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Choque Cultural

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- Choque Cultural –
A influência do comportamento do turista, sobre o nativo.
O que muda no “Jeitinho Brasileiro” com a visita dos turistas para a Copa do Mundo no Brasil.
“Choque cultural refere-se à ansiedade e sentimentos como surpresa, desorientação, incerteza, confusão mental; de sentidos quando as pessoas têm de conviver dentro de uma diferente e desconhecida cultura ou ambiente social. Após deixar o que era familiar para trás, as pessoas têm de encontrar o caminho em uma nova cultura que tem um modo de vida diferente e uma mentalidade diferente, tal quando em um país estrangeiro. A partir daí, nascem às dificuldades de assimilar a nova cultura, causando dificuldades em saber o que é adequado e o que não é. Muitas vezes combinada com uma aversão ou mesmo nojo (moral ou estético) com certos aspectos da nova cultura.” WIKIPÉDIA – ENCICLOPÉDIA LIVRE.
O choque cultural em grande parte das vezes é analisado do ponto de vista do turista para com o novo lugar. Porem em casos específicos como uma Copa do Mundo esse choque pode se inverter, e toda uma cultura pode mudar temporariamente no intuito de melhor recepcionar, e atender uma grande demanda turística.
Analisando sobre o conhecimento adquirido no período passado, o jeitinho brasileiro descrito por DaMatta, começa quando o brasileiro pensa (e realmente acredita) que sempre ele pode contornar as situações ao seu modo, através de sua inteligência e sagacidade, podendo levar vantagem em cima do próximo e sempre sairá por cima.
Mas a coisa muda a partir do momento em que o os olhos do mundo estarão olhando para o país.
A mudança começa quando o brasileiro busca um curso de línguas. Por mais que ele acredite que irá obter alguma vantagem sobre os visitantes, ele precisará adequar sua comunicação e abordagem para tratar com esse novo tipo de pessoa. Não adianta ele saber todas as técnicas para enrolar o turista e faze-lo pagar a mais pelo serviço ou produto, se ele não tiver o domínio do inglês.
O PORTAL DA COPA afirma que uma média de 1000 novas pessoas se formaram em cada estado nos cursos de inglês. 1200 funcionários da INFRAERO também passaram por uma reciclagem nos cursos de inglês, além de 1500 policiais militares em todo o país. 
Já a Coordenadoria de Pós-Graduação e Extensão (CPGE) da instituição Fundação Centro de Análise Pesquisa e Inovação Tecnológica (FUCAPI), que tem como principais atrativos a qualidade e o preço acessível, registrou um aumento de 130% no número de inscrições até maio deste ano, comparando-se ao mesmo período do ano passado.
Com esses números temos o primeiro indício que o “jeitinho brasileiro” está se adaptando de certa forma, buscando se qualificar para quebrar a barreira da comunicação. 
As próximas mudanças podemos notar no comportamento e aparência. 
O Brasileiro sempre se achou o malandro, O CARA... Porem agora ele tem que se adequar a uma série de regras e normas impostas tanto pela FIFA como pelo governo para que ele possa trabalhar no período da Copa.
Antes um ambulante recusaria a todo custo buscar um cadastro junto as prefeituras das cidades, mas graças a uma série de termos e principalmente pela identificação (através de coletes identificadores) muitos ambulantes querem se adequar as normas para que sejam procurados, e não serem motivos para espantar possíveis clientes.
Essa mudança brusca no comportamento natural do brasileiro demonstra que realmente ocorreu/está ocorrendo/ocorrerá esse choque cultural.
“Utilizar o “jeitinho” em determinadas situações consiste em uma alternativa para os brasileiros. As normas estabelecidas não representam um obstáculo visto que elas podem ser contornadas ou interpretadas de outra forma.” 
DaMATTA.
Todas essas mudanças ocorreram com os brasileiros mais humildes, aqueles que tiveram que se adaptar para tentar lucrar. Mas ao contrário deles, os responsáveis pela elaboração da copa, como governo, construtoras e empresários esses não mudaram nada.
A FIFA nunca teve tantos problemas com prazos. A FIFA acredita que abriu um precedente incalculável para as próximas copas. Todos os prazos foram prorrogados, alguns até cinco vezes, simplesmente pelo fato que nossas autoridades se acham superiores e que não tem a obrigatoriedade de seguir prazos tão apertados.
Quando a amizade e o jeitinho não funcionam, é normal ouvir-se um ríspido e autoritário “Você sabe com quem está falando?”
DaMATTA
A FIFA pode perceber que não foi fácil se adaptar ao jeitinho brasileiro. Pois nesse caso não fomos nós (quando digo nós, não me refiro à população e sim ao governo, construtoras e empresários) que tivemos que nos adaptar e sim a FIFA.
Ela impôs todas as suas regras, mas o ritmo fomos nós, com nosso jeitinho, que ditamos.
A FIFA ficou furiosa com esse comportamento e em diversas oportunidades tentou passar uma imagem negativa do comportamento brasileiro para o mundo. 
Uma delas foi criando a “BRAZIL FOR BEGINNERS”, um manual para estrangeiros para não sofrer tanto com esse choque cultural. E digo mais, só li verdades, por exemplo:
“Sim nem sempre significa sim:
Brasileiros são otimistas e nunca começam uma frase com a palavra “não”. Para eles, “sim” significa na realidade “talvez”, então, se alguém disser “Sim, eu te ligo de volta”, não espere que o telefone vá tocar nos próximos cinco minutos.”
BRAZIL FOR BEGINNERS – FIFA
Isso é a cara do brasileiro, e talvez ingleses que cheguem aqui sem saber disso podem passar por certo desconforto. Acredito que a intenção da FIFA não foi das piores, mas brasileiros se ofenderam. E porque? Exatamente pelo mesmo motivo. O “Jeitinho brasileiro” é a carta na manga, é a malemolência, é o comportamento do malandro e quando isso é exposto, ele se sente como um mágico que teve sua mágica revelada. Não por sentir vergonha, mas por pensar que só ele deve saber que faz e ninguém mais, e isso incomoda o brasileiro.
O choque cultural muda as pessoas, e está mudando o brasileiro em geral, mas apenas no período da copa. Essa mudança deveria ser progressiva e irreversível, mas sabemos que não será. 
E infelizmente aqueles que mais precisavam mudar, não mudaram.
Comentários como os de Pelé e de Ronaldo, indignaram grande parte do país, mas esses comentários são apenas reflexos dessa forma de agir no cotidiano, “vamos deixar pra lá”, “vamos pensar na copa”, “Copa não se faz com Hospitais”, são comentários de quem sempre pensa que vamos dar um jeito, vamos resolver.
Neles o efeito do “jeitinho brasileiro” foi o responsável pela admiração do povo brasileiro, e também por causa dele, indignação do mesmo.
BIBLIOGRAFIA:
DA MATTA, Roberto . Carnavais, Malandros e Heróis: para uma sociologia do dilema brasileiro. Rio de Janeiro: Zahar,1988 
http://www.copa2014.gov.br/pt-br/tags/idiomas
https://www.fucapi.br/educacao/2011/06/copa-de-2014-faz-crescer-procura-por-cursos-de-idiomas-da-fucapi/
http://super.abril.com.br/cultura/cara-brasileiro-445905.shtml
http://oglobo.globo.com/esportes/copa-2014/cartilha-da-fifa-para-turistas-estrangeiros-causa-polemica-11956639
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO-UFOP
MORRO DO CRUZEIO- 35400-000
DEPARTAMENTO DE TURISMO- DETUR
DISCIPLINA
SOCIOLOGIA
JOÃO PAULO MENDES
PROFESSORA: GIULLE VIEIRA DA MATA

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