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ESCALA DE RAMSAY

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PROF: ENF° VICTOR MARTINS
Escala de Sedação Ramsay 
Sedação
É um estado de depressão do nível de consciência induzida por drogas, em diferentes níveis de intensidade. De acordo com doses administradas e respostas individuais do paciente, o resultado varia desde a consciência com leve tranqüilidade até a inconsciência.
É classificada em 3 níveis:
Ansiólise
É o estado de tranqüilidade e calma induzido por drogas, durante a qual, o paciente responde normalmente aos comandos verbais. Embora as funções cognitivas e de coordenação possam estar comprometidas, a função cardiovascular e ventilatória estão preservadas.
Sedação moderada
É uma depressão da consciência induzida por drogas, durante a qual o paciente desperta intencionalmente a um comando verbal e/ou um leve estímulo tátil. Nenhuma intervenção é necessária para manter a via aérea permeável e a ventilação espontânea está adequada. A função cardiovascular está preservada. Os reflexos de retirada aos estímulos dolorosos não são válidos como resposta esperada nesse nível de sedação.
Sedação profunda
É uma depressão da consciência induzida por droga, durante a qual o paciente não acorda facilmente, porém responde aos estímulos dolorosos repetidos. A habilidade de manter a função ventilatória espontânea pode estar comprometida. Paciente pode requerer assistência para a manutenção da permeabilidade de vias aéreas e/ou suporte ventilatório. A função cardiovascular está freqüentemente preservada. Os reflexos de retirada aos estímulos dolorosos não são válidos como resposta esperada nesse nível de sedação. 
Anestesia geral
É um estado de depressão do nível de consciência durante o qual o paciente não é despertado, mesmo por estímulos dolorosos. A habilidade de manter a ventilação é frequentemente comprometida, necessitando de assistência respiratória para manutenção da permeabilidade da via aérea, e uso de ventilação com pressão positiva devido à depressão da ventilação espontânea por drogas e/ou relaxantes musculares. A função cardiovascular pode estar comprometida.
PRINCIPAIS DROGAS QUE ESTÃO LIGADAS NA SEDAÇÃO
Vamos falar aqui somente dos Analgésicos Narcóticos (Opióides) !!
OPIÁCEOS/OPIÓIDES são substâncias chamadas de drogas opiáceas ou simplesmente opiáceos são aquelas obtidas do ópio; podem ser opiáceos naturais quando não sofrem nenhuma modificação (morfina, codeína) ou opiáceos semi-sintéticos quando são resultantes de modificações parciais das substâncias naturais (como é o caso da heroína que é obtida da morfina através de uma pequena modificação química).Mas o ser humano foi capaz de imitar a natureza fabricando em laboratórios várias substâncias com ação semelhante à dos opiáceos: meperidina, o propoxifeno, a metadona são alguns exemplos. Estas substâncias totalmente sintéticas são chamadas de opióides (isto é, semelhante aos opiáceos). Todas elas têm um efeito analgésico (tiram a dor) e um efeito hipnótico (dão sono). Por ter estes dois efeitos estas drogas são também chamadas de narcóticas.
Efeitos no cérebro
Todas as drogas tipo opiáceo ou opióide têm basicamente os mesmos efeitos no SNC: diminuem a sua atividade. As diferenças ocorrem mais num sentido quantitativo, isto é, são mais ou menos eficientes em produzir os mesmos efeitos; tudo fica então sendo principalmente uma questão de dose. Assim temos que todas essas drogas produzem uma analgesia e uma hipnose (aumentam o sono): daí receberam também o nome de narcóticos que significa exatamente as drogas capazes de produzir estes dois efeitos: sono e diminuição da dor. Além de deprimir os centros da dor, da tosse e da vigília (o que causa sono) todas estas drogas em doses um pouco maior que a terapêutica acabam também por deprimir outras regiões do nosso cérebro como por exemplo os que controlam a respiração, os batimentos do coração e a pressão do sangue.
Fentanil  ( Fentanila)
 
Apresentação: FA de 10ml com 500mcg.Possui 0,05mg/ml (50mcg/ml) (Fentanil Janssen e Cristália).   
Farmacocinética: início de ação em menos de 1 min. Duração de ação: 30 a 60 min. Tem atividade 50 a 100 vezes maior que a morfina. Metabolização hepática e eliminação e renal.
Posologia: 25 a 100 μg (0,7 a 2 μg/kg) EV em bolus ou 50 a 500 μg/h, contínuo;
Efeitos adversos: miose, bradicardia vagal, hipotensão, rigidez muscular, rápido desenvolvimento de tolerância, depressão respiratória, náuseas, vômitos, íleo, espasmo vias biliares e retenção urinária. Efeito prolongado na insuficiência hepática. Associação com diazepínicos aumenta o risco de depressão cardiorrespiratória.
Morfina ( Dimorf )
 
É o opióide com qual todos os outros são comparados, sendo mais eficaz em aliviar a dor moderada e contínua que a dor aguda e intermitente, podendo ser usada na analgesia pre emptiva e como analgésico no pós-operatório por vias sistêmicas e espinhal.
Farmacocinética: início de ação após injeção intravenosa: cerca de 3 min. Duração de ação: 2-3 h. Eliminação hepática e renal.
Posologia:Injeção intravenosa: 2,5 a 15 mg;Injeção intramuscular ou subcutânea: 2,5 a 20 mg;Injeção intravenosa contínua: 1-10 mg/h.Sugerimos a seguinte diluição para uso contínuo:Morfina 10 mg/ml – 50 mg (5ml) em 95 ml de solução fisiológica 0,9%;
Efeitos adversos: além dos efeitos já descritos para o fentanil, pode levar a histamina liberação. Efeito prolongado em insuficiência renal.
Tramadol ( Tramal )
 
Consiste em um análogo sintético da codeína que atua como agonista fraco nos receptores opioides. No tratamento das dores brandas a moderadas, o tramadol é tão eficaz quanto a morfina ou meperidina.
Posologia: solução injetável (50 mg/mL) com 2 mL.
Efeitos adversos: Hipotensão,depressão respiratória, náuseas, vômitos, íleo, espasmo vias biliares.
Meperidina
 
É um agonista predominante dos receptores mi  e atua principalmente no SNC bem como nos componentes neurais do intestino. Esse fármaco não é mais recomendado para o tratamento das dores crônicas em razão da preocupação com a toxidade dos seus metabólitos.(Metabólito  ativo (normeperidina) pode  causar  convulsões). A meperidina não deve ser administrada por mais de 48h ou em doses > 600mg/dia.
Apresentação: Ampola com 2ml ( 50mg/ml ).
Farmacocinética: início de ação após injeção intravenosa: 1 a 3 minutos. Na prática clínica, a duração da analgesia varia 1 a 3 horas.
Posologia: 25 a 100mg com intervalos de 3 a 4 horas se necessário.
Efeitos adversos: Hipotensão, rápido desenvolvimento de tolerância, depressão respiratória, náuseas, vômitos,prurido, retenção urinária.
Antagonista dos Opióides ( Naloxona/ Narcan):  
 
Age retirando opióide dos receptores mu e kappa
Apresentação: Injetável (solução) 0,4 mg/1 mL
Posologia: As doses pequenas ( 0,4 a 0,8mg ) de naloxona, administradas por via intravenosa, impedem ou revertem imediatamente os efeitos dos opióides.
MIDAZOLAN
 
Farmacocinética: início de ação: 1 a 3 min. Duração: 1 a 4 horas. Metabolismo hepático;
Posologia: 0,03 a 0,3 mg/kg EV em bolus, seguidas de 0,01 a 0,6 mg/kg/h EV contínuo.
Efeitos adversos: efeitos hemodinâmicos discretos. Hipotensão arterial em idosos. Depressão respiratória, sobretudo se associado a opioides. Metabolismo prejudicado em insuficiência hepática ou renal. Interrupção da administração associada a manifestações de abstinência. Como todos os benzodiazepínicos, pode precipitar quadros de delírio. Provoca amnésia.
PROPOFOL
Introduzido na prática clínica em 1977 para uso exclusivo em anestesia como agente indutor por via venosa. Mais o  rápido despertar dos pacientes após infusões prolongadas chamou a atenção dos pesquisadores para outros usos fora da anestesia . Com o passar dos anos o fármaco foi sendo usado na unidade de terapia intensiva. (Bray,2002 apud Barbosa,2007,p.1).
    Possui metabolização hepática. A sua eliminação é urinária e em caso de doenças renais a sua farmacocinética pouco se altera.
    O propofol reduz a pressão intracraniana, bem como diminui o fluxo sangüíneo encefálico. Porém também
pode diminuir a pressão de perfusão encefálica por comprometimento hemodinâmico.( Bagatini A,2005 apud Barbosa,2007,p.1).
Farmacocinética: tem rápido início de ação (40 segundos). Os efeitos cessam após 10 minutos da interrupção da infusão, pelo menos em infusões por tempo curto.
Posologia: 0,3 a 3,0 mg/kg/h. Bolus de 1 a 3 mg/kg, devendo ser evitado pelo efeito hipotensor.
Efeitos colaterais: seu uso pode provocar instabilidade cardiocirculatória por seu efeito vasodilatador e depressor do miocárdio.Seu veículo é lipídico, logo a monitorização do perfil lipídico do paciente se faz necessária quando do uso prolongado da droga.
Michael Ramsay
Michael A. E. Ramsay, nascido em Dublin na Irlanda, formado em Medicina na Universidade de Londres. Chefe do Departamento da Disciplina de Anestesiologia e Dor da Universidade de Baylor em Dallas, texas desde 1989. Efetuou estudo de sedação em pacientes de Terapia Intensiva com escala de valores de 0 a 6, designada Escala de Ramsay. Foi  presidente do Instituto Baylor de Pesquisa.
Escala de Ramsay, é uma tipo de escala subjetiva utilizada para avaliar o grau de sedação em pacientes, visando evitar a sedação insuficiente (o paciente pode sentir dores) ou demasiadamente excessiva (colocando-o em risco de morte).[1] Tem sido usado principalmente para avaliar pacientes em unidade de terapia intensiva.[2]
 Ela compreende valores que vão de 1 a 6, atribuídos observando as respostas dadas pelo paciente após estímulos.
Grau 1 - paciente ansioso, agitado
Grau 2 - cooperativo, orientado, tranqüilo
Grau 3 - sonolento, atendendo aos comandos
Grau 4 - dormindo, responde rapidamente ao estímulo glabelar ou ao estímulo sonoro vigoroso
Grau 5 - dormindo, responde lentamente ao estímulo glabelar ou ao estímulo sonoro vigoroso
Grau 6 - dormindo, sem resposta

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