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Trabalho de Direito das Coisas - Direito de Vizinhança

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ
CAMPUS PROF. BARROS ARAÚJO
CURSO BACHARELADO EM DIREITO
DISCIPLINA DIREITO DAS COISAS
PROFESSOR PAULO HENRIQUE
REGIVAN PINHEIRO BRITO
DIREITO DE VIZINHANÇA: CASOS PRÁTICOS
PICOS
2017
CASO 1: ÁRVORE LIMITROFE
Marcos Aurélio Pinheiro e Donizete Carvalho são vizinhos e residem na Rua Dr. Abel Barros Araújo, no Bairro Junco, na cidade de Picos. Os vizinhos não possuem uma boa relação e ultimamente as árvores do quintal de Donizete estão invadindo a propriedade de Marcos Aurélio, estremecendo ainda mais a relação entre os dois. Mesmo sem ter afeição por Donizete, Marcos Aurélio o procura e tenta solução para o conflito, porém Donizete o ignora e não faz nada a respeito. Marcos Aurélio, depois da negativa de Donizete, fica furioso e então procura o escritório de advogacia Pinheiro e Associados afim de saber como resolver esta celeuma. 
Figura 1 As árvores do quintal de Donizete invadem a propriedade de Marcos Aurélio
O caso em espeque trata-se de árvore limítrofe e para Marcos Aurélio o advogado informou que há duas soluções. A primeira solução é que o próprio Marcos Aurélio pode os galhos que estiverem invadindo sua propriedade, amparado pelo art. 1283 do Código Civil, que reza que as raízes e os ramos de árvore, que ultrapassarem a estrema do prédio, poderão ser cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido. A segunda solução é, se caso Marcos Aurélio não desejar arcar com ônus da poda, ajuizar uma ação declaratória de obrigação de fazer em face de Donizete, para que este mesmo se encarregue de podar as árvores da sua residência. Na primeira solução poderá ainda Marcos Aurélio pleitear judicialmente o ressarcimento pelos gastos com a poda. 
CASO 2: USO ANORMAL DA PROPRIEDADE
Rauana Vitória Bezerra é moradora do da Avenida Senador Helvídio Nunes, no bairro Junco, na cidade de Picos, ao lado da sua residência, Milton Vieira está construindo um prédio de 4 andares que se utiliza do muro da casa de Rauana, com o consentimento desta. 
Após 4 meses do início da obra, Rauana percebeu que foram abertas janelas em cada andar do prédio, porém não há espaço que separe seu terreno das janelas abertas, invadindo assim a sua privacidade. Inconformada com o fato, procurou o patrono da obra, Milton Vieira, que prometeu conversar com o engenheiro da obra afim de solucionar esse problema, porém Milton nunca voltou a entrar em contato e 10 meses depois ainda não foi localizado por Rauana que decidiu procurar o escritório Pinheiro e Associados para solucionar essa celeuma. 
Figura 2 - A casa de Rauana (muro amarelo) poderá ser facilmente observada pelos moradores do prédio de Milton
Ao chegar ao escritório, os advogados informaram à Rauana que a lei limita a construção para que seja respeitado o direito de vizinhança quando este for ofendido, e no caso em tela restou comprovado que haverá ofensa à sua privacidade quando o prédio receber moradores. Com base no art. 1.301, do Código Civil, se proíbe a abertura de janelas, ou que se faça eirado, terraço ou varanda, a menos de metro e meio do terreno vizinho e como pode-se notar, não há distância de uma propriedade para a outra, devendo Rauana ajuizar uma ação para que se desfaça as janelas no prazo de até um ano e um dia da conclusão da obra, com força do art. 1302 do Código Civil.
CASO 3: PASSAGEM FORÇADA:
Manoel Isidoro Feitosa comprou uma casa que pertencia a José de Sousa, na Rua Miguel Lidiano, no Bairro Junco, na cidade de Picos. A casa comprada é atrás da moradia de José de Sousa e antes da compra da casa, havia um terreno, também pertencente a José de Sousa, que dava passagem para Manoel Isidoro, porém José de Sousa alienou este terreno e o novo dono construiu uma casa e murou as saídas, tornando absolutamente impossível que Manoel Isidoro saísse de sua residência sem que adentrasse na de José de Sousa, que volta e meia se queixa de tal situação. Figura 3 - Saída das casas de Manoel Isidoro e José de Sousa
Manoel Isidoro procurando respaldo jurídico sobre o tema no escritório Pinheiro e Associados, é informado que a sua passagem forçada está legalmente resguardada pelo art. 1285 §2º do Código Civil, pois não tem acesso à via pública, podendo constranger José de Sousa a lhe dar passagem, pois este alienou parte do prédio, acarretando no bloqueio absoluto de sua saída, devendo aquele tolerar sua passagem, e se não o fizer, o rumo deverá ser judicialmente fixado.
CASO 4: USO ANORMAL DA PROPRIEDADE:
Ana Célia da Silva é moradora de uma casa na Rua Bom Jesus, do Bairro Morada Nova, na cidade de Picos. Há alguns meses sente-se incomodada com um cheiro de químicos que exala da residência de seu vizinho, Oriolo Romeu. Oriolo Romeu há alguns meses vem estocando estes produtos químicos, em barraco de madeira, coberto de lona, nos fundos de sua residência, já que possui loja dessas especialidades no centro da cidade. O referido depósito além de exalar constante mau cheiro, não atenta as mínimas condições de segurança. A saúde de Ana Célia está sendo ameaçada, uma vez que os cheiros de químicos têm afetado sua rinite e acarretando perda de sono. Conversando com seus outros vizinhos, que também são afetados pelo odor, Ana Célia decide falar com Oriolo Romeu que alega não possuir outro local para a estocagem dos materiais químicos e portanto permanecerá agindo dessa forma. Inconformada com a resposta, Ana Célia procura o escritório Pinheiro e Associados para saber como proceder. 
Figura 4 - Depósito de Químicos de Oriolo Romeu
Figura 5 - Casa Azul (Residência de Oriolo Romeu) Residência de Ana Célia da Silva (casa sem reboco)
Pelo acima exposto vê-se que o presente caso se enquadra no disposto do art. 1277 do Código Civil, pois não só constitui incômodo à Ana Célia da Silva, sua família, como representa iminente perigo à saúde de todos, tendo esta o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha. Para tanto, deve ajuizar ação de dano infecto por uso inadequado da propriedade, com base no art. 1.277 do Código Civil, pois Oriolo Romeu usa de forma inadequada a propriedade prejudicando a segurança, o sossego e a saúde dos vizinhos. 
 
REFERÊNCIAS
BRASIL. Código Civil, Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. 1a edição. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.

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