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Aula 14 Fármacos antiobesidade

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Medicamentos usados no 
tratamento da obesidade
Obesidade
• Definição
– É uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo 
excessivo de tecido adiposo num nível que 
compromete a saúde do indivíduo
– Já teve várias definições, como: 
• excesso de gordura corporal
• peso corporal acima de 20% do peso ideal
– Definição mais precisa e de melhor compreensão 
quando estabelecido o IMC (Índice de Massa 
Corporal) 
Classificação da obesidade segundo o 
IMC
Diagnóstico de obesidade baseado apenas no IMC não é tão 
exato, já que com o índice não se quantifica a gordura e 
também não é considerada a sua localização
A localização da gordura corporal
• Gordura depositada na região abdominal 
– Mais riscos à saúde
• Desenvolvimento de hipertensão arterial, hiperlipidemia e 
diabetes mellitus tipo II
• Gordura concentrada em outras partes do corpo, 
como região dos quadris e coxas
– Menos riscos que a abdominal
• Por isso, na prática médica é comumente usada a 
Relação Cintura/Quadril (RCQ) 
– Mulheres: Risco se ≥ 0,80
– Homens: Risco se ≥ 0,90
O tratamento
• Não farmacológico
– Todos os pacientes com sobrepeso
– Dieta
– Atividade física
• Farmacológico
– Somente em alguns casos
Condições para se realizar tratamento 
farmacológico da obesidade
• Condição inicial:
– Tratamento com dieta, exercício ou aumento da 
atividade física e modificações comportamentais não 
obtêm resultados satisfatórios e significantes 
• Dada a condição acima, será indicado tratamento 
medicamentoso nos casos abaixo:
– IMC ≥ 30 kg/m2 ou 
– IMC ≥ 25 kg/m2 associado a doenças relacionadas ao 
excesso de peso 
• diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, 
dislipidemia, certas formas de câncer, apneia do sono, 
osteoartrite, síndrome metabólica, entre outras)
Usando medicamentos contra a 
obesidade de forma racional
• 1) O tratamento farmacológico só se justifica em 
conjunção com orientação dietética e mudanças de 
estilo de vida. 
– Os agentes farmacológicos somente ajudam a aumentar a 
adesão dos pacientes a mudanças nutricionais e 
comportamentais 
• 2) O tratamento farmacológico da obesidade não cura 
a obesidade – quando descontinuado, ocorre reganho 
de peso. 
– A quantidade de gordura armazenada nos adipócitos
diminui, mas a quantidade de células não reduz 
• Logo que o organismo voltar a receber gordura excedente, as 
células adiposas armazenarão novamente até onde forem capazes
Usando medicamentos contra a 
obesidade de forma racional
• 3) Medicamentos antiobesidade devem ser 
utilizados sob supervisão médica contínua
• 4) O tratamento e a escolha medicamentosa é 
moldada para cada paciente
– Os riscos associados ao uso de uma droga devem ser 
avaliados em relação aos riscos da persistência da 
obesidade 
• 5) O tratamento deve ser mantido apenas 
quando considerado seguro e efetivo para o 
paciente em questão
Principais neurotransmissores na 
regulação do peso
• Noradrenalina
– Além de seus efeitos como neurotransmissor, a 
noradrenalina pode influenciar a taxa metabólica. 
– Age pela modulação da função endócrina e da 
secreção de insulina, causando aumento da taxa 
de glicogenólise e a mobilização de ácidos graxos. 
Estes efeitos atuam na regulação do peso
Principais neurotransmissores na 
regulação do peso
• Serotonina
– Este NT possui várias funções, por atuar em diferentes 
receptores: 5-HT1 a 5-HT4
– No sistema nervoso central a 5-HT influencia 
numerosas funções cerebrais, como:
• Apetite, tendo importante efeito sobre a saciedade. 
• Além de sono, cognição, percepção sensorial, atividade 
motora, regulação da temperatura, nocicepção, 
comportamento sexual, secreção hormonal 
– As alterações comportamentais induzidas por fármacos que 
interagem com os receptores 5-HT são extremamente diversas 
Fármacos para o tratamento da 
obesidade
• Se classificam em: 
– Aqueles que reduzem a ingestão de alimentos 
(noradrenérgicos, serotoninérgicos e os 
noradrenérgicos/serotoninérgicos) 
• Sibutramina
– Os que diminuem a absorção de gordura, 
desviando o metabolismo normal 
• Orlistat
– Os que aumentam a termogênese 
• Efedrina e Cafeína
Fármacos para o tratamento da 
obesidade
• Consenso Latino-Americano de Obesidade de 
1998 e a OMS determinam:
– Apenas a Sibutramina e o Orlistat devem ser 
prescritos para tratamentos longos, por serem 
considerados os mais seguros
Sibutramina
• Mecanismo de ação:
– Inibição da recaptação neuronal da serotonina
(53%), noradrenalina (74%) e dopamina (16%) no 
hipotálamo
– Não estimula diretamente os receptores 
serotoninérgicos (5-HT1 ou 5-HT2) e 
noradrenérgicos (α1, α2, β1, β2 e β3) ou da 
dopamina
Sibutramina
• Mecanismo de ação:
– O hipotálamo ventromedial é a região 
hipotalâmica relacionada com a saciedade da 
fome e da sede e a tranquilidade
– A presença de serotonina no hipotálamo 
ventromedial causa:
• Controle da saciedade
• Afagia
• Inibição do hipotálamo lateral, responsável pela fome, 
hiperfagia
Sibutramina
• Mecanismo de ação
– Além da interferência hipotalâmica a Sibutramina 
também estimula a lipólise através da produção 
de calor
Sibutramina
• Ações terapêuticas
– Redução da ingestão de alimentos 
– Perda de peso dose-dependente
– Redução da circunferência da cintura, ou seja, 
redução de gordura visceral. 
– Diminuição dos níveis plasmáticos de 
triglicerídeos e lipoproteínas de densidade muito 
baixa
– Elevação das lipoproteínas de densidade elevada
Sibutramina
• O tratamento poderá durar, com segurança, 
até o máximo de um ano de uso contínuo 
• No entanto, deve ser suspenso em doentes 
que: 
– Não respondam adequadamente 
• não atinjam 5% de redução de peso ao fim de 3 meses 
• redução ponderal tenha estabilizado em menos de 5% 
do peso inicial
– Tenham readquirido 3 kg ou mais após terem 
registrado uma redução ponderal prévia 
Sibutramina
• Contra-indicações
– Evitada ou necessita acompanhamento rigoroso em 
pacientes com 
• Distúrbios alimentares como anorexia ou bulimia nervosa
• Hipertensão não controlada
– Usado com cautela em pacientes com histórico ou com 
hipertensão bem controlada
• Histórico de doença cerebrovascular ou distúrbios 
cardiovasculares, assim como arritmias cardíacas, falência 
cardíaca congestiva e doença vascular periférica
• Síndrome de Tourette, hipertireoidismo, feocromocitoma, 
hiperplasia prostática benigna
• História de uso de drogas ou abuso de álcool
Sibutramina
• Contra-indicações
– Evitada ou necessita acompanhamento rigoroso em 
pacientes com 
• Usado com cuidado em todos os pacientes com glaucoma
• História de depressão, epilepsia, cálculo biliar
• Até 18 anos e também paras idosos (mais de 65 anos) 
devido à falta de evidências clínicas nesses grupos etários
Todos os cuidados devem ser tomados na 
administração do saciogênico, pois não se sabe os 
limites de seus efeitos sobre a atividade central e 
periférica.
Sibutramina
• Reações adversas
– As inúmeras contra-indicações não vêm sendo levadas a 
sério pelos profissionais prescritores e isto tem acarretado 
inúmeros relatos de reações adversas severas
• Entre as diversas reações adversas ao uso da 
sibutramina, destacam-se:
– Aumento da PA e frequência cardíaca
– Midríase
– Palpitações
– Ansiedade
– Nervosismo
Sibutramina
• Causa dependência?
– Não
• Os efeitos estimulantes da dopamina sobre o SNC são 
responsáveis pela dependência das anfetaminas e 
substâncias semelhantes
• A Sibutramina não estimula a liberação de dopamina 
nas terminações nervosas e tem efeito muito discreto 
na inibição da recaptação deste neurotransmissor, 
mesmo com o emprego de doses elevadas 
Orlistat(Xenical)
• Mecanismo de ação
– Age localmente no TGI, sem ser absorvida
– Inibição parcial da atividade das lípases gástricas, 
pancreáticas e carboxil-éster no trato 
gastrointestinal
– Inibe a hidrólise de triglicerídeos ingeridos
• Reduz absorção de monoglicerídeos e ácidos graxos 
livres
– Impede a absorção de aproximadamente 30% da 
gordura ingerida na dieta
Orlistat
• Ações terapêuticas
– Diminuição do colesterol total e LDL
– Causa perda de peso proporcional à dose
– Redução da ingestão de lipídeos para 
aproximadamente 30% do total de consumo 
energético
– Doses elevadas não aumentam substancialmente 
o efeito terapêutico
Orlistat
• Contra-indicações
– < 12 anos
– Síndrome de má absorção
• Interações com nutrientes
– Devido à absorção inadequada de lipídeos, pode 
causar diminuição na absorção das vitaminas K, E, 
D, A, e principalmente de beta-caroteno
– Reposição com alimentos ricos nestes nutrientes 
pode suprir esta deficiência
Quitosana
• Mecanismo de ação
– Ao se complexar com os lipídeos no TGI, inibem a 
digestão dos lipídeos, aumentando sua eliminação
• O gel formado pela quitosana + lipídeos é altamente 
resistente à ação das enzimas digestivas pancreática e 
intestinal e aumenta o volume das fibras de quitosana, 
causando sensação de saciedade
Quitosana
• Ações terapêuticas
– Redução do colesterol total e triglicerídeos
– Aumento do colesterol HDL
– Aumento da eliminação fecal de gorduras, sem 
provocar diarreia 
– Perda de peso (até 7kg em quatro semanas)
Quitosana
• Contra-indicações
– Gravidez, lactação, crianças
• Interações com nutrientes
– Pode causar diminuição na absorção de vitaminas 
lipossolúveis

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