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* * DEQ/UFPE Universidade Federal de Pernambuco Centro de Tecnologia e Geociências Departamento de Engenharia Química Espectometria de Absorção Atômica em Chama Profª. Daniella Napoleão * * Absorção Atômica Fotometria • Quantificação por intensidade de luz, não necessariamente mantendo a informação espectral. Colorimetria • Quantificação em colorímetro. “A espectrometria de absorção atômica (AAS; EAA) é uma técnica espectroanalítica para determinações quantitativas de elementos, baseada na absorção de radiação das regiões visível e UV por átomos livres no estado gasoso ” * * Absorção Atômica Absorção Atômica Todos os átomos absorvem luz (radiação); A radiação absorvida é específica para cada átomo e corresponde ao salto do elétron para níveis de energia característicos de cada elemento; O comprimento de onda, no qual a luz é absorvida, é específico para cada elemento. Se uma amostra contém Ni, por exemplo, mas possui outros elementos como Pb e Cu sendo expostos à luz do comprimento de onda característico para Ni, somente os átomos de Ni irão absorver esta luz; A quantidade de luz absorvida neste comprimento de onda é proporcional ao número de átomos do elemento selecionado em um caminho ótico. * * Absorção Atômica Absorção Atômica Envolve a medida de absorção da intensidade da radiação eletromagnética, proveniente de uma fonte de luz, por átomos gasosos no estado fundamental; Determinação quantitativa de elementos (metais e alguns não metais) em uma ampla variedade de amostras (águas, materiais biológicos, clínicos, ambientais, alimentos, geológicos). Tipos: Chama (FAAS); Atomização eletrotérmica (ETAAS); Forno de grafite (GFAAS) com filamento de tungstênio (WCAAS); Geração de vapor atômico a frio (CVAAS): Hg; Geração de hidretos (HGAAS): As, Se, Sb, Sn, Bi e outros. * * Absorção Atômica Absorção Atômica Representação do processo Princípios básicos da espectrometria de absorção atômica: Gerar nuvem de átomos no estado fundamental; Incidir na nuvem de átomos radiação com comprimento de onda adequado; Diferenciar sinal de absorção atômica de sinal de absorção de fundo (absorção molecular e espalhamento de radiação). * * DEQ/UFPE Quantitativamente: Absorção Atômica * * Absorção Atômica Absorção Atômica * * DEQ/UFPE ESPECTRO DE ABSORÇÃO Ex.: Átomo de sódio (Z= 11) – [Ne] 3s1 – estado fundamental * * ATOMIZADOR EM CHAMA Uma solução da amostra é nebulizada por um fluxo de oxidante gasoso, misturado com um combustível gasoso, e levada à chama onde ocorre a atomização. * * DEQ/UFPE ATOMIZADORES DE CHAMA São empregados, além da absorção atômica, para emissão e fluorescência atômica. O aerossol, formado pelo fluxo do oxidante, é misturado com o combustível e passa por uma série de placas defletoras que removem quase todas gotas (drenadas para um descarte), com exceção das menores. O aerossol, oxidante e o combustível são levados a combustão no queimador, que tem uma fenda de 5 ou 10 cm de comprimento e 0,5 mm de largura. Queimadores de fluxo laminar produzem chama relativamente estável e com altura consideravelmente longa o que maximiza a absorção, aumentando a sensibilidade e a reprodutibilidade da técnica. * * DEQ/UFPE PROPRIEDADES DA CHAMA Tipos de Chama A chama mais comum é a acetileno (combustível) ar (oxidante) Elementos que formam compostos refratários necessitam de chamas mais quentes, como acetileno/óxido nitroso. Chamas mais quentes, podem ionizar alguns metais A chama gás natural/ar é utilizada para metais alcalinos e alcalinos terrosos. * * DEQ/UFPE Regiões de uma chama Zona de combustão primária Região entre zonas Zona de combustão secundária A aparência e o tamanho das regiões dependem do tipo e razão entre combustível e oxidante. * * DEQ/UFPE Zona de combustão primária Cor azul, devido a emissão do C2, CH e outros radicais. O equilíbrio térmico não é atingido e, por esta razão, não é utilizada. Região entre zonas Mais usada em espectrometria atômica. Rica em átomos livres Zona de combustão secundária Formação de óxidos estáveis Interferência de bandas moleculares Regiões de uma chama * * DEQ/UFPE Perfis de Temperatura A temperatura máxima fica a 1 cm da zona primária. É importante, principalmente para emissão, focalizar a mesma parte da chama na entrada da fenda. * * DEQ/UFPE Perfis de Absorbância A posição da chama na qual é observado o máximo de absorção, ou emissão, atômica depende do elemento que está sendo medido. Ex.: Mg, Ag e Cr. Maiores distâncias com relação a base, permitem uma maior exposição ao calor, gerando um aumento no número do átomos. Todavia, favorecem a formação de óxidos. * * DEQ/UFPE Considerações A absorção e a emissão, também dependem do tipo de chama e taxas de fluxo (vazões) do combustível, oxidante e amostra. Se a chama é “rica” em combustível (chamas redutoras - amareladas), o excesso de carbono tende a reduzir óxidos e hidróxidos metálicos, aumentando a sensibilidade para compostos que tendem a formar refratários (Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Mo, Cr, Sn). Uma chama “pobre”, com excesso de oxidante, é mais quente (chamas oxidantes – azuladas), aumentando a eficiência na atomização (Pb, Zn, Cu). Elementos diferentes necessitam, cada um, de chamas ricas ou pobres para melhores análises. * * DEQ/UFPE Apesar de ser o mais reprodutível dos métodos de atomização, apenas 5 a 15 % da amostra nebulizada atinge a chama (queimador de pré-mistura), ocorrendo ainda diluição posterior pelos gases combustível e oxidante, o que reduz a concentração do analito na chama; Baixa eficiência de amostragem da chama: grande parte da amostra flui para o dreno e o tempo de residência dos átomos no caminho óptico é breve (~ 10-4 s); Volume mínimo de 0,5 a 1,0 mL de amostra para leitura confiável; As amostras viscosas (por ex. óleos, sangue e plasma sanguíneo) devem ser diluídas com um solvente antes da nebulização. Desvantagens da atomização em chama (Thomerson e Thompson, 1975 in Vogel, 6ª ed.) * * DEQ/UFPE A amostra (sólida ou líquida) é introduzida em um forno de volume confinado sendo atomizada em um curto intervalo de tempo (tempo de residência dos átomos no caminho óptico é de 1 s ou mais - aumenta a sensibilidade); Uma pequena quantidade de amostra é depositada no forno ocorrendo os seguintes eventos: secagem (1100C), pirólise (300 a 12000C) e a atomização (2000 a 30000C); etapa de limpeza (?). A absorção das partículas atomizadas é medida na região imediatamente acima da superfície aquecida; Tipos: Forno de grafite, Filamento de Tungstênio. * * DEQ/UFPE ATOMIZADORES ELETROTÉRMICOS * * DEQ/UFPE ATOMIZADORES ELETROTÉRMICOS * * DEQ/UFPE Atomização: 3 ou mais etapas * * DEQ/UFPE TÉCNICAS DE GERAÇÃO DE HIDRETOS Consiste em fazer reagir os elementos que formam hidretos (As, Sb, Se, Bi, Ge, Te e Pb) com o NaBH4 em meio ácido; Ex.: Para As (III) 3BH4- + 3 H+ + 4 H3AsO3 3 H3BO3 + 4 AsH3 + 3 H2O Os hidretos do analito são gerados em recipientes em separados e depois são transportados por um gás inerte em direção ao sistema de detecção; Decomposição por aquecimento leva à formação de átomos do analito; A técnica de geração de hidretos melhora os limites de detecção por uma fator de 10 a 100. * * DEQ/UFPE Requer somente que as soluções sejam aquecidas em tubo de quartzo 1 2 3 1. Separação gás-líquido; 2. Dissociação dos hidretos gasosos; 3. Informação para o detector. * * DEQ/UFPE Nebulizadores Pneumáticos As amostras para análise são inicialmente dissolvidas em meio aquoso ou inseridas em pasta fluída (suspensão ou emulsão); A solução ou pasta fluída é introduzida no atomizador por um nebulizador que converte o líquido em um nuvem fina, ou aerossol. Tipos de nebulizadores pneumáticos: Tubo concêntrico (mais comum) Fluxo transversal Disco poroso Babington * * DEQ/UFPE (a) Tubo concêntrico (b) Fluxo transversal (c) Disco poroso (d) Babington * * DEQ/UFPE Processo de transporte: aspiração Nebulizadores pneumáticos de tubo concêntrico: Amostra líquida é sugada através de um tubo capilar por um tubo de alta pressão de gás em torno da ponta do tubo. O gás em alta velocidade divide o líquido em pequenas gotas de vários tamanhos, que são então levados ao atomizador Mais comum * * DEQ/UFPE Nebulizadores Ultra-sônicos A amostra é bombeada para a superfície de um cristal peizoelétrico que vibra a uma frequência de 20kHz a vários MHz. Produzem aerossóis mais densos e mais homogêneos. Nebulizadores Eletrotérmicos Uma pequena quantidade da amostra líquida ou sólida é colocada em um condutor como um cilindro de carbono, que é aquecido com a passagem de corrente, pelo qual flui uma corrente de argônio. Nebulizador e atomizador eletrotérmico representam uma única unidade. * * DEQ/UFPE Queimador Nebulizador * * Monocromadores Como selecionar o comprimento de onda desejado? Monocromadores: Fenda de entrada Lente colimadora ou espelho Prisma ou rede de difração ou Holográfica Elemento de Focalização Fenda de saída * * DEQ/UFPE Rede como elemento dispersor Dispositivo constituído de uma superfície plana com uma série de ranhuras muito próximas, paralelas e eqüidistantes, traçadas sobre uma placa de vidro (rede de transmissão), ou placa com metal depositado (rede de reflexão); Para a região UV/Vis: 300 a 2000 ranhuras/mm. * * DEQ/UFPE Rede mestre. Construída sobre uma superfície polida e riscada com ponta de diamante. São caras, pois requerem equipamentos de alta precisão para sua construção (300 a 2000 ranhuras/mm, normalmente 1.200 a 1.440). Redes replicadas. São formadas a partir da rede mestre por um processo de deposição de resina. Em seguida, alumínio, ouro ou platina é depositado para se tornar reflexiva. Redes holográficas. Construída com lasers. Grande perfeição no que diz respeito à forma e dimensões das ranhuras (6.000 linhas/mm a um custo relativamente baixo). Fornecem espectros livres de radiação espúria. Redes côncavas. Permite a confecção de monocromadores sem o uso de espelhos ou lentes de focalização. É vantajoso em termos de custo. * * DEQ/UFPE Fendas dos Monocromadores Papel importante no desempenho dos monocromadores; Uma faixa espectral em particular pode ser posta em foco na fenda de saída girando-se o elemento dispersor; A abertura pode ser fixa ou variável. * * DEQ/UFPE Fendas dos Monocromadores As fendas exercem papel importante nas características de desempenho do monocromador e na sua qualidade. A fenda de entrada atua como uma fonte de radiação, sua imagem é focalizada no plano focal que contém a fenda de saída. As fendas de entrada e saída juntamente com a dispersão da rede ou prisma definem a largura de banda efetiva. A maioria dos monocromadores é equipado com fendas variáveis. * * DEQ/UFPE ESPECTRÔMETROS DE ABSORÇÃO ATÔMICA Átomos excitados pela chama emitem o mesmo l resultando em uma absorbância menor que a real. A modulação permite descontar o sinal correspondente à emissão. * * DEQ/UFPE Fonte Atomizador Monocromador Detector ESPECTRÔMETROS DE ABSORÇÃO ATÔMICA * * DEQ/UFPE O instrumento deve ser capaz de fornecer uma largura de banda suficientemente estreita para isolar a linha escolhida para a medida das outras linhas que possam interferir ou diminuir a sensibilidade da análise. Instrumento de feixe simples Instrumento de duplo feixe * * DEQ/UFPE ESPECTRÔMETRO DE ABSORÇÃO ATÔMICA DE FEIXE SIMPLES * * DEQ/UFPE ESPECTRÔMETRO DE ABSORÇÃO ATÔMICA DE DUPLO FEIXE * * DEQ/UFPE O instrumento deve ter um suporte de lâmpada capaz de acomodar 4 lâmpadas de catodo oco, pelo menos, com uma fonte independente de corrente estabilizada para cd lâmpada; O compartimento de amostra deve incorporar um auto-amostrador capaz de trabalhar com atomizadores de chama e de forno; O monocromador deve ter alta resolução, tipicamente 0,04 nm; O fotomultiplicador deve operar entre 188 e 800 nm; Todos os instrumentos devem possuir um sistema de correção de radiação de fundo; Uma tela de vídeo integrada torna o instrumento mais fácil de operar e é mais fácil desenvolver e compreender os métodos analíticos. Características instrumentais de um aparelho de AA moderno * As fendas exercem papel importante nas características de desempenho do monocromador e na sua qualidade. A fenda de entrada atua como uma fonte de radiação, sua imagem é focalizada no plano focal que contém a fenda de saída. As fendas de entrada e saída juntamente com a dispersão da rede ou prisma definem a largura de banda efetiva. A maioria dos monocromadores é equipado com fendas variáveis. * As fendas exercem papel importante nas características de desempenho do monocromador e na sua qualidade. A fenda de entrada atua como uma fonte de radiação, sua imagem é focalizada no plano focal que contém a fenda de saída. As fendas de entrada e saída juntamente com a dispersão da rede ou prisma definem a largura de banda efetiva. A maioria dos monocromadores é equipado com fendas variáveis. *
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