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gestão 4

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Prévia do material em texto

GESTÃO DE FINANÇAS 
PÚBLICAS 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Karla Regina Quintiliano Santos Ribeiro 
 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Olá! Bem-vindo à disciplina de Gestão de Finanças Públicas. 
A gestão pública deve ser pautada por um orçamento, que é um 
mecanismo de planejamento, visto que por meio deste o Estado se programa 
para executar as suas finanças públicas. Nesse sentido, verifica-se que esse 
instrumento (o orçamento público) está intrinsicamente ligado à Receita e às 
despesas públicas. 
Conforme a Constituição, no Brasil, o orçamento tem caráter de lei e deve 
conter todas as estimativas de todas as despesas que deverão ser executadas 
num determinado exercício, bem como todas as receitas que deverão ser obtidas 
pelos Estado. 
Saiba mais 
Acesse o vídeo disponível no link a seguir para conhecer os conceitos e 
tipos de orçamentos: <https://www.youtube.com/watch?v=M8VZTrOTnVU >. 
CONTEXTUALIZANDO 
A confecção do orçamento estatal deve ser iniciativa do Poder Executivo, 
logo, no âmbito da União, o processo deve ser de iniciativa da Presidência da 
República. Ao longo de sua elaboração, ele deve ser debatido pelo Legislativo e 
pelo Executivo, antes mesmo da sua aprovação. Sua efetivação deve acontecer 
no próximo exercício financeiro. 
Com a vigência da Lei n. 4.320/1964 e da Lei Complementar n. 101/2000, 
o orçamento que deve ser utilizado no Brasil é o orçamento-programa, que deve 
estar ligado diretamente à contabilidade pública. 
Outro ponto importante que se deve ressaltar é que as receitas e 
despesas estimadas pelo Poder Executivo devem ser encaminhadas para o 
Poder Legislativo, como se fossem um projeto de lei submetido à aprovação 
após exaustivos debates e emendas. Em seguida, as receitas e despesas devem 
ser devolvidas para o Poder Executivo para aprovação e divulgação. 
TEMA 1 – LEI DO ORÇAMENTO 
O orçamento do Estado, no Brasil, está ligado à ideia de um planejamento, 
com objetivos que o governo deve executar num determinado momento. Logo, 
 
 
3 
pode-se observar que o orçamento é um mecanismo obrigatório, conforme a Lei 
n. 4.320/1964. 
Todavia, o Decreto-Lei n. 200/1967, em seu art. 16, obriga o Estado 
brasileiro a adotar o orçamento chamado Orçamento-Programa. O artigo 
mencionado estabelece que a cada ano deve ser efetuado um orçamento-
programa que deverá especificar o Programa Plurianual, cujas etapas devem ser 
executadas no próximo exercício e servirão de guia para a execução da 
utilização das despesas. 
Destaca-se ainda que existem outros tipos de orçamento, entre os quais 
destacam-se: 
 Orçamento clássico/tradicional: Os gastos são estabelecidos em 
conformidade com os orçamentos dos exercícios anteriores, logo, verifica-
se que esse orçamento se baseia no histórico de gastos. Perceba que 
esse tipo de orçamento não se preocupa com possíveis erros de gestão, 
pois não verifica os resultados das atividades realizadas com os recursos 
estatais. Em suma, o orçamento clássico ou tradicional se pauta no que 
as instituições gastaram, e não no que estas realizaram. 
 Orçamento de desempenho: Neste tipo de orçamento, as unidades 
gestoras receberão os recursos em conformidade com os valores gastos 
no exercício anterior. Nesse sentido, verifica-se que os valores 
repassados serão pautados em duas ideias: o que foi gasto e o programa 
de atividade. 
 Orçamento base zero: Neste tipo de orçamento, cada unidade estatal 
deve elaborar seu projeto orçamentário justificando cada quantia de 
recurso a ser gasto e informando qual o motivo da solicitação de cada 
recurso. Nesse sentido, toda unidade da Administração Pública, quando 
elabora seu orçamento, deve debater e aprovar o orçamento, ou seja, 
como os recursos estatais devem ser gastos. Outro ponto é que os órgãos 
e poderes devem estabelecer quais serão as prioridades que o governo 
deve realizar primeiro. 
Este tipo de orçamento (Orçamento base zero) deve ser pautado pela 
justificativa da utilização dos recursos, e não se é de fato necessária a 
utilização. 
 Orçamento participativo: Essa modalidade de orçamento tem como 
ideia a democracia, visto que membros da sociedade podem decidir ou 
 
 
4 
influenciar uma decisão do governo sobre como podem ser gastos os 
recursos estatais. A participação da população pode ocorrer por meio de 
assembleias abertas, que ocorrem de forma regular e com momentos de 
negociação junto ao Estado. 
 Orçamento incremental: Neste tipo de orçamento, os valores de 
recursos estatais são definidos utilizando o orçamento anterior, ao qual se 
acrescentam apenas pequenos ajustes no que já foi estabelecido para os 
programas, ações, órgãos ou despesas. 
Neste sentido, pode-se entender que o orçamento, propriamente dito, 
permanece igual ao orçamento do exercício anterior, a única modificação 
será o aumento no valor de cada despesa já estabelecida. Em suma, o 
orçamento permanece igual, sem alteração, apesar das possíveis 
modificações que podem ocorrer com a sociedade. 
 Orçamento-programa: Neste orçamento, os recursos são planejados 
mediante as ações que são consideradas prioritárias para o Estado. 
Neste sentido, antes de confeccionar o orçamento, a Administração 
Pública deve saber quais as prioridades da sociedade, bem como 
classificar quais ações serão efetuadas pelo Estado com a finalidade de 
minimizar os problemas da população. Neste sentido, a prioridade do 
orçamento-programa são as realizações estatais. 
As quatro fases do orçamento – elaboração, execução, controle e 
verificação –, no caso do orçamento-programa, consistem na 
categorização das atividades. Vale lembrar que a atividade é um 
mecanismo que instrumentaliza o orçamento, sendo essa a unidade-base 
do exercício gerencial e administrativo. 
Destaca-se que, por meio da Lei Orçamentária Anual (LOA), o Estado 
define quais serão as prioridades que deverão estar contidas no Plano Plurianual 
(PPA), bem como as metas que deverão ser alcançadas pela Administração 
Pública. Outro ponto importante é que a Lei de Orçamento Anual contempla as 
atividades da Administração Federal. Neste sentido, nenhum recurso estatal 
pode ser gasto sem previsão na LOA, ou seja, no orçamento. 
 
 
 
5 
TEMA 2 – DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA 
O orçamento é uma obrigação constitucional, que consiste na elaboração 
dos três principais instrumentos de planejamento e orçamento, que devem ser 
integrados entre si. São eles: 
 Plano Plurianual (PPA) 
 Lei Orçamentária Anual (LOA) 
 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 
 O Plano Plurianual será constituído a partir de cinco fases, que são: 
1. Elaboração: etapa em que o governo estabelece os programas e ações 
que serão executados. 
2. Implantação: nessa etapa o Estado materializa os programas e ações 
que estabeleceu na etapa da elaboração. 
3. Monitoramento: nesse momento, o governo verifica de forma sistemática 
a execução dos programas em realização e corrige possíveis problemas. 
4. Avaliação: nessa etapa, o governo deve verificar se as políticas públicas, 
que foram base para demonstrar quais programas e ações devem ser 
realizados, estão atendendo às necessidades da sociedade em geral. 
5. Revisão: nesse momento, ocorre uma adequação, ou seja, caso se 
verifique que o plano não está em conformidade, é possível solicitar 
modificações. 
Após sua elaboração, a proposta do Plano Plurianual deverá ser 
encaminhada para o Congresso Nacional, que deverá discutir, fazer propostas 
de emendas e aprovar o texto final. Assim que este estiver aprovado, deverá ser 
devolvido ao Presidente da República que o sancionará e publicarána imprensa 
oficial, convertendo o Plano Plurianual em lei. 
Outro ponto importante é que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e 
a Lei Orçamentária Anual (LOA) devem estar em conformidade com o Plano 
Plurianual. Porém, cada uma delas tem sua própria função: 
 a LDO estabelece as metas e prioridades para o exercício financeiro 
subsequente e será usada como base para a elaboração da LOA; 
 a LOA define os recursos necessários para cada ação constante da LDO. 
 
 
 
6 
 TEMA 3 – DAS PREVISÕES ANUAIS 
Quando se fala de Governo Federal, verifica-se que o orçamento começa 
com o estabelecimento da meta fiscal na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que 
se refere à quantidade de recursos que a Administração Pública pretende 
economizar, com a finalidade de realizar seus pagamentos. 
Observa-se que o maior volume de despesas da União refere-se às 
despesas obrigatórias e, por consequência, não pode deixar de incluí-las no seu 
orçamento. As despesas têm previsão constitucional, garantindo que o Governo 
Federal tenha uma previsão mínima de gastos públicos em algumas áreas, como 
é o caso da saúde e da educação. 
No que se refere a essas duas áreas (saúde e educação), suas garantias 
estão previstas na Emenda Constitucional n. 86/2015 e no art. 212 da 
Constituição Federal, respectivamente. Logo, verifica-se que na área da saúde, 
o governo deve aplicar um percentual da Receita Corrente Líquida (RCL). 
Por sua vez, no que se refere à educação, verifica-se que o percentual 
mínimo que a Administração Pública deve investir é de pelo menos 18% dos 
impostos federais e no mínimo 25% dos impostos estaduais e municipais. Esses 
percentuais mínimos são fiscalizados por conselhos locais. 
Existem algumas despesas, como foi dito anteriormente, que são 
obrigatórias. Entre elas destacam-se os pagamentos aos funcionários públicos, 
as transferências constitucionais (que a União deve realizar em prol do estado 
ou dos municípios), o pagamento dos benefícios previdenciários, entre outros. 
Após estabelecer esses pagamentos obrigatórios como despesas no 
orçamento, a Administração Pública deverá estabelecer as despesas prioritárias. 
Estas são as despesas, como as obrigatórias, que devem estar contidas na LDO 
e que não podem sofrer nenhum tipo de diminuição no seu percentual, ou seja, 
não podem sofrer cortes de gastos. 
Nesse sentido, as despesas prioritárias devem ter predileção, por isso 
devem estar previstas na LDO antes das despesas que o governo fará para 
atender às políticas públicas que estão estabelecidas no PPA. Logo, se houver 
algum tipo de limitação de dispêndio, este deverá ser realizado nas despesas 
não prioritárias. 
Depois da avaliação qualitativa dos programas e ações do governo, é 
necessário que a Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do 
 
 
7 
Planejamento, juntamente ao Ministério e à Casa Civil da Presidência da 
República determinem os limites de recursos para seus órgãos, visando 
satisfazer as despesas obrigatórias, prioritárias e discricionárias. 
Com base nos valores de recursos estabelecidos, os órgãos e entidades 
dos poderes devem confeccionar os seus orçamentos para o próximo exercício, 
e em seguida passá-los para o Secretaria de Orçamento Federal (SOF). 
Os ajustes e consolidações de todas as propostas orçamentárias são 
tarefa da Secretaria de Orçamento Financeiro, que em seguida consolida essas 
informações em um único projeto de LOA, o qual será enviado à a Presidência 
da República. 
É relevante lembrar que os orçamentos são confeccionados com base em 
estimativas. Nesse sentido, sua execução pode não ocorrer, logo, sua efetivação 
não é uma obrigação. Isso ocorre porque a realização do dispêndio dependerá 
da arrecadação efetivada, bem como das prioridades dos governos e das metas 
fiscais. Por consequência, quando não ocorre a efetiva arrecadação, o governo 
é obrigado a deixar de executar algumas despesas. 
TEMA 4 – BALANÇO PATRIMONIAL 
O orçamento está pautado em atos que devem ter natureza orçamentária, 
a qual tem a finalidade de registrar a receita e as despesas públicas em 
conformidade com a Lei Orçamentária Anual (LOA) e os créditos adicionais 
abertos. Entre esses atos orçamentários que podem ser verificados no Sistema 
Orçamentário destacam-se: 
 Previsão de Receita; 
 Fixação de despesa; 
 Créditos adicionais abertos; 
 Descentralização de créditos; 
 Empenho de despesa; 
 Prestação de Contas. 
Sobre a Prestação de Contas, é importante destacar que o Presidente da 
República acompanha anualmente no Balanço Geral da União, no qual deve 
constar o orçamento dos órgãos e entidades do Poder Executivo, bem como os 
valores cedidos com a finalidade de investimentos para as empresas estatais. O 
 
 
8 
objetivo do Balanço Patrimonial estatal é a transparência no setor público, pois 
com esse instrumento a sociedade pode verificar os gastos públicos. 
O Balanço Patrimonial da União deve ser confeccionado pela Secretaria 
do Tesouro Nacional, que se pautará pelas informações armazenadas no 
Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), 
visto que nesse sistema estão todas as informações necessárias para a 
elaboração dos balanços orçamentários. 
Outro ponto importante é que os balanços patrimoniais devem estar em 
conformidade com o Tribunal de Contas da União, visto que esse órgão, 
pertencente ao Poder Legislativo, tem como finalidade auxiliar o Congresso 
Nacional na tarefa de fiscalizar a Administração Pública, nos âmbitos 
orçamentário, financeiro e contábil. 
Ressalta-se ainda que o dinheiro público, que é utilizado pelo órgão do 
Poder Executivo Federal, deve ser verificado por meio da Controladoria-Geral da 
União (CGU), que fiscaliza a efetivação dos programas estatais e pode fazer 
auditorias nos recursos públicos. Essas ações de fiscalização são realizadas 
pela Secretaria Federal de Controle Interno. 
Dito isso, ressalta-se que o Balanço Patrimonial, em conformidade com a 
Lei n. 4.320/1964, deverá demonstrar as receitas e despesas previstas em 
defrontação com as realizações. Observa-se ainda a alteração dada pela 
Resolução do Conselho Federal de Contabilidade n. 1.268/2009, que prevê que 
o Balanço Orçamentário deve ressaltar as receitas e as despesas orçamentárias 
especificando os níveis de importância de análise, confrontando o orçamento 
inicial e as suas alterações com a execução, demonstrando o resultado 
orçamentário. 
O Balanço Orçamentário deve ser estruturado para demonstrar a 
integração entre o planejamento e a execução orçamentária. E, atualmente, os 
ingressos e os gastos são demonstrados por destinação de recursos. 
Saiba mais 
Contabilidade Pública: Balanço Patrimonial: 
<https://www.youtube.com/watch?v=A5ivIE5lmek>. 
 
 
 
9 
TEMA 5 – DA ELABORAÇÃO DA LEI DO ORÇAMENTO 
O orçamento público começa a ser elaborado com a definição do PPA. 
Nesse sentido, a Secretaria de Planejamento e Investimento Estratégico, do 
Ministério do Planejamento, elabora uma proposta de PPA, na qual serão 
demonstradas as prioridades da gestão pública nos próximos quatro anos. Assim 
que a proposta for finalizada, o Presidente da República a encaminhará para o 
Congresso Nacional para sua análise e votação. 
Quando o PPA estiver aprovado, o governo federal entrega a LDO para o 
Congresso Nacional, sendo que essa entrega deve ser realizada até o dia 15 de 
abril. Em seguida, ela será votada e aprovada até 17 de julho do ano em que for 
enviado. Caso a LDO não seja aprovada, os parlamentares não podem entrar 
em recesso. 
A LDO aprovada servirá de base para a confecção da LOA, ou seja, do 
orçamento propriamente dito.Na LOA deverão estar contempladas todas as 
informações pertinentes aos recursos financeiros estatais, como é o caso da 
origem, do montante e do destino dos recursos a serem utilizados. 
Quadro 1 – Cronograma de elaboração de planos orçamentários 
 PRAZOS 
Projeto Prazo de envio pelo 
Poder Executivo ao 
Legislativo 
Devolução pelo 
Poder Legislativo 
ao Poder 
Executivo 
Dispositivo Legal 
Plano Plurianual (PPA) 4 meses do 
encerramento do 
primeiro exercício 
financeiro do mandato, 
ou seja, 31 de agosto. 
Até o 
encerramento do 
segundo período 
da sessão 
Legislativa (22 de 
dezembro) do 
exercício em que 
for encaminhado. 
Art. 35, parágrafo 2º, 
inciso I do ADTC. 
Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO) 
8 meses e meio antes 
do encerramento do 
primeiro exercício 
financeiro do mandato, 
ou seja, 15 de abril. 
Até o 
encerramento do 
primeiro período 
da sessão 
Legislativa (17 de 
julho) do 
Art. 35, parágrafo 2º, 
inciso II do ADTC 
 
 
10 
exercício em que 
for encaminhado. 
Lei Orçamentária 
Anual (LOA) 
4 meses antes do 
encerramento do 
primeiro exercício 
financeiro do mandato, 
ou seja, 31 de agosto. 
Até o 
encerramento do 
segundo período 
da sessão 
Legislativa (22 de 
dezembro) do 
exercício em que 
for encaminhado 
Art. 35, parágrafo § 
2º, inciso III do ADTC 
É importante destacar que os atos do governo no âmbito do estado e do 
município devem ser registrados nas leis orçamentárias das respectivas esferas, 
como definido na suas Constituições. Nesse sentido, os orçamentos são feitos 
de forma paralela, ou seja, ao mesmo tempo em que ocorre o processo federal, 
estados e municípios desenvolvem os seus orçamentos. 
Quando o orçamento está em confecção, a Secretaria utiliza-se dos 
índices do Produto Interno Bruto (PIB) e da estimativa de inflação. A partir dos 
valores de receita serão estipulados os dispêndios. 
Resumidamente, o projeto de Lei Orçamentária Anual terá a seguinte 
ordem: o projeto será encaminhado para a Comissão Mista de Orçamentos e 
Planos do Congresso Nacional e os deputados e senadores deverão apreciá-lo 
e votar. Após a sua aprovação, o projeto será encaminhado ao Presidente da 
República para ser sancionado e publicado. 
Figura 1 – Etapas do projeto de Lei Orçamentária Anual 
 
 
 
11 
TROCANDO IDEIAS 
Confira o vídeo disponibilizado no link a seguir para conhecer melhor o 
orçamento público: <https://www.youtube.com/watch?v=kExPN8YSe5Y>. 
NA PRÁTICA 
1. (Questão de Concurso – Banca OBJETIVA – 2017) 
A Constituição Federal determina que a lei orçamentária anual 
compreenderá três tipos de orçamento. São eles: 
a. o fiscal, o de investimento e o de seguridade social. 
b. o fiscal, o de investimento e o de infraestrutura. 
c. o fiscal, o de investimento e o de segurança pública. 
d. o fiscal, o de infraestrutura e o de seguridade social. 
e. o orçamentário, o de investimento e o de infraestrutura. 
2. (Questão de Concurso – Banca FCC – 2016) 
Para o exercício de 2016, determinado ente público estimou as receitas 
e fixou as despesas no valor de R$ 8.648.788.500. Com relação à Lei 
Orçamentária Anual é correto afirmar: 
a. é vedado consignar crédito com finalidade imprecisa ou com dotação 
ilimitada, exceto para as despesas de caráter continuado. 
b. o envio do projeto de lei ao Congresso Nacional é de competência do 
Presidente da República, apenas, para o orçamento do Poder Executivo. 
c. é permitida, nos casos de despesas imprevistas, a transposição, o 
remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização 
legislativa. 
d. compreenderá o anexo de metas fiscais elaborado pelos poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário. 
e. as receitas orçamentárias pertencem ao Estado, integram o patrimônio do 
Poder Público, aumentam-lhe o saldo financeiro e, via de regra, estão 
previstas na LOA. 
3. (Questão de Concurso – IFB 2016) 
Conforme a Lei nº 4.320/64, a Lei de Orçamento deverá, EXCETO: 
 
 
12 
a. conter a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política 
econômica financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os 
princípios de unidade, universalidade e anualidade. 
b. compreender todas as receitas, inclusive as de operações de crédito 
autorizadas em lei. 
c. considerar também as operações de crédito por antecipação da receita, as 
emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo 
financeiros. 
d. compreender todas as despesas próprias dos órgãos do governo e da 
administração centralizada, ou que, por intermédio destes, devam-se realizar. 
e. conter todas as receitas e despesas pelos seus totais, vedadas quaisquer 
deduções. 
4. (Questão de Concurso – IBADE – 2016) 
Em relação a LOA (Lei Orçamentária Anual), pode-se afirmar: 
a. abrange somente todas as entidades e órgãos a ele vinculados, da 
Administração direta. 
b. se constitui no instrumento norteador para a construção da LDO (Lei de 
Diretrizes Orçamentárias). 
c. estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na 
gestão fiscal. 
d. se constitui uma lei ordinária, cuja validade abrange somente o exercício fiscal 
a que se refere. 
e. compreende todas as dotações destinadas a atender às ações de saúde, 
previdência e assistência social. 
5. (Questão de Concurso – FGV – 2017) 
No Brasil, a elaboração do orçamento público se dá por meio de 
instrumentos legalmente definidos, tendo em vista contribuir para a gestão 
eficiente dos recursos públicos. O instrumento de planejamento 
orçamentário que é organizado em orçamento fiscal, orçamento da 
seguridade social e orçamento de investimento das empresas é: 
a. Cronograma Financeiro de Desembolso. 
b. Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
c. Lei Orçamentária Anual. 
d. Plano Plurianual. 
 
 
13 
e. Relatório Resumido da Execução Orçamentária. 
Protocolos de resposta 
1. Resposta: a 
Comentários: 
Seção II 
DOS ORÇAMENTOS 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, 
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive 
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, 
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com 
direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as 
entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou 
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos 
pelo Poder Público. (Brasil, 1988) 
Lembre-se de que mesmo constando três orçamentos, o orçamento é uno! 
2. Resposta: e 
Comentários: 
a. Vide art. 5º, parágrafo 4º, da Lei de Responsabilidade Fiscal. 
b. O envio do projeto de lei do orçamento ao Congresso Nacional, de todos 
os poderes, é de competência do Presidente da República. 
c. Vide art. 167, inciso VI da Constituição Federal de 1988. 
d. Vide art. 4º, parágrafo 1.º, da Lei de Responsabilidade Fiscal. 
e. Resposta correta: em regra, as receitas orçamentárias são previstas na 
LOA e pertencem ao Estado, integrando o patrimônio público. 
3. Resposta: c 
Comentários: 
a. Correta: Lei n. 4.320/1964, art. 2° – “A Lei do Orçamento conterá a 
discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica 
financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidosos princípios de 
unidade universalidade e anualidade.” 
b. Correta: Lei n. 4.320, art. 3º – “A Lei de Orçamentos compreenderá todas as 
receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei.” 
 
 
14 
c. Errada: Lei n. 4.320, art. 3º, parágrafo único – “Não se consideram para os fins 
deste artigo as operações de crédito por antecipação da receita, as emissões de 
papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros.” 
d. Correta: Lei n. 4.320, art. 4º – “A Lei de Orçamento compreenderá todas as 
despesas próprias dos órgãos do Governo e da administração centralizada, ou 
que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2°.” 
e. Correta: Lei n. 4.320, art. 6º – “Todas as receitas e despesas constarão da Lei 
de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.” 
4. Resposta: d 
Comentários: 
Em relação a LOA (Lei Orçamentária Anual), pode-se afirmar: 
e. compreende todas as dotações destinadas a atender às ações de saúde, 
previdência e assistência social. 
De acordo com o art. 165, parágrafo 5º da Constituição Federal (Brasil, 1988): 
A lei orçamentária anual compreenderá: 
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, 
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive 
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta 
ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades 
e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem 
como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
E de acordo com o art. 37 da Lei n. 8.447/1992: 
SEÇÃO III 
Das Diretrizes Específicas do Orçamento da Seguridade Social 
 Art. 37. O orçamento da seguridade social compreenderá as 
dotações destinadas a atender às ações de saúde, previdência e 
assistência social e obedecerá ao definido nos arts. 194, 195, 196, 200, 
201, 203 e 212, § 4°, da Constituição, e contará, dentre outros, com 
recursos provenientes: 
 I - das contribuições sociais a que se referem os arts. 195, I, II e 
III e 239, da Constituição; 
 II - de receitas próprias dos órgãos, fundos e entidades que 
integram, exclusivamente, este orçamento; 
 III - da contribuição dos servidores públicos de que tratam o art. 
231 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e os arts. 9° e 10 da 
Lei n° 8.162, de 8 de janeiro de 1991, que será utilizada, 
prioritariamente, para atender despesas no âmbito dos encargos 
previdenciários da União; 
 IV - de transferência de contribuição da União, fixada na lei 
orçamentária anual. 
 
 
 
 
15 
 
5. Reposta: c 
Comentários: 
Composição da LOA: 
Orçamento Fiscal: aplicações gerais. 
Orçamento de Investimento: Estatais não dependentes das quais a União 
detenha maioria do capital social, com direito a voto. 
Orçamento da Seguridade Social: saúde, previdência social e assistência social. 
FINALIZANDO 
O Decreto-Lei n. 200/1967 em seu art. 16 obriga o Estado brasileiro a 
adotar o chamado Orçamento-Programa. Ele estabelece que a cada ano deve 
ser efetuado um orçamento-programa que deverá especificar o Programa 
Plurianual, cujas etapas devem ser executadas no próximo exercício e servirão 
de guia para a execução da utilização das despesas. 
O orçamento é uma obrigação constitucional, que se refere à elaboração 
dos três principais instrumentos de planejamento e orçamento, que devem ser 
integrados entre si. São eles: 
 Plano Plurianual (PPA) 
 Lei Orçamentária Anual (LOA) 
 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 
As despesas têm previsão constitucional, o que significa que o Governo 
Federal tem uma previsão mínima de gastos para algumas despesas públicas 
em algumas áreas, como é o caso da Saúde e da Educação. 
A finalidade do Balanço Patrimonial estatal é a transparência no setor 
público, pois com esse instrumento a sociedade pode verificar os gastos 
públicos. No âmbito da União o Balanço Patrimonial deve ser confeccionado pela 
Secretaria do Tesouro Nacional, que se pautará pelas informações armazenadas 
no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), 
pois nesse sistema estão todas as informações necessárias para a confecção 
dos balanços orçamentários. 
O orçamento público começa a ser elaborado após a definição do Plano 
Plurianual (PPA). Nesse sentido, a Secretaria de Planejamento e Investimento 
Estratégico, do Ministério do Planejamento, elabora uma proposta do PPA, na 
 
 
16 
qual serão demonstradas as prioridades da gestão pública nos quatro anos 
seguintes. Assim que a proposta é finalizada, o Presidente da República a 
encaminha para o Congresso Nacional, onde será analisada e submetida a 
votação. 
Quando o PPA for aprovado, o governo federal entrega a LDO para o 
Congresso Nacional, sendo que o prazo para que isso aconteça não pode 
ultrapassar o dia 15 de abril. A LDO será então votada e aprovada até a data de 
17 de julho do ano vigente. Observa-se que se a LDO não for aprovada, os 
parlamentares não podem entrar em recesso. 
A LDO aprovada servirá de base para a confecção da LOA, ou seja, do 
orçamento propriamente dito. Na LOA deverão estar contempladas todas as 
informações pertinentes aos recursos financeiros estatais, como é o caso da 
origem, do montante e do destino dos recursos a serem utilizados. 
Resumidamente, o projeto de Lei Orçamentária Anual seguirá esta ordem: 
primeiramente será encaminhado para a Comissão Mista de Orçamentos e 
Planos do Congresso Nacional, onde será apreciado e votado pelos deputados 
e senadores. Após a sua aprovação, o projeto será encaminhado para o 
Presidente da República para ser sancionado e publicado. 
 
 
 
17 
REFERÊNCIAS 
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