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15/04/2014 1 Direito público e Direito privado Profª Denise Moreira Direito público e Direito privado Da divisão: - iniciou-se na Roma antiga segundo o critério da utilidade pública da relação jurídica (diz respeito às coisas do Estado) ou o critério da utilidade particular (ao interesse de cada um). Direito público: é aquele que regula as relações em que o Estado é parte, ou seja, rege a organização e atividade do Estado considerado em si mesmo (direito constitucional), em relação com outro Estado (direito internacional), e em relações com os particulares, quando procede em razão de seu poder soberano e atua na tutela do bem coletivo (direito administrativo e tributário). Direito privado: é aquele “que disciplina as relações entre particulares, nas quais predomina, de modo imediato, o interesse de ordem privada” (compra e venda, casamento, empréstimo, doação). Direito público e Direito privado Elementos diferenciadores: SUJEITOS 15/04/2014 2 Direito público e Direito privado ¹ = autoridade; ex. o Estado faz uso de seu poder de império para obrigar o contribuinte a pagar o imposto. ² = igualdade; ex: nos contratos os sujeitos encontram-se na no mesmo plano. OBJETO Interesse geral Interesse particular FORMA DIREITO PÚBLICO DIREITO PRIVADO SUBORDINAÇÃO¹ COORDENAÇÃO² DIREITO PÚBLICO DIREITO PRIVADO 15/04/2014 3 Direito público e Direito privado DIVISÕES DO DIREITO [RAMOS DO DIREITO] DIREITO PÚBLICO INTERNO EXTERNO DIREITO PRIVADO Direito público e Direito privado Atualmente, não se deve pensar que haja uma separação absoluta entre as normas de direito privado e direito público, pois elas intercomunicam-se. Cada vez mais, assuntos que eram considerados de interesse entre os particulares passaram a ser considerados de interesse da coletividade. DIVISÕES DO DIREITO [RAMOS DO DIREITO] Direito Público Interno DireitoDireito constitucionalconstitucional José Afonso da Silva conceitua-o como “ramo do Direito Público (Direito Público fundamental) que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e normas fundamentais do Estado”. Pode-se definir o DireitoDireito ConstitucionalConstitucional como ramo do Direito (Direito Público fundamental), que se relaciona às normas e princípios da constituição, através do estudo e interpretação de ambos. A Constituição é o conjunto de normas que organiza os elementos constitutivos do Estado (Povo, território, poder soberano). 15/04/2014 4 b) DireitoDireito administrativoadministrativo O poder estatal divide suas funções em três órgãos: Legislativo, Executivo e Judiciário. O Executivo têm, essencialmente, a função de execução de serviços públicos em benefício da coletividade, serviços esses que visam atender as aspirações comuns de convivência. O direito administrativo trata do conjunto de normas pertinentes aos instrumentos de consecução (realização) destes serviços. Constituição Federal de 1988 ArtArt.. 175175.. IncumbeIncumbe aoao PoderPoder Público,Público, nana formaforma dada lei,lei, diretamentediretamente ouou sobsob regimeregime dede concessãoconcessão ouou permissão,permissão, sempresempre atravésatravés dede licitação,licitação, aa prestaçãoprestação dede serviçosserviços públicospúblicos.. c) Direito Direito processualprocessual Na função judiciária, cabe ao Estado, através do juiz, solucionar o conflito de interesses, questões que surgem entre os indivíduos e grupos. A sentença que põe fim ao conflito é dada em nome do Estado [Estado-Juiz], não em nome do homem [pessoa] que a prolatou. Tal atividade tem o nome de jurisdição e tem por finalidade a pacificação social. No exercício da jurisdição, o Estado (o Poder Judiciário), em substituição à vontade das duas partes, é quem irá exercer sua vontade e tomará a decisão final sobre aquele caso submetido a ele. d) DireitoDireito PenalPenal É o sistema de princípios e regras mediante os quais se tipificam as formas de conduta consideradas criminosas e quais as penas cominadas. Estuda-se no direito penal as regras que tem a finalidade de reprimir o delito e preservar a sociedade. O Estado tutela [protege] os bens jurídicos [vida, integridade física, patrimônio, liberdade etc.], como bens de interesse coletivo; a lesão e esses bens é prevista como crime. 15/04/2014 5 e) DireitoDireito tributáriotributário ee financeirofinanceiro A atividade prestadora de serviços do Poder Executivo implica na necessidade de obtenção de recursos e gerenciamento dos mesmos. A principal fonte de renda do Estado vem da tributação (arrecadação fiscal). É o direito tributário que trata do conjunto de princípios e regras que disciplinam a atividade fiscal (tributação e fiscalização), estabelecendo o âmbito e o limite da tal atividade. É por intermédio do direito financeiro que são estabelecidas as normas pertinentes à gestão das finanças estatais. É o direito que tem por objeto “[...] a realização da receita e despesa necessária à execução” dos fins do Estado. Direito Público Externo a) DireitoDireito internacionalinternacional públicopúblico Conjunto de normas costumeiras e convencionais que regem as relações, direitas ou indiretas, entre Estados e organismos internacionais (ONU, OIT, etc). São relações de coordenação e não de subordinação, pois os Estados, no campo internacional, são considerados igualmente soberanos. “O direito internacional público tem por objeto a organização jurídica da solidariedade entre as nações, atendendo ao interesse público, visando a manutenção da ordem social que deve haver na comunidade internacional”. As fontes de tal direito são os tratados e os usos e costumes jurídicos internacionais. b) DireitoDireito internacionalinternacional privadoprivado “O direito internacional privado regulamenta as relações do Estado com cidadãos pertencentes a outros Estados (estrangeiros), dando soluções aos conflitos de leis no espaço ou aos de jurisdição”. É este direito que coordena a aplicação do direito civil e criminal no território de um Estado estrangeiro, frente a um conflito de ordenamentos de dois ou mais países. 15/04/2014 6 DIREITO PRIVADO a) DireitoDireito civilcivil Conforme Maria Helena Diniz “Direito civil é, pois, o ramo do direito privado destinado a reger relações familiares, patrimoniais e obrigacionais que se formam entre indivíduos encarados como tais, ou seja, enquanto membros da sociedade”. Miguel Reale costuma chamar o direito civil de “constituição do homem comum”. Rege as relações mais simples da vida cotidiana das pessoas (nascimento, casamento, posse, propriedade, morte, herança etc.). b) DireitoDireito comercialcomercial É o ramo do direito que rege os atos do comércio, sejam quais forem os que o pratiquem, comerciantes ou não. Seu objeto é a atividade negocial enquanto destinada a fins de natureza econômica, sendo essa atividade habitual e dirigida à produção de resultados patrimoniais. c) Direito do trabalhoDireito do trabalho O objeto do direito do trabalho é a disciplina da relação entre empregado e empregador, que tem como característica a hierarquia (subordinação) e habitualidade, abrangendo normas e princípios relacionados à organização do trabalho e da produção e a condição social do trabalhador. Faz a tutela de uma relação entre pessoas privadas, mas também relações de subordinação nas quais o Estado e os sindicatos impõe deveres aos entes privados. ex: fiscalização do Ministério do Trabalho, piso salarial mínimo, etc. Para Miguel Reale, esse traço de subordinação o afasta do direito privado e o atrai para o público:"Tais vínculos são de subordinação, e não de coordenação”. INTERNOINTERNO EXTERNOEXTERNO ConstitucionalConstitucional AdministrativoAdministrativo ProcessualProcessual PenalPenal Tributário/financeiroTributário/financeiro Militar, Eleitoraletc.Militar, Eleitoral etc. Internacional públicoInternacional público Internacional privadoInternacional privado CivilCivil ComercialComercial TrabalhoTrabalho DIREITO PÚBLICO DIREITO PRIVADO 15/04/2014 7 Referencias bibliográficas CARVALHO, EDUARDO MOMBRUM DE. Material disponibilizado. FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnicas, decisão, dominação. 4. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2003. NADER, Paulo. Introdução ao estudo do direito. Rio de Janeiro: Forense, 2007. MONTORO, André Franco. Introdução à ciência do direito. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011. FACITEC 2013
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