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EMERGÊNCIA E DIABETES MELITTUS PROF. VAGNER MELO CAVALCANTE 14.2 17.5 15.6 22.5 9.4 14.1 26.5 32.9 84.5 132.3 1.0 1.3 2000 (milhões) 2010 (milhões) TOTAIS 2000 : 151 milhões A Epidemia de Diabetes Zimmet et al. Nature, 414: 782-787, 2001 +23% +44% +50% +24% +57% +33% 2010 : 221milhões Aumento de 46% M ilh õ e s 202520001995 100 0 200 300 150 300 Diabetes tipo 2 ~ 90% ~ 6 Milhões por ano 140 280 A Epidemia de Diabetes – Visão Global King et al, 1998 P o p u la ç ã o e m M ilh õ e s d e H a b it a n te s 20101988 100 0 200 250 5 8Diabetes tipo 2 ~ 90% ~ 250 Mil novos casos por ano A Epidemia de Diabetes – Brasil Censo Brasileiro de Diabetes , 1988 ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS ABSORÇÃO DE CARBOIDRATOS 1 - LOCAL DE ABSORÇÃO 2 - MECANISMOS DE CAPTAÇÃO DA GLICOSE - GLUTS a) Definição b) Isoformas c) Km dos GLUTs relacionado ao Km da glicose d) Principais GLUTs e locais de ocorrência e) GLUT 4 e Insulina f) Mecanismo de secreção da Insulina g) GLUT 4 e exercício 3 – Co-transporte relacionado ao Na+ (SGLT1) 4– INSULINA e GLUCAGON a) Estrutura e local de produção b) Degradação c) Estímulos para a secreção d) Inibição da secreção e) Efeitos Metabólicos (carboidratos, lipídios, proteínas) DIABETES MELLITUS PÂNCREAS - ENDÓCRINO CABEÇA DUCTO PANCREÁTICO DUCTO COLÉDOCO ILHOTA PANCREÁTICA MECANISMO DE SECREÇÃO DA INSULINA 1 2 3 4 5 Captação de glicose glicólise Canal de potássio, sensível à ATP Canal de Cálcio voltagem dependenteLiberação de Insulina Grânulos de Insulina SÍNTESE de GLUT4 TRANSLOCAÇÃO DO GLUT 4 PARA A MEMBRANA PLASMÁTICA = GLICOSE 2 3 4 1 5 GLUT 4= INSULINA= RECEPTOR DE INSULINA 1- aumento da concentração de glicose circulante, ou seja, aumento da glicemia. 2- interação insulina e receptor de insulina. 3-síntese deGLUT 4 4 – translocação do GLUT 4, para a M.P. 5- difusão da glicose pelo GLUT 4 CAPTAÇÃO DE GLICOSE PELOS TECIDOS ADIPOSO E MUSCULAR PAPEL DA INSULINA NO METABOLISMO DE CARBOIDRATOS LOCAL DE PRODUÇÃO – CÉLULAS - - DAS ILHOTAS PANCREÁTICAS ESTRUTURA – 51 AMINOÁCIDOS DEGRADAÇÃO – INSULINASE (FÍGADO) ESTIMULAÇÃO DA SECREÇÃO DE INSULINA 1. INGESTÃO DE CARBOIDRATOS 2. INGESTÃO DE PROTEÍNAS 3. HORMÔNIOS GASTRINTESTINAIS – SECRETINA INIBIÇÃO DA SECREÇÃO DE INSULINA 1. JEJUM 2. ESTRESSE, FEBRE, INFECÇÃO (EPINEFRINA) Integração das vias na regulação do Metabolismo dos Carboidratos Período pós-refeição Absorção dos nutrientes pelo intestino Aumento da Glicemia Pâncreas Insulina Glucagon INSULINA Facilita a entrada da glicose nas células. Produção de Glicogênio no Fígado e Músculos. Facilita a entrada de aminoácidos nas células, estimulando a produção de proteínas. Produção de gordura no tecido adiposo. Promove a síntese de DNA e o crescimento celular. GLUCAGON Representação Esquemática em 24 Horas dos Perfis da Glicose e Insulina Plasmática A Insulina é Sempre Secretada em Resposta à Elevação da Glicose Plasmática Período de Jejum Integração das vias na regulação do Metabolismo dos Carboidratos Absorção dos nutrientes pelas células Diminuição da Glicemia Pâncreas Glucagon Insulina GLUCAGON Gliconeogênese Glicogenólise Degradação de Gorduras Degradação de Proteínas INSULINA Ácidos Graxos Corpos Cetônicos Aminoácidos Glicose Fonte energética para músculos, fígado e outros tecidos Fonte energética reservada ao cérebro e hemácias Glicerol DIABETES MELLITUS O DIABETES É UM GRUPO HETEROGÊNEO DE SÍNDROMES CARACTERIZADO PELA ELEVAÇÃO DA GLICEMIA NO JEJUM TIPOS DE DIABETES OS 2 PRINCIPAIS TIPOS DE DIABETES SÃO: DIABETES MELLITUS TIPO I DIABETES MELLITUS TIPO II DIABETES MELLITUS TIPO I TAMBÉM DENOMINADO DE DIABETES MELLITUS INSULINO-DEPENDENTE (DMID) 10% DOS DIABÉTICOS CARACTERIZADA PELA DEFICIÊNCIA NA SECREÇÃO DE INSULINA DIABETES MELLITUS TIPO I CAUSA DETERMINANTE GENÉTICO-AMBIENTAL INÍCIO DOS SINTOMAS Diabetes do Tipo 1 • 99 % - Auto-Imune (1 A) • 1 % - Idiopática (1 B) A Incidência Vem Aumentando em Todo o Mundo Início Abrupto: Poliúria Polifagia Polidipsia Emagrecimento Cetoacidose Diabética “A Morte da Célula Beta” Diabetes Mellitus Imunológico, um final já esperado? Componentes celulares e humorais (anticorpos) são detectados meses ou mesmo anos antes do aparecimento da doença clínica Anticorpos e Células T, NK, B Célula Beta Célula Beta MORTE! Quem desencadeou o “levante” contra as Células Beta? Morte da Célula Beta Agressão Celular Agressão Humoral Fatores Ambientais Por que existe uma discordância em relação ao diabetes mellitus tipo 1 nos gêmeos idênticos? FATORES AMBIENTAIS? Vírus, Bactérias Albumina Bovina Toxinas Estresse Vírus Possivelmente Implicados no Desencadeamento do DM 1 Rubéola Caxumba Citomegalovírus Mononucleose Infecciosa Retrovírus Hepatite Infiltração das ilhotas por células mononucleares que antecede a doença clínica e persiste por semanas ou meses antes que uma destruição significativa das células beta ocorra INSULITE No curso da insulite os macrófagos e células T ativadas secretam mediadores solúveis (citocinas, óxido nítrico, radicais livres do oxigênio), que provavelmente contribuem para a disfunção e morte da célula beta Mononucleares Células Beta Diabetes Mellitus Tipo 1A Ao Diagnóstico 5 Anos Após Diagnóstico Insulina Nenhuma Célula Beta DIABETES MELLITUS TIPO I ALTERAÇÕES METABÓLICAS – RELACIONADAS A DEFICIÊNCIA DE INSULINA E EXCESSO DE GLUCAGON 1. HIPERGLICEMIA 2. CETOACIDOSE 3. HIPERTRIACILGLICEROLEMIA DEFICIÊNCIA DE INSULINA (EXCESSO DE GLUCAGON) REDUÇÃO DA CAPTAÇÃO DA GLICOSE AUMENTO DO CATABOLISMO DE PROTEÍNAS AUMENTO DO NÍVEL PLASMÁTICO DE AGL (LIPÓLISE), CETOGÊNESE, CETONÚRIA, CETONEMIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA CETOACIDOSE DIABÉTICA HÁLITO CETÔNICO RESPIRAÇÃO DE KUSSMAUL SONOLÊNCIA TORPOR CONFUSÃO MENTAL PODE ATINGIR COMA PROFUNDO O Desenvolvimento da Cetoacidose Diabética (CAD) Hiperglicemia Incorporação celular da glicose Desidratação Diurese Osmótica Glicosúria Deficiência/resistência à Insulina Lipólise e Catabolismo Proteico. AGL Acidose Cetoácidos Vômitos Hipotensão e choque Epinefrina Cortisol GH Diabetes Tipo 1 -Doença auto-imune órgão-específica, progressiva, que começa anos antes do início do quadro clínico (auto-imunidade), acomete as células das ilhotas de Langerhans e que ao início do quadro clínico já existe a destruição de 90 a 95 % destas células pelo processo auto-imune. Genética & Ambiente Auto-Imunidade e Perda Metabólica M a s s a C é ls Pré-Diabetes Diabetes Franco Tempo Peptídeo C Indetectável Início Clínica DIABETES MELLITUS TIPO II TAMBÉM DENOMINADO DE DIABETES MELLITUS INSULINO-INDEPENDENTE (DMII) 90% DOS DIABÉTICOS CARACTERIZADA PELA RESISTÊNCIA A INSULINA E DISFUNÇÃO DAS CÉLULAS β DIABETES MELLITUS TIPO II CAUSA DETERMINANTE GENÉTICO-AMBIENTAL ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR DIABETES MELLITUS TIPO II 1. O paciente com DM tipo II secretaquantidades normais de insulina em jejum; 2. Em resposta a uma carga de glicose secretam 70% do desejável; 3. O defeito na resposta inicial leva a hiperglicemia; 4. A hiperglicemia estimula Hiperinsulinemia de segunda fase; 5. Hiperinsulinemia leva à redução na produção de receptores de insulina, como também na formação de receptores resistentes. LIPASE LIPOPROTÉICA E LIPASE HORMÔNIO- SENSÍVEL (TRIACILGLICEROLEMIA) LIPASE LIPOPROTÉICA LIPASE HORMÔNIO- SENSÍVEL * A LHS é estimulada por hormônios contra-reguladores tais como: epinefrina, glucagon e cortisol. Lipólise Ácidos Graxos Livres (AGL) Ácidos Carboxílicos (ionizado liberado prótons H+) Satura o tampão bicarbonato pH (acidose) SINAIS E SINTOMAS DO ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR HIPERGLICEMIA ACENTUADA HIPEROSMOLARIDADE ACENTUADA DESIDRATAÇÃO GRAVE ALTERAÇÕES DE CONSCIÊNCIA CRISES CONVULSIVAS SUGESTÕES DE AVEs ALTERAÇÕES SENSORIAIS GRAVES CHOQUE CIRCULATÓRIO Obs: QUADRO NÃO CETÔNICO Características Clínicas Principais características DM TIPO I DM TIPO II Idade < 30 anos > 40 anos Peso Baixo Normal ou aumentado Início Rápido Lento Cetose Comum Sob estresse Insulina Endógena Baixa/ausente Presente Associação ao HLA Sim Não Anti-corpos Contras as Células das Ilhotas Sim Não Insulina Exógena Sim Circunstancial TOTG NORMAL INTOLERÂNCIA À GLICOSE DIABETES JEJUM 70 - 99mg/dL 100 – 125mg/dL = ou > 126mg/dL 2h APÓS TOTG < 140mg/dL 140 – 199mg/dL = ou > 200mg/dL HEMOGLOBINA GLICADA Princípios da Terapia Ingestão de Energia Gasto de Energia Insulinas e Análogos Plano Alimentar (Dieta) Atividade Física Formas de Aplicação e Preferência p/ Múltiplas Aplicações Objetivos no Manuseio Intensivo do Diabetes Mellitus Objetivo de Controle Glicêmico: . HbA1c < 6 % (HPLC) Evitar Crises de Curta Duração . Hipoglicemia . Hiperglicemia . Cetoacidose Diabética Minimizar Complicações de Longo Prazo Melhorar Qualidade de Vida ADA Clinical Practice Recommendations, 2005 Diabetes Control and Complications Trial Research Group. N Engl J Med. 1993;329:977-986. Retinopatia 76% (P0.002) Nefropatia 54% (P<0.04) Neuropatia 60% (P0.002) A MELHORA DO CONTROLE GLICÊMICO REDUZ O RISCO CLÍNICO DE FORMA SIGNIFICATIVA ACIDOSE ACIDOSE ALCALOSE 7,40 7,35 7,456,85 7,95 MORTE CELULAR ❖Ocorre acidose quando a concentração de íons hidrogênio livres nos líquidos do organismo está elevada; em conseqüência, o pH medido no sangue arterial, está abaixo de 7,35. PARÂMETROS NORMAIS DE GASOMETRIA ARTERIAL pH 7,45 7,35 ALCALOSE ACIDOSE PaCO2 45mmHg 35mmHg ACIDOSE ALCALOSE HCO3- 28mM/L 22mM/L ALCALOSE ACIDOSE BE/BD -2mEq/L +2mEq/L ALCALOSE ACIDOSE 7,40 40mmHg 25mM/L 0mEq/L CASO CLÍNICO 1- Paciente de 50 anos chega ao Setor de Emergência torporoso, desidratado, com respiração profunda, pausa inspiratória e aumento da frequência respiratória (respiração de Kussmaul). Ao exame clínico nota-se hálito cetônico. Gasometria arterial: pH= 7,10; PaCO2= 20 mmHg; BR= 5 mM/L; BE= -18. Qual(is) o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s) apresentado(s), seu mecanismo e sua causa? CASO CLÍNICO 2- Paciente de 28 anos estudante de enfermagem é trazida a emergência inconsciente. Sua pressão arterial é de 75/40 mmHg, pulso de 120, freqüência respiratória de 32. Ela demonstra respiração rápida e profunda e tem um hálito com odor de frutas. Sua mãe relata que ela estava estudando para um concurso público e bastante ansiosa com relação a esta prova por vários dias. Ela tem tomado injeções de insulina desde o diagnóstico de Diabetes mellitus, aos 15 anos, sem complicações anteriores. Gasometria arterial: pH= 7,20; PaCO2=22 mmHg; BR= 10,10 mM/L; BE= -8, glicemia 700 mg/dL. A partir do exposto responda: a) Qual(is) o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s) apresentado(s)? b) Qual a relação da insulina com a captação da glicose? c) Qual a relação da ansiedade (estresse) com o aumento do nível de glicose circulante? d) Essa paciente apresenta qual tipo de Diabetes mellitus? COMPARAÇÃO ENTRE DIABETES E JEJUM 1. NÍVEIS DE INSULINA 2. NÍVEIS DE GLICOSE SANGÜÍNEA 3. CETOSE 4. HIPERTRIACILGLICEROLEMIA Insulinoterapia no Diabetes Mellitus Desde o seu isolamento em 1921 se tornou uma terapia revolucionária. Embora disponível por mais de 80 anos, somente nas últimas 2 décadas ocorreram avanços na forma de se utilizar a insulina na prática clínica. 4 Fatores Levaram aos Avanços: 1. Introdução da auto monitorização da glicose 2. Mudanças na filosofia do manuseio do diabético, com maior flexibilidade no estilo de vida 3. Demonstração de que o controle glicêmico meticuloso reduz os riscos de complicações crônicas 4. Novas insulinas e o desenvolvimento de análogos Sistema de Aplicação de Insulina Preparação Início (hr) Pico (hr) Duração (hr) Ação Rápida Regular ½ - 1 2 – 4 4 – 6 Ação Rápida Lispro (Análogo) ¼ - ½ 1 – 2 3 – 5 Ação Rápida Aspart (Análogo) 1/6 (10’) – 2/6 (20’) 1 - 3 3 - 5 Ação Intermediária NPH 1 – 4 8 – 10 12 – 20 Ação Intermediária Lenta (Insulina Zinco) 2 – 4 8 – 12 12 – 20 Ação Longa Ultralenta (Ext. Insulina Zinco) 3 – 5 10 – 16 18 - 24 Ação Longa Glargina (Análogo) 1 Não > 24 Combinações 70/30 (NPH/Regular) ½ - 1 Duplo 12 - 20 NovoMix 30 (70% Aspart protamina 30% Aspart) 1/6 (10’) – 2/6 (20’) Duplo 12 - 20 Humalog Mix25 (75% Lispro protamina 25% Lispro) ¼ - ½ Duplo 12 - 20 INSULINA NPH x INSULINA GLARGINA Bomba de Infusão de Insulina Cateter Soft-Set QR Aplicador de cateter Softserter Aplicação de cateter Soft-Set QR O uso do aplicador é preferido pelas crianças e adolescentes por ser prático e indolor Parâmetros de Bom Controle HbA1C < 6 % HPLC Glicemia jejum entre 70 e 100 mg/dL Pico glicemia pós-prandial < 180 mg/dL Glicemia 2 horas após refeição < 130 mg/dL Glicemia entre 2 e 4 horas madrugada entre 70 e 100 mg/dL Glicemia pré-prandial entre 70 e 105 mg/dL Perspectivas Insulina Inalada de ação ultra-rápida Métodos de monitorização da glicemia não invasivos Transplante de ilhotas Transplante de células-tronco Imunoterapia (Prevenção) Uso do p277 (DiaPep277) – hsp60 Insulina Inalável
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