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RELATORIO PRATICA HEMATOLOGIA HEMATÓCRITO

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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA
HEMATOLOGIA
AMANDA CASARIM
BEATRIZ SANTOS DA COSTA
NAYARA FERNANDA ROZAM
NICOLE RAMOS 
MAYARA BUENO
RELATÓRIO:
CONFECÇÃO DE HEMATÓCRITO E OBSERVAÇÃO DE ESFREGAÇÃO EM MICROSCÓPIO (SÉRIE VERMELHA)
PIRACICABA – SP
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	03
1.1 SANGUE	03
1.2 HEMATÓCRITO	03
1.3 ALTERAÇÕES ERITROCITÁRIAS	04
1.3.1 ALTERAÇÕES DO TAMANHO DOS ERITRÓCITOS	05
1.3.2 ALTERAÇÕES DO CONTEÚDO DA HEMOGLOBINA	15
1.3.3 INCLUSOES DE PARASITAS EM ERITRÓCITOS	17
2 OBJETIVO	18
3 METODOLOGIA	18
3.1 MICROHEMATÓCRITO	18
3.1 OBSERVAÇÃO DE ALTERAÇÕES ERITROCITÁRIAS	18
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO	19
HEMATÓCRITO	19
ALTERAÇÕES ERITROCITÁRIAS	20
5 REFERÊNCIAS	22
1. INTRODUÇÃO
1.1	SANGUE
O homem, assim como a maior parte dos seres vivos terrestres, depende do único tecido líquido existente para sua sobrevivência: o sangue. Esse se forma na medula óssea, principalmente em ossos chatos e extremidades de ossos longos, e é constituído, essencialmente, pela série vermelha (eritrócito ou hemácias), série branca (leucócitos) e pelas plaquetas. Em menores quantidades se encontram substâncias: glicose, ácido úrico, uréia, creatinina, triglicerídeos, colesterol e algumas proteínas. Os glóbulos vermelhos (eritrócitos) são unidades morfológicas presentes no sangue em quantidade por volta de 4,5 a 6,5 x 106/mm³, em condições normais, e são constituídos basicamente por globina e hemoglobina1,2. Eritrócitos normais são caracterizados como discos circulares homogêneos, bicôncavos e anucleados.
Medem cerca de 6 a 8 µm, sobrevivem aproximadamente 100 a 120 dias, coloração vermelha - em virtude da molécula carreadora de oxigênio: hemoglobina; e, dependendo da ocasião, encontram-se dismórficos, variados em conteúdo hemoglobínico, em propriedades de coloração e estrutura3,4,5 . Hemácias são as células mais numerosas no sangue. Seu conteúdo celular reduzido, em relação à membrana, confere-lhe um melhor desempenho no organismo, e o aumento da espessura da membrana facilita sua passagem pelos capilares, sem sofrer distensão ou rotura. A forma de dupla concavidade favorece a existência de uma grande superfície de difusão, em relação ao seu tamanho e volume, sendo ideal para a absorção e liberação rápida de gases. A ausência de núcleo também favorece o transporte de oxigênio, porque a célula pode conter maior quantidade de hemoglobina, contribuindo para sua maior eficiência por unidade de volume. Assim, quanto menor a hemácia, melhor será o transporte de oxigênio.
HEMATÓCRITO
O sangue é composto basicamente de água (aproximadamente 90%), e é dividido em plasma (60%) e células. Na centrifugação do sangue não-coagulado, ocorre essa divisão, podendo se verificar que a parte mais densa (celular) é composta, principalmente, por hemácias, sendo denominada hematócrito, que representa um dos mais importantes exames da série vermelha que é normalmente solicitado como parte do
hemograma e é repetido em intervalos regulares sob várias condições: para diagnóstico
de anemia e policitemia; para o monitoramento do tratamento da anemia; para verificar se houve recuperação da desidratação; para monitorar casos de sangramento e avaliar sua severidade; e, principalmente, para decidir se uma transfusão sanguínea deve ser realizada nos casos de anemias sintomáticas severas e monitorar a efetividade desta transfusão. Um exame rápido, de boa reprodutibilidade e preciso, que exige pequena quantidade de sangue para seu processamento. Embora o hematócrito seja toda a parte celular do sangue não-coagulado, no ponto de vista prático, pode-se caracterizar o hematócrito como a quantidade de hemácias presente no sangue. 
O aumento do hematócrito significa o aumento na quantidade de glóbulos vermelhos no sangue, que pode ser derivado de uma policitemia (aumento do número de células do sangue), ou devido à perda de líquido sangüíneo. A contagem dos hematócritos é feita em relação ao plasma (parte líquida do sangue): proporção do sangue total ocupado pelos glóbulos vermelhos. Atualmente, a técnica do microhematócrito, desenvolvida em tubos capilares, é a mais difundida.
1.3	ALTERAÇÕES ERITROCITÁRIAS
As alterações morfológicas dos eritrócitos decorrem de três situações distintas: da célula, artefato técnico, patologias intra ou extra eritrocitárias.
O envelhecimento dos eritrócitos está relacionado com suas atividades ao longo do seu período médio de vida (± 120 dias), onde os impactos físicos das células e os compostos químicos consumidos gradativamente durante o seu ciclo vital, provocam deformações na sua estrutura e consequentemente, alterações morfológicas. Assim, numa análise de sangue normal é possível observar a presença de eritrócitos discretamente alterados em seu contorno, ou em sua forma. Geralmente a presença dessas células envelhecidas não excedem 4%.
O artefato técnico se deve a vários fatores, com destaques para: qualidade do esfregaço, qualidade da coloração, e sangue estocado, principalmente. A qualidade do esfregaço inclui a sua espessura, a homogenização do sangue coletado com anticoagulante, o volume da gota de sangue extraído diretamente da seringa ou do tubo coletor. A qualidade da coloração se deve ao perfeito equilíbrio do uso dos corantes básico e ácido e da água tamponada.
O sangue estocado produz artefatos caracterizados por crenações em toda a
extensão doesfregaço, bem como eritrócitos picnóticos, ou seja, muito corados e pequenos
Uma outra causa de crenação dos eritrócitos se deve ao excesso de anticoagulante, notadamente quando se usa EDTA. Entretanto, em sangue estocado, com a morte natural dos eritrócitos ao longo dos dias, o EDTA é o principal fator das alterações artefatuais dos eritrócitos. Os artefatos devem ser muito bem distinguidos das células normais, e para isto é fundamental a experiência do profissional. As al;teraçoes morfológicas dos eritrócitos doentes se devem a:
eritropoiese anormal: deficiências de ferro, vit. B12 e folatos, hemólises, aplasias;
 formação inadequada de hemoglobina: deficiência de ferro e talassemias; 
lesões dos eritrócitos ao deixarem a medula óssea: oxidações por deficiência de G-6PD drogas e metahemoglobinemias, esferocitoses, eliptocitoses, estomatocitoses, fragmentações, hemoglobinopatias 
 eritropoiese aumentada: anemias hemolíticas, hemorragias, etc.
1.3.1	ALTERAÇÕES DO TAMANHO DOS ERITRÓCITOS
Eritrócitos normocíticos – A normocitose é um termo que se usa quando o Valor Corpuscular Médio (VCM) se apresenta dentro dos padrões de normalidade. É portanto de se esperar que a análise morfológica do esfregaço sangüíneo se apresente com eritrócitos com tamanhos normais entre 6,0 e 8,5 mm. Entretanto, há casos em que os valores de VCM estão normais em pessoas com anemia normocítica, e nesses casos é comum encontrar eritrócitos com tamanhos diferentes um dos outros, caracterizando a anisocitose. 
Anisocitose:A palavra aniso é de origem grega e significa desigual. Por esse motivo, o termo anisocitose é utilizado quando na análise de esfregaço se observam eritrócitos com tamanhos diferentes. A anisocitose pode ocorrer devido a presença de eritrócitos normais com microcíticos, normais com macrocíticos, microcíticos com macrocíticos ou de normais com ambos. 
A anisocitose pode ser expressa por alterações que variam em discreta, moderada ou acentuada. Alguns contadores automáticos de células de sangue identificam a anisocitose através da avaliação computadorizada das superfícies dos eritrócitos
 contados. Essa avaliação é conhecida por RDW (red cell distribuition widht ou distribuição das superfícies dos eritrócitos). Os índices RDW e VCM atualmente são utilizados para a classificação das alterações do tamanho dos eritrócitos. 
Eritrócitos Microcíticos – microcitose: os eritrócitos com diâmetro diminuído (<6mm) são caracterizados como micrócitos. Quando o número de micrócitosé representativo no sangue periférico, ocorre a diminuição do VCM e consequentemente a microcitose. Os micrócitos geralmente tem o numero de hemoglobina reduzido (hipocromia), mas há casos de micrócitos normocrômicos. Os micrócitos podem ser discóides ou fragmentados. Em geral, na deficiência de ferro há alteração no processo de maturação da eritropoiese, e nesses casos os micrócitos são discóides. Na talassemia alfa e beta, o desequilíbrio entre a síntese de globinas produz a precipitação da globina sintetizada, e por essa razão a deformação no eritrócito que é parcialmente fagocitado por macrófago, produzindo micrócito fragmentado. 
FIGURA 1:ERITROCITOS-MICROCITICOS
Fonte:Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose> Acesso em 02/10/17
Eritrócitos macrocíticos – macrocitose: Os eritrócitos cujos diâmetro excedem 9.0 mm são denominados macrocíticos. Quando há muitos macrócitos no sangue capaz de elevar o valor de VCM acima de 100fl. As causas mais comuns de macrocitose se
devem aos níveis diminuídos de vitamina B12 e ácido fólico. Outras patologias comoalcoolismo, anemia hemolítica crônica com reticulocitose, mieloma, leucenmia, carcinoma metástico, hiptiroidismo e doença hemolítica do recém-nascido também causam a microcitose. Eritrócitos muito grandes podem ser visualizados ocasionalmente em doenças que atigem as células tronco: anemia aplástica, aplasia pura da série vermelha, mielofibrose e anemia sideroblástica. 
FIGURA 2: ERITROCITOS MACROCÍTICOS
Fonte: Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose> Acesso em 02/10/17
Poiquilocitose:Termo usado para variações nas formas do eritrócito. O reconhecimento de várias formas ou poquilócitos no esfregaço é útil na diferenciação das anemias. Os principais exemplos de poiquilócitos que caracterizam certas anemias são os seguintes: eliptócitos, falciforme, fragmentados esferócitos, dacriócitos e codócitos.
FIGURA 3:POIQUILOCITOSE
Fonte: Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose>Acesso em 02/10/17
Esferócitos:São eritrócitos com a biconcavidade reduzida. Quando visualizados no microscópio perdem a zona clara central, são mais densos e ocorre redução do diâmetro, em comparação com os demais eritrócitos. Por isso, também são chamados de microesferócitos.Pode ser causado por defeitos genéticos nas proteínas de membrana ou pode ser adquirida, aparecendo nos casos de anemia hemolítica autoimune.
FIGURA 4: ESFERÓCITO
Fonte: Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose> Acesso em 02/10/17
Codócitos ou Células em alvo: São eritrócitos com a área central corada intensamente pela condensação de hemoglobina, circundada por um anel claro e um anel periférico também corado, caracterizando a célula em alvo. Por microscopia eletrônica, o codócito, ou célula em alvo, tem a forma de um capuz, ou de um chapéu. Essa alteração na forma do eritrócito é sempre adquirida pelo aumento de superfície da membrana, resultante do acumulo de colesterol e fosfolipídeos. O aumento da superfície da membrana torna-a mais resistente quando submetida ao teste fragilidade (ou resistência osmótica). 
Os codócitos ou células em alvo são caracterizados nas talassemias, notadamente na beta menor, nas hemoglobinopatias SS, CC, DD EE e na doença falsiforme do genótipo S/tal. Beta. Também podem ser observadas na anemia por deficiência de ferro, doenças obstrutivas do fígado e pós-esplenectomia. 
FIGURA 5: CODÓCITOS
Fonte:Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose> Acesso em 02/10/17
Eliptócitos/Ovalócitos:São eritrócitos que apresentam formas ovaladas e eliptocíticas. As causas dessa alteração são defeitos genéticos nas proteínas do citoesqueleto da célula.Na eliptocitose hereditária praticamente todas as hemácias têm essa forma. Porém, pode ser encontrada uma pequena quantidade de eliptócitos/ovalócitos nas talassemias, anemia ferropriva e anemia megaloblástica.
FIGURA 6:ELIPTÓCITOS
Fonte:Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose> Acesso em 02/10/17
Estomatócitos: São eritrócitos com o halo central semelhante a uma boca de peixe. O termo stomasignifica boca.Pode ser um artefato da distensão sanguínea. Pode estar presente em hepatopatias, sangue de recém-nascidos e na estomatocitose hereditária, uma anemia hemolítica congênita muito rara.
FIGURA 7: ESTOMATÓCITO
Fonte:Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose> Acesso em 02/10/17
Excentrócitos:Os eritrócitos tem a hemoglobina em um dos polos. A possível causa é oxidação da membrana celular
FIGURA 8: EXCENTRÓCITOS
Fonte:Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose> Acesso em 02/10/17
Drepanócitos:Sinônimo de hemácias em forma de foice. Os eritrócitos adquirem essa forma devido à presença da Hemoglobina S, que polimeriza e se precipita na
membrana da célula, ocasionando a deformação.É encontrado nas doenças falciformes. Doença falciforme é um termo genérico que engloba um grupo de anemias hemolíticas crônicas hereditárias, dentre elas a anemia falciforme.
FIGURA 9: DREPANÓCITOS
Fonte:Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose> Acesso em 02/10/17
Dacriócitos:São eritrócitos em forma de gota ou lágrima. A deformação ocorre quando as células passam nas fenestrações entre cordões e sinus medulares do baço, sofrendo estiramento além dos limites da elasticidade.
É muito comum na mielofibrose, devido à hematopoese extramedular (o baço produz células sanguíneas devido a hipocelularidade da medula óssea). Pode ser encontrado também nas talassemias, anemias hemolíticas e em pacientes esplenectomizados.
FIGURA 10: DACRIÓCITOS
Fonte: Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose> Acesso em 02/10/17
Equinócitos: São hemácias com a membrana irregular, apresentando espículas regularmente distribuídas.
In vitro pode ser artefato. In vivodecorre de hiperuremia, tratamento com heparina IV, hipotireoidismo e após transfusões sanguíneas.
FIGURA 11: EQUINÓCITOS
Fonte:Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose> Acesso em 02/10/17
Acantócitos:São hemácias com a membrana irregular, apresentando espículas irregularmente distribuídas.
In vitro pode ser artefato. In vivodecorre de hepatopatias, diminuição da função do baço e esplenectomia.
FIGURA 12: ACANTÓCITOS
Fonte: Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose> Acesso em 02/10/17
Esquizócitos: São eritrócitos fragmentados, irregularmente contraídos e mordidos.
São causados por traumas mecânicos, válvulas cardíacas artificiais, agressão térmica nas queimaduras e agressão química pelo uso de fármacos oxidantes. Se a fragmentação for significativa, o paciente irá apresentar manifestações clínicas de anemia hemolítica.
Aparecem também em condições clínicas como coagulação intravascular disseminada (CIVD), púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) e Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU).
FIGURA 13: ESQUIZOCITO
Fonte: Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose> Acesso em 02/10/17
Queratócitos: Os eritrócitos que apresentam uma marca em forma de ‘mordida’ no envoltório celular ou projeções no mesmo lado da célula. A possível causa é anemia hemolítica angiopática. 
FUGURA 14: QUERATÓCITOS
Fonte: Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose>Acesso em 02/10/17
1.3.2	ALTERAÇÕES DO CONTEÚDO DA HEMOGLOBINA 
Eritrócitos com conteúdo normal de hemoglobina têm um centro claro que ocupa 1/3 do diâmetro da célula. Essas células são denominadas por normocrômicas, observando que há discreta variação na intensidade no seu halo claro central, que variam entre as diferentes partes de um esfregaço.
Quando há diminuição da concentração de hemoglobina, o halo claro central aumenta de intensidade e de tamanho, caracterizando a hipocromia. A hipocromia é causada por diminuição da síntese da hemoglobina devido a duas principais situações patológicas: deficiência de ferro grave, anemia sideroblástica e talassemias. A hipocromia freqüentemente está associada à microcitose, porém há casos em que está associada à normocitose como ocorrem na artrite reumatóide, infecções crônicas e processo inflamatório.
Anisocromia:é a designação que se dá para descrever a variação do conteúdo de hemoglobina quando eritrócitos normocrômicos e hipocrômicos estão presentes conjuntamente. Exemplo de anisocromia é a anemia sideroblástica, onde células hipocrômicas e normocrômicas são vistas indicando que a medula óssea está produzindo duas populações de células. Outras situações em que ocorre a anisocromia são os casos em que pacientes com anemia hipocrômica recebem transfusões de eritrócitos normais. 
FIGURA 15: ANISOCROMIA
Fonte: Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose> Acesso em 02/10/17
Hipercromia:ocorre quando a concentração da hemoglobina corpuscular médica (CHCM) está acima da normalidade. Assim, é possível visualizar os eritrócitos bem corados, sem o halo claro no centro da célula. A hipercromia está quase sempre relacionada à esferocitose, quer seja hereditária ou adquirida (anemias hemolíticas causadas por queimaduras graves).
FIGURA 16: HIPERCROMIA
Fonte: Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose> Acesso em 02/10/17
Policromasia:A coloraçao dos eritrócitos exibem tons de azul/cinza como consequência de captação de eosina (pela hemoglobina) e corantes básicos (por RNA ribossômico residual). Muitas vezes, são ligeiramente maiores do que as células vermelhas normais e tem formas redondas. 
Pode ter sido causada por reticulocitose. 
FIGURA 17: POLICROMASIA
Fonte: Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose> Acesso em 02/10/17
1.3.3	INCLUSOES DE PARASITAS EM ERITRÓCITOS 
- Malária
É uma protozoose com ampla distribuição mundial, notadamente nas regiões tropicais e temperadas. A infecção é transmitida pelo mosquito que serve como vetor de quatro espécies do gênero Plasmodium: P. vivax, P. falciparum, P. malariae e P. ovale. O P. falciparum é o responsável pela maior parte de indivíduos afetados por malária em todo o mundo. O P. vivax causa infecções capazes de causarem a morte do portador. O ciclo vital da malária tem início na fêmea do mosquito, após obter sangue humano por meio da picada, oportunidade em que as formas sexuadas evoluem para as formas infecciosas (esporozoitos). São as formas infecciosas que são injetadas em outros indivíduos através da picada do inseto. Os esporozoitos passam para as células do parênquima hepático onde se multiplicam e dividem, produzindo merozoitos nessa fase pré-eritrocítica. Quando a célula hepática se rompa, parasitas penetram no eritrócito, e suas presenças são possíveis de serem identificadas pela forma anelada. 
FIGURA 18: INCLUSÕES
Fonte: Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose> Acesso em 02/10/17
2 OBJETIVO
	Confeccionar um exame de microhematócrito, realizar sua leitura em escala apropriada e observar esfregaço de sangue, dando atenção à série vermelha e suas alterações eritrocitárias.
3 METODOLOGIA
3.1	MICROHEMATÓCRITO
	Materiais utilizados: 
- Tubo capilar 
- Sangue previamente coletado 
- Microcentrífuga
- Cera/lamparina
- Cartão de leitura de hematócrito
 Execução:
1) Preencheu-se um tubo capilar com sangue até ¾ da sua altura. Limpou-se o mesmo com papel absorvente.
2) Fechou-se uma das extremidades na chama de uma lamparina (massa de modelar ou outros materiais podem ser utilizados para a oclusão do capilar).
3) Colocou-se o capilar em uma centrífuga apropriada que chamamos de microcentrífugapor 5 minutos em 10000 a 12000 rpm.
04) Retirou-se os capilares da centrífuga e levou-se para a bancada onde fora feita a leitura e interpretação juntamente com os cartões de leitura fornecidos.
FIGURA 19: MICROHEMATÓCRITO
	
	
Fonte: SANGUE (COMPOSIÇÃO, CÉLULAS, COAGULAÇÃO, HEMOGRAMA). Disponível em:<http://www.uff.br/fisio6/PDF/sistema_cardiovascular/sangue.pdf >Acesso em 24/09/2017 às 07:59
FIGURA 20: MICROCENTRÍFUGA
Fonte: SANGUE (COMPOSIÇÃO, CÉLULAS, COAGULAÇÃO, HEMOGRAMA). Disponível em:<http://www.uff.br/fisio6/PDF/sistema_cardiovascular/sangue.pdf >Acesso em 24/09/2017 às 07:59
3.1	OBSERVAÇÃO DE ALTERAÇÕES ERITROCITÁRIAS
Materiais utilizados: 
- Lâminas com alterações previamente preparadas
- Microscópio 
- Óleo de imersão 
 Execução:
Forneceu-se aos alunos lâminas, que foram colocadas ao microscópio em imersão no campo de leitura e identificação e discussão das alterações presentes.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1	HEMATÓCRITO 
Com o auxílio do cartão de leitura de hematócritos, representado na figura abaixo, em que fora possível determinar a porcentagem do volume de células presentes neste hematócrito.
Observando nossa amostra no cartão de leitura, determinou-se uma porcentagem de 45% de volume de hematócrito.
4.2	ALTERAÇÕES ERITROCITÁRIAS
Abaixo estão representadas duas lâminas fornecidas em aula com alterações diversas.
Alterações presentes: células em foice (anemia falciforme), anisocitose, poiquilocitose, células em alvo.
Alterações presentes: hipocromia, anisocitose, macrocitose e células em alvo
Com a execução desta aula compreendeu-se o que é um hematócrito, sua realização e relevância dentro da solicitação do hemograma. E compreendeu-se como se dá a visualização de um esfregaço, sua área de leitura, observação em imersão e identificação de diversos tipos de alterações eritrocitárias.
6 REFERÊNCIAS
HEMATÓCRITO: Disponível em:<http://www.cempeqc.iq.unesp.br/Jose_Eduardo/Cromatografia%20em%20Camada%20Delgada.pdf> Acesso em 24/09/2017 às 07:45
SANGUE (COMPOSIÇÃO, CÉLULAS, COAGULAÇÃO, HEMOGRAMA). Disponível em:<http://www.uff.br/fisio6/PDF/sistema_cardiovascular/sangue.pdf >Acesso em 24/09/2017 às 07:59
GOMES, Keila R. et al. Avaliação do hematócrito e da proteína plasmática em sangues hemodiluídos. Revista Científica Eletônica De Medicina Veterinária, Ano V, Número 09, Julho de 2007. Disponível em: <http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/NiSK5a0SeNSsPJF_2013-5-24-16-49-5.pdf>Acesso em 24/09/2017 às 08:16
ALMEIDA, Mabel S. et al. Causas de alterações morfológicas nos glóbulos vermelhos que comprometem o resultado do laudo clínico. Artigos de Revisão. Facene/Famene– 2012. Disponível em: https://sistemas.facene.com.br/revista/artigos/.../download?url...alterações...pdf Acesso em 24/09/2017 às 08:19
FAILACE, Renato. Hemograma – Manual de interpretação. Artmed, 5ª Ed., 2009.
Brasil. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual de Condutas técnicas na doença falciforme. Ministério da Saúde: Brasília, 2006. Disponível em: <http://dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/pdf/06_0241_M.pdf> Acesso em: 02/10/2017
COTRAN, R.S; Kumar V; COLLINS, T. Robbins. Bases Patológicas das Doenças: Patologia. ed. 7. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
LOPES, Antônio Carlos. Tratado de Clínica Médica. 2. ed. São Paulo: Rocca, 2011.
Atlas de hematologia da Universidade Federalde Goiás. Disponível em:
<https://hematologia.farmacia.ufg.br/>acesso em 29/09/2017 às 18:57
BEIN BJ. Morfologia das células sanguíneas. In: Bain, BJ (ed.). Células sanguíneas: um guia prático São Paulo: Artmed, 2002. p.64-169.
Atlas de Hematologia – Disponível em <https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7165-anisocitose> Acesso em 02/10/17

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