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Cartilha Laboratorio55 atualizada 28 11 2016 (1)

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ANO/2017 
Edição 1 
SAÚDE, SEGURANÇA E EDUCAÇÃO NO 
AMBIENTE DE 
TRABALHO. 
TRABALHO SEGURO 
EM LABORATÓRIOS 
SUMÁRIO 
 
Sumário Pág. 
Introdução 3 
Alguns conceitos 4 
Classificação de riscos em laboratórios 5 
Níveis de biossegurança 6 
Regras de segurança para prevenir acidentes em laboratórios 7,8 e 9 
Informações de segurança 10 
Riscos ocupacionais presentes em laboratórios 11 
Equipamentos de proteção individual e coletivo 12 
Acidentes corriqueiros em ambientes de laboratório 13 
Como eliminar ou minimizar os riscos presentes no ambiente de 
trabalho 
14 à 16 
Conclusão 17 
Anexo 18 à 25 
Bibliografia 26 
Contatos 27 
Telefones úteis 27 
Sites úteis 28 
Agenda 20 
Apresentação 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
INTRODUÇÃO 
 
O propósito desta cartilha é auxiliar ao servidor público que tem sua 
atividade profissional em ambientes de laboratório, auxiliando a este 
entender sua responsabilidade ao executar atividades onde sua saúde e 
integridade física estão expostas a riscos 
químicos e biológicos. A prática de atividades 
em laboratórios requer cuidados em seu dia a 
dia, mas na maioria das vezes por 
autoconfiança negligenciamos e nos expomos 
a acidentes de pequeno, médio ou grande 
porte. Mostraremos maneiras simples e 
procedimentos que utilizados com 
responsabilidade proporcionará ao 
profissional, uma rotina segura e correta de trabalho em um laboratório. 
Evidenciaremos os ambientes laboratoriais nas áreas: Hospitalar, Biológicas 
e Químicas, onde os riscos à que estes profissionais se expõem são mais 
evidentes colocando em risco a sua saúde e ou integridade física. 
 
 
A UFCG possui em seu organograma 
organizacional seis campis e em suas Unidades 
Acadêmicas aproximadamente 800 laboratórios 
nas mais diversas áreas de pesquisa, no dia a 
dia destes ambientes é enorme a frequência de 
profissionais e alunos que ali desenvolvem suas 
atividades, onde é presente a necessidade de 
um cuidado minucioso quando nos referimos às 
atividades de manuseio com compostos 
químicos e organismos biológicos. Sendo assim atitudes, práticas e uma 
rotina responsável é a garantia de um desempenho ótimo e seguro nas 
tarefas destes profissionais que utilizam estes laboratórios. A seguir 
mostraremos como pôr em pratica no seu dia a dia. 
 
 
“Trabalhe com 
segurança e 
responsabilidade, 
sua vida é 
valiosa” 
“Conheceis a 
verdade e a 
verdade vos 
libertará.” 
 
4 
 ALGUNS CONCEITOS 
 
VIGILÂNCIA AMBIENTAL E PROCESSOS DE 
TRABALHO: É o conjunto de ações contínuas e 
sistemáticas, que possibilita detectar, conhecer, 
pesquisar, analisar e monitorar os fatores 
determinantes e condicionantes da saúde 
relacionados aos ambientes e processos de 
trabalho, e tem por objetivo planejar, implantar e 
avaliar intervenções que reduzam os riscos ou 
agravos à saúde. 
 
SEGURANÇA DO TRABALHO: É o conjunto de medidas técnicas, 
administrativas, educacionais, médicas e psicológicas que são empregadas para 
prevenir acidentes, quer eliminando condições inseguras do ambiente, quer 
instruindo ou convencendo pessoas na implantação de práticas preventivas. 
 
RISCO: É o perigo a que determinado indivíduo está exposto ao entrar em contato 
com um agente tóxico ou certa situação perigosa. 
 
TOXICIDADE: Qualquer efeito nocivo que advém da interação de uma substância 
química com o organismo. 
 
ACIDENTES: São todas as ocorrências não programadas, estranhas ao 
andamento normal do trabalho, das quais poderão resultar danos físicos ou 
funcionais e danos materiais e econômicos à instituição. 
 
PREVENÇÃO DE ACIDENTES: É o ato de se por em prática as regras e 
medidas de segurança, de maneira a se evitar a ocorrência de acidentes. 
 
 
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA: São os instrumentos que têm por 
finalidade evitar ou amenizar riscos de acidentes. Os equipamentos de segurança 
individuais (EPI‘s) mais usados para a prevenção da integridade física do indivíduo 
são: Óculos, Máscaras, Luvas, Aventais, Gorros, Cremes, Etc... Existem também 
equipamentos tais como capelas e blindagens plásticas que protegem a coletividade 
(EPC‘s). 
 
 
 
 5 
 
 
A classificação de riscos em laboratórios biológicos baseiam-se em diversos 
critérios que orientam a avaliação de risco e está principalmente orientada 
pelo potencial de risco que oferece ao indivíduo, à comunidade e ao meio 
ambiente. 
 
Estes critérios agrupam os microrganismos em classes de 1 a 4, sendo a 
classe 1 a de menor risco e a classe 4 a de maior risco. 
 
1. CLASSE DE RISCO 1: O risco individual e para a comunidade é ausente 
ou muito baixo, ou seja, são microrganismos que têm baixa probabilidade 
de provocar infecções no homem ou em animais. Exemplos: Bacillus 
subtilis. 
 
2. CLASSE DE RISCO 2: O risco individual é moderado e para a 
comunidade é baixo. São microrganismos que podem provocar infecções, 
porém, dispõe-se de medidas terapêuticas e profiláticas eficientes, sendo o 
risco de propagação limitado. Exemplos: Vírus da Febre Amarela e 
Schistosoma mansoni. 
 
3. CLASSE DE RISCO 3: O risco individual é alto e para a comunidade é 
limitado. O patógeno pode provocar infecções no homem e nos animais 
graves, podendo se propagar de indivíduo para indivíduo, porém existem 
medidas terapêuticas e de profilaxia. Exemplos: Vírus da Encefalite Equina 
Venezuelana e Mycobacterium tuberculosis. 
 
4. CLASSE DE RISCO 4: O risco individual e para a comunidade é elevado. 
São microrganismos que representam sério risco para o homem e para os 
animais, sendo altamente patogênicos, de fácil propagação, não existindo 
medidas profiláticas ou terapêuticas. Exemplos: Vírus Marburg e Vírus 
Ebola. 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS EM LABORATÓRIOS 
 
6 
NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA 
 
 
Para manipulação dos microrganismos pertencentes a cada uma das quatro 
classes de risco devem ser atendidos alguns 
requisitos de segurança, conforme o nível de 
contenção necessário. Estes níveis de 
contenção são denominados de níveis de 
Biossegurança. Os níveis são designados em 
ordem crescente, pelo grau de proteção 
proporcionado ao pessoal do laboratório, meio 
ambiente e à comunidade. 
 
1. O Nível De Biossegurança 1, é o nível de contenção laboratorial que se 
aplica aos laboratórios de ensino básico, onde são manipulados os 
microrganismos pertencentes a classes de risco 1. Não é requerida 
nenhuma característica de desenho, além de um bom planejamento 
espacial e funcional e a adoção de boas práticas laboratoriais. 
 
2. O Nível De Biossegurança 2 diz respeito ao laboratório em contenção, 
onde são manipulados microrganismos da classe de risco 2. Se aplica aos 
laboratórios clínicos ou hospitalares de níveis primários de diagnóstico, 
sendo necessário, além da adoção das boas práticas, o uso de barreiras 
físicas primárias (cabine de segurança biológica e equipamentos de 
proteção individual) e secundárias (desenho e organização do laboratório). 
 
3. O Nível De Biossegurança 3 é destinado ao trabalho com microrganismos 
da classe de risco 3 ou para manipulação de grandes volumes e altas 
concentrações de microrganismos da classe de risco 2. Para este nível de 
contenção são requeridos além dos itens referidos no nível 2, desenho e 
construção laboratoriais especiais. Deve ser mantido controle rígido quanto 
a operação, inspeção e manutenção das instalações e equipamentos e o 
pessoal técnico deve receber treinamento específico sobre procedimentos 
de segurança para a manipulação destes microrganismos. 
 
4. O Nível De Biossegurança 4, ou laboratório de contenção máxima, 
destina-se a manipulação de microrganismos da classe de risco 4, onde há 
o mais alto nível de contenção, além de representar uma unidade 
geográficae funcionalmente independente de outras áreas. 
Esses laboratórios requerem, além dos requisitos físicos e operacionais dos 
níveis de contenção 1, 2 E 3, barreiras de contenção (instalações, desenho 
equipamentos de proteção) e procedimentos especiais de segurança. 
 
 
 
 
 7 
REGRAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIOS 
 
 
 
 Deverá ser obrigatório o uso de avental 100% algodão de manga longa 
devidamente fechada sobre a roupa, uso de calça comprida e sapatos 
fechados, cabelos longos devem estar presos com uma touca e evitar o 
uso de roupas confeccionadas com materiais sintéticos. 
 Obrigatório o uso de óculos, creme contra agentes químicos e biológicos 
e luvas de seguranças adequados aos riscos em todas as atividades 
realizadas no laboratório. 
 Manter atenção constante visando à ordem e limpeza no local de 
trabalho. O Professor ou alunos ao realizar o trabalho solicitado deve 
consultar a metodologia e procedimentos 
aplicáveis para o caso. Se o trabalho for inédito 
recorrer à supervisão imediata para eliminar 
dúvidas e recorrer às medidas de segurança 
aplicáveis. 
 Consultar as propriedades físico-químicas 
e toxicológicas dos produtos químicos utilizados 
principalmente aqueles de maiores riscos de 
manipulação. 
 Não realizar nenhum trabalho caso haja 
dúvidas em fazê-los corretamente, deve-se para isso esclarecer todas as 
dúvidas antes de iniciar os trabalhos. 
 Nunca trabalhar sozinho no laboratório fora do horário de expediente, 
fins de semana e feriados em atividades de elevados riscos. 
 Verificar o estado de conservação dos equipamentos e materiais de 
trabalho, antes de iniciar suas atividades, e rejeitar o uso caso seja 
constatado algum defeito. 
 Proibido pipetar substâncias químicas com a boca, utilize pêras de 
sucção. 
 Evitar brincadeiras e distrações durante o trabalho. Manter-se 
concentrado no trabalho que está realizando. 
 Deverá ser proibido ingerir bebidas e alimentos no laboratório. 
 Deverá ser expressamente proibido fumar dentro do laboratório. A 
proximidade com materiais tóxicos, biológicos e inflamáveis faz com que ao 
fumar corra o risco de ingestão acidental de reagentes ou de incêndios. 
 É proibido utilizar ar comprimido para se refrescar, secar a pele ou 
roupas em qualquer parte do corpo. Ao utilizar ar comprimido é obrigatório o 
uso de óculos de segurança e protetor auditivo. 
 Todos os frascos de reagentes devem ser transportados em caixas de 
madeiras com alça de transporte manual, recipientes de segurança para o 
transporte de frascos de ácidos, recipientes específicos e adequados para 
transporte de nitrogênio líquido e carrinhos. 
 
8 
 Não colocar materiais do laboratório dentro dos bolsos da roupa ou 
avental. 
 Não utilizar lentes de contato, pois estas podem ser danificadas por 
produtos químicos, causando lesões graves. Substâncias tóxicas devem 
obrigatoriamente ser manipuladas dentro de capelas. 
 Trabalhar sempre com materiais de vidro em bom estado separando e 
descartando em recipientes de coleta seletiva (reciclagem) os que estejam 
trincados, deformados, quebrados. Todo e qualquer material reciclável de 
laboratório, vidro, metal, plástico e papel devem estar previamente 
descontaminados (isentos de resíduos). 
 Posicionar os materiais de trabalho sobre as bancadas em ordem de 
maneira a não obstruir as operações, guardar o material sempre limpo. 
 Nunca colocar materiais de vidro frascos de reagentes nas bordas das 
bancadas e capelas. 
 Ao manipular os tubos de ensaio e demais recipientes com produtos 
químicos manter afastado da face direcionando para o lado oposto 
assegurando que não irá causar danos por possíveis respingos ou 
projeções violentas em outras pessoas. 
 Diluir substâncias corrosivas vertendo a substância sobre a água e 
nunca o inverso, a atividade deve ser realizadas dentro de capelas com a 
janela abaixada ao máximo. 
 Redobrar a atenção ao manipular volumes maiores que os 
convencionais de produtos químicos, dispensando o máximo de cuidado no 
seu transporte, transferência e operações. 
 Ao manipular recipientes quentes usar luvas de proteção térmica; 
 Toda a vidraria deve estar em perfeitas condições de uso, não utilizar 
materiais de vidros quando quebrados. 
 Lembre-se o vidro quente pode ter a mesma aparência do vidro frio; 
 
 
 Lubrifique tubos de vidros e termômetros antes de inserir em rolhas, 
tampas de borracha. 
 Não submeter materiais de vidros a mudanças bruscas de temperatura. 
 Para introduzir ou remover tubo de vidros e termômetros em rolhas, 
mangueira de silicone, tampas emperradas e outros materiais utilizar 
luvas anti-corte, envolver as partes com panos secos para maior 
proteção em caso de ruptura dos vidros. 
 Os chuveiros de emergência e lava olhos devem ser testados num 
período máximo de 7 dias, devendo-se abri-los e deixar a água escoar 
por pelo menos 1 minuto. Caso seja notada a presença de ferrugem na 
água, falta d‘água, pouca pressão d‘água ou dificuldade de abertura de 
válvula ou qualquer irregularidade, informar imediatamente o setor de 
Segurança do Trabalho. 
 Manter rigorosamente desobstruídos: chuveiros de emergência e lava-
olhos, extintores de incêndio, acionadores do sistema de detecção e 
alarme de incêndio, hidrantes, caixas de primeiros socorros, saídas de 
 
 9 
emergência, iluminação de emergência e áreas de circulação. 
 Manter os produtos químicos em especial inflamáveis e explosivos, longe 
de muflas, fornos, bicos de bunsen, lamparinas, equipamentos elétricos 
em geral. 
 Assegurar por meio de manutenção preventiva o bom estado dos 
equipamentos e do circuito elétrico interruptores, contatos, cabos de 
alimentação. 
 Somente eletricista da manutenção pode realizar os trabalhos de 
manutenção elétrica nos circuitos, quadros de distribuição e 
equipamentos do laboratório. 
 Não ligar mais de um equipamento na mesma tomada; 
 Antes do encerramento das atividades diárias do laboratório, assegurar 
que nenhum equipamento permaneça ligado, devendo ainda 
desconectá-lo da respectiva tomada. Salvo reações que devem 
permanecer em andamento por muito tempo, desde que tomadas todas 
as medidas e precauções adequadas. 
 Todo equipamento possui manual de instruções, que deve ser 
consultado antes de o equipamento ser operado. 
 Somente opere equipamentos elétricos quando: Fios, tomadas e plugs 
estiverem em perfeitas condições de uso. Tenha certeza da voltagem 
correta do equipamento. Não ligue equipamentos que esteja sem 
identificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA 
 
O projeto de um laboratório químico, não segue um modelo padrão, cada 
um terá sua particularidade e aplicabilidade. São itens fundamentais no 
planejamento considerar o número de alunos, professores e funcionários, à 
segurança individual e coletiva, fluxo de pessoal, equipamentos e materiais, 
via de acesso e escape, conforto, ergonomia (espaço, prática e 
funcionalidade), tipo e forma de analises, local para armazenamento de 
produtos químicos considerando sua compatibilidade, localização e 
possíveis adequações e ampliação futura. Para a perfeita implantação de 
um projeto, deve sempre haver também um ótimo entrosamento entre os 
responsáveis pelo laboratório: Engenheiros, Arquitetos, Diretores dos 
Centros ou Coordenadores das Unidades Acadêmicas. Evitando assim 
interferência de informações entre estes técnicos e diretores, pois nem 
sempre é possível conciliar necessidade química, técnicas de engenharia e 
estética. Em todo caso, porém, deve-se dar prioridade absoluta a segurança 
do local, e, principalmente, de todos que por ali circulam. Qualquer que seja 
o tipo de trabalho envolvido no laboratório algumas precauções básicas de 
segurança serão necessárias, entre elas um sistema de ventilaçãoe 
exaustão corretamente projetado e com manutenção periódica incluindo 
capelas com janelas de segurança e tipos de corrediças. As instalações de 
coifas e capelas devem ficar convenientemente situadas para assegurar 
que as operações perigosas e que ofereçam risco de incêndio, explosão, 
emanação de vapores e gases tóxicos, fumos, poeiras tóxicas, ou agentes 
biológicos patogênicos não sejam efetuadas em bancadas abertas. Nas 
capelas os interruptores de luz, acionamento do motor do ventilador, 
válvulas de gases, de água, ar comprimido, tomadas de energia elétrica, 
devem ser instalados na parte externa frontal da capela lateral superior, 
para evitar que vapores, água ou outros líquidos derramados que 
ultrapassem o desnível de contenção da capela venham a atingir as 
instalações elétricas. As capelas devem ser instaladas em local do 
laboratório onde não haja a ocorrência acentuada de correntes de ar na 
direção paralela ou diagonal à sua abertura frontal. Quando houver a 
necessidade de realizar trabalhos com substâncias instáveis, explosivas, 
devem ser utilizados quantidades muito baixas destas substâncias e 
projetadas barreiras apropriadas para permitir a manipulação necessária ao 
mesmo tempo em que forneçam proteção aos que ali exercem suas 
atividades técnicas ou profissionais. 
 
 
 
 
 
 
 11 
RISCOS OCUPACIONAIS PRESENTES EM 
LABORATÓRIOS 
 
 
 
RISCOS QUÍMICOS ATRAVÉS DE: Vapores – Poeiras – Fumos – Névoas 
– Gases – Compostos - Produtos químicos em geral. 
 
RISCOS FÍSICOS: Ruídos – Vibrações - Radiações ionizantes - Radiações 
não ionizantes – Frio – Calor - Pressões anormais. 
 
RISCOS BIOLÓGICOS: Vírus – Bactérias – Protozoário – Fungos – 
Parasitas - Bacilos, entre outros. 
 
RISCOS DE ACIDENTES: Os riscos presentes no ambiente de laboratórios 
ocorrem geralmente em consequência de: 
 
 Falta de organização do local de trabalho 
 Uso incorreto de equipamentos ou substâncias 
 Estocagem e transportes inadequados de produtos químicos 
 Uso de vidrarias defeituosas 
 Desconhecimento ou negligência 
das técnicas corretas de trabalho 
 Trabalhos realizados por pessoa 
não habilitada em determinadas 
técnicas 
 Não observância das normas de 
segurança 
 Utilização incorreta ou o não uso de 
equipamentos de proteção coletiva 
e individual adequados ao risco 
 Manutenção inexistente ou inadequada do laboratório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVO 
 
No laboratório deve-se usar equipamento de proteção pessoal apropriado 
aos riscos existentes, incluindo creme contra agentes químicos e biológicos. 
O pessoal de laboratório deve consultar o coordenador ou o profissional 
responsável com relação ao equipamento de proteção específico para cada 
laboratório. 
O equipamento de proteção individual não deve ser considerado o principal 
meio de proteção dos funcionários dos laboratórios. Os procedimentos de 
trabalho e equipamentos, como capelas, chuveiros, etc. devem ser 
considerados também. 
O equipamento de proteção individual deve ser utilizado por todo o pessoal 
existente no laboratório, sejam eles Profº (a), aluno (a), funcionário (a) e não 
apenas pelos que estiverem trabalhando no momento, uma vez que no 
laboratório, os riscos de acidentes estão presentes, mesmo que não se 
esteja trabalhando ativamente e diretamente. Devem-se vestir roupas 
apropriadas durante todo o tempo. 
Equipamentos de proteção pessoais (como por exemplo, aventais e luvas) 
não devem ser utilizados em áreas públicas se tiverem sido utilizados em 
áreas contaminadas. Da mesma forma, os aventais utilizados nas áreas 
esterilizadas (por exemplo, Biotério), não devem ser utilizados nas áreas 
públicas ou contaminadas. Nestes casos, os equipamentos devem ser 
guardados em lugares apropriados nos setores de utilização. 
 
Fica permanentemente obrigatório o uso de: 
 
 
Óculos de Segurança - Proteção Respiratória – Luvas - Calçados de 
Proteção Contra Líquidos (corrosivos ou ácidos) – Avental próprio para 
atividade - Proteção Facial própria para atividade. 
 
 
 
 
 
 
 13 
ACIDENTES FREQUENTES NOS AMBIENTES DE 
LABORATÓRIOS 
 
Intoxicação - Queimaduras térmicas – Cortes - Queimaduras químicas, - 
Choque elétrico – Incêndios – Explosões - Contaminação por agentes 
químicos - Exposição as radiações ionizantes e não ionizantes. 
 
COMO ELIMINAR OU MINIMIZAR OS RISCOS 
PRESENTES NO AMBIENTE DE TRABALHO 
 
Além de obedecer as normas próprias para a atividade descritas nas NRs 
do M.T.E, o profissional deve esta também atento para as normas da ABNT 
e CNEN, como também ter conhecimento das normas internas do 
Laboratório expedidas pelos responsáveis, pois estas normas são de 
extrema importância. 
 Utilização dos equipamentos de proteção coletiva; 
 Sempre que estiver em falta solicitar por escrito o fornecimento de 
equipamentos de proteção individual adequados aos riscos existentes; 
 Cobrar e participar de treinamentos de segurança para os Profº. (as), 
alunos (as) e Técnicos (as) sobre o uso correto de equipamentos de 
proteção coletiva (EPC); 
 Cobrar e participar dos treinamentos de prevenção e combates a 
princípios de incêndio; 
 Abandono de áreas; 
 Primeiros socorros; 
 Treinamentos sobre os perigos de estocagem das substâncias químicas 
existentes; 
 Esta atento para os manuais, além de cobrar dos responsáveis 
explicações sobre o manuseio correto dos aparelhos e produtos; 
 Cobrar treinamento sobre descarte de produtos químicos; 
 Cobrar e participar de treinamento e conhecimentos sobre o uso prévio 
da Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos – FISPQ 
NBR- 14728 (edição atualizada) e atendimento de Ordens de Serviços 
de acordo com a Portaria 3.214 de 08/06/1978 MTE. Além de cumprir 
com o disposto na Instrução Normativa Nº1de 11/04/1994. 
 
 
14 
RELAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS E 
MEDIDAS DE SOCORRO 
 
 
ÁCIDO NITRICO: 
Pode causar intoxicação por gases nitrosos 
Líquido derramado pode causar fogo ou liberar gases perigosos. 
ÁCIDO PERCLORICO: 
Contato com outro material pode causar fogo 
ou explosão, especialmente quando aquecido. 
Armazenar separadamente e evitar contato 
com agentes desidratantes e outros materiais 
Manter longe de calor. 
Em caso de derrame, lavar com muita água e 
remover os materiais contaminados. 
ÁCIDO SULFURICO: 
Impedir a penetração de água no recipiente 
devido a reação violenta. 
ÁCIDO SULFURICO E NITRICO ( MISTURA): 
Pode causar intoxicação por gases nitrosos. 
Líquido derramado pode causar fogo ou liberar gases perigosos. 
ÁCIDO ACETICO (28%, 56%, 70%, 80%, GLACIAL): 
O ácido acético glacial a 16,7C, formando blocos duros que podem quebrar 
garrafões quando movimentados. 
Armazenar em áreas com temperaturas acima de 16,7C 
Quando congelado descongelar levando o garrafão cuidadosamente para 
uma área quente. 
ÁCIDO CLORIDRICO ANIDRO: 
Gás extremamente irritante. 
Líquido e gás sob pressão. 
Nota: refluxo para dentro do cilindro pode causar explosão, em nenhuma 
circunstância deverá o tubo de alimentação do cilindro ser posto em contato 
com um líquido ou gás, sem uma válvula a vácuo ou dispositivo de proteção 
no tubo, para impedir o refluxo. 
ANIDRICO FOSFORICO ( PENTOXIDO DE FOSFORO): 
Impedir a penetração de água no recipiente devido a reação violenta 
Usar proteção ocular ou facial, luvas de borracha e roupas de proteção, ao 
manusear o produto. 
AMÔNIA, ANIDRO: 
Gás extremamente irritante. 
Líquido e gás sob pressão. 
AMÔNIA, SOLUÇÃO AQUOSA: 
Vapor extremamente irritante. 
Retirar cuidadosamente a vedação antes de abrir. 
 
 
 15 
BROMETO DE METILA: 
Inalação pode ser fatal ou causar lesão retardada nos pulmões. 
Líquido ou vapor causa queimaduras que podem ter efeito retardado.Líquido e gás sob pressão. 
Líquido e vapor extremamente perigoso sob pressão. 
CIANETO DE CALCIO: 
Libera gás venenoso. 
Manter o recipiente hermeticamente fechado e afastado de água e ácidos 
Limpar imediatamente o líquido derramado. 
CIANETOS INORGÂNICOS ( EXETO ÁCIDO HIDROCIANICO E CIANETO 
DE CALCIO) 12  Contato com ácido libera gás venenoso ;  Armazenar 
em local seco. 
CLORETO DE MÉRCURIO ( DICLORETO DE MÉRCURIO): 
Usar roupas limpas diariamente. 
Tomar banho quente após o trabalho, utilizado bastante sabão. 
CLORO: 
Líquido e gás sob pressão. 
Não aquecer os cilindros. 
DICROMATO DE AMÔNIA, DE POTASSIO E DE SODIO: 
Evitar respirar poeira ou névoa da solução. 
Usar roupas limpas diariamente. 
Tomar banho após o trabalho, bastante sabão. 
ETER ETILICO, ETER BUTILICO ( NORMAL): 
Pode causar lesão nos olhos ( os efeitos podem ser retardados) 
Pode formar peróxidos explosivos. 
Evitar repetida e prolongada do vapor. 
Não deixar evaporar até o ponto de secagem, adição de água ou agentes 
redutores apropriados diminuirão a formação de peróxido. 
Evitar contato prolongado ou repetido com a pele. 
FENOL: Rapidamente absorvido pela pele. 
HIDROXIDO DE AMÔNIA: 
Vapor extremamente irritante. 
Retirar cuidadosamente a vedação antes de abrir. 
HIDROXIDO DE POTASSIO, DE SODIO: 
Na preparação de soluções, adicionar os compostos lentamente, para evitar 
respingos. 
Usar proteção ocular ou facial, luvas de borracha e roupas de proteção, ao 
manusear o produto. 
Lavar a área com jatos de água. 
METANO: 
Pode ser fatal ou causar cegueira se ingerido. 
Impossível de se tornar inócuo. 
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO: 
Causa graves queimaduras. 
Os efeitos nos olhos podem ser retardados. 
Oxidante poderoso. 
 
16 
Usar proteção ocular; luvas de neoprene, borracha butílica ou senil, sapatos 
ou botas de neoprene e roupas limpas para proteção externa 
Impedir contaminação oriunda de qualquer fonte, incluindo metais, poeiras e 
materiais orgânicos, tal contaminação pode causar rápida decomposição, 
formação de misturas explosivas, ou criação de alta pressão 
Respingos do líquido em roupas ou materiais combustíveis podem causar 
fogo. Não colocar nada mais nesse recipiente. Armazenar o recipiente 
original em local ventilado. 
 
 
ANTÍDOTOS PARA APLICAÇÃO, ANTES DO SOCORRO MÉDICO: 
 
a) SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS CORROSIVAS 
Se ingerido, não provocar vômito 
Dar grandes quantidades de água 
Dar, pelo menos, 30g de leite magnésio ou hidróxido de alumínio gel, com 
igual quantidade de água 
 
b) SUBSTÂNCIAS ALCALINAS CORROSIVAS 
Não provocar vômito 
Dar grandes quantidades de água 
Dar, pelo menos , 30g de vinagre em igual quantidade de água 
Nunca dar nada via oral a uma pessoa inconsciente. 
 
c) CIANETOS E COMPOSTOS SIMILARES 
Quebrar uma ampola de nitrito de anila num pedaço de pano, mantendo-o 
logo abaixo do nariz, durante 15 minutos (repetir 5 vezes em intervalos de 
15 minutos) 
 
d) ÁCIDO FLUORIDRICO, ANIDRO E AQUOSO 
Ter sempre a mão pasta de magnésio (óxido de magnésio e glicerina) e 
caso demore o atendimento médico aplique-a 
Lavar imediatamente o local com grandes quantidades de água fria até 
remover o ácido 
Em caso de contato com os olhos, lavá-los imediatamente com água fria 
com 15 ou 30 minutos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
CONCLUSÃO 
 
 
Este assunto não é privilegio do século XXI, a busca por melhores 
condições de saúde no trabalho é mérito de vários cientistas, que 
incansavelmente disponibilizaram seu conhecimento, sua paciência e sua 
dedicação. Em tempos idos tivemos como patrono Hipócrates o pai da 
medicina, no nascer da era da tecnologia com a Revolução Industrial, 
tivemos Bernardino Ramazzini e tantos 
outros. No Brasil podemos citar Oswaldo 
Cruz, como grande pesquisador 
sanitarista. Enfim, grandes cientistas, cada 
qual em sua área, preocupados com um 
todo coletivo, por uma sociedade saudável, 
meio ambiente equilibrado e um posto de 
trabalho digno, onde o ser humano visto 
como a peça fundamental para o 
funcionamento deste sistema, terá maiores condições , oportunidade e 
chaces de fazer esta grande máquina funcionar em perfeição, conectada 
com o todo. 
Sendo assim, nós que fazemos o setor de Vigilância Ambiental e Processos 
de Trabalho Ligado Ao Subsistema Integrado de Atenção a Saúde do 
Servidor / SIASS Unidade Campina Grande, temos o prazer o carinho e o 
zelo de colocar a disposição de todos aqueles profissionais Técnicos de 
Laboratórios, Docentes e Alunos que executam suas atividades de ensino, 
pesquisa e extenção em áreas de laboratórios, este volume em forma de 
cartilha e intitulado “Trabalho Seguro em Laboratórios”. Este não tem o 
intuito de ensinar o que estes profissionais em sua carreira profissional ja 
tão bem conhecem mais lembra-los o que muitas vezes no dia a dia pela 
correria e “falta de tempo” passamos despercebidos daquilo que na maioria 
das vezes por autoconfiança pode nos parecer simplório, mas que é 
presente em seu ambiente de trabalho e na maioria das vezes pode lhe 
levar a perder seu bem mais precioso sua saúde. Obrigado! e utilizem com 
carinho este volume que contem informações coletadas no dia a dia dos 
profissionais do Setor de Vigilância Ambiental nos mais diversos 
laboratórios que fazem parte das Unidades Acadêmicas da Universidade 
Federal de Campina Grande. 
 
 
“Todo trabalho é 
digno. Como 
também é digna 
sua saúde e sua 
vida.” 
 
18 
ANEXO 
 
 
Orientação Normativa SEGEP Nº 6 DE 18/03/2013 
Publicado no Diário Oficial da União de 20 mar 2013. 
 
Estabelece orientação sobre a concessão dos adicionais de insalubridade, 
periculosidade, irradiação ionizante e gratificação por trabalhos com raios-x 
ou substâncias radioativas, e 
dá outras providências. 
A Secretária de Gestão Pública do Ministério do Planejamento, Orçamento 
e Gestão, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 23 do Anexo I do 
Decreto nº 7.675, de 20 de janeiro de 2012, 
 
Resolve: 
 
Art. 1º. Esta Orientação Normativa objetiva uniformizar entendimentos no 
tocante à concessão dos adicionais e da gratificação disciplinados pelos 
artigos 68 a 70 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, pelo artigo 12 
da Lei nº 8.270, de 17 de dezembro de 1991, pela Lei nº 1.234, de 14 de 
novembro de 1950, pelo Decreto nº 81.384, de 22 de fevereiro de 1978, 
pelo Decreto nº 97.458, de 11 de janeiro de 1989, e pelo Decreto n º 877, de 
20 de julho de 1993. 
 
Art. 2º. A caracterização da insalubridade e da periculosidade nos locais de 
trabalho respeitará as normas estabelecidas para os trabalhadores em 
geral, de acordo com as instruções contidas nesta Orientação Normativa e 
na legislação vigente. 
 
Art. 3º. A gratificação por trabalhos com raios-x ou substâncias radioativas, 
e os adicionais de irradiação ionizante, de insalubridade e de 
periculosidade, obedecerão às regras estabelecidas nesta Orientação 
Normativa, bem como às normas da legislação vigente. 
 
Art. 4º. Os adicionais de insalubridade, de periculosidade e de irradiação 
ionizante, bem como a gratificação por trabalhos com raios-x ou substâncias 
radioativas, estabelecidos na legislação vigente, não se acumulam e são 
formas de compensação por risco à saúde dos trabalhadores, tendo caráter 
transitório, enquanto durar a exposição. 
 
Art. 5º. Os adicionais e a gratificação de que trata esta ON serão calculados 
sobre o vencimento do cargo efetivo dos servidores civis da União, das 
autarquias e das fundações públicas federais, com base nos seguintes 
percentuais: 
 
 19 
 
I - cinco, dez ou vinte por cento, no caso de insalubridade nos graus 
mínimo, médio e máximo, respectivamente; 
 
II - dez por cento, no caso do adicional de periculosidade; 
 
III - cinco, dez ou vinte por cento, no caso do adicional de irradiação 
ionizante, conforme o disposto no anexo únicodo Decreto nº 877, de 1993; 
e 
 
IV - dez por cento no caso da gratificação por trabalhos com raios-x ou 
substâncias radioativas. 
 
Art. 6º. Em relação ao adicional de irradiação ionizante, considerar-se-ão as 
seguintes definições: 
 
I - Indivíduos Ocupacionalmente Expostos - IOE: aqueles que exercem 
atividades envolvendo fontes de radiação ionizante desde a produção, 
manipulação, utilização, operação, controle, fiscalização, armazenamento, 
processamento, transporte até a respectiva deposição, bem como aqueles 
que atuam em situações de emergência radiológica; 
 
II - área controlada: aquela sujeita a regras especiais de proteção e 
segurança com a finalidade de controlar as exposições normais, de prevenir 
a disseminação de contaminação radioativa ou de prevenir ou limitar a 
amplitude das exposições potenciais; 
 
III - área supervisionada: qualquer área sob vigilância não classificada como 
controlada, mas onde as medidas gerais de proteção e segurança 
necessitam ser mantidas sob supervisão; e 
 
IV - fonte emissora de radiação: o equipamento ou material que emite ou é 
capaz de emitir radiação ionizante ou de liberar substâncias ou materiais 
radioativos. 
 
Art. 7º. O adicional de irradiação ionizante somente poderá ser concedido 
aos Indivíduos Ocupacionalmente Expostos - IOE, que exerçam atividades 
em área controlada ou em área supervisionada. 
 
§ 1º A concessão do adicional de irradiação ionizante será feita de acordo 
com laudo técnico, emitido por comissão constituída especialmente para 
essa finalidade, de acordo com as normas da Comissão Nacional de 
Energia Nuclear - CNEN. 
 
§ 2º A comissão a que se refere o § 1º deverá contemplar em sua 
composição membro habilitado em engenharia de segurança do trabalho ou 
 
20 
em medicina do trabalho, bem como, preferencialmente, profissionais que 
desenvolvam as funções de supervisor de radioproteção ou de responsável 
técnico pela proteção radiológica. 
 
§ 3º Todas as instalações que operam fontes emissoras de radiação 
ionizante devem ser credenciadas junto à CNEN e ao órgão de vigilância 
sanitária, conforme a legislação pertinente. 
 
Art. 8º. A gratificação por trabalhos com raios-x ou substâncias radioativas 
somente poderá ser concedida aos servidores que, cumulativamente: 
 
I - operem direta, obrigatória e habitualmente com raios-x ou substâncias 
radioativas, junto às fontes de irradiação por um período mínimo de 12 
(doze) horas semanais, como parte integrante das atribuições do cargo ou 
função exercido; 
 
II - sejam portadores de conhecimentos especializados de radiologia 
diagnóstica ou terapêutica comprovada através de diplomas ou certificados 
expedidos por estabelecimentos oficiais ou reconhecidos pelo órgãos de 
ensino competentes; 
 
III - tenham sido designados por Portaria do dirigente do órgão onde tenham 
exercício para operar direta e habitualmente com raios-x ou substâncias 
radioativas; e 
 
IV - exerçam suas atividades em área controlada. 
 
Art. 9º. Em relação aos adicionais de insalubridade e periculosidade, 
consideram-se: 
 
I - exposição eventual ou esporádica: aquela em que o servidor se submete 
a circunstâncias ou condições insalubres ou perigosas, como atribuição 
legal do seu cargo, por tempo inferior à metade da jornada de trabalho 
mensal; 
 
II - exposição habitual: aquela em que o servidor submete-se a 
circunstâncias ou condições insalubres ou perigosas como atribuição legal 
do seu cargo por tempo igual ou superior à metade da jornada de trabalho 
mensal; e 
 
III - exposição permanente: aquela que é constante, durante toda a jornada 
laboral e prescrita como principal atividade do servidor; 
 
Art. 10º. A caracterização e a justificativa para concessão de adicionais de 
insalubridade e periculosidade aos servidores da Administração Pública 
Federal direta, autárquica e fundacional, quando houver exposição 
 
 21 
permanente ou habitual a agentes físicos, químicos ou biológicos, dar-se-ão 
por meio de laudo técnico elaborado com base nos limites de tolerância 
mensurados nos termos das Normas Regulamentadoras nº 15 e nº 16, 
aprovadas pela Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego nº 3.214, de 
08 de junho de 1978. 
 
§ 1º O órgão ou a instituição poderá contratar serviços de terceiros para a 
dosagem e medição de agentes físicos e químicos ou para a identificação 
de agentes biológicos, com a finalidade de auxiliar o profissional 
competente na expedição de laudo técnico, desde que o levantamento dos 
dados seja supervisionado por servidor da área de saúde e segurança do 
trabalho. 
 
§ 2º O laudo técnico deverá: 
 
I - ser elaborado por servidor da esfera federal, estadual, distrital ou 
municipal ocupante do cargo público de médico com especialização em 
medicina do trabalho, ou de engenheiro ou de arquiteto com especialização 
em segurança do trabalho; 
 
II - referir-se ao ambiente de trabalho e considerar a situação individual de 
trabalho do servidor; 
 
III - preencher os requisitos do Anexo desta Orientação Normativa; e 
 
IV - identificar: 
 
a) o local de exercício ou o tipo de trabalho realizado; 
 
b) o agente nocivo à saúde ou o identificador do risco; 
 
c) o grau de agressividade ao homem, especificando: 
 
1. limite de tolerância conhecida, quanto ao tempo de exposição ao agente 
nocivo; e 
 
2. verificação do tempo de exposição do servidor aos agentes agressivos; 
 
d) classificação dos graus de insalubridade e de periculosidade, com os 
respectivos percentuais aplicáveis ao local ou atividade examinados; e 
 
e) as medidas corretivas necessárias para eliminar ou neutralizar o risco, ou 
proteger contra seus efeitos. 
 
 
22 
§ 3º O laudo técnico não terá prazo de validade, devendo ser refeito sempre 
que houver alteração do ambiente ou dos processos de trabalho ou da 
legislação vigente. 
 
§ 4º Compete ao profissional responsável pela emissão do laudo técnico 
caracterizar e justificar a condição ensejadora dos adicionais de 
insalubridade e de periculosidade. 
 
Art. 11º. Não geram direito aos adicionais de insalubridade e periculosidade 
as atividades: 
 
I - em que a exposição a circunstâncias ou condições insalubres ou 
perigosas seja eventual ou esporádica; 
 
II - consideradas como atividades-meio ou de suporte, em que não há 
obrigatoriedade e habitualidade do contato; 
 
III - que são realizadas em local inadequado, em virtude de questões 
gerenciais ou por problemas organizacionais de outra ordem; e 
 
IV - em que o servidor ocupe função de chefia ou direção, com atribuição de 
comando administrativo, exceto quando respaldado por laudo técnico 
individual que comprove a exposição em caráter habitual ou permanente. 
 
Art. 12º. Em se tratando de concessão de adicional de insalubridade em 
decorrência de exposição permanente ou habitual a agentes biológicos, 
serão observadas as atividades e as condições estabelecidas no Anexo 
desta ON. 
 
Parágrafo único. Além do disposto no art. 11, não caracterizam situação 
para pagamento do adicional de que trata o caput: 
 
I - o contato com fungos, ácaros, bactérias e outros microorganismos 
presentes em documentos, livros, processos e similares, carpetes, cortinas 
e similares, sistemas de condicionamento de ar ou em instalações 
sanitárias; 
 
II - as atividades em que o servidor somente mantenha contato com 
pacientes em área de convivência e circulação, ainda que o servidor 
permaneça nesses locais; e 
 
III - as atividades em que o servidor manuseie objetos que não se 
enquadrem como veiculadores de secreções do paciente, ainda que sejam 
prontuários, receitas, vidros de remédio, recipientes fechados para exame 
de laboratório e documentos em geral. 
 
 
 23 
Art. 13º. A execução do pagamento dos adicionais de periculosidade e de 
insalubridade somente seráprocessada à vista de portaria de localização ou 
de exercício do servidor e de portaria de concessão do adicional, bem assim 
de laudo técnico, cabendo à autoridade pagadora conferir a exatidão dos 
documentos antes de autorizar o pagamento. 
 
Parágrafo único. Para fins de pagamento do adicional, será observada a 
data da portaria de localização, concessão, redução ou cancelamento, para 
ambientes já periciados e declarados insalubres e/ou perigosos, que 
deverão ser publicadas em boletim de pessoal ou de serviço. 
 
Art. 14º. O pagamento dos adicionais e da gratificação de que trata esta 
Orientação Normativa será suspenso quando cessar o risco ou quando o 
servidor for afastado do local ou da atividade que deu origem à concessão. 
 
Art. 15º. Cabe à unidade de recursos humanos do órgão ou da entidade 
realizar a atualização permanente dos servidores que fazem jus aos 
adicionais no respectivo módulo do SIAPENet, conforme movimentação de 
pessoal, sendo, também, de sua responsabilidade, proceder a suspensão 
do pagamento, mediante comunicação oficial ao servidor interessado. 
 
Art. 16º. É responsabilidade do gestor da unidade administrativa informar à 
área de recursos humanos quando houver alteração dos riscos, que 
providenciará a adequação do valor do adicional, mediante elaboração de 
novo laudo. 
 
Art. 17º. Respondem nas esferas administrativa, civil e penal, os peritos e 
dirigentes que concederem ou autorizarem o pagamento dos adicionais em 
desacordo com a legislação vigente. 
 
Art. 18º. Os dirigentes dos órgãos da Administração Pública Federal direta, 
suas autarquias e fundações, promoverão as medidas necessárias à 
redução ou eliminação dos riscos, bem como à proteção contra os 
respectivos efeitos. 
 
Art. 19º. Os casos omissos relacionados à matéria tratada nesta Orientação 
Normativa serão avaliados pelo Departamento de Políticas de Saúde, 
Previdência e Benefícios do Servidor da Secretaria de Gestão Pública, do 
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. 
 
Art. 20º. Revoga-se a Orientação Normativa SRH nº 2, de 19 de fevereiro de 
2010. 
 
Art. 21º. Esta Orientação Normativa entra em vigor na data de sua 
publicação. 
 
 
24 
ANA LÚCIA AMORIM DE BRITO 
 
ANEXO I / ON Nº 06 
 
Atividades com exposições permanentes ou habituais a agentes biológicos 
que podem caracterizar insalubridade nos graus médio e máximo, 
correspondendo, respectivamente, a adicionais de 10 ou 20% sobre o 
vencimento do cargo efetivo. 
 
 
Atividade caracterizadora de grau máximo de insalubridade Adicional 
Contato permanente com pacientes em isolamento por doenças 
infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente 
esterilizados. 
Caracteriza-se somente quando for isolamento de bloqueio, com o 
afastamento do paciente do convívio coletivo com vistas a impedir a 
transmissão de agentes infecciosos a indivíduos suscetíveis. 
Neste isolamento, além das Precauções Universais, são 
compulsoriamente adotadas barreiras físicas secundárias. 
O isolamento de bloqueio aplica-se quando o paciente apresenta 
doença infecciosa de alta transmissibilidade pessoa a pessoa, 
comprovada ou suspeita, e/ou colonização por germes 
multirresistentes, cuja transmissão dos agentes faz-se 
exclusivamente, ou em parte, por mecanismos aéreos, tal como pelo 
contato com gotículas oronasais. 
A concessão do adicional de insalubridade por exposição a riscos 
biológicos, em grau máximo, aplica-se somente àqueles servidores 
dedicados aos cuidados diretos e em contato permanente com 
pacientes em isolamento de bloqueio. 
20% 
Contato permanente com carnes, glândulas, vísceras, sangue, 
ossos, couros, pelos e dejeções de animais portadores das doenças 
infectocontagiosas: carbunculose, brucelose, tuberculose e aquelas 
decorrentes da exposição aos prions. 
Caracteriza-se pelo trabalho permanente em que haja contato com 
produtos de animais infectados com as patologias mencionadas. 
Não se aplica aos casos de trabalho de laboratório e de pesquisa 
com os agentes infecciosos causadoras das patologias 
mencionadas. 
20% 
Trabalho permanente em esgotos (galerias e tanques). 
Aplica-se tão somente às atividades realizadas, em caráter 
permanente, de limpeza e de manutenção de tanques de tratamento 
de esgoto e de rede de galerias. 
20% 
Trabalho permanente com resíduos urbanos, industriais e 
hospitalares. 
20% 
 
 
 
 
 
 
 25 
 
 
Atividade caracterizadora de grau médio de insalubridade Adicional 
Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes ou 
com material infectocontagiante, em hospitais,serviços de 
emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros 
estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-
se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem 
como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não 
previamente esterilizados). 
Entende-se que o contato com paciente se caracteriza pela 
necessidade do contato físico e/ou manipulação de secreções para o 
exercício da atividade do servidor. 
10% 
Trabalho habitual em esgotos (galerias e tanques).Aplica-se tão 
somente às atividades realizadas, em caráter habitual, de limpeza e 
de manutenção de tanques de tratamento de esgoto e de rede de 
galerias. 
10% 
Trabalho habitual com resíduos urbanos, industriais e hospitalares. 10% 
Trabalho técnico habitual em laboratórios de análise clínica e 
histopatologia. Aplica-se somente aos técnicos que manipulam 
material biológico. 
10% 
Atividade habitual de exumação de corpos em cemitérios. 10% 
Gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia. 
Aplica-se somente aos técnicos que manipulam material biológico. 
10% 
Contato direto e habitual com animais em hospitais, ambulatórios, 
postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados ao 
atendimento e tratamento de animais. Aplica-se apenas aos técnicos 
que tenham contato com tais animais. 
10% 
Contato habitual com animais destinados ao preparo de soro, vacinas 
e outros produtos, em laboratórios. 
10% 
Trabalho habitual em estábulos e cavalariças. 10% 
Contato habitual com resíduos de animais deteriorados. 10% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
MANUAL DE APRESENTAÇÃO SIASS / Sub Ssistema Integrado de 
Atenção a Saúde do Servidor Público Federal 
Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão 
Governo Federal. 
 
INSTITUTO POLITÉCNICO 
Escola Superior Agrária / Serviços Analíticos 
Manual de Boas Práticas em Laboratórios / 2009. 
 
Manual de Segurança e boas praticas em laboratórios Químicos. 
Trautmann R. / 2011. 
 
Manual de Prevenção de Acidentes 
Gardinalli J. R. - Engº Mecânico e Engº de Segurança do Trabalho 
Manual de Prevenção de Acidentes e Doenças do Trabalho / 2009. 
 
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO 
Portaria 3.214, de 08 de junho de 1978 - Norma Reguladora - NR-7, NR-9, 
NR-15. 
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. 
 
FIOCRUZ. Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública. 
Brasília: Ministério da Saúde, 1998. 
 
GOVERNO FEDERAL – Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão – 
Orientação Normativa SETEP Nº 06 de 18/03/2016, Publicado no D.O. em 
20/03/2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
 
 
CONTATO SIASS 
 
 
SIASS - Subsistema Integrado 
de Atenção à Saúde do 
Servidor 
Universidade Federal de 
Campina Grande - Sede 
 
 
 
 
VIGILÂNCIA AMBIENTAL E 
PROCESSOS DE TRABALHO 
 
 
 
 
 
Rua Aprigio Veloso, 882 
Bairro Universitário 
Bloco SIASS 
CEP: 58429-900 
Campina Grande / Paraíba 
Tel.: +55 (83) 2101-1685 / 2101-
1686 / 2101-1975 / 2101-1568 
http://www.siass.ufcg.edu.br/ 
e-mail 
siass.pb.ufcg@ufcg.edu.br 
 
Bloco SIASS 
1º Andar 
CEP: 58429-900 
Campina Grande /Paraíba 
Tel.: 2101 – 1332 
e-mail 
siass.va@ufcg.edu.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
TELEFONES ÚTEIS 
 
ORGÃO TELEFONE 
Bombeiro 193 
Defesa Civil 199 
Policia Civil 197 
Delegacia da Mulher 180 
Policia Militar 190 
SAMU 192 
Policia Federal 194 
Policia Rodoviária Federal 191 
FIOCRUZ 0xx21) 2598-
4242 
ANVISA 0800 642 9782 
FUNDACENTRO (11) 3066-6180 
MPT (61)3314-8500 
ABNT (11) 3017.3630 
 
 
SITES ÚTEIS 
 
ORGÃO ENDEREÇO 
UFCG www.ufcg.edu.br 
SIASS www2.siapenet.gov.br/saude/portal 
SIASS – UFCG www.siass.ufcg.edu.br/ 
MPT www.mpt.gov.br 
FIOCRUZ portal.fiocruz.br/pt-br 
ANVISA portal.anvisa.gov.br/ 
FUNDACENTRO www.fundacentro.gov.br/ 
MS http://portalsaude.saude.gov.br/ 
ABNT www.abnt.org.br/ 
CNEN www.cnen.gov.br/ 
 
 
 
 
 29 
 
AGENDA 
NOME SETOR TELEFONE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
Coordenação: 
Geraldo de Sousa Morais 
Coordenador SIASS - UFCG 
Fábio Murilo de Morais 
Vice-Coordenador SIASS - UFCG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equipe: 
 
José Tharciso Bulcão Borba 
Engenheiro do Trabalho (SIASS - UFCG) 
Coordenador 
Mônica Maria X. Barbosa 
Tecnóloga em Segurança do Trabalho (SIASS - UFCG) 
Roberto Farias Ferreira 
Assistente em Administração / Técnico em Segurança do Trabalho (SIASS - 
UFCG)

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