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introdução principio da presunção de inocencia

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UNVERSIDADE CANDIDO MENDES 
Aluno: Silas Dos Santos Martins 
 
 
 
 
 
 
 
O PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E A DECISÃO DO 
STF QUE PERMITE A EXECUÇÃO PROVISÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de janeiro 
 
2017 
 
 
 
O PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E A DECISÃO DO 
STF QUE PERMITE A EXECUÇÃO PROVISÓRIA 
 
INTRODUÇÃO: 
 
O presente artigo trata do principio da presunção de inocência, também 
conhecido como princípio da não culpabilidade. É um principio de ordem 
constitucional que se aplica ao direito penal. 
O objetivo deste é trazer a lume o perigo que a sociedade corre quando se 
banaliza a prisão, e a importância de uma decisão do Supremo Tribunal Federal e o 
que ela pode repercutir na vida de todos os indivíduos. 
Não se limita somente ao estudante de direito ou aos operadores do direito, 
mas a todos quanto exercitam o seu poder de cidadania e se interem em discutir os 
interesses coletivos e garantias constitucionais. A motivação para o referido tema, é 
que na atualidade a mídia e a sociedade, estão exercendo o papel de julgadores, 
onde se condena sem que haja o devido processo legal e mesmo que seja provada 
a inocência do ora acusado, este carregará consigo a condenação de sua imagem. 
A metodologia utilizada para a elaboração desse artigo foi de forma 
documental, baseando-se na doutrina e em pesquisa feita em sites na internet. 
 Isto posta cabe então conceituar o principio da presunção de inocência, que 
prevê que: aquele que é acusado de supostamente cometer alguma infração penal 
somente poderá ser considerado culpado e preso após o transcurso do devido 
processo legal, com a sentença condenatória transitada em julgado com a afirmativa 
da condenação, ou seja, quando não couber mais recurso. 
De acordo com Alexandre de Moraes (2007), em regra, direitos 
constitucionais definidos como direitos fundamentais democráticos e individuais são 
de eficácia e aplicabilidade imediata. E a própria Constituição Federal, em uma 
norma síntese, determina esse fato. O citado autor leciona que o princípio da 
presunção de inocência é um dos princípios essenciais do Estado de Direito e como 
garantia processual penal, visa à tutela da liberdade pessoal, salientando a 
necessidade de o Estado comprovar a culpabilidade do indivíduo, que é de forma 
constitucional presumido inocente, sob pena de retrocedermos ao estado de total 
arbítrio estatal. 
O principio da presunção de inocência ou da não culpabilidade, surge com o 
advento da Declaração Universal dos Direitos humanos de 1948 que em seu artigo 
XI dispõe: 
Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida 
inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a 
lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido assegurada todas as 
garantias necessárias à sua defesa.¹ 
 
A Convenção Americana Sobre os Direitos Humanos, também conhecida 
como Pacto de San José da Costa Rica, em seu artigo VIII, inciso 2, diz: “Toda 
pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua inocência enquanto não 
se comprove legalmente sua culpa”.² No mesmo sentido a Constituição da Republica 
Federativa do Brasil, também consagrou o referido principio no ordenamento jurídico 
em seu artigo 5º, inciso LVII. “ninguém será considerado culpado até o trânsito em 
julgado de sentença penal condenatória” ³, portanto vemos que a CF trouxe uma 
garantia ainda maior ao principio da não culpabilidade, pois o garante até o transito 
em julgado da sentença penal, e não apenas até quando se comprove a culpa do 
acusado, como posto na Declaração Universal e no Pacto de San José da Costa 
Rica. 
Há divergência entre os doutrinadores quanto ao termo correto para se 
referir a esse principio constitucional. Alguns doutrinadores se utilizam da expressão 
Presunção de inocência por acreditarem que a Constituição presume a inocência e 
outros afirmam que a Constituição Federal declarou a não-culpabilidade enquanto 
não há trânsito em julgado da sentença penal condenatória. 
Grande é a importância do referido principio, pois faz parte da garantia dos 
direitos constitucionais ao cidadão. Não faz sentido que alguém cumpra uma pena 
em caráter provisório, se ainda se discuti judicialmente algum recurso referente à 
autoria e materialidade ou legalidade do processo, tendo em vista que o prejuízo 
caso seja julgado procedente o recurso seja irreparável para o agente. 
 
¹ Declaração Universal Dos Direitos Universais, artigo 11º 
² Convenção Americana Sobre os Direitos Humanos, artigo 8º, inciso II 
³ Constituição Da Republica Federativa Do Brasil, artigo 5º, inciso LVII 
 
 
 
Diante de todo o exposto, o STF surpreendeu em 2016 com a decisão que 
muda o entendimento desse principio. Decidiu-se judicialmente que os condenados 
ainda que provisórios devam iniciar o cumprimento da pena privativa de liberdade 
após a confirmação da decisão penal em 2ª instância nos Tribunais de Justiça e nos 
Tribunais Regionais Federais, ou seja, mesmo se houver a possibilidade de recurso 
o acusado já estará cumprindo pena provisoriamente, podendo assim causar 
prejuízo a ele, caso seja julgado procedente o pedido no recurso. 
A reviravolta jurisprudencial repercutiu em todos os cantos do país. As 
reações foram as mais diversas, tendo a opinião pública sido induzida a acreditar 
que se tratava, enfim, de um símbolo do combate à corrupção. Não era e não é. A 
prisão neste cenário virou motivo de euforia coletiva. Comemorava-se como algo 
extremamente benéfico. 
O resultado, no entanto, é perigosíssimo: uma indisfarçada interpretação 
casuística da Constituição Federal. O perigo se da quando está em “cheque” uma 
das principais garantias constitucionais e um dos maiores bens jurídicos de um 
individuo, que é a liberdade.

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