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trabalho de nutrição humana 1

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Hormônios - Gastrina 
A gastrina é um hormônio produzido por células endócrinas da parede do estômago, que participa da digestão humana induzindo as glândulas estomacais a secretar as pepsinas (enzimas do suco gástrico responsáveis pela digestão de proteínas) e o ácido clorídrico. A secreção desse hormônio é induzida pela presença de alimento no estômago (mais especificamente por proteínas e produtos da hidrólise das mesmas). Além disso, esse hormônio causa aumento da atividade motora da musculatura do estômago e relaxamento do piloro (válvula que separa o estômago do duodeno), propiciando o esvaziamento do estômago. Quando o pH da região próxima ao piloro cai abaixo de 2,5, a liberação de gastrina é inibida, o que contribui para regular a atividade do estômago. Quanto às funções do ácido clorídrico, este torna o pH do estômago bastante baixo (em torno de 1,5 a 2), o que contribui para destruir os micro-organismos, amolecer os alimentos e criar condições de pH ideais para a atuação das enzimas que digerem as proteínas dos alimentos ingeridos.
Secretina
A secretina é um hormônio polipeptídeo com 27 aminoácidos produzida pelas células S do duodeno em resposta a um pH entre 2 e 4,5 (muito ácido). Com função ao ser liberado na corrente sanguínea para estimular a secreção de água e bicarbonato no pâncreas e pelas glândulas de Brünner. O bicarbonato (HCO3-) ajuda a neutralizar o ácido gástrico, processo essencial para a digestão das gorduras. A secretina inibe, também, a secreção de gastrina pelas células G do estômago. Recentemente também foi descoberto que atua no hipotálamo estimulando a secreção de antidiurético e consequentemente a retenção de água pelos rins.
CCK
A colecistocinina ou colecistoquinina (CCK) é um hormônio gastro-intestinal (GI) que estimula a contração da vesícula biliar e do pâncreas, com digestão de gordura e proteínas. Está relacionado com a digestão e com a sensação de saciedade.Com suas principais funções são a estimulação da secreção de enzimas pancreáticas, potenciação a ação da secretina. Ambas essas hormonas estimulam a proliferação celular no pâncreas exócrino.
Motilina 
Um hormônio do trato Gastrointestinal GI é uma substância produzida por um tipo de célula endócrina do trato GI, de onde é liberado para o sangue por um estímulo específico, atingindo o órgão alvo, onde regula a motilidade, a secreção, a proliferação celular, entre outras funções. A Motilina atua de forma específica na motilidade, regulando o trânsito gastrointestinal.
A motilina é um polipeptídio contendo 22 resíduos de aminoácidos, que atua sobre receptores acoplados a proteína G em neurônios entéricos do duodeno e cólon, e após a sua injeção, produz contração do músculo liso no estômago e no intestino. Secretada por Células epiteliais membranosas presentes na mucosa do intestino delgado.
Somatostatina 
Seu isolamento aconteceu, pela primeira vez, em 1973, a partir do hipotálamo de ovinos. Podem apresentar 14 (S-14) ou 28 (S-28) aminoácidos e, embora a última possa ser um pró-hormônio da primeira, ambas possuem ação predominantemente inibitória, tanto para a secreção de GH (hormônio do crescimento ou somatotrofina) quanto para a secreção de TSH (hormônio estimulante da tireóide). São encontradas em diversos tecidos extra-hipotalâmicos, como no sistema gastrointestinal, na placenta e região medular da suprarrenal, apresentando outras funções além do controle da secreção de hormônios hipofisários.
Filogeneticamente, a SS que está presente em invertebrados primitivos, como certos protozoários, surgiu antes do glucagon e dos peptídeos pancreáticos. Inibe a secreção salivar, reduzindo a secreção de ácido clorídrico e de pepsina; no pâncreas é responsável por inibir a secreção de insulinae glucagon. Nos intestinos, a SS pode levar à má absorção e diarréia aquosa, além de diminuir a filtração glomerular, o que resulta em uma redução do volume urinário.
A SS age bloqueando a liberação de GH a vários estímulos farmacológicos e fisiológicos. O seu mecanismo de ação engloba basicamente a depressão da exocitose depois de ocorrida a ligação com os receptores de membrana (pertencentes a superfamílias dos recepetores ligados à proteína G), levando à ativação de proteínas ligadoras de guanina que reduzem o AMP cíclico (AMPc), elevando o efluxo de potássio e reduzindo a concentração do cálcio presente no citosol das células.
A meia-vida da SS endógena é pequena, menos de 3 minutos, e sua metabolização é feito por endopeptidases no sistema nervoso central, no plasma sanguíneo e no fígado.
Os análogos sintéticos da SS possuem uma meia-vida maior, e também, uma maior seletividade de ação quando comparada com a SS endógena. Podem ficar na circulação sanguínea por mais de 3 horas, apresentando um potencial de redução da secreção do GH 45 vezes maior que a SS endógena. Na terapêutica é utilizada, principalmente, no tratamento de acromegalia. É utilizada também em casos de fístulas pancreáticas e intestinais, no tratamento de neoplasias secretoras endócrinas do trato gastrointestinal e em casos de hemorragia gastrointestinal severa e aguda. No tratamento dacetoacidose diabética, atuam como coadjuvantes.

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