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CONTRATO MERCANTIL

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DIREITO EMPRESARIAL
 DIREITO NOTURNO – 6º– SANTO AMARO
Beatriz 
Caroline 
Cleyton Alves 
Lígia Maria 
Moisés Queiróz 
Nilza Sousa
Contratos Mercantis
INTRODUÇÃO
Contrato Mercantil é aquele celebrado entre empresários, (empresários individuais ou sociedades empresarias) que exercem ou não a mesma as mesmas atividades empresariais, podem ser de natureza civil ou de consumo. 
Os contratos firmados entre empresários paritários são regidos pelo código civil e entre aqueles em que uma das partes seja hipossuficiente será regido pelo código de defesa do consumidor.
É característica essencial deste tipo de contrato que o bem seja móvel ou semovente e seja passível de revenda. É possível classificar o contrato mercantil em consensual, bilateral, oneroso e comutativo ou aleatório, conforme a possibilidade de individualização do bem. Por ser consensual não exige formalismo especial.
O Estatuto Comercial não distingue contratos nulos de anuláveis, trata-os apenas como nulos. Conforme as disposições civis e comerciais, os con-tratos serão nulos quando ferirem o interesse público e possuírem vício insaná-vel, ou seja, contratos com pessoa absolutamente incapaz, quando ilícito ou impossível o seu objeto.
Os contratos Mercantis serão extintos quando do cumprimento da obrigação e também pelo seu não cumprimento ou por impossibilidade do cumprimento, presente nos casos fortuitos e força maior, além das extinções por cláusula resolutiva, pacto comissário, excesso de onerosidade, resiliação, rescisão (lesão) ou cessação (morte).
Com relação aos direitos e obrigações decorrentes do contrato mercantil, o vendedor possui a obrigação de entregar o bem, a coisa vendida, e o comprador o direito de receber a coisa, obrigando-se a pagar pecuniariamente ou por meio de obrigação ao vendedor.
O vendedor obriga-se pelos vícios da coisa e de garantir ao comprador a posse e propriedade da coisa, respondendo pela evicção. O comprador possue assim, o direito de obter, mediante o pagamento de um preço pela coisa, a tradição da mesma, ou seja, de tê-la em sua esfera patrimonial livre e desimpedida de qualquer ônus que não tenha ciência.
O vendedor também possui a obrigação de emitir fatura, podendo extrair duplicatas, nas vendas à prazo. O comprador deve devolver a duplicata da fatura assinada. O comprador também tem a obrigação de devolver a coisa caso não cumpra com sua obrigação, bem como a obrigação de receber a coisa.
COMPRA E VENDA MERCANTIL – CONCEITO
A compra e venda mercantil é o contrato pelo qual uma pessoa se obriga a transferir a outra o domínio de uma coisa, tendo, em contrapartida, o valor antes estipulado, assim como a simples compra e venda, mas tem por objetivo bens que estão envolvidos na circulação de mercadorias. Deste modo, a compra e venda realizada fora da cadeia ou no final dela não é considerada mercantil. 
Para tanto, tem que ser celebrado entre dois empresários, sendo a coisa negociada e a finalidade da operação conseqüência desta primeira característica.
Em regra, todas as disposições utilizadas na compra e venda mercantil, executando os casos de insolvência. No primeiro caso, a insolvência do devedor permite o credor exigir caução e não entregar a coisa (Art. 495,cc), enquanto na segunda, utilizam-se os fundamentos da falência, uma vez que se trata de empresários,
Observa-se que a compra e venda mercantil pode ter como objeto coisa futura, ou seja, no momento da celebração do contrato o vendedor ainda não possui o bem, mas tem condições de adquiri-lo ou de produzi-lo no prazo estipulado. Se assim não fizer, teremos a inexecução do contrato, que obriga o vendedor a indenizar o comprador com relação ao preço do produto, este normalmente, é que demonstra a prevalência da autonomia da vontade nos contratos.
Trata-se de um contrato consensual, pois se realiza mediante acordo de vontade, bilateral, uma vez que as partes possuem obrigações recíprocas, oneroso, por haver ônus para ambas as partes, de execução diferida ou instantânea, a depender do acordado, vez que pode haver parcelamento na execução e comutativo, por serem as parcelas certas e previstas pelas partes.
CONSTITUIÇÃO DO VÍNCULO CONTRATUAL
O vinculo contratual dos contratos mercantis, respeitam as regras gerais da formulação dos contratos, regidos pelos artigos 421 a 480 do código civil, e artigos 481 a 504 do mesmo código em casos de relação de compra e venda, partindo sempre do princípio do consesualismo, ou seja, a constituição do vínculo contratual se estabelece no instante em que, consensualmente, as partes expressam sua vontade, salvo nos casos em que apenas tal manifestação não é o suficiente, como naqueles em que a lei exige que o negócio jurídico, para produzir seus efeitos, se revista de determinadas formalidades, o que não acontece, em regra, com os contratos marcantis.
A partir do momento em que é estabelecida a relação contratual, seguem as obrigações firmadas em tal instrumento, onde o não cumprimento das obrigações implicará a perda do direito que foi pactuado (principio do “Pacta Sunt Servanda”). Por ser o contrato instrumento que regula a relação entre as partes, e possui natureza de Direitos e obrigações, não pode, em regra, ser alterado ou extinto unilateralmente, existindo situações que irão relativizar tal conduta, adotando uma imprevisibilidade ao contrato, ou seja, há uma cláusula rebus sic stantibus nos contratos, a fim de resguardar a igualdade firmada no contrato.
Por fim, no tocante a relação do contrato, os contratos mercantis são entre pessoas jurídicas, ou seja, serão regidos sempre pelo Código Civil, visto que trata-se de relação entre entes jurídicos iguais, salvo se houver desigualdade entre os entes, onde poderá ser aplicado o código de defesa do consumidor.
DESCONSTITUIÇÃO DO VÍNCULO CONTRATUAL
O vínculo contratual pode ser desfeito pelas formas normais que ocasionam o fim da obrigação assumida, vide artigos 474 à 480 do código civil, assim como pela prescrição, em que pela inércia das parte beneficiada e o decurso do tempo, se infere a renuncia tácita do direito relacionado, como também pela confusão, em que o credor e o devedor são a mesma pessoa.
A desconstituição está relacionada as circunstâncias que ocasionaram a nulidade ou anulabilidade de um negócio jurídico, ou seja, na verificação de vícios contratuais, tais como, a incapacidade das partes, a ilicitude do objeto, a forma defesa em lei, erro, dolo, simulação e etc. 
A desconstituição gera efeitos ex tunc onde as partes retornam ao status que anterior a constituição do contrato, desde modo, pode-se pleitear indenização, pelos danos ocasionados pelo inadimplemento das obrigações.
Por fim, podemos observar que os vínculos contratuais nos contratos mercantis seguem uma regra similar aos contratos de compra e venda comuns, se distinguindo pelo fato de ser uma relação entre pessoas jurídicas de igual importância e obrigação, ou seja, não há a relação desigual que ocorre na compra e venda, onde o cliente pode ser um agente de menor poder aquisitivo é protegido pelo CDC que visa igualar as relações jurídicas para que não existam excessos pela parte mais forte, os contratos mercantis são geridos pelo Código Civil por serem pessoas jurídicas iguais.
BIBLIOGRAFIA
Código Cívil – 2002
Código de Defesa do Consumidor
Leonardo de Medeiros Garcia – Coordenador da Coleção Estefânia Rossignoli – Coleção Sinopses para concurso – Direito Empresarial – 3ª Edição – Editora Jus Podivem – 2014..

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