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AV DIREITO CIVIL VI

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DIREITO CIVIL VI - AV 
1a Questão (Ref.: 149439) Pontos: 0,3 / 1,0 
José morre vítima de homicídio, tendo deixado dois filhos, Jonas e Jaqueline, sendo que cada um deles teve três 
filhos. Logo, no total, havia 8 descendentes de José. Ocorre que, após 2 anos de investigações, concluiu-se que 
a filha do autor da herança é a verdadeira assassina, pelo que é requerida e acolhida a sua exclusão da 
sucessão. Todavia, antes de ser declarada a indignidade da sucessora, um dos bens recebidos por Jaqueline já 
tinha sido vendido para um terceiro, Otávio. Diante disso, com quem deverão ficar os bens herdados por 
Jaqueline ? Ficará prejudicado o direito de propriedade de Otávio ? Justifique. 
 
 
 
Fundamentação do Professor: Gabarito: Segundo o art. 1.816, CC, a declaração de indignidade de Jaqueline 
importa na presunção de se tratar de pré-morta. Logo, seus três filhos ficarão com os bens na qualidade de 
herdeiros legítimos por representação. Em contrapartida, na forma do parágrafo único do mesmo dispositivo, 
perde a excluída o usufruto decorrente do poder familiar e a sucessão eventual dos bens que perdeu. Quanto à 
coisa vendida a Otávio, este não perderá a propriedade, salvo se a tiver adquirido de má-fé. Com efeito, os 
descendentes de Jaqueline, por não terem mais o bem, poderão reclamar o seu valor a título de perdas e danos, 
conforme do art. 1.817, do mesmo diploma. 
 
 
Gabarito: Segundo o art. 1.816, CC, a declaração de indignidade de Jaqueline importa na presunção de se tratar 
de pré-morta. Logo, seus três filhos ficarão com os bens na qualidade de herdeiros legítimos por representação. 
Em contrapartida, na forma do parágrafo único do mesmo dispositivo, perde a excluída o usufruto decorrente do 
poder familiar e a sucessão eventual dos bens que perdeu. Quanto à coisa vendida a Otávio, este não perderá a 
propriedade, salvo se a tiver adquirido de má-fé. Com efeito, os descendentes de Jaqueline, por não terem mais 
o bem, poderão reclamar o seu valor a título de perdas e danos, conforme do art. 1.817, do mesmo diploma. 
 
 
 2a Questão (Ref.: 152428) Pontos: 0,7 / 1,0 
Rui, casado com Amanda em regime de separação de bens faleceu ab intestato em 20 de dezembro de 2008. 
Rui e Amanda tinham quatro filhos e o patrimônio deixado pelo de cujus era composto por 3 imóveis em 
Curitiba, uma casa em Florianópolis, um carro (todos adquiridos onerosamente na constância do casamento), 
saldo de FGTS e valores em conta conjunta com sua esposa. Deixou também seguro de vida em que indicou 
como beneficiária sua sobrinha Aline. Pergunta-se: 1- A quem caberá a administração provisória da herança? 
Explique sua resposta. 2- Supondo todos capazes, quem deverá ser nomeado inventariante? Explique sua 
resposta. 3- Há bens que não precisam ser inventariados? Explique sua resposta. 4- Qual o prazo para abertura 
e finalização do inventário? Supondo que o cônjuge seja domiciliado na mesma cidade em que você, haverá 
multa pela não observância do prazo de abertura do inventário? 
 
 
Resposta: 1- Caberá ao inventariante, que poderá ser qualquer um capaz e nomeado por todos os interessados. 
2- Amanda 3- Todos os bens precisam ser inventariados. 4- A abertura é logo após o óbito. Sim, há multa. 
 
 
Gabarito: 1- A quem caberá a administração provisória da herança? Explique sua resposta. Em regra a 
administração provisória permanece com o herdeiro que detinha sua posse no momento da abertura da 
sucessão (art. 1.797, CC). Supondo que Amanda a detinha, será dela a administração provisória. 2- Supondo 
todos capazes, quem deverá ser nomeado inventariante? Explique sua resposta. Pode ser nomeado o 
administrador provisório. No entanto, a regra é que o cônjuge supérstite seja nomeado inventariante, no caso 
Amanda (art. 990, CPC). 3- Há bens que não precisam ser inventariados? Explique sua resposta. Apenas o 
seguro destinado à sobrinha não precisa ser inventariado (art. 792, CC) e os valores existentes na conta 
corrente, uma vez que conjunta (obrigação solidária). Todo o restante precisará ser inventariado não aplicando 
as exceções estudadas. 4- Qual o prazo para abertura e finalização do inventário? Supondo que o cônjuge seja 
domiciliado na mesma cidade em que você, haverá multa pela não observância do prazo de abertura do 
inventário? O prazo para abertura do inventário é de sessenta dias a partir da abertura da sucessão, devendo 
ser finalizado em doze meses (art. 983, CPC). O professor deve verificar se os alunos identificaram se há 
penalidade no Estado para a não observação do prazo. 
 
 
DIREITO CIVIL VI - AV 
 3a Questão (Ref.: 83337) Pontos: 1,0 / 1,0 
Carlos elabora testamento em que nomeia José legatário de duzentos mil reais porque, ao tempo em que seu 
pai esteve internado, foi o enfermeiro que melhor se dedicou à cura e ao bem-estar do ente amado. Contudo, à 
época do cumprimento do testamento, descobre-se não haver enfermeiro com tal nome trabalhando no hospital 
no período mencionado. Assim, marque a alternativa correta: 
 
 
Não há vício na disposição testamentária, mas apenas ineficácia se alegada pela parte interessada. 
 
O fato eiva o testamento de nulidade, não havendo modo de se aproveitar a disposição. 
 Apesar do vício de consentimento, é possível cumprir a vontade do testador se identificada a pessoa a 
quem se refere o testamento. 
 
Por se tratar de claro erro quanto à pessoa, a disposição é anulável pelo prazo de 4 anos. 
 
 
 4a Questão (Ref.: 103305) Pontos: 1,0 / 1,0 
ENADE 2009 
Helena da Silva era uma mulher que não tivera oportunidade de concluir o ensino básico. Mas, em razão do destino, 
veio a conhecer John Look, divorciado há 20 anos, homem rico e bem-sucedido, que, em pouco tempo, se casou com 
Helena, na esperança de viver um grande amor com a consorte que conhecera no Rio de Janeiro. Logo após o 
casamento, o casal passeou por diversas capitais do país, entre as quais Recife, Maceió e Salvador. Infelizmente, John 
Look, em uma visita a seu país, dois meses depois, veio a falecer. No Brasil, o de cujus deixou um pequeno apartamento 
que deveria partilhar com a ex-mulher, do primeiro casamento. Entretanto, Helena soube que a lei do país de John, 
diferentemente do Brasil, incluía na sucessão ex-cônjuges separados há mais de 10 anos. 
Considerando o inciso XXXI do artigo 5º da Constituição brasileira, que dispõe que a sucessão de bens de estrangeiros 
situados no país será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes 
seja mais favorável a lei pessoal do de cujus, é CORRETO afirmar que 
 
 
a sucessão deve observar as leis do país do de cujus, independentes de serem ou não mais favoráveis à 
Helena. 
 a sucessão deverá ser regida pela lei brasileira, uma vez que seria mais favorável à Helena. 
 
a sucessão deve ser regulada pelo direito internacional de um país neutro, uma vez que há conflito de 
competência. 
 
a sucessão deve obedecer às leis do Brasil, uma vez que o casamento foi realizado sob as leis brasileiras. 
 
a sucessão deve excluir qualquer pretensão de Helena e beneficiar a ex-cônjuge do de cujus, em razão 
de o óbito ter ocorrido no exterior. 
 
 
 5a Questão (Ref.: 83302) Pontos: 1,0 / 1,0 
Quanto aos efeitos da aceitação e da renúncia, marque a alternativa correta: 
 
 
Nenhuma espécie de renúncia implica no pagamento de imposto de transmissão. 
 
O herdeiro que permanece em silêncio, indiferente à herança, significa aceitação tácita. 
 
A renúncia não admite que seus efeitos retroajam à data da abertura da sucessão. 
 O herdeiro, se também for legatário, poderá aceitar a herança e renunciar o legado. 
 
 
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 6a Questão (Ref.: 83300) Pontos: 1,0 / 1,0 
Miguel dispôs seus bens em favor do filho que teve com a amante, sendo que o testamento foiescrito pela avó 
materna da criança. Considerando haver filhos concebidos no casamento, marque a alternativa correta: 
 
 
Nenhuma das opções 
 A disposição seria válida se o testamento tivesse sido escrito por alguém que não tivesse relação com a 
criança. 
 
Trata-se de pessoa interposta, pelo que jamais seria válida a disposição testamentária. 
 
Não se pode nomear apenas um filho em testamento porque todos têm de receber o mesmo quinhão. 
 
Ainda que existam outros filhos, não há vício algum quanto à nomeação testamentária. 
 
 
 7a Questão (Ref.: 777575) Pontos: 1,0 / 1,0 
(Questão 12 29º Exame OAB-RJ) Maria Braz da Silva, casada pelo Regime da Comunhão Universal de Bens com 
Eduardo da Silva, morreu em 17 de novembro de 2005, deixando considerável patrimônio em bens imóveis e 
obras de arte. Maria Braz da Silva tem uma neta, Júlia, com três anos de idade, filha de seu filho, Lucas, 
pré?morto. Quando da abertura do Processo de Inventário dos bens por ela deixados, foi apresentado um 
Testamento Público datado de 10 de março de 2003, em que é apontada como sua sucessora, Ana, sua 
afilhada, para quem dispôs 30% de sua parte disponível. Eduardo da Silva contestou tal disposição 
testamentária e atravessou uma petição onde afirma ser herdeiro necessário de sua esposa, segundo a lei civil 
brasileira vigente. Analise e responda: 
 
 
Eduardo é meeiro de Maria e Júlia e Eduardo são herdeiros necessários; 
 Eduardo é meeiro de Maria. 
 
Júlia e Eduardo são herdeiros necessários de Maria; 
 
Eduardo não tem qualquer direito aos bens deixados por Maria nem meação, nem 
herança; 
 
 
 8a Questão (Ref.: 761494) Pontos: 1,0 / 1,0 
(Questão 30 124º Exame OAB-SP) Estão legitimados a suceder, na sucessão legítima: 
 
 
as pessoas físicas e jurídicas existentes ao tempo da abertura da sucessão. 
 as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão. 
 
apenas as pessoas já nascidas com vida ao tempo da abertura da sucessão. 
 
os já nascidos, os concebidos e a prole eventual de pessoas já existentes. 
 
 
 9a Questão (Ref.: 80980) Pontos: 0,5 / 0,5 
(Questão 30 131º Exame OAB-SP) Sobre a sucessão testamentária, é ERRADO afirmar: 
 
 
o pai pode testar metade do seu patrimônio ao filho 
primogênito A¿,enquan→queaoutramηdeseráigualmentedivididaentreopróprioA¿,enquan→queaoutramηdeseráigualmentedivididaentreopróprio
e o caçula B¿.B¿. 
 
o instituto da redução das disposições testamentárias é aplicado para as hipóteses de avanço do testamento na parte legítima dos 
herdeiros necessários. 
 
o herdeiro, chamado, na mesma sucessão, a mais de um quinhão hereditário, sob títulos sucessórios diversos, pode livremente 
deliberar quanto aos quinhões que aceita e aos que renuncia. 
 há direito de representação na sucessão testamentária. 
DIREITO CIVIL VI - AV 
 
 
 10a Questão (Ref.: 83306) Pontos: 0,0 / 0,5 
Leonardo envolveu-se afetivamente com a esposa de seu avô, Manoel, que, por sua vez, mantinha relação 
clandestina com a mulher de outro neto, Cristiano. Considerando as situações, marque a alternativa correta 
sobre a possibilidade de deserdação de Leonardo e Manoel por manterem relações ilícitas: 
 
 Somente Manoel pode ser deserdado. 
 Somente Leonardo pode ser deserdado. 
 
Ambos podem ser deserdados. 
 
Nenhum dos dois pode ser deserdado.

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