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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES 8º ENGENHARIA QUÍMICA / 7º BACHARELADO EM QUIMICA PROF. HERNANDES DE SOUZA BRANDÃO APONTAMENTOS DE CINÉTICA INDUSTRIAL MOGI DAS CRUZES/SP AGOSTO/2017 UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES - SP PLANO DE ENSINO CURSO: ENGENHARIA QUÍMICA / BACHARELADO EM QUIMICA PERÍODO: 8º / 7º (1 MÓDULO / SEMANA) TURNO: NOTURNO / MATUTINO DISCIPLINA: CINÉTICA INDUSTRIAL ANO DE EXERCÍCIO: 2017 PROFESSOR: HERNANDES DE SOUZA BRANDÃO 1. OBJETIVO: Capacitar o aluno a: Identificar o interesse da cinética química, como critério complementar da termodinâmica, para o conhecimento das reações químicas; Citar as finalidades da cinética química para os processos químicos industriais; Definir os fatores que afetam a velocidade das reações químicas; Aplicar técnicas experimentais para determinação dos parâmetros cinéticos; Interpretar dados cinéticos experimentais; Equacionar a velocidade das reações químicas. 2. EMENTA: Classificação das reações químicas; Definição de Velocidade das Reações Químicas; Caracterização Matemática de Sistemas com Reações Simples e com Reações Múltiplas; Obtenção e Interpretação de Dados Cinéticos Experimentais; Catálise. 3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 3.1. Introdução: 3.1.1. Definição de Cinética Química. 3.1.2. Campo de Aplicação da Cinética Química. Breve Histórico do Estudo de Cinética Química. Reação Química: definição e classificação. Variáveis que afetam a velocidade da reação. 3.2. Velocidade de Reação: Definição. Representação empírica da velocidade da reação (Efeito da Concentração). Conceitos fundamentais: Cinética química homogênea e heterogênea; Mecanismo de reação; Molecularidade; Ordem de reação; Reações elementares e não-elementares; Reações simples e múltiplas. 3.3. Caracterização Matemática de Sistemas com Reações Simples. 3.3.1. Sistemas a Volume Constante; 3.3.2. Sistemas a Volume Variável. 3.4. Obtenção e Interpretação de Dados Cinéticos. 3.4.1. Introdução. 3.4.2. Obtenção de Dados Cinéticos Experimentais. 3.4.3. Interpretação de Dados Cinéticos Experimentais. 3.4.3.1. Método Integral. 3.4.3.2. Método Diferencial. 3.5. Efeito da Temperatura: 3.5.1. Influência da Temperatura segundo a Lei de Arrhenius. 3.5.2. Influência da Temperatura segundo a Termodinâmica. 3.5.3. Influência da Temperatura segundo a Teoria das Colisões. 3.5.4. Influência da Temperatura segundo a Teoria do Estado de Transição. 3.6.Efeito do Catalisador: Definição de: Catalisador, Inibidor, Biocatalisador, Veneno, Promotor Classificação da Catálise. Exemplos de Aplicação. 3.7.Caracterização Matemática de Sistemas Com Reações Múltiplas. Introdução. Reações em série. Reações paralelas. Reações mistas série-paralelas. Reações não-elementares 3.7.5.1. Princípio do Estado Estacionário Reações Enzimáticas. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: SILVEIRA, B.I. – “Cinética Química das Reações Homogêneas” – Editora Edgard Blücher Ltda. – São Paulo – 1996. FOGLER, H. S. – “Elementos de Engenharia das Reaações Químicas” – 3ª Edição – LTC Editora – Rio de Janeiro – 2002. SANTOS, A. M. N. – “Reactores Químicos” – Vol. 1 – Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa – 1990. ATKINS, P.W.; DE PAULA, J. “Físico-Química” – 2 volumes – Trad. Edílson Clemente da Silva - 8ª edição – Livros Técnicos e Científicos Editora – Rio de Janeiro – 2008. COMPLEMENTAR: SOUZA, Edward de. Fundamentos de Termodinâmica e Cinética Química. Belo Horizonte: UFMG. 2005. LEVENSPIEL, O. – “Engenharia das Reações Químicas” – Editora Edgard Blücher Ltda. – São Paulo – 2000. LAIDLER, K. J. – Cinetica de Reacciones. Madrid: Alhambra.1972. PEREIRA NETTO, J.C. – “Reflexões sobre Conceitos da Cinética Química e Equilíbrio Químico”. Mogi das Cruzes: Edição do Autor. 2004. GLASSTONE, Samuel; LAIDLER, Keith J.; EYRING, Henry. Theory of rate processes. London: McGraw-Hill. 1941. METODOLOGIA 5.1.Aulas Expositivas: quadro de giz e retroprojetor 5.2.Discussão de problemas em grupo 5.3.Provas escritas individuais 5.4.Trabalhos de pesquisa e produção em grupo e individual. 5.5.Uso de programa computacional CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO M1 = P1 M2 = 0,7 P1 + 0,3 PI MS = ( M1 + 2 M2 ) / 3 MF = (MS + PR) / 2 1º BLOCO 1. INTRODUÇÃO À CINÉTICA QUÍMICA DEFINIÇÃO: Cinética química é um ramo da Físico-Química que estuda a velocidade das reações e os fatores que afetam a velocidade. Estes fatores são: temperatura, pressão, concentração dos reagentes, catalisador, superfície de contato entre os reagentes, luz e eletricidade; além destes, constituem também fatores influentes na velocidade das reações químicas os parâmetros que controlam os vários processos de transportes físicos, tais como as condições de fluxo, o grau de mistura e os parâmetros envolvidos na transferência de calor e massa. Enquanto a termodinâmica está interessada apenas nos estados inicial e final de um processo, a cinética química está interessada nos detalhes da transformação do sistema de um estado a outro, bem como, no tempo necessário para essa transformação. O estudo da cinética química é bastante complexo, pois envolve uma grande quantidade de variáveis. Devido a isto, para cada caso, é necessário recorrer às experiências laboratoriais e na maioria das vezes é necessários realizá-las para todo intervalo possível de condições operacionais, sendo raramente possível extrapolar dados em bases puramente teóricas. A cinética química está diretamente relacionada ao estabelecimento do mecanismo químico da reação, à obtenção de dados cinéticos experimentais, à correlação destes dados cinéticos pelo emprego de gráficos, tabelas ou equações matemáticas, ao projeto do reator apropriado ao processamento de uma reação específica e à especificação de condições operacionais do mesmo. CAMPO DE APLICAÇÃO DA CINÉTICA QUÍMICA Na corrosão, estimativa do tempo de vida dos materiais; Na farmácia e engenharia de alimentos, estimativa do tempo de validade de medicamentos, alimentos e bebidas; Na engenharia ambiental, determinação do tempo de biodegradação de materiais, principalmente os sintéticos na natureza; Na físico-química, como instrumento indispensável no conhecimento da natureza do sistema reagente, formação e quebra das ligações químicas, quantidades energéticas e condições de estabilidade da reação; Na Física, determinar a desintegração radioativa de certos isótopos de elementos químicos; Na Geologia, determinar a idade geológica de um mineral e, consequentemente, estimar a idade da Terra; Na Arqueologia, determinar a idade de um fóssil como também determinar a idade do aparecimento do homem na Terra, aplicando a lei cinética em crânios e ossos encontrados por pesquisadores; No teste de doping usado pelo Comitê Olímpico Internacional para investigar a existência de substâncias anabolizantes e estimulantes no organismo do atleta ingeridas possivelmente antes dos jogos para o seu melhor desempenho. Na química orgânica, o valor da cinética química é grande, pois o modo de reagir dos compostos traz informações sobre sua estrutura. Além disso, é um instrumento que permite investigar a força das ligações químicas e a estrutura molecular dos compostos. Constitui a base de importantes teorias da combustão e da dissolução no estudo da transferência de massa e calor, sugerindo, por outro lado, meios para determinação da velocidade com que ocorrem fenômenos em outras áreas de estudo. Na engenharia química, a cinética de uma reação precisará ser conhecida se queremos projetar adequadamente o equipamento