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LINGUAGEM JURIDICA

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Comunicação jurídica
PARTE 1
Ego = Eu (Stricto sensu - senso crítico)
Alter = Outro (Compreensão)
Comunicar = Comunicare (Latim)
Mesmo calar-se é um ato de comunicação. ( O silêncio do denunciado pode ser interpretado contra ele.)
Tanto é que, segundo Ernoult e Meilet, os latinos, pelo menos até a época clássica, tinham dois verbos para o ato de calar-se. SILERE (Para os irracionais) e TACERE (Para os racionais).
Qualquer forma de comunicação se apoia no binômio emissor- receptor. 
Não há comunicação unilateral, não pode ser solitário mas sim, solidário entre indivíduos e suas relações sociais.
Ruído = Obstáculo que fecha o circuito de comunicação
(Atrapalha o ato comunicatório)
Magalhães Noronha estabelece o modus operandi no interrogatório de mudos, surdos-mudos, analfabetos e estrangeiros.
Elementos da comunicação:
Emissor: Produtor da mensagem
Receptor: Destinatário da mensagem
Mensagem: Assunto a que se refere
Canal: Elemento por qual é transmitida a mensagem (Papel, carta, telefonema)
Código: Vernáculo, linguagem verbal, idioma da mensagem.
Referente: Objetivo que se espera por meio da mensagem
Metalinguística: Utilização do código para falar dele mesmo.
EX: Uma pessoa falando do ato de falar.
 Uma pessoa escrevendo o ato de escrever.
O discurso persuasório apresenta duas vertentes.
EXORTATIVA: Fala sobre algo
AUTORITÁRIA: Imperativo, impera poder.
- Discurso comunicacional: Fala sobre algo
- Discurso retórico: Fala a fim de convencer, persuadir
PS: Ambos apresentam afinidades, é possível estarem juntos em um único discurso.
Função fática ----- Exórdio/Fala sobre algo
(O objetivo é o mesmo: despertar a atenção do receptor/ auditório)
Função emotiva ----Actio
Ojetivo: Enfatizar papel do emissor (Orador)
Função poética---------Elocutio
Objetivo: Enriquecer a comunicação com a forma da mesagem
Função referencial--------Inventio/Despositio
Objetivo: Busca de argumentos (Inventio), Organização de argumentos (Despositio)
Função conativa-----Actio
Objetivo: Ação do emissor para persuadir e convencer o receptor.
- A língua falada está provida de recursos extralinguísticos, contextuais – gestos, postura, expressões faciais que, por vezes, esclarecem ou complementam o sentido da comunicação. O interlocutor torna a língua mais ALUSIVA ( Relativa/patética), ao passo que a escrita é mais PRECISA.
Dialetos: Variações sociais e individuais na utilização da linguagem.
Níveis de linguagem
Linguagem culta (Variante-padão)
O vocabulário é rico e são observadas as normas gramaticais em sua plenitude. Em latim era o sermo urbanus/ sermo eruditus.
Linguagem Familiar (Sermo usualis)
Emprega-se o vocabulário da língua comum e a obediência às disposições gramaticais é relativa, permitindo-se até mesmo construções próprias da linguagem oral.
Linguagem Popular 
É linguagem corrente, sem preocupação com regras gramaticais de flexão, carregada de gírias e de falares regionais.
Litem/lide/lite = Conflito
O ato comunicativo não é uma lógica formal (lógica de fatos) porque esta é só uma suposição sem força condenatória. 
A linguagem jurídica vale-se da lógica clássica para organização do pensamento.
CONCEITOS BÁSICOS DE LINGUÍSTICA
Perguntas do Emissor:
- Quem sou eu?
Dependendo do papel social, a codificação deve direcionar a mensagem e selecionar o vocabulário.
-O que dizer?
Estabelecer com concisão (exposição breve da ideias), precisão e objetividade as ideias a serem codificadas.
-Para quem?
Não perder de vista a figura do receptor é fundamental.
-Qual a finalidade?
O emissor nunca deve perder de vista o objetivo comunicativo, pois, dependendo de seu desiderato (desejo), irá escolher ideias e palavras para expressá-las.
-Qual o meio?
Empregar com cuidado as normas da língua (Padrão, familiar, popular), idioma. >>De acordo com a finalidade a que se destina a mensagem.
Plano lógico de organização das relações sintagmáticas
Recte/Reta:
Na primeira etapa do roteiro onomasiológico escolhem-se ideias lógicas e adequadamente inter-relacionadas à proposta temática.
Bene/Boa:
Em seguida, verifica-se a construção frásica que deve estar sintaticamente correta.
Pulchre/Bonita:
 A frase deve ser revestida de recursos estilísticos que a tornem mais atraente e persuasiva.
- O receptor, depois de recepcionada e compreendida a mensagem do emissor, deve julga-la, com seu posicionamento ou com o auxílio de julgamentos de outros emissores >>> Fazendo a análise crítica da mensagem.
O emissor realiza as relações paradigmáticas em primeiro plano e a seguir estabelece relações sintagmáticas.
O receptor por sua vez parte das relações sintagmáticas para alcançar as relações paradigmáticas do emissor.
As relações paradigmáticas formas a estrutura de profundidade do texto.
- ( Camada semântica que indica a intenção/extensão da ideia)
As relações sintagmáticas formam a estrutura de superfície do texto 
-(Relações sintáticas que asseguram a eficácia semântica, traduzindo exatamente a ideia que se pretende transmitir)
SEGUE ABAIXO TABELA DO ATO COMUNICATIVO
Léxico é TODO o conjunto de palavras de uma língua. 
Vocabulário refere-se ao rol de palavras utilizadas por um grupo específico (ex.: vocabulário jurídico, vocabulário da botânica, etc.).
O vocabulário dividi-se em ATIVO, que é aquele efetivamente em USO na fala ou escrita de um falante. E vocabulário PASSIVO, que refere-se ao conjunto de palavras que podem ser compreendidas por um falante, mas nem sempre usadas. Portanto, o repertório maior é o passivo.
Denotação: sentido concreto, real, próprio, dicionarizado.
Conotação: é o sentido figurado, afetivo, transformado a partir da denotação.
Conotação: dois processos de formação:
Similaridade: “Ela é uma flor” =metáfora: características do objeto denotatum “flor” atribuídas a “ela”.
Contiguidade: processo metonímico: toma-se “a parte para representar o todo” (“Maria tem um bom coração”). O conjunto das qualidades de Maria estão concentradas em “coração”.
OBS.: A CONOTAÇÃO ADVEM DO FENÔMENO DA POLISSEMIA, QUE É UMA POTENCIALIDADE DAS PALAVRAS DE SEREM PLURISSIGNIFICATIVAS. PORÉM, DESTACA-SE QUE, NO CONTEXTO, NÃO HÁ POLISSEMIA.
CONOTAÇÃO -> POLISSEMIA
O sentido das palavras na linguagem jurídica
Unívoco: UM só sentido, presença da monossemia em termos jurídicos usados de modo específico para nomear delitos (“roubo” e “furto”).
Equívoco: sentido plurissignificante, polissêmico (“ justiça”; “crime”; etc.). Sentido identificado no contexto.
Análogo: quando as palavras pertencem a uma mesma família ideológica, ou seja, remetem a uma mesma idéia, embora não tenham a mesma origem. Palavras comumente conhecidas como sinônimas. Mas podem não ter o mesmo sentido. Ex: furto e roubo são análogas em relação ao tipo de crime contra o patrimônio.
Sinonímia: significado aproximado, nunca igual – Mesma família ideológica.
Paronímia: significante/forma, expressão “parecida”, mas significados diferentes.
Arcaísmos: termo antigo (em desuso ou transformado).
Neologismos: termos novos que recebem o status de “palavra” oficial do idioma, quando dicionarizados.
Estrangeirismos: empréstimos úteis à vida de uma língua, hoje globalizada. Se dicionarizados, recebem “status” de língua nova.
 Latinismos: o português nada mais é que o mesmo latim transformado. Intensamente utilizado na língua (uso largo na linguagem jurídica).
Campos semânticos: nocional, conceitual, reúne palavras de mesma família ideológica (idéias, conceitos próximo). Escola, aluno, professor.
Campos léxicos: palavras de mesma família etimológica, derivacional (escola, escolaridade, escolar).
Homonímia: homo(igual)nímia(nome).
Na escrita=homógrafa.
Ex.: olho (olho-substantivo); olho (olho-verbo).
No som=homófona
Ex.: seção; sessão; cessão.
Na escrita e no som=homonímia perfeita
Ex.: são.
OBS.: VALOR SEMÂNTICO=SENTIDO
 VALOR GRAMATICAL=CLASSIFICAÇÃO NORMATIVA
(VERBO, PRONOME).

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