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AGRAVO INTERNO - art. 1021 – não existe mais decisão monocrática irrecorrível prolatada pelo Relator. - princípio da colegialidade: os recursos devem ser julgados por órgãos colegiados dos tribunais. - recorribilidade de decisões monocráticas proferidas nos tribunais – possibilidade de interposição do agravo interno contra qualquer decisão monocrática proferido nos tribunais. - além de observas a regra prevista no art. 1021, deve ser observada as regras do regimento interno do tribunal (arts. 579-583 do RI do TJMS). - procedimento: Prazo de 15 dias, deve ser impugnada especificamente os fundamentos da decisão agravada. Não se admite impugnações genéricas; O agravo será dirigido ao Relator, que intimará o agravado para manifestar-se; Após a resposta do agravado, o Relator pode retratar-se. Não havendo retratação, o AI será levado para julgamento no órgão colegiado; O julgamento depende de prévia inclusão em pauta, arts. 934 e 935, § 2º, 1021, CPC; O AI não pode ser julgado, no mérito, pelo seu próprio prolator, deve ser levado ao colegiado, §§2º e 3º; Quando em votação unanime, for considerado manifestamente inadmissível, fixado multa, § 4º; Depósito da multa condiciona a interposição de qualquer outro recurso, § 5º. - efeito, art. 995, CPC. - sustentação oral, em regra não se admite, exceto na hipótese do § 3º, do art. 937. - fungibilidade, 1024, § 3º, CPC. EMBARGOS DE DECLAÇÃO 1) Conceito: - É o recurso destinado a pedir ao juiz ou tribunal prolator da decisão que afaste obscuridade, supra omissão ou elimine contradição existente no julgado (Humberto Theodoro Jr.). No novo CPC vem a nova previsão de correção de erro material - Visam esclarecer ou integrar os pronunciamentos judiciais. Ou seja, se os jurisdicionados tem o direito à prestação jurisdicional, essa prestação tem que ocorrer de forma completa e através de uma decisão que seja clara. - Discute-se, na doutrina, se os embargos de declaração são ou não um recurso, mas a tendência do direito brasileiro é a de entender que sim – principio da taxatividade. 2) Objeto: - Todo e qualquer pronunciamento jurisdicional pode ser objeto de embargos de declaração: decisões interlocutórias, sentenças e acórdãos. Independente se a decisão é de 1º grau ou de tribunal superior. Contra qualquer decisão judicial - São cabíveis embargos declaratórios até mesmo da decisão que tenha solucionado anteriores embargos declaratórios, desde que não se trate de repetir o que foi arguido no primeiro recurso. - recurso com fundamentação vinculada, somente nas hipóteses previstas ela ei. - apear do NCPC não ter incluído os chamados “erros evidentes”, em razão do cotidiano forense, tanto a jurisprudência como a doutrina tem dado maior elasticidade aos embargos declaratórios, ou seja, um alcance além de simplesmente afastar obscuridade, suprir omissão ou eliminar contradição. Inclusive, segundo a doutrina especializada, o Supremo Tribunal Federal teve papel decisivo para esta afirmação, confira: O STF teve um papel decisivo para a afirmação dos efeitos modificativos dos embargos de declaração. Pesou para tanto “a circunstância de não caber outro recurso de suas decisões [...] Atualmente, tais efeitos são aceitos pelas demais Cortes judiciárias do país, de modo que, excepcionalmente, permite-se que esse recurso modifique a decisão embargada. Isso é visto sobretudo nas hipóteses de erro evidente, que a jurisprudência se encarregou de integrar aos vícios passíveis de sanação via embargos de declaração. A maior elasticidade conferida aos embargos, nos casos de erro evidente ou de manifesta nulidade do acórdão embargado, representa enorme economia de tempo e maior prestígio para a Justiça, que só tem a perder com o trânsito em julgado de acórdãos proferidos por equívoco manifesto. 3) Funções: - art. 1022, I a III. - A obscuridade (falta de clareza, confusão das ideias) pode estar tanto no fundamento quanto no decisório, da mesma forma que a omissão. - A contradição pode estar nos fundamentos, no decisório, pode existir entre um e outro, ou ainda, localizar-se entre a ementa e o corpo do acórdão. Os argumentos e resultados do decisório devem ser harmônicos e congruentes. - omissão, o ato decisório deixa de apreciar matéria sobre o qual teria de manifestar-se. Omissão: Processo justo, instituído e garantido pelo Estado Democrático; Acesso à justiça deve ser pleno, art. 5º, XXXV, CF. A motivação deve abarcar as questões de fato e de direito, art. 93, IX, CF; ART. 489, § 1º, VI, CPC; Possibilidade de oposição de embargos para suscitar questão que o juiz poderia conhecer de ofício. Art. 1022, paragrafo único, CPC, hipóteses de omissão. - erro material. - O objetivo nos embargos de declaração é a revelação do verdadeiro sentido da decisão. Não se presta, portanto, a corrigir/modificar uma decisão errada1. Ou seja, normalmente, não deve ter efeito modificativo da decisão impugnada. - Pode, todavia, ocorrer que, como efeito colateral e secundário da interposição desse recurso, ocorra este efeito modificativo, também chamado, de efeito infringente. 4) Procedimento: - Os embargos de declaração serão interpostos através de petição escrita, dirigida ao relator do acórdão ou ao juiz prolator da decisão, no prazo de 5 dias (art. 1023). - a petição será endereçada ao juiz ou o Relator. - Não precisam de preparo - Não comporta sustentação oral (937) e deve ser julgado, se possível, pelo juiz e o relator, e no prazo de 5 dias, 1024, §§ 1º e 2º. - em regra não há contraditório, mas pode ter, § 2º, 1023 e § 4º, 1024. 5) Prequestionamento - requisito de admissibilidade do recurso especial e extraordinário. - art. 1025, CPC 6) Efeitos: - Efeito devolutivo. - Efeito interruptivo: que ocorre sobre o prazo para a interposição do recurso cabível contra a decisão. Interpostos embargos de declaração, interrompem-se os prazos para a interposição dos demais recursos, por qualquer das partes (art. 1026). Após, os prazos começam a contar de novo. - O que ocorre se uma parte já havia interposto o recurso principal, quando a outra interpôs os embargos de declaração? §§ 4º e 5º, 1024, CPC. - Efeito suspensivo: não tem efeito suspensivo automático (art. 995 e 1026, CPC), mas em situações excepcionais, pode ser concedido esse efeito ao recurso, 1026, § 1º. - Efeito integrativo: não tem caráter substitutivo da decisão embargada, mas sim, efeito integrativo ou aclaratório. - Embargos de declaração manifestamente protelatórios: §§ 2º a 4º, 1026. Súmula 98, STJ: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO MANIFESTADOS COM NOTORIO PROPOSITO DE PREQUESTIONAMENTO NÃO TEM CARATER PROTELATORIO. ATIVIDADE PARA A DATA DA PROVA: - PRINCÍPIOS GERAIS DOS RECURSOS – resumo com citação doutrinária e jurisprudencial. 1 TRIBUTÁRIO. TARIFA DE ÁGUA. COBRANÇA INDEVIDA. RESTITUIÇÃO EM DOBRO. NÃO CABIMENTO. AUSÊNCIA DE VÍCIO NO JULGADO. PRETENSÃO DE EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. 1. Os embargos declaratórios não são cabíveis para a modificação do julgado que não se apresenta omisso, contraditório ou obscuro. 2. Fica evidente a pretensão infringente buscada pela embargante, com a oposição destes embargos declaratórios, uma vez que pretende ver alterado o acórdão de acordo com sua tese. 3. Caracterizado engano justificável na cobrança indevida da tarifa de água, notadamente porque o Tribunal de origem, apreciando o conjunto fático-probatório, não constatou a presença de culpa ou má-fé, deve-se afastar a repetição em dobro. Embargos de declaração rejeitados. (EDcl no AgRg no REsp 1230127/SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/05/2011, DJe 01/06/2011)
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