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Extintores de incêndio

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FABRÍCIO NOGUEIRA 
GC BRAZIL 
 
 
 
 
EXTINTORES DE INCÊNDIO: 
Uma Orientação Técnica 
 
Fundamentados em normas nacionais e 
americana. 
 
 
 
 
 
1 Edição 
 
 
Brasil – Rio de Janeiro 
Abril - 2017 
Fabrício Nogueira 
 II 
 
 
EXTINTORES DE INCÊNDIO: 
Orientação Técnica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todo este material foi baseado em normas, livros técnicos e 
artigos científicos. Feito com o objetivo de gerar fundamentos 
necessários para garantir conhecimentos mais profundos para 
este assunto. 
 
Espero que usufruam, 
FABRÍCIO NOGUEIRA
 
 
ÍNDICE 
UMA VISÃO GERAL ..................................................................................................... 1	
Introdução ..................................................................................................................... 1	
O Que é Extintor de Incêndio ...................................................................................... 2	
Classes de Fogo: ......................................................................................................... 3	
Classificação dos Riscos da Ocupação .................................................................... 5	
Classes de Risco de Ocupação ..................................................................................... 6	
Métodos de Extinção de Fogo – Triângulo e Tetraedro do fogo .................................. 11	
Estudo de Caso – Materiais Listados Pela UL ............................................................. 14	
 
NORMATIZAÇÃO E REGRAS PARA EXTINTORES DE INCÊNDIO ........................ 15	
As normas no Brasil ........................................................................................... 15	
Diferenciação Entre Normas, Leis ou Regulamentos .................................................. 17	
A Ausência de Normas de Segurança Contra Incêndio (SCI) ..................................... 18	
A hierarquia das Legislações ....................................................................................... 18	
Conclusão entre a Hierarquia das Normas .................................................................. 19	
Normas de SCI – Balizadores de Um Sistema Vital .................................................... 19	
Objetivo de cada uma das NBR relacionadas a Extintor de Incêndio ......................... 20	
A Importância da Base Normativa Americana da NFPA no Cenário Brasileiro. .......... 21	
 
Extintores de Incêndio ............................................................................................... 22	
Classificação dos Extintores ........................................................................................ 22	
Identificando o Conteúdo do Extintor ........................................................................... 28	
Unidade Extintora e Capacidade Extintora .................................................................. 31	
Constituição do Extintor de Incêndio: ........................................................................... 36	
Tipos de Extintores ........................................................................................... 37	
Estudo de Caso: Nem Sempre Usar Água .................................................................. 42	
 
Projeto do Sistema de Extintor de Incêndio ............................................................ 43	
Instalação dos Extintores ........................................................................................... 46	
Inspeção, Manutenção e Recarga ............................................................................... 53	
 
ANEXO A – Tabela de Cargas de Incêndio Por Ocupação (IT14-SP) .................... 58	
ANEXO B – Valores de Referência – Potencial Calorífico (Hi) ............................... 64	
ANEXO C - Planilha Para Cálculo da Carga de Incêndio ........................................ 65	
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................... 66	
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 1 
ÍNDICE DE FIGURAS 
Figura 1 - Extintor de Incêndio Séc XVI ............................................................................ 1	
Figura 2 - Logo ABNT e NFPA .......................................................................................... 3	
Figura 3 - Cores e Formas de Simbologia de acordo com a classe .................................... 4	
Figura 4 - Triângulo e Tetraedro do Fogo. ....................................................................... 11	
Figura 5- Incêndio Prédio Eletrobrás - Rio de Janeiro ................................................... 14	
Figura 6 - Extintor Classe K ............................................................................................ 25	
Figura 7 – Anéis de Identificação de Manutenção, Amarelo – Ano 2012 ...................... 30	
Figura 8 - Selo Inmetro de Inspeção e Manutenção ........................................................ 30	
Figura 9 - Visão do Ensaio Prático Classe A ................................................................... 33	
Figura 10 - Visão do Ensaio Prático Classe B ................................................................. 34	
Figura 11 - Teste de Condutividade Para Agente Extintor Classe C ............................ 35	
Figura 12 - Detalhamento de Componentes de Um Extintor de Incêndio ..................... 36	
Figura 13 – Altura Mínima Para Parede e Piso .............................................................. 48	
Figura 14 - Mínimo e Máximo Recomendado Para Extintores Em Parede ................... 49	
Figura 15 - Visualização da Sinalização Com Obstrução das Caixas, Exemplo. ........... 50	
Figura 16 - Altura da Sinalização na Parede .................................................................. 51	
Figura 17 - Marcação no Piso das Instalações Industriais ............................................. 52	
 
	
 
 
Fabrício Nogueira 
 2 
ÏNDICE DE QUADROS 
Quadro 1 - Classes de Fogo ........................................................................................ 3	
Quadro 2 - Simbologia das Classes de Fogo .............................................................. 4	
Quadro 3 - Carga de Incêndio / m² ............................................................................ 7	
Quadro 4 - Detalhamento NBR por número ........................................................... 20	
Quadro 5 - Capacidade Mínima Extintora, Ext. Porátil / Agente Extintor .......... 32	
Quadro 6 - Seleção de Extintor de Acordo Com a Classe ....................................... 43	
Quadro 7 - Carga de Incêndio/m² ............................................................................ 44	
Quadro 8 - Capacidade Mínima Extintora e Distância Mínima a Ser Percorrida 45	
Quadro 9 - Níveis de Manutenção ........................................................................... 57	
 
 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 1 
UMA VISÃO GERAL 
Introdução 
O extintor de incêndio teve seu primeiro registro na história ainda no século 
XVI em um protótipo, de acordo com uma gravura do engenheiro, matemático 
e químico, Jacob Besson, em seu próprio livro. Desde aquela época passou por 
mudanças bem significativas, hoje o extintor de incêndio tem seu papel no 
sistema de prevenção e combate 
a incêndios como um dos 
primeiros aparelhos a serem 
utilizados em caso do início do 
incêndio. Com isso, praticamente 
todos os estabelecimentos 
comerciais devem possuir um 
sistema de extintores de 
incêndio. 
O bom uso de um sistema de 
extintores depende não apenas do equipamento em si, mas de uma 
manutenção coerente e usuários treinados para seu uso eficiente. É 
necessário conhecer as características diferentes da origem do incêndio,se o 
material está energizado eletricamente, se tem material combustível 
envolvido, se há gordura animal ou vegetal, o que vai exigir a utilização de 
extintores próprios para cada tipo de princípio de incêndio. 
Observe que quando falamos de extintores de incêndio deixamos claro que 
este aparelho deve ser utilizado, para maior eficiência, ainda no princípio de 
incêndio, ou foco do fogo, pois possui pouquíssimo tempo de autonomia, entre 
20 a 60 segundos. Mais uma vez é importante treinar os usuários para 
entender o equipamento, o tempo que tem para combater, o que vai combater, 
e como deverá proceder. 
 
Figura 1 - Extintor de Incêndio Séc XVI 
 Fonte: Viola, 2005 
Fabrício Nogueira 
 2 
O Que é Extintor de Incêndio 
Os Extintores de Incêndios são equipamentos com pequena autonomia de 
ação que são destinados ao combate do foco do fogo ou princípio de incêndio. 
Possuem um manejo fácil e podem ser portáteis (pesando até 20 kg) ou sobre 
rodas (> 20 kg e até 250 kg). 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR 12693, o 
define como um aparelho de acionamento manual constituído de um 
recipiente e por acessórios contendo agente extintor destinado a combater o 
princípio de incêndio. 
Já a National Fire Protection Association (NFPA), o define como um 
dispositivo portátil o qual contém um agente extintor inibidor que 
manualmente pode ser expelido através de diferenças de pressão com o 
objetivo de remover ou extinguir um incêndio, podendo ser também sobre 
rodas. 
O extintor de incêndio é apresentado em diversos tamanhos, são basicamente 
formados por um recipiente cilíndrico contendo um tipo de agente extintor em 
seu interior. 
De uma forma geral, os extintores de incêndio são classificados de acordo com 
o seu agente extintor, os mais conhecidos são assim apresentados: 
• Água Pressurizada (AP) 
• Dióxido de Carbono (CO₂) 
• Espuma Mecânica 
• Pó Químico Seco (PQS) 
• Gás Halogenado 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 3 
Classes de Fogo: 
As classes de incêndio, ou classes de fogo, são abordados em algumas normas. 
Como padrão nacional devemos sempre usar como referência a Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) com suas Normas Brasileiras 
Aprovadas (NBR). Nos EUA temos a National Fire Protection Association 
(NFPA) que por muitas vezes serve de base para nossas NBRs. Na Europa, a 
maior parte segue a ISO (International Organization Standartization). 
Com base na NBR 12693, nas ISO 7165 e ISO 3941, temos 4 classes de 
Incêndio: A, B, C e D. Já a NFPA 10, desde 1998, além destas quatro classes, 
aponta a CLASSE K, vejamos: 
Quadro 1 - Classes de Fogo 
CLASSE CARACTERÍSTICAS 
A 
Fogo em materiais combustíveis sólidos tais como: Madeiras, 
tecidos, papéis, borrachas, plásticos termoestáveis e outras 
fibras orgânicas que queimem em superfície e em seu interior 
deixando resíduos; 
B 
Fogo envolvendo líquidos e/ou gases inflamáveis ou 
combustíveis, plásticos e graxas, que se liquefazem por ação 
do calor e queimam somente em superfície; 
C Fogo envolvendo equipamentos e instalações elétricas energizados; 
D Fogo em metais combustíveis, tais como: magnésio, titânio, zircônio, sódio, potássio e lítio. 
K Fogo em equipamentos de cozinha ou similares que envolvem óleos vegetais e gorduras. 
Fonte: O Autor, 2017. 
 
Figura 2 - Logo ABNT e NFPA 
Fabrício Nogueira 
 4 
Quadro 2 - Simbologia das Classes de Fogo 
CLASSE FORMAS E CORES 
A 
Letra A na cor branca sobre triangulo de fundo verde, também 
representada pela figura de cor branca de lixeira e madeiras em 
chamas num quadrado. 
B 
Letra B na cor branca sobre um quadrado na cor vermelha. Também 
representada pela imagem na cor branca de recipiente de 
combustível com derramando em chamas sobre um quadrado 
vermelho. 
C 
Letra C na cor branca sobre um círculo na cor azul. Também 
representada na cor branca de um plugue de tomada em chamas 
sobre um quadrado na cor azul. 
D 
Letra D na cor branca sobre uma estrela na cor amarela. Também 
pode ser representada pela imagem na cor branca de uma 
engrenagem em chamas sobre um quadrado na cor amarela. 
K 
Letra K (letra inicial de Kitchen) na cor branca sobre um quadrado na 
cor preta. Também representado pela imagem na cor branca de 
uma frigideira em chamas sobre um quadrado na cor preta. 
Fonte: Brentano - A Proteção Contra Incêndios no Projeto de Edificações 
Figura 3 - Cores e Formas de Simbologia de acordo com a classe 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 5 
Classificação dos Riscos da Ocupação 
Antes de começar a classificar a área de atuação dos extintores, é importante 
que as cargas térmicas, também chamadas cargas de fogo ou cargas de 
incêndio, sejam dimensionadas. Esse cálculo pode ser aplicado a ambientes 
ou edificações como um todo. O objetivo é garantir que o risco previsto esteja 
associado à quantidade de extintores necessária para o combate ao foco do 
fogo. 
Para fazer isso se baseie na Instrução Técnica 14 de 2011 do Corpo de 
Bombeiros de São Paulo (IT14-SP (2011)) e use as seguintes normas caso 
queira maior aprofundamento: 
- NBR-14432 (Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de 
edificações – Procedimento); 
- European Committee for Standardization. Eurocode 1 – ENV; 
- Liga Federal de Combate a Incêndio da Áustria. TRVB - 126. 1987 e 
- Despacho nº. 2073/2009 da Autoridade Nacional de Protecção Civil de 
Portugal. 
Observe ainda que o objetivo deste ebook não é esgotar este assunto, e sim 
gerar conhecimentos gerais para aprofundamentos pelo leitor. 
 
Fabrício Nogueira 
 6 
Classes de Risco de Ocupação 
A classificação das edificações quanto ao risco de ocupação serve de base, não 
apenas para adequação dos extintores de incêndio, mas para outros projetos. 
Hoje não há normas ABNT que orientem tão bem quanto as seguintes bases 
estaduais: Primeiramente o Decreto Estadual 56.819:2011 de São Paulo, e a 
Lei complementar 14376:2013 do Rio Grande do Sul, estas observam que, 
para garantir um sistema capaz de gerar uma proteção, deve-se observar 
algumas características inerentes à edificação, são elas: 
1. Ocupação, 
2. Altura, 
3. Área, 
4. Carga de Incêndio e 
5. Capacidade de Lotação (Apenas no decreto de Lei do RS) 
 
Entre as classificações acima, o mais importante para o dimensionamento dos 
extintores de incêndio em um ambiente é o cálculo da carga de incêndio. Com 
apenas esse parâmetro, já será possível ter uma boa proteção em caso de 
incêndio. Após o dimensionamento da carga de incêndio, adicionamos a 
informação da capacidade extintora, que está balizada por ensaios 
normatizados, logo será possível chegar ao projeto do sistema de extintores 
compatível com a carga de incêndio estudada. Este ebook utiliza o Decreto 
Estadual 56.819:2011 do estado de São Paulo e a IT14-SP (2011) como base. 
Carga de Incêndio: quantidade de calor que pode ser liberada por um 
determinado combustível em uma determinada área no momento de sua 
queima. (IT14-SP (2011)). 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 7 
Como abordado acima, existe uma padronização do cálculo da carga de 
incêndio para cada edificação ou ambiente. Para torna-la mais simples, 
apenas três classes de cargas de incêndio (Decreto 56.819/2011 do estado de 
São Paulo) foram listadas. Os riscos foram padronizados da seguinte forma: 
 
Quadro 3 - Carga de Incêndio / m² 
CARGA DE 
INCÊNDIO 
Quant. De Calor Que Pode Ser Liberado Por m² 
BAIXA OU 
PEQUENA. 
Quando a carga liberada é menor ou igual a 
300MJ/m²; 
MÉDIA Quando a carga de incêndio está entre 300 e 1.200 MJ/m²; 
GRANDE Quando a carga de Incêndio é superior a 1.200 MJ/m²; 
Fonte: IT14-SP (2011) 
 
Para identificar se a cargade incêndio da edificação ou ambiente estudado 
poderá variar entre pequeno, médio ou grande, devemos conhecer os dois tipos 
de cálculos possíveis a serem aplicados à edificação: o método do cálculo 
probabilístico e o método de cálculo determinístico. 
Com base na IT14-SP (2011), é possível chegar a algumas informações mais 
conclusivas e então gerar uma classificação de risco do ambiente a ser 
projetado, segue: 
 
Fabrício Nogueira 
 8 
Nomenclaturas Específicas: 
Carga de Incêndio: é a soma das energias caloríficas possíveis de serem 
liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis em um 
espaço, inclusive revestimentos das paredes, divisórias, pisos e tetos; 
Unidade de Medida: Megajoules (MJ) por metros quadrados (m²) 
 
Dois Tipos de Cálculos Possíveis: 
Método de Cálculo Probabilístico: 
É o método onde usamos a tabela ANEXO A – Tabela de Cargas de Incêndio 
Por Ocupação (IT14-SP) que apresenta, de acordo com estudos probabilísticos, 
a carga de incêndio existente na maioria das edificações daquele tipo. 
Ocupações não listadas nas normas podem ser aproximadas por similaridade 
com outras edificações. 
Método de Cálculo Determinístico: 
Este princípio pode ser encontrado na IT14-SP (2011) com o nome de Método 
Determinístico ou na NBR 12693:2013 como o Método Para Levantamento da 
Carga de Incêndio Específica. 
Este método consiste na aplicação de uma fórmula, o seu objetivo é calcular a 
carga de incêndio específica para edificações como depósitos, explosivos e 
ocupações consideradas especiais. 
De acordo com a NBR 12693:2013 e a IT14-SP (2011), teremos: 
 
 
!"# = %#. '#( 
 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 9 
Onde: q*+ é o valor da carga de incêndio específica, expresso em megajoules por 
metro (MJ/m²) de área de piso; M+ é a massa total de cada componente i do material combustível, expressa 
em quilograma (kg). Esse valor não pode ser excedido durante a vida útil da 
edificação, exceto quanto houver alteração de ocupação, ocasião em que M+ 
deve ser reavaliado; H+ é o potencial calorífico específico de cada componente i do material 
combustível, expresso em megajoules por quilograma (MJ/kg), conforme 
ANEXO B – Valores de Referência – Potencial Calorífico (Hi). 
A é a área do piso do compartimento, expressa em metros quadrados (m²). 
para diversos tipos de materiais numa mesma edificação ou ambiente seguir 
ANEXO C - Planilha Para Cálculo da Carga de Incêndio. 
 
Fabrício Nogueira 
 10 
Orientações Gerais 
Há um problema inerente ao Método de Cálculo Probabilístico que deve ser 
levado em consideração no momento do projeto. Quando chegamos a 
conclusões sobre a carga de incêndio através de tabelas para edificações que 
tem o mesmo fim, colocamos em “cheque” o restante do trabalho. Ao analisar 
um mesmo tipo de edificação, assumindo edificações com cargas de incêndio 
por similaridade, pode-se apresentar ambientes com situações muito 
diferentes. Por exemplo, alguns podem apresentar materiais com altas cargas 
térmicas dispostas temporariamente em um ambiente durante uma reforma, 
uma edificação pode utilizar carpetes com altas cargas de incêndio, em quanto 
outro não utiliza carpetes. 
É de altíssima importância calcular a carga térmica para cada edificação 
utilizando o Método Determinístico. Não é possível supor, por probabilidade, 
quais objetos e materiais que estão sendo utilizados para um processo ou um 
projeto do edifício. 
Observe que a orientação da IT14-SP (2011) apresenta “para edificações 
destinadas a explosivos (Grupo“L”) e ocupações especiais (Grupo “M”), aplica-
se a metodologia constante do Anexo C” (método determinístico). 
Alternativamente para o grupo J também admite-se o uso do método 
determinístico, não sendo, devemos implementar o método probabilístico, 
deixando claro a utilização de tabela e números por probabilidade. Porém, 
após o incêndio da Boate Kiss em Santa Maria-RS, os olhares do poder 
normativo e regulador se voltaram para este problema de uma forma 
emergencial. Um novo fôlego de discussões tem se empregado atualmente, 
alterando assim as legislações dos estados, as quais veem ganhando mais 
incrementos e caminhando para um cálculo mais individualista 
(BRENTANO, 2005). 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 11 
Métodos de Extinção de Fogo – Triângulo e Tetraedro do fogo 
Para que o fogo exista, há a necessidade da ocorrência de três elementos 
básicos ao mesmo tempo: combustível (material), comburente (normalmente 
o oxigênio) e uma fonte de calor, com isso teremos o TRIÂNGULO DO FOGO. 
Observe que, com a descoberta do gás halon, esta teoria foi modificada 
passando a ser chamado TETRAEDRO DO FOGO, que inseriu a ideia da 
propagação ou a continuidade do fogo, através de uma reação em cadeia 
(SEITO, 2005) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sabendo de antemão que há a necessidade destes elementos para que haja 
a ocorrência e continuidade do fogo, então devemos pensar na retirada de um 
deles para finalizar a reação. 
 
Figura 4 - Triângulo e Tetraedro do Fogo. 
Fabrício Nogueira 
 12 
Extinção Por Isolamento 
Este tipo de extinção acontece com a retirada do material combustível, 
mais usual em incêndios em combustíveis que acontecem apenas na 
superfície. 
Um exemplo deste tipo de extinção ocorre em incêndios de tanques de 
combustíveis, onde recorre-se a abertura de um dreno, em sua parte inferior, 
para a retirada da parte do material que não entrou em combustão, 
minimizando o tempo do incêndio e perdas materiais. Os tanques de 
combustíveis já são projetados para este tipo de manobra de emergência. 
Este tipo de neutralização é muito difícil em materiais de Classe Tipo A, pois 
nesta classe, o fogo age não só na superfície, mas em profundidade no material 
queimado. 
Extinção Por Abafamento 
Extinção por abafamento retira o ar (comburente) fazendo com que o fogo não 
seja realimentado por mais oxigênio. Este tipo de técnica pode ser empregada 
principalmente pela espuma aquosa, que ao ser espalhada sobre a área com o 
fogo, cria uma barreira impedindo de que novas moléculas de oxigênio sirvam 
de comburente para o fogo. 
Extinção Por Resfriamento 
Extinção por resfriamento ocorre através da retirada de calor gerado pela 
queima. Neste caso, a água é utilizada de forma muito extensiva. Esta ação é 
muito eficiente pois o processo de evaporação da água absorve muito calor do 
ambiente. Elas são lançadas em gotículas para aumentar a área de contato a 
fim da reação ocorra rapidamente. 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 13 
Extinção Por Quebra da Reação Química / Extinção Química 
O efeito da quebra da reação em cadeia, ou extinção química, ocorre quando 
um produto químico é lançado ao fogo e reage com o calor liberando produtos 
incombustíveis (átomos e radicais livres) impedindo que reação química 
reinicie. 
 
Fabrício Nogueira 
 14 
Estudo de Caso – Materiais Listados Pela UL 
Em 2004, no Centro do Rio de Janeiro, houve um violento incêndio em um 
prédio de uma estatal que gerou altíssimos danos patrimoniais em 6 andares. 
Dezenove pessoas, inclusive bombeiros militares, ficaram feridos 
principalmente pela intoxicação gerada por fumaça da queima de materiais. 
Após este incêndio, a setor de segurança do trabalho do prédio fez algumas 
mudanças para melhorar a eficiência da proteção contra incêndio. Atualizou 
os equipamentos de incêndio, reforçou o treinamento da brigada, mas o que 
chamou atenção, foi a aquisição de móveis e materias incombustíveis. A partir 
do incidente, a compra de móveis de escritório, carpetes, divisórias entre 
outros, deveriam ser aprovados pela Underwrites Laboratories (UL) ou outras 
certificações que garantissem que os produtos não propagassemo fogo, 
gerassem menos fumaça e não liberassem gases tóxicos com a sua queima. 
Ficou determinado que novos mobiliários deveriam ter aprovação da 
segurança do trabalho para verificação dos certificados. 
Figura 5- Incêndio Prédio Eletrobrás - Rio de Janeiro 
 
Fonte: zonaderisco.blogspot.com.br 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 15 
NORMATIZAÇÃO E REGRAS PARA EXTINTORES DE INCÊNDIO 
Não são poucos os questionamentos sobre quais normas corretas que devem 
padronizar, não só o sistema de extintor, mas todo o sistema de combate a 
incêndio. Aqui vamos tentar responder algumas perguntas mais frequentes 
deste âmbito. 
As normas no Brasil seguem uma hierarquia. Primeiro devemos observar as 
leis municipais, que estão presentes nas maiores capitais. Em seguida, 
verificar as normas do Corpo de Bombeiros estadual, que atua normatizando 
e fiscalizando as instalações e, e depois, verificar a ABNT/NBR. 
Aqui se torna necessário uma explicação básica sobre o papel de cada um 
destes atores normativos para o entendimento da hierarquia existente entre 
as normas no Brasil. 
As normas no Brasil 
No Brasil, as legislações específicas de segurança contra incêndio têm a sua 
origem em órgãos diferentes. Há, no entanto, uma obrigatoriedade de 
cumprimento das legislações regionais, podendo ser municipais, e na maior 
parte, estaduais. Isso deve-se principalmente à falta de uma legislação 
específica nacional. Na década de 70, após grandes incêndios, houve a 
necessidade de, rapidamente, criar legislações que regulamentassem práticas 
que reduzissem a probabilidade que novas catástrofes ocorressem. Os estados 
e alguns municípios conseguiram criar essas novas regras com maior 
velocidade quando comparados aos órgãos federais. Esta regionalidade das 
normas de segurança contra incêndio gera uma descentralização impedindo 
uma ação central única. Isso resulta no favorecimento dos “especialistas 
regionais” que criam barreiras para entrada de empresas de outros estados. 
É importante citar ainda que há normas específicas de companhias de seguros 
e do Ministério do Trabalho. 
O autor Telmo Brentano, em seu livro: A Proteção Contra Incêndios no Projeto 
de Edificações, aponta que as normas estaduais e municipais estão 
Fabrício Nogueira 
 16 
desatualizadas, salvo algumas exceções. Esse impasse é potencializado ainda 
por dois grandes órgãos procrastinadores, as assembleias legislativas e as 
câmaras de vereadores. 
A ABNT é órgão regulador que garante a maior abrangência e rigor do país, 
porém enfrenta dificuldades financeiras e operacionais, causando 
descontinuidade de atualizações periódicas das normas. 
Brentano ainda faz uma crítica à demora excessiva do Congresso Nacional 
para a criação e aprovação de uma norma de âmbito nacional, a qual serviria 
de quesitos mínimos para municípios e estados que não possuem uma lei 
específica de Segurança Contra Incêndio. Aponta ainda que São Paulo tem 
sido modelo neste âmbito, com uma atualização frequente de sua norma 
estadual e com uma divisão que torna de fácil entendimento ao leitor de sua 
lei. Por essas facilidades, ela tem servido de base para a legislação de outros 
estados. 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 17 
Diferenciação Entre Normas, Leis ou Regulamentos 
A diferenciação de normas e leis ou regulamentos é importante para entender 
a hierarquia existente entre elas hoje no Brasil. Para isso o site da ABNT 
deixa claro a sua diferenciação como apontado abaixo: 
NORMA 
Norma é o documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo 
reconhecido, que fornece regras, diretrizes ou características mínimas para 
atividades ou para seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de 
ordenação em um dado contexto (ABNT, 2014). 
REGULAMENTO 
Regulamento contém regras de caráter obrigatório, adotado por uma 
autoridade. Um regulamento técnico estabelece requisitos técnicos 
diretamente ou pela referência a uma norma, especificação técnica ou código 
de prática. Um regulamento técnico pode ser complementado por diretrizes 
técnicas, estabelecendo alguns meios para obtenção da conformidade com os 
requisitos do regulamento, isto é, alguma prescrição julgada satisfatória para 
obter conformidade. (ABNT, 2016). 
LEI 
A lei é uma norma jurídica ditada por uma autoridade pública competente, 
em geral, é uma função que recai sobre os legisladores dos congressos 
nacionais, com prévio debate e o texto que a impulsiona e que deverá observar 
um cumprimento obrigatório por parte de todos os cidadãos. 
 
Fabrício Nogueira 
 18 
A Ausência de Normas de Segurança Contra Incêndio (SCI) 
Na ausência de normas e leis de âmbito municipal, estadual e federal, 
devemos recorrer as normas da ABNT, elas tornam-se obrigatórias, como 
apresentado texto do Código de Defesa do Consumidor no inciso VIII, do art. 
39 da Lei Federal 8.078, uma vez que não há uma legislação específica a 
ABNT é a única entidade reconhecida pelo Conselho Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial (CONMETRO), as normas ABNT 
passam automaticamente a serem referências para o determinado assunto. 
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras 
práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) 
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em 
desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se 
normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas 
Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de 
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro); 
A hierarquia das Legislações 
Após a década de 70, que foi marcada por incêndios de grandes proporções, 
houve uma corrida de estados e municípios para responderem imediatamente 
a opinião pública através de legislações regionais de combate a incêndio. 
Neste cenário, o governo federal não conseguiu gerar uma legislação com a 
mesma velocidade para todo o território. A referência nacional ficou a cargo 
apenas da ABNT que, hoje, possui referências mais atuais quando 
comparadas a maioria das leis regionais. 
Com isso, cria-se uma restrição o qual especialistas de altíssimo nível por 
muitas vezes ficam limitados às fronteiras regionais de seu estado por conta 
da pluralidade de normas que devem ser seguidas no momento do projeto e 
na execução. 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 19 
Conclusão entre a Hierarquia das Normas 
Quando então houver lei municipal e/ou estadual, estas, normalmente, estão 
em harmonia com a federal, a qual levará à uma complementariedade entre 
elas, portanto todas devem ser atendidas. As NBRs devem ser observadas 
quando as leis assim indicarem ou haja inexistência de leis ou regulamentos 
pelo município, estado. (BRENTANO, 2005). 
Normas de SCI – Balizadores de Um Sistema Vital 
Diego Marcelino chama o sistema de segurança contra incêndios exigidos pelo 
corpo de bombeiros, ou pelas NBR, como sendo sistemas vitais de segurança 
contra incêndio. Essa definição se deve ao fato das normas exigirem uma 
estrutura mínima para preservação da vida, ou seja, os projetistas de 
sistemas de segurança contra incêndio deveriam apenas ter as normas como 
uma referência básica e ter o conhecimento específico para desenvolver um 
projeto completo e preparado para maioria das situações de emergência. 
Diferente de outros sistemas da edificação, como água e elétrico, o sistema de 
combate a incêndio tem o objetivo de preservar a vida. O proprietário deve 
estar ciente que a busca por menores custos desse sistema, fatalmente 
ocasiona um risco maior para os ocupantes. 
Fabrício Nogueira 
 20 
Objetivo de cada uma das NBR relacionadas a Extintor de Incêndio 
Quadro 4 - Detalhamento NBRpor número 
NORMAS TÍTULO OBJETIVO 
ABNT 
NBR 12693:2013 
Sistemas de proteção 
por extintores de 
incêndio 
Esta norma estabelece os requisitos 
exigíveis para projeto, seleção e 
instalação de extintores de incêndio 
portáteis e sobre rodas, em edificações 
e áreas de risco, para combate a 
princípio de incêndio. 
ABNT 
NBR 12962:2016 
Extintores de incêndio — 
Inspeção e manutenção 
Esta norma estabelece os requisitos 
para conferência periódica e os 
serviços de inspeção e manutenção de 
extintores de incêndio portáteis e sobre 
rodas, especificados nesta norma, 
visando propiciar maior segurança ao 
usuário e desempenho adequado do 
produto no momento de sua utilização. 
ABNT 
NBR 15808:2017 
Extintores de incêndio 
portáteis 
Esta norma especifica os requisitos que 
garantem a segurança, confiabilidade 
e desempenho dos extintores de 
incêndio sobre rodas. 
ABNT 
NBR 15809:2017 
Extintores de incêndio 
sobre rodas 
Esta norma especifica os requisitos que 
garantem a segurança, confiabilidade 
e desempenho dos extintores de 
incêndio sobre rodas. 
ABNT 
NBR 16357:2016 
Cilindro de aço, sem 
costura, para 
fabricação de extintores 
de incêndio portáteis e 
sobre rodas com carga 
de até 10 kg de CO₂ — 
Requisitos e métodos de 
ensaio 
Esta norma estabelece os requisitos e 
os métodos de ensaios para os cilindros 
de aço, sem costura, para fabricação 
de extintores de incêndio com carga 
de até 10 kg de CO₂. 
ABNT 
NBR 9695:2012 
Versão 
Corrigida:2014 
Pó para extinção de 
incêndio 
Esta norma fixa os requisitos mínimos 
para propriedades físico-químicas, bem 
como de desempenho, para agentes 
químicos na forma de pó utilizados 
para combate a incêndios nas classes 
de fogo A, B e C 
Fonte: Catálogo ABNT 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 21 
As normas de Segurança Contra Incêndio na ABNT são de responsabilidade 
do CB24 que é o Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio, observe 
que as normas deveriam ter uma alteração a cada 5 anos no máximo de acordo 
com a própria ABNT, acontece que a ABNT passa por muitos desafios para 
garantir essa atualização. 
É muito importante que haja uma verificação se houve ou não uma 
atualização posterior as datas indicadas a cima, para isso visite a página da 
própria ABNT e faça uma pesquisa apenas com o número da norma em: 
https://www.abntcatalogo.com.br/ 
 
A Importância da Base Normativa Americana da NFPA no Cenário 
Brasileiro. 
As normas brasileiras de segurança contra incêndio são, em sua maioria, 
baseadas em normas internacionais, principalmente da NFPA por dois 
motivos principais. 
Primeiro – O Brasil, ainda hoje, é desprovido de bons centros de pesquisa e 
laboratórios capazes de atualizar as normas com maior eficácia do que os 
laboratórios americanos. 
Segundo – No Brasil não há estatísticas que garantam uma ampla aplicação 
das normas de incêndio, porém nos EUA há uma atualização constante de 
acordo com os resultados apresentados nas estatísticas que há em todo o 
território. 
Principalmente por essas duas condições é que é comum as normas nacionais 
serem baseadas em normas de outros países, principalmente da NFPA. Essa 
entidade tem um dos maiores quadros de associados técnicos do mundo e a 
presença em mais de 130 países, os quais servem de base para novos padrões. 
Fabrício Nogueira 
 22 
Extintores de Incêndio 
Classificação dos Extintores 
Os extintores de incêndio podem ser classificados de acordo com algumas 
especificidades: 
• O Tipo de Agente Extintor 
• O Princípio de Extinção 
• Sistema de Pressurização 
• De Acordo Com Sua Massa Total 
Quanto Ao Tipo de Agente Extintor 
Os extintores recebem o nome de acordo com o tipo de agente extintor que 
possui. Este extintor pode ser classificado em razão de sua massa, medido em 
quilogramas (kg), ou de acordo com o seu volume, medido em litros (l). 
Sendo assim teremos estes como os principais extintores encontrados no 
Brasil: 
 
À Base de Água 
Água Pressurizada (AP) – Este tipo de extintor é comercializado, em 
sua maioria, com o agente extintor e o gás propelente no mesmo 
cilindro. Em outras versões o gás propelente fica em um cilindro 
separado na sua lateral. Pode ser pressurizado com ar comprimido ou 
N2. Objetivo é o combate ao incêndio Classe A, podendo oferecer risco 
caso seja empregado em outras classes. 
 
Líquido Gerador de Espuma (LGE) – O seu principal objetivo é 
criar uma barreira através de suas ligações químicas que geram uma 
superfície tensoativa, impedindo do ar entrar em contato com o 
combustível. Objetiva o combate a incêndios da Classe A e B. 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 23 
 
Pó Químico (PQ) 
Pó tipo BC – Combate incêndio da Classe B e Classe C, normalmente 
utilizam como o agente extintor o bicarbonato de sódio ou sais de 
potássio. 
Pó tipo ABC - Combatem incêndios Tipo A, B e C. A base de 
monofosfato de amônia. Vale a pena um aprofundamento nesse tipo de 
extintor, pois conta normalmente com uma capacidade extintora de 
pelo menos 3x maior que o extintor BC, quando comparados a mesma 
quantidade de substância. 
 
Vale lembrar que, em equipamentos eletrônicos, este tipo de extintor de 
incêndio vai deixar vestígios de pó, sendo muito difícil uma garantia de 
funcionamento após a ação. 
 
Dióxido de Carbono (CO₂) 
Trata-se de uma substância inodora, utilizada com excelência na classe de fogo C. Passa 
por testes para garantir a não condução elétrica para sua aprovação. É importante salientar 
que tipo de agente extintor não conduz eletricidade e não deixa resíduos. 
 
 
Fabrício Nogueira 
 24 
Gás Halogênado / Halogenados (Gases Limpos) 
Os gases halogenados surgiram na década de 60 e 70 como uma evolução ao 
dióxido de carbono (CO₂), o objetivo era garantir a extinção do incêndio sem a 
retirada do oxigênio, não oferecendo riscos em ambientes habitados, pois não 
se trata de um gás asfixiante. A DuPont® foi a empresa que mais teve 
aceitação com o lançamento do Halon 1301 (bromotrifluormetano) utilizado 
normalmente como sistema de combate fixo. Para os extintores havia o Halon 
1211 por sua capacidade de ser alto propelente. 
O gás halon é mais eficiente que o CO₂ no combate a incêndio, combate 
incêndios das classes A,B e C, permite ser aplicado em ambientes com pessoas 
não apresentando risco de asfixia. No momento de seu reconhecimento, na 
década de 70, centrais de computação, conjunto de equipamento de alto custo, 
adotaram o gás. Houve um padrão de instalação que contava com o Halon 
1301, produto que foi altamente comercializado até 1987 até o acordo de 
Montreal. O Protocolo de Montreal exigiu a retirada do gás halon de 
circulação, pois apresentava altíssima capacidade de destruir a camada de 
ozônio, podendo chegar a 10 vezes mais prejudicial do que o CFC. Em 1994 o 
Brasil ratificou o protocolo, por meio das Resoluções do CONAMA 13 de 
13/12/95 e 229 de 20/08/97, depois substituídas pela 267 de 14/09/2000. 
Após o tratado de Montreal houve uma corrida pelas empresas para criarem 
gases que substituíssem o Halon 1211 e 1301, surgiram então duas classes de 
Gases Limpos: Os Gases Inertes – os quais combatem o incêndio diminuindo 
o oxigênio do ambiente até 12% (mínimo necessário sem risco à vida humana) 
e Os Gases Ativos, que atua diretamente na retirada da energia térmica do 
incêndio e na quebra da reação química em cadeia. 
O gás halon ainda é permitido em casos especiais como exemplo, em 
aeronaves. No Brasil, a Anac mantém uma diretriz de utilização do gás Halon 
e classifica a sua utilização da seguinte forma: 
Halon 1211/1301. São gases liquefeitos, classificados como agentes limpos 
porque não deixam resíduos após descarga. Extinguem o fogo interrompendoa reação da combustão. 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 25 
HALON 1301- Bromotrifluorometano 
Para espaços ocupados de aeronaves, onde não existe ventilação forçada, não 
há disponibilidade de máscaras de oxigênio e não há um segundo piloto, o 
extintor de Halon 1301 é o escolhido e deve ter o mínimo de 8 segundos de 
tempo de descarga. 
HALON 1211- Bromoclorodifluorometano 
O extintor de Halon 1211, indicado para espaços ocupados em aeronaves, deve 
ter não menos de 8 segundos de tempo de descarga e alcance mínimo de 3 
metros. Em pequenas aeronaves, certificadas para até quatro ocupantes, pode 
ser usado em lugar do Halon 1301, que é o recomendado. Podem, também, 
serem usados os extintores que combinam os agentes Halon 1211 e Halon 
1301. (ANAC, 2008) 
Líquidos Especiais 
A norma americana NFPA 10 exige, desde 1998, que as 
cozinhas devem ser protegidas com extintores com líquidos 
especiais para combater incêndios de classe K. São 
identificados como agentes de líquidos especiais 
principalmente por serem produtos com patentes protegidas. 
No Brasil há duas marcas conhecidas que fazem a 
comercialização deste tipo de extintor que pode ser adicionado 
ao hall de produtos não exigidos que incrementam a segurança 
contra incêndio mesmo de uma pequena cozinha. Possuem 
normalmente garantia de 5 anos e trata-se de um ótimo 
investimento adicional. 
 
Figura 6 - Extintor Classe K 
Fonte: Site BUCKA 
Fabrício Nogueira 
 26 
Quanto Ao Princípio de Extinção 
O princípio de extinção, ou a forma de ação sobre o fogo, é caracterizado pelo 
tipo de reação causada pelo agente extintor quando lançado sobre o fogo. Ele 
age de uma ou mais formas. Podem ser divididas em: 
 
• Resfriamento 
• Abafamento 
• Quebra da Reação Química em Cadeia 
 
Resfriamento 
Quando utilizamos um agente extintor, ele absorve o calor do material e do 
próprio fogo durante uma reação, ocasionando o resfriamento. Para este tipo 
de extinção o agente extintor mais utilizado é água. 
 
Abafamento 
Neste caso o oxigênio é o gás que devemos retirar de cena para acabar com a 
reação em cadeia. Para isso utilizamos o agente um extintor para expulsar o 
oxigênio do ambiente. Podemos utilizar a espuma mecânica, por exemplo, que 
ao entrar em contato com o fogo cria uma película isolando o fogo do ambiente 
evitando a entrada de oxigênio. 
 
Quebra Da Reação Em Cadeia 
Pode utilizar agentes extintores que, ao ser direcionado ao fogo, atingem a 
altas temperaturas e reagem liberando produtos incombustíveis quebrando a 
reação em cadeia. 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 27 
Quanto Ao Sistema de Pressurização 
Extintor de Pressurização Direta 
Neste Tipo de extintor há gás propelente, ele pode estar comprimido junto ao 
agente extintor. Nestes casos, utilizam-se normalmente N2 ou ar comprimido 
inserido mecanicamente no extintor. 
 
Extintor de Pressurização Indireta 
Neste caso o agente extintor fica separado do gás propelente. Cada um tem 
seu compartimento próprio, porém podem estar no mesmo cilindro ou em 
cilindros separados. 
 
De Acordo com sua Massa Total 
Observe que temos duas NBRs bem específicas quanto a massa total: 
ABNT NBR 15808:2017 - Extintores de incêndio portáteis 
ABNT NBR 15809:2017 - Extintores de incêndio sobre rodas 
Os extintores portáteis são aqueles que tem sua massa total até 20 kg e os 
extintores sobre rodas são aqueles acima de 20 kg até 250 kg. 
A diferença entre o extintor portátil e o extintor sobre rodas é a quantidade 
de agente extintor, a qual poderá garantir um maior tempo do combate ao 
incêndio. Os extintores portáteis apresentam uma maior facilidade de 
manuseio quando comparados aos extintores sobre rodas. 
 
 
Fabrício Nogueira 
 28 
Identificando o Conteúdo do Extintor 
Todos os extintores devem possuir rótulos. O quadro de instruções deve conter 
informações do agente extintor e o tipo de incêndio onde deve ser usado. O 
detalhamento do que deve ter cada rótulo está na NBR 15808 e NBR 15809. 
Observe que esta identificação deve assinalar 
as classes de fogo proibidas, porque os 
extintores nem sempre serão manuseados por 
pessoas treinadas. 
De uma forma mais completa há exigência pela 
ABNT e pelo INMETRO de um quadro de 
instruções com no mínimo as seguintes 
informações: 
ü O tipo e a carga nominal de agente extintor; 
ü O valor (em kg ou litros) da carga nominal de agente extintor; 
ü Classe de fogo; 
ü Norma de fabricação; 
ü Capacidade extintora, se esta tiver sido declarada pelo fabricante do extintor 
de incêndio. 
ü Instruções de operação (tamanho das letras não inferior a 5mm); 
ü Faixa de temperatura de operação; 
ü Pressão normal de carregamento para extintores de pressurização direta; 
ü A descrição do gás expelente e sua quantidade, para extintores de 
pressurização indireta (para N2, informar pressão e carga nominal em litros; 
para CO₂, carga nominal em kg); 
ü O termo “recarregar, quando aplicável, imediatamente após o uso ou ao 
término da garantia”; 
ü A expressão “carga para baixa temperatura”, quando aplicável; 
ü Declaração de uso de aditivo anticongelante ou anticorrosivo, quando 
aplicável (Vide Nota); 
ü Informações complementares ao consumidor 
ü Razão social 
ü CNPJ, endereço da empresa registrada prestadora do serviço. 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 29 
O quadro de instruções deve ser aplicado sempre pela última empresa que fez 
a manutenção de segundo e terceiro nível (ver tópico MANUTENÇÃO). 
Observe ainda que há outros tipos de lacres e selos que devem ser fixados nos 
extintores de incêndio que são baseados em Decretos de Lei. Um exemplo é a 
portaria 206/2011, a qual não será objeto de estudo deste ebook, pois se trata 
de uma legislação voltada para um público especialista em manutenção de 
extintores, o que não é o nosso caso. Abrindo para orientações gerais, vale 
ressaltar dois pontos: 
 
1 - Anel de Identificação Externa de Manutenção 
Elemento de controle adicionado ao extintor de incêndio, com a finalidade de 
demonstrar que o extintor de incêndio foi desmontado para realização dos 
serviços de manutenção nível 2 ou 3 (ver tópico MANUTENÇÃO), conforme 
estabelecido no Regulamento Técnico de qualidade (RTQ) para os serviços de 
inspeção técnica e manutenção de extintores de incêndio. (INMETRO, 2011). 
Trata-se de identificação por anéis com coloração, indicando que o 
equipamento passou por manutenção naquele ano. O objetivo deste anel é 
garantir que o extintor tenha sido aberto durante a verificação de 
componentes e nova pressurização. Há exigência de que sejam usadas cores 
diferentes de acordo com o ano. A base que regulamenta os anéis e suas cores 
é a portaria 412/2011, a qual orienta as cores que devem ser usadas até 2018. 
Fabrício Nogueira 
 30 
Figura 7 – Anéis de Identificação de Manutenção, Amarelo – Ano 2012 
 
Fonte: bombeiroecia.blogspot.com.br 
 
2 - Selo INMETRO – Data de Manutenção. 
Este selo é do serviço de inspeção técnica e manutenção de extintores, nela 
consta a data da manutenção. As informações de mês e ano da manutenção 
devem ser destacadas pela empresa responsável. 
 
 Figura 8 - Selo Inmetro de Inspeção e Manutenção 
 
 Fonte: segurancadotrabalhodown.com 
 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 31 
Unidade Extintora e Capacidade Extintora 
Unidade Extintora 
Uma unidade extintora é a quantidade mínima de agente extintor que deve 
estar contido em um extintor de incêndio. 
Tanto a NBR 12693 quanto a Instrução Técnica 21 de São Paulo 2011 (IT21-SP (2011)) 
apresentam uma quantidade mínima, uma unidade extintora, de agente extintor para cada 
uma extintorde incêndio, são elas: 
	
Um trecho da NBR12693:2013 faz uma orientação importante, observe: 
“As unidades extintoras devem ser as correspondentes a um só extintor, não 
sendo aceitas combinações de dois ou mais extintores, a ̀ exceção do extintor de 
espuma mecânica.” Essa obrigatoriedade é importantíssima, pois no 
momento do incêndio, o tempo que o operador levará para buscar outro 
extintor será fatal ao controle do princípio de incêndio. 
 
Água
• 10	Litros
Espuma
• 9	Litros
Pó	Químico
• 4	kg
CO2
• 6	kg
Fabrício Nogueira 
 32 
Capacidade Extintora 
Mede a quantidade de agente extintor necessária para apagar um incêndio 
com uma carga de incêndio definida pelas NBRs 15808 e 15809. Podemos 
fazer uma analogia de carga de incêndio com a quantidade de fogo. 
As figuras abaixo mostram as os vários tipos de cargas de incêndio que foram 
padronizados segundo a NBR15808 e NBR15809. Elas estão divididas em 
classes de fogo, Classes A, B e C. 
Ensaios práticos para medir capacidade extintora da Classe A são feitos com 
madeira, já os ensaios da Classe B são feitos com líquidos inflamáveis. Na 
Classe C o ensaio prático é um o teste de condutividade pelo agente extintor. 
A capacidade extintora de um extintor de incêndio é medida pela eficácia de 
uma determinada quantidade de agente extintor sobre uma carga de 
incêndio. 
Quadro 5 - Capacidade Mínima Extintora, Ext. Porátil / Agente Extintor 
AGENTE EXTINTOR CAPACIDADE EXTINTORA MÍNIMA 
Água 2A 
Espuma Mecânica 2A e 10B 
Pó Químico BC 5B e C 
*Pó Químico ABC 2A, 20B e C 
CO2 5B e C 
 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 33 
Observe as figuras: 
Figura 9 - Visão do Ensaio Prático Classe A 
Fabrício Nogueira 
 34 
 
Figura 10 - Visão do Ensaio Prático 
Classe B 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 35 
Figura 11 - Teste de Condutividade Para Agente Extintor Classe C 
 
A capacidade extintora é identificada por caracteres alfanuméricos. O número 
irá identificar o tamanho do fogo, depois a letra (maiúscula) irá identifica a 
classe. 
É importante observar ainda que há uma capacidade mínima de agente 
extintor de acordo com o seu agente extintor, são elas: 
O extintor de pó químico do tipo ABC é muito eficiente, pois atua em vários Classes 
de Incêndio, logo é importante para o momento de combate ao foco do fogo. Observe 
que ele possui as seguintes capacidades extintoras: 2A, 20B e C. Equivale a 
capacidade extintora de um extintor de água pressurizada de 10L (2A), dois 
extintores de Espuma Mecânica cada um com 9 L (20B); e de um extintor de CO₂ de 
6 kg. 
 
Fabrício Nogueira 
 36 
Constituição do Extintor de Incêndio: 
Figura 12 - Detalhamento de Componentes de Um Extintor de Incêndio 
Fonte: Site Meu Negócio Melhor 
 
 
 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 37 
Tipos de Extintores 
Extintores de Água Pressurizada 
O extintor mais utilizado para riscos de Classe A é o extintor de água 
pressurizada. Há possibilidade do líquido propelente estar misturado com a 
água no mesmo cilindro, ou pode estar em um cilindro à parte. Normalmente 
o nitrogênio é utilizado como gás propelente quando a pressurização é direta, 
porém, quando indireta, o	/01 é mais utilizado. Em casos onde a temperatura 
ambiente permanecer abaixo de 4°C deve-se utilizar substâncias 
anticongelantes. 
 
Principais Características 
• Carga do agente extintor é de 10 litros 
• Carregado, possui normalmente massa bruta em torno de 15 kg; 
• Tempo de descarga em torno de 60 segundos, 
• Capacidade Extintora 2A; 
 
Cuidados: 
Caso o extintor de água pressurizada for utilizado sobre um incêndio Classe 
B, a intensidade do fogo pode ser potencializada perigosamente, e se for usado 
sobre o fogo Classe C, pode gerar choques elétricos no operador. Caso o mesmo 
extintor for acionado sobre o fogo do Tipo K, pode causar pequenas explosões 
emitindo gordura a altas temperaturas no operador. 
 
 
Fabrício Nogueira 
 38 
Modo De Manuseio 
1. Retire o extintor do local acondicionado pela alça de manuseio, coloque-o 
no piso; 
2. Puxe a trava rompendo o lacre; 
3. Faça um teste, acione o gatilho do extintor até o fim; 
4. Transporte o extintor até o local do fogo e fique a favor do vento; 
5. Posicione-se para o combate, direcione o jato do extintor para a base do 
fogo, e faça movimento em leque; 
6. Após a ação, certifique-se se houve extinção total do foco; 
Obs.: Mesmo que extintor não tenha sido utilizado completamente, envie-o 
para manutenção. 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 39 
Extintores de Pó Químico Seco 
O agente extintor pó químico está acondicionado com compostos químicos que 
repelem a umidade. São pressurizados com N₂ ou CO₂, porém nunca com ar 
comprimido, o qual por conter umidade e causar a perda de funcionalidade. 
 
Principais Características 
• Carga do agente extintor: 4 kg, 6 kg, 8 kg e 12 kg 
• Massa Bruta Carregado: 6 kg, 9 kg, 12 kg e 17 kg; 
• Tempo de descarga: 15 a 25 segundos dependendo da quantidade de 
agente extintor, 
• Capacidade Extintora: 2A; 20B; C 
 
Pode ser utilizado em incêndios classe A, B, C e D (no caso de pó especial), 
porém ele é mais eficiente no combate a incêndios do tipo B e D (quando 
específico). 
O tipo de pó químico utilizado necessariamente não oferece risco as pessoas 
que o inalarem, pois não são tóxicos, eles também não são corrosivos. Não é 
orientado o uso em equipamentos eletrônicos por ter a possibilidade de causar 
danos aos equipamentos. 
• Há extintores que combatem incêndio tipo B e C, utilizam como agente 
extintor o bicarboneto de sódio e sais de potássio. 
• Há outro tipo de extintor que pode combater ao mesmo tempo as classes 
ABC, o chamado extintor de incêndio ABC ou polivalente, cujo agente 
extintor é o mono fosfato de amônia. É importante ressaltar que a 
capacidade extintora deste extintor é de pelo menos 3 x mais que um 
extintor de classe BC. 
• Pó químico para classe de fogo D são bem específicos, através de uma 
mistura com base no grafite, cloretos e carbonetos específicos combatem 
incêndio para determinados metais pirofóricos. 
Fabrício Nogueira 
 40 
Modo de Manuseio 
1. Retire o extintor do local acondicionado pela alça de manuseio, coloque-o 
no piso; 
2. Puxe a trava rompendo o lacre; 
3. Faça um teste, acione o gatilho do extintor até o fim; 
4. Transporte o extintor até próximo ao local do fogo, fique a favor do vento; 
5. Dirija para a posição de combate, direcione o jato do extintor para a base 
do fogo, se lembrar faça movimento em leque; 
6. Ao final do fogo se certifique que houve extinção e não irá ter nova 
reignição; 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 41 
Extintores para Riscos Classe C 
O Gás CO₂ é o mais utilizado em extintores primeiramente por serem os mais 
baratos entre os gases possíveis e liberados para este tipo de uso. E é usado 
os gases por não deixarem resíduos em equipamento elétricos estando estes 
energizados ou não. 
Um cuidado que deve se ter ao utilizar o CO₂, é por se tratar de um gás 
asfixiante, mesmo sendo não tóxico apresenta este risco por ser necessário 
altas taxas de concentração para um combate eficiente. 
Este cilindro não apresenta a solda na parte superior, o agente extintor fica 
armazenado sobre pressão e quando acionado é descarregado a uma 
temperatura baixíssima, cerca -700C, por isso a importância de se manipular 
pelo punho (ou canopla) no momento de uso. Importante falar que o gás é 
inodoro, incolor e não conduz eletricidade. 
 
Principais Características 
• Carga Extintora: 6 kg e 8 kg 
• Uma Unidade Extintora: 6 kg 
• Tempo de Descarga: 20 segundos 
• MassaTotal: 20 kg 
 
A forma como os gases agem sobre o incêndio ocorre pela redução da 
concentração de oxigênio no ambiente, eliminando um dos componentes do 
tetraedro do fogo 
Observe que o treinamento garantirá que os extintores sejam usados de forma 
mais segura para o operador. Quando um extintor de /01 é acionado, o gás 
sai a uma temperatura em torno de -700C, portanto pode provocar ferimentos 
conhecidos como queimaduras de gelo seco. No momento da atuação, o 
operador deverá manuseá-lo segurando em sua canopla ou punho de plástico. 
Fabrício Nogueira 
 42 
Estudo de Caso: Nem Sempre Usar Água 
A água é considerada um agente extintor universal (BRENTANO), podendo 
ser utilizados em quase todos os materiais em combustão, porém nem todos. 
Em 2004, o Edifício Sede da Petrobras foi tomado por um princípio de incêndio 
que atingiu os três últimos pavimentos. O foco do fogo estava em uma sala de 
baterias de telecomunicações. Durante a ação, os bombeiros lançaram água 
sobre as baterias para controlar o incêndio, porém gerava um gás (de toxidade 
desconhecida) muito intenso, o qual intensificava o fogo. Em função desta 
reação química, a estratégia de combate foi alterada imediatamente, ao invés 
de lançar água nas baterias, optou-se em isolar o foco do fogo lançando águas 
no entorno. 
Após algumas horas, o corpo de bombeiros enviou mais uma equipe, desta vez 
mais especializada em produtos perigosos, com os equipamentos de proteção 
individuais (EPI’s) próprios, pois agora estavam cientes da presença de gases 
tóxicos. Extintores de Pó Químico Seco, existentes na própria edificação, 
combateram o fogo, até a total extinção. 
Observe que a brigada de incêndio não conseguiu identificar que tipo de 
material havia naquela sala. Não é possível combater a um incêndio sem 
saber o que está queimando, portanto é de suma importância que a brigada 
de incêndio saiba exatamente o agente extintor para cada área e risco da 
edificação. Caso a brigada insistisse em usar água, poderia aumentar a 
emissão de gases tóxicos, logo aumentar o fogo gerando maiores danos à saúde 
daqueles que estavam combatendo o incêndio. Concluímos que a importância 
da equipe de brigada de incêndio entender e diagnosticar todos os riscos de 
incêndio da edificação que atua é inegociável. 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 43 
Projeto do Sistema de Extintor de Incêndio 
Algumas premissas devem ser levadas em consideração para um projeto do 
sistema de extintores de incêndio de sucesso. 
Seleção do Extintor Correto 
A seleção de um tipo de extintor incorreto para um ambiente pode fazer a 
divisão entre o princípio de um incêndio e um incêndio de grandes proporções. 
O uso de um extintor incorreto para uma classe de incêndio pode gerar danos 
físicos ao operador, pois nem sempre o equipamento é manipulado por uma 
pessoa possui treinamento adequado. 
Segundo o Seito (2008), a criação do projeto deve levar em consideração 
algumas variáveis para seleção dos extintores: 
a) Classe de fogo com maior probabilidade de ocorrer no ambiente a ser 
protegido 
b) Tamanho do mais provável princípio de incêndio, seu desenvolvimento de 
calor e fumaça. Esse último é um fator muito importante para a escolha de 
extintor de maior capacidade extintora e maior alcance do agente extintor. 
c) Tipo de risco da edificação: baixo, médio ou alto. 
Quadro 6 - Seleção de Extintor de Acordo Com a Classe 
CLASSE DE 
FOGO 
AGENTE EXTINTOR 
Água Espuma Mecânica CO₂ Pó BC Pó ABC 
Pó Químico 
Especial 
Haloge- 
nados 
Líquidos 
Especiais 
A Excelente Bom - - Muito Bom - - - 
B - Excelente Bom Excelente Excelente - Excelente - 
C Muito Bom Muito Bom - Excelente - 
D - - - - - Muito Bom - - 
K - - - Muito Bom Muito Bom - - Excelente 
Fonte: Brentano, 2005 
 
Fabrício Nogueira 
 44 
Classificação da Edificação ou Ambiente da Edificação e Distância Máxima a 
Percorrer 
Como foi visto anteriormente, a classificação da edificação para projetos de 
sistema de extintores de incêndio será feita através da determinação de sua 
carga de incêndio e será dividida como apresentado no quadro abaixo: 
Quadro 7 - Carga de Incêndio/m² 
CLASSIFICAÇÃO QUANT. DE CALOR QUE PODE SER LIBERADO POR m2 
BAIXA OU PEQ. Quando a carga liberada é menor ou igual a 300 MJ/m2; 
MÉDIA Quando a carga de incêndio está entre 300 e 1.200 MJ/m2; 
GRANDE Quando a carga de Incêndio é superior a 1.200 MJ/m2; 
 Fonte: IT14-SP (2011) 
 
Para cada uma das cargas de incêndio classificadas, Quadro 7 - Carga de 
Incêndio/m², será exigida uma capacidade extintora já padronizados de acordo 
com a NBR 12693 e a IT21-SP (2011). Da mesma forma, a distância mínima 
a ser percorrida pelo operador do extintor é padronizada. Essa distância deve 
ser medida do ponto de fixação do extintor a qualquer ponto que o extintor irá 
proteger. 
 
 
 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 45 
Quadro 8 - Capacidade Mínima Extintora e Distância Mínima a Ser 
Percorrida 
CAPACIDADE EXTINTORA MÍNIMA E DISTÂNCIAS MÁXIMAS A SEREM PERCORRIDAS 
Classe de fogo Classe de Risco da Ocupação 
Capacidade 
Extintora Mínima 
Distância máxima a 
ser percorrida 
- m 
A 
Baixo 2A 25 
Médio 3A 20 
Alto 4A 15 
B 
Baixo 20B 15 
Medio 40B 15 
Alto 80B 15 
C - C 15 
D - - 20 
Fonte: Brentano 2015 
 
 
Fabrício Nogueira 
 46 
Instalação dos Extintores 
Localização 
A localização dos extintores deve satisfazer algumas necessidades 
segundo Seito (2008). 
1. Facilmente visíveis por meio de sinalização. 
2. Bem distribuídos para cobrir a área protegida. 
3. Fácil acesso levando-se em conta a portabilidade. 
4. Sem obstáculos até o local de utilização. 
5. Próximo aos locais de entrada e saída. 
6. Não devem ficar atrás de portas de rotas de fuga. 
7. Protegidos de acidentes provocados pela movimentação de pessoas, 
veículos ou cargas. 
8. Protegidos de intempéries e de ambientes agressivos com excesso de 
calor, atmosferas corrosivas, maresias, vento e poluição. 
9. Protegidos contra vandalismo. 
A IT21-SP (2011) orienta ainda que salas fechadas com riscos 
específicos devem ser protegidas por extintores de incêndio, que devem ser 
instalados no lado externo da sala, exemplos: 
• Casa de caldeira; 
• Casa de bombas; 
• Casa de força elétrica; 
• Casa de máquinas; 
• Galeria de transmissão; 
• Incinerador; 
• Elevador (casa de máquinas); 
• Escada rolante (casa de máquinas); 
• Quadro de redução para baixa tensão; 
• Transformadores; 
• Contêineres de telefonia; 
• Gases ou líquidos combustíveis ou inflamáveis; 
• Outros que necessitam de proteção adequada. 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 47 
Cuidado!!! Proximidades de compartimentos e áreas energizadas. 
O único extintor que passa por testes para verificar a sua não condutividade 
é o extintor de CO₂. Estes extintores devem estar localizados nas 
proximidades de ambientes que tenham maior quantidade de materiais 
elétricos energizados. Um dos primeiros procedimentos, em caso de incêndio, 
que devem ser adotados é o corte da energia elétrica. Ao fazer isso, incêndios 
que pertenciam a classe C passam a pertencer às classes B e/ou A, logo é 
necessário que nas proximidades estejam localizados extintores que 
combatam estas classes também. Os extintores de água pressurizada devem 
ser muito bem sinalizados para garantir que um usuário com pouca 
orientação saiba que não deve utilizar em equipamentos energizados, pois 
geram risco de choque elétrico. 
 
 
Fabrício Nogueira 
 48 
Posicionamento dos Extintores 
Os extintores portáteis podem ser apoiados em um suporte sobre o piso e 
podem estar em paredes. 
Observe que para uma operação mais eficiente,é interessante que o extintor 
esteja sobre uma base no piso, pois eles podem chegar a pesar 20 kg, logo a 
retirada de um equipamento pesado da parede pode oferecer riscos de 
acidente ao operador que não esteja habituado com seu peso. Contudo é 
importante observar devem estar entre 10 e 20cm do chão, e na parede deve 
ter altura máxima de 1,6m. É importante que a sinalização esteja numa 
altura que alcance uma visão rápida daqueles estão nas proximidades. 
Figura 13 – Altura Mínima Para Parede e Piso 
 
 Fonte: Decreto Nº 3950 DE 25/01/2010 
 Corpo de Bombeiros Militar de Tocantins 
 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 49 
Os extintores que ficam na parede, por uma questão estética ou de proteção 
física do equipamento, podem estar no interior de nichos ou embutidos nas 
paredes, sem que haja interferência na visualização pelo usuário. A NBR 
15808 vai exigir que os suportes sejam resistentes a duas vezes o peso do 
extintor. 
Figura 14 - Mínimo e Máximo Recomendado Para Extintores Em Parede 
 
 Fonte: Blog Bombeiro Osvaldo 
 
Cores dos Extintores 
Os extintores devem ter seus recipientes pintados na cor vermelha, 
preferencialmente de acordo com o padrão de pintura Munsell 5R 4/14. Há 
ainda a possibilidade do recipiente ser construído em aço inoxidável, para 
estes casos a pintura será opcional. (NBR 12962:2016). 
 
 
Fabrício Nogueira 
 50 
Sinalização dos Extintores 
Há dois tipos de sinalizações que devem ser observadas no momento do 
posicionamento dos extintores de incêndio: a sinalização do piso, chamada 
também de sinalização horizontal, e a sinalização vertical que é aquela 
localizada nas paredes. 
Alguns cuidados devem ser tomados para sinalização vertical. Ela deve ficar 
acima do extintor em no mínimo 0,2m até 1,0m, porém, se mesmo assim, 
houver obstrução à visualização da sinalização, deverá ser mais alta. Como 
apresenta a Erro! Fonte de referência não encontrada. abaixo: 
 
 
Figura 15 - Visualização da Sinalização Com Obstrução das Caixas, Exemplo. 
 
Fonte: Blog Bombeiro Osvaldo 
 
 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 51 
Para o posicionamento do extintor quando estiver pendurado. Observe a Figura 16 e 
verifique onde a sinalização deve ser fixada: 
Figura 16 - Altura da Sinalização na Parede 
 
Extintores Embutidos 
Caso os extintores fiquem embutidos, é recomendado que a sinalização deste 
local esteja perpendicular à parede e com a mesma altura das outras 
sinalizações, mínimo de 0,2m a 1,0m, ou dependendo da necessidade de 
visualização. Essa sinalização tem o objetivo de que as pessoas que se 
aproximam pela lateral identifiquem o extintor de incêndio embutido, há 
lugares inclusive que o chão da área do nicho é pintado de vermelho. 
 
 
Fabrício Nogueira 
 52 
Sinalização Horizontal 
A sinalização horizontal é feita sobre o piso para que não haja qualquer 
obstrução daquela área. O piso deve ser marcado com um quadrado ou 
retângulo de 1,0m, no mínimo, de fundo vermelho com bordas amarelas de 
0,15m. Este local deve permanecer desobstruído constantemente com objetivo 
de permitir acesso livre ao local. Veja um exemplo completo na figura 
 
Figura 17 - Marcação no Piso das Instalações Industriais 
 
 
 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 53 
Inspeção, Manutenção e Recarga 
Antes de falar das inspeções nos extintores de incêndio, relacionaremos os 
erros mais encontrados no momento das vistorias segundo Brentano (2005). 
Principais Erros Encontrados em Vistorias: 
1. A falta de inspeção ou Manutenção; 
2. O selo de aparelho novo em equipamento usado; 
3. Extintor de pó químico apresentando empedramento; 
4. Cilindros com pressão fora dos padrões. 
5. Aparelhos Obstruídos 
6. Tipo de agente extintor não adequado a sinalização 
7. Tipo de agente extintor não adequado ao material combustível das 
proximidades 
 
O que fazer para evitar estes erros? Vamos verificar as inspeções e 
manutenções orientadas: 
 
Fabrício Nogueira 
 54 
Inspeção 
A inspeção é a verificação efetuada por uma pessoa habilitada que vai à área 
identificar situações que os extintores estejam fora do padrão de uso. 
 
Inspeção Semanal ou Mensal 
Em função da possibilidade de contato de pessoas com os extintores de 
incêndio, as quais, por causa da desinformação, podem alterar a sua posição, 
ou até mesmo, vandalizá-los, deve-se fazer uma inspeção semanal ou mensal 
em todos os equipamentos. 
• Deve ser feito uma Inspeção Visual para constatar que 
principalmente: 
• Devem estar em locais corretos e a sinalização de acordo com o 
extintor; 
• Devem estar com o lacre do pino de segurança intactos; 
• Os acessos devem estar livres e a sinalização de piso desobstruída, 
assim como uma rota para seu acesso; 
• Não devem estar danificados fisicamente; 
• Devem apresentar uma rota de fácil acesso; 
• A sinalização deve estar aparente e ser de fácil identificação. 
 
Inspeção Semestral 
Uma vistoria, registrada em um documento, deve ser realizada para 
identificar se a pressão dos extintores de incêndio, classe A e B, está dentro 
das condições de ideais de uso. 
O extintor de CO₂ deve ser avaliado por seu peso, ele não pode apresentar uma 
perda superior a 10%, caso isso venha a acontecer deverá ser reenviado para 
a empresa especializada em manutenção. 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 55 
 
Inspeção Anual 
Os extintores de água pressurizada e pó químico devem ser enviados para 
manutenção uma vez a cada 12 meses para mudança do lacre anual da ABNT 
e fazer uma nova pressurização de seu agente extintor. 
 
 
Fabrício Nogueira 
 56 
Manutenção 
Observe que a ABNT apresenta através de sua NBR 12963 – Inspeção e 
Manutenção de Extintores – que a manutenção deve ser efetuada 
obrigatoriamente após o uso, ou quando alguma inconformidade for detectada 
no extintor. Ela aponta três níveis de manutenção, são eles: 
Manutenção de Primeiro Nível 
É aquela manutenção que pode ser feita no momento que está sendo realizado 
a inspeção por pessoas que passaram por treinamento e se encontram 
habilitados para esta intervenção. São manutenções que não há a necessidade 
de levar os extintores para uma empresa especializada. 
Manutenção de Segundo Nível 
São aquelas manutenções que devem ser feitas por equipamentos e oficinas 
especializadas. 
Manutenção de Terceiro Nível ou Vistora 
Processo o qual o extintor passa por uma revisão geral, incluindo testes 
hidrostáticos 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 57 
Quadro 9 - Níveis de Manutenção 
Níveis de 
Manutenção Situação 
1 Quadro de instruções ilegível ou inexistente. 
1 ou 2 Inexistência de algum componente. 
1 
Mangueira de Descarga apresentando danos, deformação ou ressecamento 
Mangotinho, mangueira de descarga ou bocal de descarga, quando houver, 
apresnetando entupimento que não seja posível reparar na inspeção 
2 
Lacre Violado 
Anel de identificação externa violado 
Vencimento do período especificado para frequencia da manutenção de segundo nível. 
Extintor de incêndio parcial ou totalmente descarregado ou fora da faixa de operação. 
Defeito nos sistema de rodagem, transporte ou acionamento. 
3 
Corrosão, danos térmicos e/ou mecânicos no recipiente ou no cilindro, e/ou em partes que 
possam ser submetidas à pressão permanente, e/ou em partes externas contendo 
mecanismo ou sistema de acionamento mecânico. 
Data do último ensaio hidrostático igual ou superior a cinco anos. Quando a empresa 
realizar manutenção em extintores de incêndio durante o ano limite para a realização do 
ensaio hidrostático, a empresa deve obrigatoriamente realizara manutenção terceiro nível. 
Inexistência de data do último ensaio Hidrostático. 
Fonte: NBR 12962:2016 
Fabrício Nogueira 
 58 
ANEXO A – Tabela de Cargas de Incêndio Por Ocupação (IT14-SP) 
 
 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 59 
 
 
 
 
Fabrício Nogueira 
 60 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 61 
 
 
Fabrício Nogueira 
 62 
 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 63 
 
 
 
Fabrício Nogueira 
 64 
ANEXO B – Valores de Referência – Potencial Calorífico (Hi) 
 
 Fonte: IT14-SP (2011)- 
 
 Extintores de Incêndio: Orientação Técnica 
 65 
ANEXO C - Planilha Para Cálculo da Carga de Incêndio 
 
 Fonte: IT14-SP (2011) 
 
Fabrício Nogueira 
 66 
BIBLIOGRAFIA 
______.INSTRUÇÃO TÉCNICA 14, São Paulo: Carga de Incêndio nas 
Edificações e área de Risco. 2011 
______.INSTRUÇÃO TÉCNICA 21, São Paulo: Sistema de Proteção por 
Extintores de Incêndio. 2011 
______.NBR 12962: Extintores de incêndio — Inspeção e manutenção. 2016 
______.NBR 12693: Sistemas de proteção por extintores de incêndio. 2013 
______.NBR 15808: Extintores de Incêndio Portáteis. 2013 
______.NBR 15809: Extintores de Incêndio Sobre Rodas. 2013 
______.NBR 15809: Extintores de Incêndio Sobre Rodas. 2013 
BRENTANO, Telmo. A proteção contra incêndios no projeto de 
edificações. T Edições, Porto Alegre, 2007. 
GOUVEIA, Antônio Maria Claret de; MATTEDI, Domênica Loss. Estudo da 
prescritividade das normas técnicas brasileiras de segurança contra 
incêndio. 2011. 
NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION. Disponível em: 
<http://www.nfpajla.org/pt/nfpa-em-america-latina/nfpa-em-
portugues#códigos-e-normas> Acesso em: 12 nov. 16. 
SEITO, Alexandre Itiu et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São 
Paulo: Projeto Editora, p. 496, 2008. 
TAVARES, R.M.; PROCORO, S.A.C.; DUARTE, D. Códigos Prescritivos x 
Códigos baseados no desempenho: qual é a melhor opção para o 
contexto do Brasil. XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. 
Curitiba, 2002. 
VIOLA, ELIANA DELAIDI MONTEIRO. Uma Visão Crítica da Certificação 
de Extintores de Incêndio Portáteis. Niterói. Dissertação (Mestrado 
Profissional em Sistemas de Gestão)–Universidade Federal 
Fluminense, 2006.