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UNIVERSIDADE PAULISTA MATHEUS SILVA ARAUJO PERDA DE CARGA DISTRIBUIDA São Paulo 2017 MATHEUS SILVA ARAUJO - R.A.:C53JBF- EM5P13 PERDA DE CARGA DISTRIBUIDA Trabalho apresentado como exigência parcial para a disciplina Mecânica dos Fluídos, do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Paulista. Orientada por Douglas Baroni. São Paulo 2017 SUMÁRIO 1. OBJETIVO..........................................................................................................3 2. INTRODUÇÃO TEÓRICA...................................................................................3 3. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................6 4. RESULTADOS ..................................................................................................7 5. CONCLUSÃO.....................................................................................................9 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................9 3 1. OBJETIVO Avaliar a variação encontrada a partir de, fator de atrito em função de Reynolds e perda de carga distribuída em função de vazão. 2. INTRODUÇÃO TEÓRICA PERDA DE CARGA Considera-se forçado o conduto no qual o líquido escoa sobre pressão diferente da atmosférica. A canalização funciona, sempre, totalmente cheia e o conduto é sempre fechado. As canalizações de distribuição de água nas cidades são exemplos de condutos forçados e os rios e canais constituem o melhor exemplo de condutos livres. O líquido ao escoar em um conduto é submetido a forças resistentes exercidas pelas paredes da tubulação e por uma região do próprio líquido. Nesta região denominada camada limite há um elevado gradiente de velocidade e o efeito da velocidade é significante. A consequência disso é o surgimento de forças cisalhantes que reduzem a capacidade de fluidez do líquido. O conceito de camada limite foi desenvolvido em 1904 Por Ludwig Prandtl. PERDA DE CARGA EM TUBULAÇÕES CIRCULARES A canalização da Figura 1 mostra um líquido que flui de (1) para (2). Parte da energia se dissipa sob a forma de calor e, a soma das três cargas em (2) não é igual à carga total em (1). A essa diferença, indicada por hf1, dois ou, mais comumente usada como ∆h, dá-se o nome de perda de carga, que é de grande importância nos problemas de engenharia. Figura 1 – Análise da energia no escoamento de fluidos (Beneti, F., Mecânica dos. Fluidos, Prentice Hall, 2ª ed. 2009) 4 Logo a perda de carga distribuída entre duas seções de uma tubulação é igual à diferença entre as cargas totais das duas seções: � � �² 2� � � Υ � H= perda de carga (m) P= pressão (Pa) g= aceleração da gravidade (m/s²) v= velocidade (m/s) z= cotas (m) y= peso específico (N/m³) �1 � �1 � �1� 2� � �2 � �2 � �2� 2� � �� A perda de carga pode ser calculada segundo diferença de pressões, se a altura e velocidades do escoamento em 1 e 2 forem iguais . �� � Δ� � � �1 � �2 � CLASSIFICAÇÃO DAS PERDAS DE CARGA A perda de carga, denotada por, ∆h, é classificada em perda de carga distribuída (contínua) ao longo da tubulação e, perda de carga localizada (singular) devido a presença de conexões, aparelhos, singularidades em pontos particulares do conduto. As perdas distribuídas (hf) ocorrem devido ao atrito entre as diversas camadas do escoamento e ainda a o atrito entre o fluido e as paredes do conduto (efeito da viscosidade e da rugosidade). Com o intuito de estabelecer leis que possam reger as perdas de carga em condutos, já há cerca de dois séculos estudos e pesquisas vêm sendo realizados. Atualmente a expressão mais precisa e utilizada universalmente para análise de escoamento em tubos, e que foi proposta em 1845, é a conhecida equação de Darcy-Weisbach: 5 �� � � � ∗ �² � ∗ 2� v = velocidade média do escoamento D= diâmetro do conduto L= comprimento do conduto g= aceleração da gravidade f= coeficiente de perda de carga (adimensional; depende basicamente do regime de escoamento) Se o escoamento do fluido for laminar, então f pode ser calculado diretamente pela fórmula: � � �� �� � �� ∗!² � �" #$∗% & ' ∗!² � ��( ∗!∗) Estudar os princípios dos Fluidos, que através do tubo de Venturi, verificar a variação da velocidade antes e no estreitamento (pescoço) do Tubo. 6 3. MATERIAIS E MÉTODOS • Wattímetro: Aparelho para medir a potência de cada bomba. Em Watts. • Manômetro: Aparelho para medir a diferença de pressão entre os pontos. • Bombas: Duas bombas hidráulicas semelhantes foram utilizadas no experimento. • Reservatório graduado: Responsável por armazenar o fluido e permitir o controle do seu volume. • Cronômetro: Dispositivo utilizado para verificar o tempo de acionamento das bombas. Os métodos para fazer o experimento estão a seguir: • Verifica-se a instalação e as conexões; • A válvula da linha é totalmente liberada; • Acionam-se as bombas, permitindo o fluxo de água; • Ao mesmo tempo em que a bomba é acionada, deve-se iniciar a contagem do tempo; • Para a primeira medida, mantêm-se a válvula aberta, porém nas medidas posteriores, restringe-se a passagem do fluido, variando a abertura da válvula; • O manômetro, conectado a saída, permite a visualização da variação da pressão entre os pontos; • Lê-se então, cinco valores, fazer a soma dos valores e tirar a media do mesmo; • O reservatório estará sendo cheio. Quando chegar próximo ao limite do seu volume, a bomba deve ser desligada e o cronômetro parado; • Para um melhor controle dos cálculos, é necessário que a bomba sempre seja desligada em valores altos e em valores mais próximos possíveis; • Anota-se então, os valores de Volume, Tempo e Variação de Pressão. 7 Equações utilizadas: * � +,-./� 0�/1, � � 2 3 45 � !67 8 �9 � ∆; < � � �=∗)∗>7 ?∗+² 4. RESULTADOS Após a coleta de dados em todas repetições, os dados obtidos estão na Tabela 1. De acordo com as equações do item anterior, foram obtidos os valores de Vazão(Q), Coeficiente de atrito(f), Velocidades (V), Reynolds (Re) Perda de carga distribuída (HD). Em seguida, os gráficos de Perda de carga distribuída por vazão (Gráfico 1.) e fator de atrito por Reynolds (Gráfico 2.). ΔP Volume Tempo V Q Re HD f [Pa] [L] [s] [m/s] [x10^-3m³/s] [m/s] 22300 36.4 23.4 6.13 1.56 110347.4 2.28 0.01238337 20750 40 25.20 6.25 1.59 112469.5 2.12 0.01109193 17260 44 31.3 5.54 1.41 99737.1 1.76 0.01173237 14900 37.5 28.9 5.11 1.30 91956.2 1.52 0.01191469 12900 44.2 34.2 5.07 1.29 91248.8 1.32 0.01047595 10575 46.1 37.5 4.83 1.23 87004.7 1.08 0.00944612 9000 42 39.60 4.17 1.06 74979.7 0.92 0.01082465 7500 40.1 42.1 3.73 0.95 67198.80.77 0.01123045 5000 43.6 52.1 3.30 0.84 59417.8 0.51 0.00957623 2100 36.5 57.6 2.48 0.63 44563.4 0.21 0.00715025 Tabela 1. Dados obtidos no experimento. 8 Gráfico 1. Perda de carga por vazão. Gráfico 2. Coeficiente f por Reynolds. 0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 1.56 1.59 1.41 1.30 1.29 1.23 1.06 0.95 0.84 0.63 HD x Q 0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 f x Re 9 5. CONCLUSÃO Os resultados obtidos no experimento tiveram diferenças em relação ao calculado na teoria. Os motivos seriam causados por erros práticos, tais como, a diferença de tempo do acionamento da bomba até o início da cronometragem, o mesmo ocorrendo ao final do teste, o reservatório não se esvazia totalmente, o manômetro apresenta grande variação de pressão. Portanto considerando as possíveis falhas, o resultado apresentado é condizente. E é possível notar a redução do fator de atrito conforme reduz o Reynolds, e notasse que com a diminuição da preção e vazão a perda de carga distribuída tende-se a diminuir. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRUNETTI, Franco. Mecânica dos Fluidos. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
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