição de pessoa. O 
objetivo é que seja esclarecido para um juiz um fato no caso. 
 - pode ser feita de ofício ou a requerimento; 
 - pode ser única e principal (se for o caso); 
 - pode ser feita a qualquer momento; 
 - pode ser direta (juiz) ou indireta (juiz manda um perito). Mas não se confunde 
com a perícia. 
OBJETO DE PROVA: é a afirmação sobre um fato (pode ser qualquer fato) e que diante 
dessa afirmação vai surgir a necessidade de produção de provas. Para que um fato seja 
considerado objeto de prova ele deve ser: 
a) Controverso: tem que haver uma discussão sobre ele. 
b) Relevante: o tema a ser provado dessa afirmação deve ter relevância 
jurídica. 
c) Determinado: no tempo e no espaço para assim ser provado. 
 Fatos que não precisam provar: art. 374, CPC. 
 - notórios; - incontroversos; 
 - confessados; - presunção absoluta de veracidade. 
Presunção absoluta de veracidade: são aquelas que não admitem prova em contrário. 
Presunção relativa de veracidade: são aquelas que admitem prova em contrário. 
Entretanto, se não aparecer nenhuma, ou se aparecer, mas não for capaz de contrariar, 
será considerado verdadeiro o fato em questão. 
 Exceção: 
1) art. 376, CPC. Se a parte alegar aplicabilidade de uma lei municipal pode ser 
que ela tenha que provar o teor e a vigência dessa lei. 
2) Regras de experiência: 
a. Comum: alegação feita com base do que acontecia na sociedade 
normalmente. O que era comum naquela cultura. 
b. Técnica: pensamento técnico sem aprofundamento científico. 
Critério de avaliação das provas 
• Prova legal: aqui o legislador imputava em cada prova que se encontrava na lei 
qual o seu valor. Assim o magistrado verificava qual foi a prova usada e qual era 
o seu valor no código. Não é mais adotado. 
• Livre convencimento motivado – flopou, não existe mais. Dizia que o magistrado 
era livre pra dar a valoração da prova. 
• Convencimento motivado – o órgão julgador tem que fundamentar a sua 
decisão, dizer porque a prova mereceu aquele valor. 
IV. ÔNUS DA PROVA 
 É quem tem que provar aquele fato. Não é um dever, mas tem consequências. 
 De quem é o ônus da prova? art. 373, CPC. O autor tem o ônus de provar o fato 
constitutivo do seu direito e o réu tem o ônus de provar os fatos impeditivos, 
modificativos ou extintivos do direito do autor se for o caso. 
 E se eles não provarem? Pode servir como critério de julgamento. 
 - autor: improcedência do pedido. 
 - réu: perda da causa. 
 Inversão do ônus da prova: a regra é que quem tem que provar é quem alega, 
mas pode haver uma inversão e uma parte vai ter que provar as alegações da outra parte. 
Geralmente isso acontece em casos de hipossuficiência. Essa inversão pode ser: 
a. Legal 
b. Judicial 
c. Convencionada 
Momento processual do ônus da prova 
1. Requerimento: as partes pedem a produção da prova. O autor pede na 
petição inicial e o réu na contestação. 
2. Deferimento: ocorre geralmente no saneamento e organização do processo 
(537). O juiz aprova ou não a produção. Não aprova quando é protelatório, 
desnecessária ou já tem provas demais sobre o mesmo fato. 
Produção da prova: 
a. Por requerimento: as partes pedem 
b. Por ofício: o juiz quer e manda fazer. 
Procedimento: cada tipo de prova tem um procedimento diferente. 
Produção antecipada: art. 381, CPC. É uma medida cautelar, geralmente ocorre antes do 
processo em razão de perecimento da prova em questão. O autor entra com uma ação 
(antes de dar início ao litígio), só para alcançar a prova que deseja, não há julgamento, só 
produção. Na ação de produção antecipada da prova o autor tem que justificar o motivo 
de perecimento da prova e qual o objetivo dela. 
 O juiz documenta (art. 382, § 2º, CPC). 
tipos
exame
inspeção realizada em 
pessoas ou coisas móveis
avaliação
fixação de valores de coisa 
ou de direito
vistoria
inspeção realizada em bens 
imóveis
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V. DAS SENTENÇAS 
A sentença é uma decisão, em primeira instância, do mérito. Quando há julgamento 
parcial do mérito não há sentença e sim decisão interlocutória, só tem sentença quando 
o julgamento é total. A sentença tem que ser feita com base no art. 485 ou no art. 487 
(art. 203, caput, CPC). 
(Art. 487, CPC): o juiz não volta atrás depois de proferida a sentença. Nesse caso o 
réu entra com um recurso e a decisão vai ser revista, mas por outra instância. 
A sentença põe fim à fase cognitiva e executiva do processo e podem ser terminativas 
ou definitivas 
 Fase cognitiva: declaração do direito e possível condenação. Exceção: 
procedimentos especiais. 
 Fase executiva: execução da condenação, o direito é satisfeito. 
1. Sentenças terminativas: (485) é feita somente pelas análises formais, não tem 
análise de mérito. Essa causa pode ser ajuizada novamente, mas como um novo 
processo, pois teve coisa julgada formal. Mata o processo, mas não mata a 
matéria. 
2. Sentença definitiva: (487) tem análise da matéria e por isso não pode mais ser 
ajuizada novamente, pois teve produção de coisa julgada material. Ocorre 
quando: 
a. Ninguém apelou; 
b. Acabaram-se os recursos. 
Daí vem o trânsito m julgado. 
Elementos essenciais 
a) Relatório: o juiz descreve os atos processuais. Contém tudo o que aconteceu 
na sentença. 
b) Fundamentação: é a explicação do porquê aquela decisão foi tomada. 
c) Dispositivo: acerta sobre o pedido. 
Classificação tradicional quinaria 
A. Sentenças declaratórias (homologatórias): É a declaração de existência de 
um direito. Toda sentença tem uma carga declaratória. Sentença 
declaratória negativa: declara que não tem o direito que se queria. Possui 
efeito ex tunc. 
B. Sentenças constitutivas: cria, extingue ou modifica uma relação jurídica. Ex.: 
divorcio. Essa sentença aperfeiçoa o ato. Possui efeito ex nunc. 
C. Sentenças condenatórias:impõe a uma das partes uma obrigação. Não se 
esgota nela mesma, pois ela ainda precisa ser cumprida. Ela que inicia a 
execução. 
D. Sentenças mandamentais: utiliza de meio de coerção “faz isso ou faço tu 
fazer aquilo”. 
E. Sentenças executivas: não dá nem chance da parte cumprir 
espontaneamente. Ex.: sentença de despacho. 
Princípio da congruência: a sentença só pode ser dada até onde foi o pedido, não menos 
nem mais. 
 Ultra petita: quando o magistrado vai além do que foi pedido. 
 Extra petita: quando fica fora dele. 
 Citra petita: quando o fica aquém do pedido. 
Julgamento das ações relativas à obrigação de dar, fazer e não fazer: inclusão de 
sentenças mandamentais. 
DA REMESSA NECESSÁRIA: art. 496, CPC. Em regra, quando uma sentença é proferida ela 
só é revista se umas das partes pedir, mas a remessa necessária diz que se o réu que 
perdeu foi a União, o Estado, O DF ou Município, autarquias e fundações, essa sentença 
vai ser revista, mesmo que ninguém entre com recurso, ele é condenado, mas não 
executado ainda. A remessa necessária não é um recurso, pois este depende as vontade 
das partes que não é o caso, o processo sobe para o tribunal instantaneamente, se o juiz 
não mandar para a revisão o tribunal manda buscar. Esse instituto visa a segurança dos 
cofres da União. Fere o princípio da isonomia. 
 Exceção: quando a causa não for superior à 100 salários mínimos (art. 496, § 4º, 
CPC). 
COISA JULGADA MATERIAL: art. 502, CPC. É a decisão do mérito, é imutável e indiscutível. 
O que faz a coisa julgada é o pedido. 
 Art. 504. Não fazem coisa julgada: 
I - os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte 
dispositiva da sentença; 
II - a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença. 
Prejudicial de mérito: anterior à questão de mérito, mas que tem que ser resolvida 
porque influi diretamente na decisão do mérito. Ex.: pedido de pensão alimentícia, vem 
antes do teste de paternidade (art. 503, CPC). 
Limites da coisa julgada 
a. Objetivos: só faz coisa julgada até à coisa que foi pedida e que foi 
sentenciada. O mérito. 
b. Subjetivos: (506) quem não pode mais discutir a matéria da coisa 
julgada são só as partes daquele processo, é inter partes. Mas com 
outras pessoas podem. 
c. Temporais: (505) para relações de trato continuado.

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