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DEQ/UFPE Universidade Federal de Pernambuco Centro de Tecnologia e Geociências Departamento de Engenharia Química ������������� �� � ��� � Prof. Daniella Carla Napoleão Espectrometria de Raios X Raios X: são constituídos por radiação eletromagnética com comprimento de onda curto, produzida pela desaceleração de elétrons ou pela transição eletrônica de elétrons dos orbitais internos dos átomos. Para termos analíticos são gerados 4 formas de raios X: • Bombardeamento de um alvo metálico com feixe de elétrons de alta energia; • Exposição de uma substância a um feixe primário de raios X que irá gerar um feixe secundário; • Uso de uma fonte radioativa, cujo processo de decaimento resulta na emissão de raios X; • A partir de uma fonte da radiação síncroton (acelerador de partículas em que existe a presença de campos elétrico e magnético). Raios X Bombardeamento de um alvo metálico: dentro do tubo de raios X, os elétrons produzidos no catodo, são acelerados na direção do alvo (anodo metálico) por uma diferença de potencial em torno de 100 kV. O tubo de filamento e um anodo estão em uma caixa de alto vácuo de metal. O filamento é aquecido por uma corrente elétrica que, em seguida, emite elétrons por emissão termiônica. Raios X Raios X As fontes de raios X frequentemente produzem dois tipos de espectros: contínuos e de linha. Espectros contínuos de fontes de feixe de elétrons: Uma vez entendido o bombardeamento, verifica-se que quando os elétrons colidirem uma parte da energia será convertida em raios X: • Contínuos: são caracterizados por um �0 limite, dependente do valor da voltagem aplicada. • Linha: são caracterizados por emitir um espectro superposto ao contínuo. Raios X • Contínuo � Resulta da desaceleração do elétron durante a penetração no anodo; � Trata-se de uma curva de contagens por segundo, versus comprimento de onda do raio X; RELEMBRANDO: um fóton de radiação, com frequência f, transporta uma energia hf=hc/�, onde � é o comprimento de onda da radiação. Logo, o raio X emitido deverá ter energia máxima igual à energia do elétron incidente. Raios X Espectro contínuo: resultante da colisão do feixe de elétrons acelerados com os elétrons alvo. COLISÃO DESACELERAÇÃO DO ELÉTRON EMISSÃO DO FÓTON Energia do fóton: o abaixamento da energia cinética varia de colisão pra colisão de forma contínua em um grande intervalo. Raios X Espectro contínuo: Observe que a intensidade do espectro aumenta com a tensão e o limite mínimo de comprimento de onda muda para comprimentos de ondas menores, ou seja, as energias mais elevadas. Raios X Espectro contínuo �0 = frequência máxima da radiação, que pode ser produzida pela voltagem V; �0= comprimento de onda limite da radiação; V.e = Ec de todos os elétrons do feixe. Raios X �������� � �� �� �������� �� �� �� Raios X Espectros de linhas de fontes de feixe de elétrons: esses espectros são extremamente simples quando comparados com a emissão ultravioleta. Para elementos químicos, como o molibdênio (Z=23), verifica-se linhas em diferentes comprimentos de onda: • Grupo de comprimentos de ondas menores: série K; • Grupo de comprimentos de ondas maiores: série L. � Elementos com Z< 23, só possuem a série K. Raios X A fonte de decaimento e a emissão de raios X – espectros de fontes radioativas: Os raios gama que não podem ser distinguidos dos raios X, são produzidos em reações intranucleares. Os processos de emissão alfa e beta deixam o núcleo num estado excitado, fazendo com que seja liberado um ou mais quanta de raios gama, retornando após ao estado fundamental. Captura de elétrons ou captura K: produção dos raios X. Raios X A fonte de decaimento e a emissão de raios X – espectros de fontes radioativas: Raios X A fonte de decaimento e a emissão de raios X – espectros de fontes radioativas: Com a captura K ocorrem transições eletrônicas para o orbital vazio, sendo verificada a formação de um elemento com um número atômico mais baixo. A linha resultante de manganês K � provou ser útil para métodos de fluorescência e de absorção. Raios X A fonte de decaimento e a emissão de raios X – espectros de fontes radioativas: Fontes de radioisótopos comuns para raios X. Raios X Absorção de Raios X: a intensidade de um feixe de raios X ao atravessar um material diminui pela existência de dois fenômenos: absorção e dispersão (espalhamento). O efeito de espalhamento é muito pequeno e pode ser negligenciado em comprimentos de onda em que ocorre considerável absorção. Raios X Absorção de Raios X Raios X Coeficiente de Absorção: ALei de Beer aplica-se à radiação de raios X da mesma forma que às demais radiações eletromagnéticas, podendo-se escrever: Raios X Coeficiente de Absorção: Pode-se ainda escrever: Raios X Difração de Raios X Raios X Difração de Raios X REDE CRISTALINA Raios X Difração de Raios X REDE CRISTALINA Raios X Fluorescência de Raios X É possível induzir transições eletrônicas entre os orbitais mais internos dos átomos utilizando radiações eletromagnéticas de energia adequada (raios X e raios gama). A energia da radiação de fluorescência identifica o elemento, enquanto sua intensidade permite que seja medida sua concentração na amostra analisada mediante uma prévia calibragem. A baixa penetração dos raios X de florescência na matéria, da ordem dezenas de microns, em função do elemento florescente e da matriz, limita a informação analítica aos estratos mais superficiais do material estudado. Raios X Instrumentação Do ponto de vista da utilização a instrumentação de FRX pode ser dividida em duas grandes categorias: os espectrômetros de laboratório e os espectrômetros portáteis. O espectrômetro portátil é um aparelho que pode ser usado in situ e permite aproximação adequada do objeto a analisar, garantindo, ao menos por linha de princípio, a não - destrutividade da técnica. Raios X Fluorescência de Raios X A fluorescência de raios-X (XRF ou FRX) utiliza sinais de raios-X para excitar uma amostra desconhecida. Os elementos individuais presentes na amostra emitem seus raios-X característicos (fluorescentes). O EDX detecta estes raios-X e, qualitativamente, determina quais elementos estão presentes no material. Raios X Aplicações da Fluorescência de Raios X São diversos os setores e aplicações, dentre eles: • Metais; • Triagem de sucatas; • Identificação positiva de materiais; • Mineração e exploração; • Análise ambiental e de solos; • Arte e Arqueologia; • Pesquisa e Ensino. Raios X Componentes dos instrumentos: os instrumentos de raios X apresentam componente que são análogos aos da absorção e da emissão. Sendo eles: • Fonte; • Dispositivo para restringir a faixa do comprimento de onda; • Compartimento para a amostra; • Detector de radiação; • Dispositivo de saída. Raios X Fontes: Três tipos são empregadas, são elas: tubos, radioisótopos e fontes secundárias de fluorescência. Tubo de raios X: é a mais comum, apresentando-se de vários formatos. Trata-se de um tubo com alto vácuo em que se tem um catodo (de tungstênio) e um anodo volumoso (geralmente um bloco pesado de cobre). A produção de raios X se dá pelo bombardeamento de elétrons. Radioisótopos: várias substâncias têm sido usadas, sendo o radioisótopo encapsulado, para prevenir a contaminação e protegido para absorver radiação em todas as direções. A grande maioria produz espectros de linhas simples, outras um contínuo. Raios X Fontes: Três tipos são empregadas, são elas: tubos, radioisótopos e fontes secundárias de fluorescência. Fontes secundárias de fluorescência: esse arranjotem a vantagem de eliminar a radiação contínua emitida pelo alvo primário. Exemplo: um tubo de raios X com alvo de tungstênio pode ser usado para excitar linhas K� e K� do molibdênio. Raios X Fontes Raios X Filtros para raios X: tanto os filtros como os monocromadores são utilizados com o objetivo de se trabalhar com uma faixa de comprimentos de ondas estreita. Geralmente, a linha K� e a parte do contínuo emitido é removido, ficando a linha K� pura livre para análises. Quando a radiação monocromática é produzida desse jeito tem-se larga aplicação na difração e raios X. Outra forma de filtrar o contínuo de um tubo se dá utilizando tiras de metal. Raios X Monocromadores de raios X: consiste de um par de colimadores de feixe, que tem a mesma a função das fendas de um instrumento óptico, e de um elemento dispersivo (monocristal). Transdutores de Raios X: responsáveis por converter a energia radiante em um sinal elétrico, são empregados três tipos: transdutores a gás, contadores de cintilação e transdutores de semicondutores. Transdutores a gás: a radiação de raios X passa através de um gás inerte (Ar, Xe, Kr) promovendo a produção de íons gasosos positivos e elétrons para cada quanta de raios X. Raios X Contadores de cintilação: no começo a técnica envolvia uma contagem manual de flashes, que eram produzidos quando os fótons batiam em uma tela de sulfeto de zinco. Hoje a contagem da cintilação é feita por tubos fotomultiplicadores. Raios X Detectores de Raios X: define o tipo do equipamento de Raio-X, são utilizados: • Filme Fotográfico (possui uma câmara que proteja o filme da luz ambiente); • Contador Geiger: é um tipo de transdutor a gás (tubo cilíndrico revestido metalicamente, com uma janela de recepção dos raios na extremidade); • Contador Proporcional (semelhante ao anterior, possui a janela de recepção dos raios-X localizada na lateral do tubo ); • Contador de Cintilação: (consiste de um cristal de iodeto de sódio ativado por tálio, montado em uma válvula fotomultiplicadora). Raios X Porque usar a técnica de raios X? a) Trata-se de uma técnica elementar, que permite identificar materiais componentes de um objeto, como também o estudo de sua proveniência e tecnologias de fabricação; b) Não é destrutiva, prestando-se à analise de objetos únicos e de grande relevância; c) Adequa-se à instrumentação portátil, possibilitando seu emprego no interior de museus e de laboratórios de restauro para análise de obras de difícil locomoção, por serem frágeis ou de grandes proporções. d) Análise rápida e completa; e) Elevada exatidão e precisão. Raios X Desvantagens: • Menor sensibilidade que métodos ópticos; • Não aplicável a elementos leves (sobretudo com elementos com Z<23); • Elevado custo.
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