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Gêneros Textuais 1 - Maíra Nunes

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GÊNEROS 
TEXTUAIS
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Eu eu quando olho nos olhos sei quando uma pessoa está por dentro ou está por fora quem está por fora não segura um olhar que demora de dentro de meu centro este poema me olha 
Paulo Leminski  
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Mas, afinal, o que caracteriza um gênero textual?
Os gêneros se constroem historicamente, atendem a determinadas convenções culturais, tornam possível a comunicação no cotidiano e transformam-se com as inovações tecnológicas. Portanto, é um conjunto de características sócio-comunicativas que define um gênero textual: o domínio discursivo no qual se insere, o conteúdo, o estilo, sua composição, a função comunicativa que exerce, etc.
Já reparou?
Hoje com a cultura eletrônica vivenciamos o aparecimento de novos gêneros textuais!
Exemplos: notícia, carta pessoal, piada, receita culinária, resenha, edital de concurso, charge, reportagem, editorial, horóscopo, cardápio, telefonema, etc.
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GÊNEROS TEXTUAIS
TIPO TEXTUAL
São categorias definidas que caracterizam o modo como os textos se materializam: argumentativo, narrativo, expositivo, descritivo, injuntivo.
GÊNERO TEXTUAL
São textos materializados em situações comunicativas recorrentes e que apresentam padrões sociocomunicativos recorrentes. 
Cartas, receita culinária. romance, conto, aula expositiva, piada, reportagem, notícia, crônica, editorial, charge, etc.
SUPORTE
“Lócus físico ou virtual que serve de base ou ambiente de fixação do gênero materializado como texto” (MARCUSCHI, 2008, p.174).
O suporte serve para fixar o texto, mas também interfere nas relações de interlocução, uma vez que diz respeito aos modos de circulação de um texto (logo, aos modos através dos quais se produz, se circula e se recebe o texto).
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DISCURSO
“Discurso” não tem o mesmo significado que “texto” para a Linguística. O conceito de “discurso” se pauta nas formas históricas e ideológicas que a linguagem adquire na sua circulação na sociedade. 
DOMÍNIO DISCURSIVO
São instâncias discursivas derivadas de determinada esfera da atividade humana. Constituem práticas discursivas através das quais podemos identificar um conjunto de gêneros textuais. Discurso religioso, discurso jurídico, discurso jornalístico, etc.
GÊNEROS TEXTUAIS
Gêneros textuais em 
domínios discursivos:
 Religioso: sermão; oração; relato de testemunho; confissão; etc.
 Jurídico: petição inicial; contestação; sentença; etc.
 Jornalístico: notícia; reportagem; editorial; crônica; artigo jornalístico; etc.
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GÊNEROS TEXTUAIS
Os gêneros não são entidades formais, e sim entidades comunicativas em que predominam aspectos relativos a funções, propósitos, ações e conteúdos. Por essa razão, são dinâmicos, de complexidade variável e de caráter sócio-histórico.
Gêneros textuais e controle social:
- Os gêneros textuais se manifestam em determinadas condições sociais, históricas e culturais. De maneira que não podemos separá-los da condição social em que se realizam. Assim, os gêneros textuais se inserem em determinados domínios sociais e se inserem em esferas sociodiscursivas. Essas esferas são sempre afetas por relações de poder e por atividades de controle social 
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“Gênero é uma força aglutinadora e estabilizadora dentro de uma determinada linguagem, um certo modo de organizar idéias, meios e recursos expressivos, suficientemente estratificado numa cultura, de modo a garantir a comunicabilidade dos produtos e a continuidade dessa forma junto às comunidades futuras. Num certo sentido, é o gênero que orienta todo o uso da linguagem no âmbito de um determinado meio, pois é nele que se manifestam as tendências expressivas mais estáveis e mais organizadas da evolução de um meio, acumuladas ao longo de várias gerações de enunciadores (BAKHTIN, 1997).”
OS GÊNEROS TEXTUAIS NO DISCURSO JORNALÍSTICO
A opinião no jornalismo brasileiro – José Marques de Melo. Compilação de estudos sobre os gêneros jornalísticos.
 O boom dos meios de comunicação de massa no século XX e, mais recentemente, o advento das mídias digitais fazem surgir inúmeros gêneros textuais que ainda precisam ser estudados.
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Fonte: RÊGO, Ana Regina Barros; AMPHILO, Maria Isabel. Gêneros Jornalísticos: análise dos jornais “O Estado de São Paulo e “Diário de São Paulo”.
Divisão dos gêneros jornalísticos segundo dois importantes pioneiros desse estudo no Brasil
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Autores contemporâneos elaboram críticas a essa divisão, argumentando que a classificação foi feita segundo critérios funcionalistas. Os autores buscam atualizá-la a partir da compreensão dos gêneros como práticas sócio-culturais e que, portanto, precisam ser estudados em sua complexidade.
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 		 INFORMATIVO				
 Notícia: registro de um fato novo, de interesse público, segundo técnicas e critérios jornalísticos de composição. A notícia se estrutura a partir do lead (quem – o quê – quando – onde – por quê?).
 - Função referencial da linguagem; não admite o uso da primeira pessoa, nem a expressão de juízo de valor ou opinião.
							
 Reportagem: relato de um acontecimento importante; é um texto mais extenso que a notícia, resultando de investigação mais detalhada e do aprofundamento das informações.
- Função referencial da linguagem; utilização da primeira ou terceira pessoa; mais flexibilidade de estilo que a notícia.

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