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25 manual do inventariante,

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ALMEIDA GUILHERME Advogados Associados 
 
 
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A l a m e d a J a ú , 1 1 7 7 – 1 º a n d a r 
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T E L : + 5 5 ( 1 1 ) 3 2 8 4 - 1 4 5 5 
F A X : + 5 5 ( 1 1 ) 3 2 8 4 - 3 3 2 7 
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Aspectos gerais da qualidade de Inventariante 
 
por 
Priscilla Bitar D’Onofrio 
Advogada sócia de Almeida Guilherme Advogados 
e 
André Fernando Reusing Namorato 
Membro de Almeida Guilherme Advogados 
 
A figura do inventariante é de suma importância no procedimento de transmissão da 
herança. O inventariante tem a incumbência de dirigir e organizar o espólio, arrecadando os bens, 
conservando-os e administrando-os até a entrega de cada porção aos herdeiros. 
Segundo preleciona Pontes de Miranda, “é o que faz a relação dos bens e dos 
herdeiros, administra os bens da herança e a representa, até que passe julgado a sentença”. 
Para uns, é considerado o inventariante um depositário, ou uma figura aproximada ao 
depositário, embora ressaltando as diferenças, especialmente as atinentes às obrigações, mais 
rígidas e complexas no depósito, tanto que sua transgressão resulta em pesadas punibilidades, 
inclusive com a cominação da pena coercitiva da liberdade. 
Já com o inventariante não há como se aplicar a pena restritiva de liberdade, por mais 
relapso que seja o inventariante. No máximo, se vulnerados os deveres, é destituído do cargo e 
sequestráveis se tornam os bens sob sua administração. 
O mesmo ocorre com o mandato em relação à inventariança, já que o inventariante 
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representa os demais herdeiros e age em nome deles para decidir inúmeras questões, inclusive 
manifestando-se por todos. Porém, o mandato de poderes é geralmente mais amplo, já que em todos 
os assuntos o mandatário está autorizado a decidir, sempre que convirjam as intervenções aos 
interesses do mandante. 
Ademais, cite-se em linha preliminar que o poder de decisão do inventariante não é 
tão amplo, eis que, às vezes é obrigado a agir mesmo contra as pretensões dos herdeiros. O 
inventariante não alcança o cargo em razão da confiança que os demais herdeiros nele depositam, e 
sim, sobretudo em razão de uma ordem legal, ou em vista de indicadores específicos. 
 
1. DA NOMEAÇÃO PARA O CARGO 
 
O juiz nomeia o inventariante para representar o espólio judicial e extra-
judicialmente, ativa e passivamente. Desta forma, o nomeado assume todas as responsabilidades 
pela guarda e conservação dos bens. 
Cabe ainda a ele diligenciar para atender as determinações expedidas no processo, 
em especial, aquelas relacionadas a pagamentos de taxa, impostos e despesas processuais. 
Com efeito, mencionem-se as hipóteses do inventariante legal, em ordem de 
prioridade em conformidade com o art. 990 do Código de Processo Civil: 
a) o cônjuge meeiro casado sob o regime de comunhão, desde que estivesse 
convivendo com o outro ao tempo da morte deste; 
b) o herdeiro que se ache na posse e administração do espólio; 
c) qualquer outro herdeiro; 
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d) o testamenteiro, se lhe foi confiada a administração do espólio ou toda a herança 
estiver distribuída em legados. 
e) o inventariante judicial, se houver; 
f) e a pessoa estranha idônea. 
Há polêmica na doutrina quando à nomeação em razão do regime de bens instituído 
pelo casal. Porém, a jurisprudência permite que o cônjuge casado pelo regime da comunhão parcial 
de bens, assim também o casado pela separação de bens, podem ser nomeados como inventariantes, 
seja com o fundamento de ser cônjuge ou ainda por ser herdeiro. No caso de cônjuge casado pelo 
regime de separação legal de bens, o Supremo Tribunal Federal já julgou a questão favorável no 
caso deste estar na posse e na administração nos bens adquiridos durante o matrimonio. 
Quando ao item “b”, há de se observar que a posse tratada é a posse fática. Logo, 
caso ninguém esteja nessas condições, o juiz nomeará outro herdeiro. 
Em sequência, note-se que não havendo consenso, a escolha do inventariante se torna 
muito tormentosa. Nesse caso, o juiz preferirá aquele que tinha maiores ligações com o de cujos, 
que administrava seus bens ou, ainda, que vivia na mesma morada. Havendo mais de um herdeiro 
na condição de administrador a nomeação recairá sobre o mais velho. 
Caso o herdeiro seja um menor, em princípio a nomeação subsistirá na pessoa de seu 
representante legal, desde que não conflitantes os interesses. A rigor, a incapacidade não impede o 
cargo, visto poder ele realizar os atos da vida civil, desde que devidamente representado ou 
assistido. 
Finalmente, no caso do juiz ter que escolher algum herdeiro, determinados elementos 
serão observados, a saber: a idoneidade, a experiência, a proximidade e o domicílio onde ficavam 
centralizados os interesses e os negócios do autor da herança, ou se situava o seu domicílio. 
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O inventariante dativo é uma pessoa estranha e idônea, que só é nomeada à falta do 
inventariante legal e judicial. Arnaldo Rizzardo escreve que é melhor ser o inventariante, nesse 
caso, um advogado, mas devem-se observar os requisitos indispensáveis da idoneidade moral, 
econômica, específica e ainda as aptidões pessoais daquele que irá receber tão importante múnus. 
Finalmente, transcrevam-se outras questões importantes: por configurar-se evidente 
conflito com as funções a serem executadas, não é aceitável a nomeação de credor ou devedor do 
espólio, ou de um dos respectivos herdeiros, pois parece faltar imparcialidade. De outra forma, não 
há nada que impeça a nomeação de herdeiro que resida no exterior, ou em local distante daquele 
que era o domicílio do falecido, na falta de outros em condições mais vantajosas (a inconveniência 
não equivale a impedimento). Com efeito, ressalta-se, ainda, que não existe impedimento para que o 
analfabeto exerça a função de inventariante, bem como o cego e as pessoas com deficiência física. 
 
2. EXEMPLOS SIGNIFICATIVOS DE IMPOSSIBILIDADE DE NOMEAR 
INVENTARIANTE 
 
Como já verificado, a função do inventariante é complexa e denota grande 
responsabilidade. 
Nesse sentido, insta salientar alguns exemplos daqueles que estão impossibilitados 
do seu exercício, assim deduzidos: quem é credor do inventariado e foi seu procurador sujeito a 
prestação de contas; quem move ação contra o espólio; o devedor do espólio; o cessionário da viúva 
meeira que está denunciada como co-autora do assassinato do marido; o réu pronunciado e preso; o 
liquidante da firma de que era sócio o de cujos;ou ainda quem tem interesse oposto à herança por 
ser parte contrária no pleito judicial por ela movido; 
Em qualquer nomeação destaca-se a idoneidade do inventariante. Ou seja, pessoa 
perdulária, irresponsável com suas obrigações familiares, aquela que responde a inúmeras dívidas 
ou ações judiciais, a insolvente, ou titular de estabelecimento falido, a condenada a delitos relativos 
ao patrimônio, ou a pervertida os costumes, a viciada ou desocupada inequívocamente também não 
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pode traduzir suporte para o cargo. 
 
3. DO COMPROMISSO DO INVENTARIANTE 
 
O inventariante só poderá exercer o cargo após ter apresentado o compromisso, pois 
é ele que significa a investidura. 
O termo representa a promessa do inventariante de bem e fielmente desempenhar o 
cargo. O inventariante tem cinco dias para prestar esse compromisso quando convocado pelo juiz, 
podendo ser assinado pelo advogado do inventariante desde que exista procuração com poderes 
específicos para isso. Ademais, caso o compromisso não seja prestado será nomeado outro 
inventariante, sendo removido o primeiro. 
Todos os herdeiros serão intimados do despacho nomeador. Caso venham a não 
concordar formalizaram uma reclamação nos próprios autos, caberá a interposição de agravo na 
forma de instrumento. 
 
4. DAS FUNÇÕES DO INVENTARIANTE 
 
O espólio não é uma pessoa física, tampouco uma pessoa jurídica, mas uma massa 
patrimonial autônoma. 
O inventariante deve representar o espólio ativa e passivamente, em juízo ou fora 
dele. Deste modo, o inventariante pode propor ações em nome do espólio e figurar no pólo passivo 
quando este for demandado. Por oportuno, acrescente-se que quando se tratar de inventariante 
dativo ou judicial, a representação será feita pelo espólio e por todos os herdeiros e sucessores do de 
cujos. 
Deve, ainda, administrar o espólio, com a necessária autorização judicial para a 
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realização de despesas, pagamento de dívidas, alienação de bens e transações. Em sentido diverso, a 
autorização não é necessária para receber pagamento de dívidas. Logo, o patrimônio deve ser 
protegido de desfalques e deterioração. 
Ademais, é necessário que os bens não fiquem inertes, mas que produzam renda. 
Com relação à locação e arrendamento, é necessário que o espólio tenha autorização do juízo ou de 
todos os herdeiros. 
É dever do inventariante exigir os bens que pertencem ao espólio, igualmente agindo 
contra os herdeiros ou terceiros que os detenham indevidamente. Nesses casos lhe é lícito veicular 
as ações competentes, ficando obrigado a trazer à colação os bens recebidos por herdeiros ausentes, 
renunciantes ou excluídos. 
O inventariante deve prestar as primeiras e últimas declarações por meio de 
advogado regularmente constituído. Deve também exibir em cartório os documentos relativos ao 
espólio, a qualquer tempo, para exame dos interessados. Nesse sentido, presume-se que as 
declarações espelham a realidade, determinando qualquer inverdade ou falsidade a responsabilidade 
da pessoa que as presta. Caso surja alguma dúvida, deverá o inventariante apresentar documentos 
comprobatórios, seja por ordem judicial ou por sugestão dos outros herdeiros. 
Outra obrigação do inventariante é juntar aos autos certidão do testamento, se 
houver, assim também prestar contas de sua administração ao deixar o cargo ou sempre que o juiz 
determinar. O juiz pode determinar a apresentação de contas ex officio ou a requerimento de 
interessado. Finalmente, cabe ao inventariante requerer a declaração de insolvência do seu 
representado, quando as dívidas excederem às forças da herança. 
Portanto, pode-se dizer que compete ao inventariante: dar início ao inventário, 
promover todos os atos atinentes ao mesmo e cuidar e administrar os bens do falecido que se 
encontre em seu poder ou guarda, até o transito em julgado da sentença de partilha. 
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Para o professor Sérgio Sashione Fadel, as atribuições que independem de 
autorização judicial são: “satisfaz alugueis, arrendamentos, impostos, salários, ordenados, e outros 
encargos ordinários da sucessão, de pagamento imediato; exerce todos os direitos e deveres 
conservatórios; colhe ou arrecada os frutos, naturais, industriais ou civis e os dá a partilha, abatidas 
as despesas de cultura e colheita, conserto e aquisição de material de trabalho; vende o que é 
destinado a imediata alienação (cereais, produtos de hortas e pomares, aves, ovos, etc) e traz a juízo 
divisório o respectivo preço, deduzindo os gastos de embalagem, remessa, comissão aos vendedores 
etc.despende e despeja locatários faltosos ou cujo arrendamento caducou ou cessou, ainda que 
sejam co-herdeiros, se possuem só a título de locação; cobra amigável ou judicialmente as dívidas 
ativas; se morava com o de cujos, continua a residir no mesmo prédio sem pagar aluguel, até ser 
julgada a partilha, porém não pode mudar-se para casa até então destinada a renda; alugada ou 
arrendada prédios rústicos e urbanos, por tempo certo e não demasiado longo, pelo prazo habitual 
da locação de imóveis de tal natureza.” 
 
5. ATRIBUIÇÕES DEPENDENTES DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL 
 
Superado o tema dos atos que independem de autorização judicial para seu exercício, 
citem-se, segundo o disposto no art. 992 do Código de Processo Civil, aqueles que a contrário 
sensu, dele são dependentes. 
A venda de bens terá como documento alvará expedido por ordem do juiz. Contudo, 
faz-se mister distinguir bens de certo valor de vendas dos frutos, de colheita, e de animais, que são 
atos inerentes a atividade de inventariante. 
A transação, em juízo ou fora dele, de qualquer decisão envolvendo compromissos 
ou valores econômicos, bem como o pagamento de dívidas do espólio quando vultosas ou não 
representadas por título líquido e certo também requerem autorização. 
Ademais, requerem o posicionamento anterior e favorável do juízo as despesas 
necessárias com a conservação e o melhoramento dos bens do espólio, assim quando envolvidas 
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grandes somas. 
 
6. DA REMOÇÃO DO INVENTARIANTE 
 
A remoção do inventariante só é possível mediante requerimento, assim quando o 
esse descumpre suas funções, não podendo o juiz removê-lo de ofício. 
O incidente de remoção correrá emapenso nos autos do inventário, devendo 
imediatamente determinar outra pessoa para o encargo na hipótese de seu acolhimento. Contudo, 
assente-se que não é destituído o inventariante por contrariar interesses, como é comum no 
mandato, mas por agredir regras de direito. 
 
7. CONCLUSÃO 
 
Feitas estas considerações, há de se observar quão valiosa é a função assumida pelo 
inventariante. O exercício da função não se limita à administração de bens, cabendo impor em sua 
conduta uma série de padrões éticos e procedimentais. 
As hipóteses do exercício independente ou mediante autorização judicial devem ser 
respeitados sob pena de vício insanável, tendo o inventariante que dirigir e organizar o espólio, 
arrecadar os bens, conservá-los e administrá-los com zelo e dignidade. 
Finalmente, cite-se que as forças da herança devem ser respeitadas, cabendo ao 
inventariante a organização do espólio até que os bens e valores, na hipótese de patrimônio positivo, 
sejam entregues aos devidos herdeiros. 
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BIBLIOGRAFIA 
 
AMORIM, Sebastião Luiz; OLIVEIRA, Euclides Benedito de. Inventários e partilhas: direito das 
sucessões, teoria e prática. 20. ed.. São Paulo: Universitária de Direito, 2006. 
 
BARROS, Flávio Augusto Monteiro de. Manual de direito civil: família e sucessões. 2. ed. vol. 4. São 
Paulo: Método, 2006. 
 
CAMILLO, Carlos Eduardo Nicolette et al. Comentários ao Código Civil: artigo por artigo. 1. ed. São 
Paulo: Revista dos Tribunais, 2006. 
 
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: direito das sucessões. 22. ed. São Paulo: Saraiva, 
2007. 
 
FUJITA, Jorge Shiguemitsu. Curso de direito civil: direito das sucessões. 2. ed. São Paulo: Juarez de 
Oliveira, 2003 
 
LISBOA, Roberto Senise. Manual de direito civil: direito de família e das sucessões. 4. ed. vol. 5. São 
Paulo: Revista dos tribunais, 2006. 
 
RIZZARDO, Arnaldo. Direito das sucessões: Lei n. 10.406 de 10.01.2002. 3ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 
2007. 
 
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: direito das sucessões. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004.