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óleos processo III

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D O S S I Ê T É C N I C O 
 
 
Óleo de soja 
 
Lucia do Amaral 
Sammay Jaisingh Jaigobind 
Allan George A. Jaigobind 
 
Instituto de Tecnologia do Paraná 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Novembro 
2006 
 
 
Copyright © Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - SBRT - http://www.respostatecnica.org.br 
1 
 
DOSSIÊ TÉCNICO 
 
 
 
Sumário 
 
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 2 
1.1 Definição de óleo de soja ....................................................................................... 2 
1.2 Características de identidade ................................................................................ 3 
1.3 Composição percentual em ácidos graxos .......................................................... 3 
1.4 Classificação de óleo de soja ................................................................................ 3 
1.4.1 Classes.................................................................................................................. 3 
1.4.2 Tipo ....................................................................................................................... 3 
1.5 Óleo de soja abaixo do padrão .............................................................................. 4 
1.6 Desclassificação ..................................................................................................... 4 
1.7 Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM.......................................................... 5 
2 MATÉRIA-PRIMA ........................................................................................................ 5 
2.1 História da soja ....................................................................................................... 5 
2.2 Soja – produção mundial ....................................................................................... 6 
2.3 Soja – preços no Brasil .......................................................................................... 7 
2.4 O que é soja transgênica ....................................................................................... 8 
2.5 O que é soja orgânica............................................................................................. 9 
2.6 Cadeia produtiva da soja........................................................................................ 9 
3 PROCESSOS INDUSTRIAIS DE OBTENÇÃO DE ÓLEO DE SOJA .......................... 9 
3.1 Etapas da produção do óleo bruto e da torta ou farelo ....................................... 9 
3.1.1 Armazenamento .................................................................................................... 9 
3.1.2 Preparação da matéria-prima ................................................................................ 10 
3.1.3 Extração do óleo bruto........................................................................................... 11 
3.2 Refinação do óleo de soja...................................................................................... 13 
3.2.1 Degomagem .......................................................................................................... 13 
3.2.2 Neutralização......................................................................................................... 13 
3.2.3 Branqueamento ..................................................................................................... 14 
3.2.4 Desodorização....................................................................................................... 15 
4 ROTULAGEM.............................................................................................................. 15 
5 INFORMAÇÕES PARA FICHA DE SEGURANÇA/TRANSPORTE ............................. 17 
6 UTILIZAÇÕES E APLICAÇÕES DO ÓLEO DE SOJA E SEUS DERIVADOS ............ 17 
7 TECNOLOGIAS EM DESENVOLVIMENTO................................................................ 18 
8 PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR – 
PRONAF ........................................................................................................................ 19 
9 PROJEÇÕES DO AGRONEGÓCIO DA SOJA E SEUS DERIVADOS........................ 20 
10 EQUIPAMENTOS PARA PRODUÇÃO DE ÓLEO DE SOJA .................................... 22 
11 PRINCIPAIS PRODUTORES DE ÓLEO DE SOJA NO BRASIL............................... 23 
12 PRINCIPAIS INSTITUTIÇÕES .................................................................................. 24 
12.1 Nacionais............................................................................................................... 24 
12.2 Internacionais ....................................................................................................... 25 
13 LABORATÓRIOS CREDENCIADOS PARA ANÁLISE DE GRÃOS OLEAGINOSOS 
E SEUS DERIVADOS .................................................................................................... 27 
14 PEDIDOS DE DEPÓSITO DE PATENTES ................................................................ 29 
Conclusões e recomendações .................................................................................... 31 
Referências ................................................................................................................... 31 
Anexo 1 – Ficha de segurança para óleo de soja – Cetesb ....................................... 32 
 
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2 
 
DOSSIÊ TÉCNICO 
 
 
 
Título 
 
Óleo de soja 
 
Assunto 
 
Fabricação de óleos vegetais refinados, exceto óleo de milho 
 
Resumo 
 
Óleo de soja, sua matéria-prima principal e seus sub produtos. Definição e legislação que 
caracteriza o óleo de soja em seus diversos tipos e classes; informações de processo; 
rotulagem; transporte e manuseio; tendências tecnológicas; principais utilizações, projeções 
da agroindústria brasileira; preços; fontes de pesquisa; principais produtores no Brasil; 
patentes depositadas no INPI, dentre outros tópicos serão abordados neste estudo. 
 
Palavras chave 
 
Equipamento; extração de óleo; fabricação; farelo de soja; informação nutricional; 
legislação; óleo bruto; óleo de soja; patente; processamento do alimento; produção; refino; 
regulamentação técnica; rotulagem nutricional; soja orgânica; soja transgênica 
 
Conteúdo 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho tem por objetivo auxiliar com informações básicas e apresentar endereços de 
fontes de informações que permitam aos pequenos empreendedores conhecer a 
agroindústria do óleo de soja e seus derivados. Apresentando crescimento de produção e 
de consumo nos últimos anos, a soja e seus derivados tomam posição de destaque nas 
projeções mundiais do agro-negócio. A importância da atividade agroindustrial no processo 
de desenvolvimento econômico e social tem levado os formuladores de políticas públicas, 
no Brasil e no exterior, a eleger o setor como prioritário para a promoção de investimentos 
em novos empreendimentos. Além disto, o biodiesel aponta como mais um dos fatores para 
a diversificação e o crescimento do uso da soja. 
 
Apresenta-se aqui o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - 
PRONAF e o perfil Soja na Produção Familiar - SOJAF, como caminhos tecnológicos do 
processamento agroindustrial da soja, que permitem a viabilização e a implantação de 
unidades de pequeno e médio porte, mais acessíveis a investidores com menor 
disponibilidade de capital. O conteúdo desta pesquisa transcorre desde a definição e a 
legislação que caracteriza o óleo de soja em seus diversos tipos e classes; informações de 
processo; rotulagem; transporte e manuseio; tendências tecnológicas; projeções da 
agroindústria brasileira; preços; fontes de pesquisa diversificadas; principaisprodutores no 
Brasil; patentes depositadas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, dentre 
outros. 
 
1.1 Definição de óleo de soja 
 
De acordo com a Portaria n. 795, de 15 de dezembro de 1993, do Ministério da Agricultura, 
do Abastecimento e Reforma Agrária, “óleo de soja é o produto obtido por prensagem 
mecânica e/ou extração por solvente, dos grãos de soja (Gluycine max. L Merril), isento de 
 
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3 
misturas de outros óleos, gorduras ou outras matérias estranhas ao produto” (BRASIL, 
1993). 
 
A mesma Portaria define suas características de identidade e composição em ácidos 
graxos. 
 
1.2 Características de identidade 
 
Característica: 
- Densidade relativa a 25° C 0,914 a 0,922 
- Índice de refração Raia D a 25° C 1.4700 a 1.4760 
- Índice de iodo (Wijs): 120 a 143 
- Índice de saponificação 189 a 198 
 
1.3 Composição percentual em ácidos graxos 
 
• Saturados: 
Ácido graxo Composição % 
- mirístico traços 
- palmítico 9,0 a 14,5 
- esteárico 2,5 a 5,0 
- araquídico traços 
- behênico traços 
- lignocérico traços 
 
• Mono-insaturados: 
Ácido graxo Composição % 
- palmitoléico traços 
- oléico 18,0 a 34,0 
 
• Poli-insaturados 
Ácido graxo Composição % 
- linoléico 45,0 a 60,0 
- linolênico 3,5 a 8,0 
 
1.4 Classificação do óleo de soja 
 
O óleo de soja será classificado em classes e tipos, segundo o seu grau de elaboração e 
qualidade, respectivamente. 
 
1.4.1 Classes 
 
O óleo de soja, segundo o seu grau de elaboração, será classificado em 3 (três) classes: 
 
• Bruto ou cru: é o óleo tal qual foi extraído do grão; 
• Degomado ou purificado: é o óleo que, após sua extração, teve extraído os fosfolipídeos; 
• Refinado: é o óleo que, após sua extração e degomagem, foi neutralizado, clarificado e 
desodorizado. 
 
1.4.2 Tipo 
 
• Óleo de soja bruto ou cru - segundo a sua qualidade, admitirá um tipo único, com as 
seguintes características: 
 
- aspecto a 25° C turvo 
- umidade e voláteis máximo de 0,5%; 
- impurezas insolúveis em éter de petróleo (ponto de 
ebulição de 30 a 60° C) 
 
máxima de 0,5%; 
- lecitina (expressa em fósforo) máximo de 0,1 %; 
- acidez livre (expresso em ácido oléico - F.F.A) máximo de 2,0%. 
 
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4 
• Óleo de soja degomado ou purificado - segundo a sua qualidade, admitirá 3 (três) tipos, 
com as seguintes características (QUADRO 1): 
 
Quadro 1 – Características do óleo de soja degomado 
 Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 
Aspecto a 25° C Límpido e isento de 
sedimentos. 
Límpido ou 
ligeiramente turvo e 
isento de sedimentos. 
Límpido ou 
ligeiramente turvo. 
Cor Máximo em 35 unidades amarelas e 3,5 unidades vermelhas, medidas em 
escala de Lovibond numa célula de 1 (uma) polegada. 
Umidade e voláteis máximo de 0,20%; máximo de 0,30%; máximo de 0,50%; 
Impurezas insolúveis em éter 
de petróleo (ponto de ebulição 
de 30 a 60° C): 
máximo de 0,1%; 
Acidez livre (expresso em ácido 
oléico - F.F.A) 
máximo de 0,5% máximo de 1,00%; máximo de 1,50%; 
Lecitina (expressa em fósforo): máximo de 0,015% 
 
máximo de 0,020%; máximo de 0,030%; 
 
Ponto de fulgor ("flash point") mínimo de 121° C; 
Matéria insaponificável máximo de 1,50%. 
Fonte: adaptado de BRASIL, 1993. 
 
• Óleo de soja refinado - segundo a sua qualidade, admitirá 2 (dois) tipos, com as seguintes 
características (QUADRO 2): 
 
Quadro 2 – Características do óleo de soja refinado 
 Tipo 1 Tipo 2 
Aspecto a 25° C Límpido e isento de sedimentos. Lím pido e isento de sedimentos. 
Cor Máximo em 15 unidades 
amarelas e 1,5 unidades 
vermelhas, medidas em escala 
de Lovibond numa célula de 5 ¼ 
(cinco e um quarto) de 
polegadas. 
Máximo em 25 unidades 
amarelas e 2,5 unidades 
vermelhas, medidas em escala 
de Lovibond numa célula de 5 ¼ 
(cinco e um quarto) de 
polegadas. 
Propriedades organolépticas Odor e sabor característicos do 
produto isento de ranços, de 
odores e de sabores estranhos; 
Odor e sabor característicos do 
produto isento de ranços, de 
odores e de sabores estranhos; 
Umidade e voláteis máximo de 0,03%; máximo de 0,06%; 
Impurezas insolúveis em éter de 
petróleo (ponto de ebulição de 
30 a 60° C): 
máximo de 0,03%; máximo de 0,05%; 
Acidez livre (expresso em ácido 
oléico - F.F.A) 
máximo de 0,03% máximo de 0,06%; 
Sabões máximo de 1,0 ppm; máximo de 10 ppm; 
Índice de peróxidos máximo de 2,5 meq./Kg de óleo; máximo de 5,0 meq./Kg de óleo; 
Ponto de fumaça temperatura mín. de 230 °C temperat ura mínima de 218° C; 
Matéria insaponificável máximo de 1,50%; máximo de 1,50%. 
Fonte: Adaptado de Brasil, 1993. 
 
1.5 Óleo de soja abaixo do padrão 
 
O óleo de soja, de qualquer classe, que pelas suas características ou atributos qualitativos, 
não se enquadrar em nenhum dos tipos descritos, será classificado como abaixo do padrão: 
 
• O óleo de soja bruto ou cru e o óleo de soja degomado ou purificado poderão ser 
comercializados como tal, desde que perfeitamente identificados. 
• O óleo de soja refinado deverá ser re-beneficiado e recomposto para efeito de 
enquadramento em tipo. 
 
1.6 Desclassificação 
 
Será desclassificado e proibida a sua comercialização, o óleo de soja que apresentar: 
 
 
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5 
- mau estado de conservação; 
- presença de substâncias nocivas à saúde; 
- misturas de outros óleos, gorduras ou de matérias estranhas ao produto. 
 
Será de competência do Ministério da Agricultura decidir sobre o destino do produto 
desclassificado. O texto na integra da Portaria n. 795 pode ser consultado no site do 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no Sislegis – Sistema de Consulta à 
Legislação (http://www.agricultura.gov.br/). 
 
1.7 Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM 
 
A correta classificação de uma mercadoria tem papel relevante, pois a posiciona para todos 
os efeitos relativos ao comércio exterior, como, por exemplo: tratamento administrativo, 
contingenciamento, incidência de tributos, tratamento preferencial previsto em acordos 
internacionais, além do que facilita a comercialização, a análise e a comparação das 
estatísticas de comércio exterior dos diversos países. 
 
Obtém-se a classificação da mercadoria a partir de sua descrição, analisando-se desde as 
características genéricas até os detalhes mais específicos. A essa descrição corresponde 
um código genérico. O código baseado no Sistema Harmonizado de Designação e 
Codificação de Mercadorias – SH, utilizado na exportação no Mercosul é denominado, 
Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM. O NCM é composto de 8 dígitos, que substituiu 
a NBM/SH a partir de 1995 e é utilizado em conjunto pelos quatro países que formam o 
Mercosul, a fim de obter uniformidade na classificação das mercadorias, para facilitação das 
relações comerciais. 
 
O NCM dos produtos pode ser encontrado nos sites Alice Web (disponível em: 
<http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br/default.asp>) e Brazil Trade Net (disponível em: 
<http://www.braziltradenet.gov.br/>). Segue abaixo o NCM do óleo de soja em seus diversos 
tipos. 
 
1507.10.00 – óleo de soja em bruto mesmo degomado 
1507.90.10 – óleo de soja, refinado 
1507.90.11 – óleo de soja, refinado, em recipientes com capacidade menor ou igual a 5 
litros 
1507.90.19 – óleo de soja, refinado, em recipientes com capacidade maior que 5 litros 
2304.00.10 – farinhas e “pellets” da extração do óleo de soja 
2304.00.90 – bagaços e outros resíduos sólidos, da extração do óleo de soja 
 
2 MATÉRIA-PRIMA 
 
A principal matéria-prima para a produção do óleo de soja são os grãos de soja(Gluycine 
max. L Merril). 
 
• Nomes botânicos da planta: Glycine Max, Soja max ou Glycine hispida. 
• Denominações estrangeiras da planta: Ta Teou (chinês), Daizu (japonês), Soia 
(castelhano), Soybean (inglês). 
 
2.1 História da soja 
 
A soja cultivada atualmente é muito diferente das suas ancestrais, que eram plantas 
rasteiras que se desenvolviam na costa leste da Ásia, principalmente ao longo do rio 
Yangtse, na China. Sua evolução começou com o aparecimento de plantas oriundas de 
cruzamentos naturais entre duas espécies de soja selvagem que foram domesticadas e 
melhoradas por cientistas da antiga China. 
 
As primeiras citações do grão aparecem no período entre 2883 e 2838 A.C., quando a soja 
era considerada um grão sagrado, ao lado do arroz, do trigo, da cevada e do milheto. Até 
aproximadamente 1894, término da guerra entre a China e o Japão, a produção de soja 
ficou restrita à China. Apesar de ser conhecida e consumida pela civilização oriental por 
 
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6 
milhares de anos, só foi introduzida na Europa no final do século XV, como curiosidade, nos 
jardins botânicos da Inglaterra, França e Alemanha. 
 
Na segunda década do século XX, o teor de óleo e proteína do grão começou a despertar o 
interesse das indústrias mundiais. No entanto, as tentativas de introdução comercial do 
cultivo do grão na Rússia, Inglaterra e Alemanha fracassaram, provavelmente, devido às 
condições climáticas desfavoráveis. 
 
De extrema importância para o agronegócio brasileiro, foi introduzida no Brasil em 1908, 
inicialmente na região de São Paulo, por imigrantes japoneses. Teve sua cultura iniciada no 
Rio Grande do Sul, por volta de 1914. No entanto, o maior desenvolvimento do cultivo desta 
leguminosa no Estado gaúcho é da década de 1970. 
 
Atualmente, a soja tem maior desenvolvimento no Centro-oeste brasileiro, onde localizam-
se os cerrados. 
 
2.2 Soja – produção mundial 
 
A evolução da produção da soja nos últimos anos pode ser acompanhada pelo Quadro 3, 
onde é possível observar a evolução da produção mundial, do Brasil e de alguns outros 
países ao longo dos últimos anos. 
 
Quadro 3 - Soja: principais países produtores mundiais 
Produção Mundo Estados Unidos Brasil Argentina China
1
 Índia Paraguai Canadá Bolívia 
Ranking - 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 
1961 26.883 18.468 271 1 6.210 5 2 180 - 
1962 27.120 
 
18.213 
 
345 
 
11 
 
6.510 
 
5 
 
3 
 
180 
 
- 
1963 
 
28.207 
 
19.028 
 
323 
 
19 
 
6.910 
 
8 
 
8 
 
136 
 
- 
1964 
 
29.080 
 
19.076 
 
305 
 
14 
 
7.870 
 
8 
 
19 
 
190 
 
- 
1965 
 
31.705 
 
23.014 
 
523 
 
17 
 
6.140 
 
10 
 
22 
 
219 
 
- 
1966 36.413 25.270 595 
 
18 
 
8.270 
 
10 
 
22 
 
245 
 
0 
1967 
 
37.933 
 
26.575 
 
716 
 
21 
 
8.270 
 
12 
 
18 
 
220 
 
0 
1968 
 
41.420 
 
30.127 
 
654 
 
22 
 
8.040 
 
12 
 
29 
 
246 
 
0 
1969 
 
41.967 
 
30.839 
 
1.057 
 
32 
 
7.630 
 
14 
 
34 
 
209 
 
1 
1970 
 
43.697 
 
30.675 
 
1.509 
 
27 
 
8.710 
 
14 
 
41 
 
283 
 
2 
1971 
 
45.619 
 
32.009 
 
2.077 
 
59 
 
8.610 
 
14 
 
75 
 
280 
 
1 
1972 
 
47.257 
 
34.581 
 
3.223 
 
78 
 
6.450 
 
28 
 
97 
 
375 
 
1 
1973 
 
59.268 
 
42.118 
 
5.012 
 
272 
 
8.370 
 
39 
 
123 
 
397 
 
3 
1974 
 
52.640 
 
33.102 
 
7.877 
 
496 
 
7.470 
 
51 
 
181 
 
280 
 
8 
1975 
 
64.249 
 
42.140 
 
9.893 
 
485 
 
7.240 
 
91 
 
220 
 
367 
 
12 
1976 
 
57.399 
 
35.071 
 
11.227 
 
695 
 
6.640 
 
123 
 
284 
 
250 
 
15 
1977 
 
73.855 
 
48.098 
 
12.513 
 
1.400 
 
7.260 
 
183 
 
377 
 
580 
 
11 
1978 
 
75.450 
 
50.860 
 
9.541 
 
2.500 
 
7.570 
 
299 
 
333 
 
516 
 
26 
1979 
 
88.698 
 
61.526 
 
10.240 
 
3.700 
 
7.460 
 
282 
 
549 
 
657 
 
41 
1980 
 
81.040 
 
48.922 
 
15.156 
 
3.500 
 
7.940 
 
442 
 
537 
 
690 
 
48 
1981 
 
88.524 
 
54.436 
 
15.007 
 
3.770 
 
9.325 
 
352 
 
761 
 
607 
 
58 
 
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7 
1982 
 
92.121 
 
59.611 
 
12.836 
 
4.150 
 
9.030 
 
491 
 
757 
 
848 
 
86 
1983 
 
79.466 
 
44.518 
 
14.582 
 
4.000 
 
9.760 
 
614 
 
850 
 
735 
 
52 
1984 
 
90.752 
 
50.648 
 
15.541 
 
7.000 
 
9.695 
 
955 
 
975 
 
917 
 
78 
1985 
 
101.156 
 
57.128 
 
18.279 
 
6.500 
 
10.500 
 
1.024 
 
1.172 
 
1.012 
 
83 
1986 
 
94.446 
 
52.868 
 
13.333 
 
7.100 
 
11.614 
 
891 
 
810 
 
960 
 
150 
1987 
 
100.101 
 
52.737 
 
16.977 
 
6.700 
 
12.184 
 
898 
 
1.310 
 
1.270 
 
122 
1988 
 
93.521 
 
42.153 
 
18.012 
 
9.900 
 
11.645 
 
1.547 
 
1.407 
 
1.153 
 
151 
1989 
 
107.253 
 
52.350 
 
24.052 
 
6.500 
 
10.228 
 
1.806 
 
1.615 
 
1.219260 
1990 
 
108.453 
 
52.416 
 
19.898 
 
10.700 
 
11.000 
 
2.602 
 
1.795 
 
1.262 
 
233 
1991 
 
103.310 
 
54.065 
 
14.938 
 
10.862 
 
9.713 
 
2.492 
 
1.402 
 
1.460 
 
384 
1992 
 
114.451 
 
59.612 
 
19.215 
 
11.310 
 
10.304 
 
3.390 
 
1.618 
 
1.455 
 
335 
1993 
 
115.154 
 
50.886 
 
22.591 
 
11.045 
 
15.310 
 
4.745 
 
1.794 
 
1.851 
 
483 
1994 
 
136.463 
 
68.445 
 
24.932 
 
11.720 
 
15.999 
 
3.932 
 
1.796 
 
2.251 
 
710 
1995 
 
126.981 
 
59.174 
 
25.683 
 
12.133 
 
13.502 
 
5.096 
 
2.212 
 
2.293 
 
887 
1996 
 
130.213 
 
64.782 
 
23.155 
 
12.448 
 
13.224 
 
5.400 
 
2.395 
 
2.170 
 
862 
1997 
 
144.416 
 
73.177 
 
26.391 
 
11.005 
 
14.732 
 
6.463 
 
2.670 
 
2.738 
 
1.038 
1998 
 
160.101 
 
74.599 
 
31.307 
 
18.732 
 
15.152 
 
7.143 
 
2.856 
 
2.737 
 
1.071 
1999 
 
157.802 
 
72.223 
 
30.987 
 
20.000 
 
14.245 
 
7.081 
 
3.053 
 
2.781 
 
974 
2000 
 
161.406 
 
75.055 
 
32.735 
 
20.200 
 
15.411 
 
5.276 
 
2.980 
 
2.703 
 
1.232 
2001 
 
177.937 
 
78.671 
 
39.058 
 
26.864 
 
15.407 
 
5.963 
 
3.511 
 
1.635 
 
834 
2002 
 
181.736 
 
75.010 
 
42.769 
 
30.180 
 
16.505 
 
4.558 
 
3.300 
 
2.336 
 
1.298 
2003 
 
190.596 
 
66.778 
 
52.018 
 
34.800 
 
15.393 
 
7.900 
 
4.205 
 
2.268 
 
1.551 
2004 
 
206.462 
 
85.013 
 
49.793 
 
31.500 
 
17.600 
 
7.500 
 
3.584 
 
3.048 
 
1.670 
2005 
 
214.347 
 
83.999 
 
52.700 
 
38.300 
 
17.400 
 
6.600 
 
3.513 
 
2.999 
 
1.700 
Nota 1: Não considera Hong Kong, Macau e Taiwan. 
Fonte: FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION 
 
2.3 Soja – preços no Brasil 
 
A evolução dos preços nos últimos quatro anos no Brasil pode ser acompanhada pelo 
Gráfico 1. 
 
 
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8 
 
Gráfico 1 – Evolução do indicador da soja CEPEA/ESALQ 
Fonte: CEPEA/ESALQ 
 
2.4 O que é soja transgênica 
 
Existem vários tipos de soja transgênica sendo desenvolvidos atualmente. A mais conhecida 
e plantada comercialmente é uma planta que recebeu, por meio de técnicas da 
biotecnologia, um gene de um outro organismo capaz de torná-la tolerante ao uso de um 
tipo de herbicida, o glifosato1. 
 
Esse gene foi extraído de uma bactéria do solo, conhecida por Agrobacterium, e patenteado 
por uma empresa privada. Estruturalmente, é muito parecido com os genes que compõem o 
genoma de uma planta. Quando inserido no genoma da soja, tornou a planta resistente à 
aplicação do herbicida. 
 
Essa novidade chegou ao campo pela primeira vez nos Estados Unidos, na safra de 1996. 
No ano seguinte, os agricultores argentinos também já aderiram à novidade. Com a nova 
tecnologia, fica mais fácil para os agricultores controlarem a planta daninha sem afetar a 
soja. 
 
A lógica desta tecnologia é a mesma usada na produção de soja convencional, já que ela 
está baseada na aplicação de herbicida e numa crescente dependência das empresas 
fornecedoras que, com isso, faturam duplamente: uma com a venda da semente e outra 
com a venda do herbicida. O que é velho surge com cara de novo e é apresentado como 
símbolo de progresso e modernidade. Quando se fala dos riscos, a discussão fica limitada a 
supostos futuros efeitos da manipulação genética sobre a saúde humana, os quais ainda 
não estariam confirmados. O perigo da dependência dos agricultores em relação ao 
monopólio das empresas, que certamente esperam um futuro pagamento de royalties pela 
semente e a incerteza na comercialização, pouco aparecem no debate. 
 
Uma das principais polêmicas sobre a soja, hoje no Brasil, é a questão dos grãos 
geneticamente modificados. Como o plantio transgênico se expandiu muito nos últimos 
anos, em nível mundial, e a soja é um dos principais produtos brasileiros de exportação do 
 
1
 O glifosato é um produto comumente utilizado pelos agricultores no controle de plantas daninhas e limpeza de 
áreas antes do plantio de uma cultura. Suas moléculas se ligam a uma proteína vital da planta, impedindo seu 
funcionamento e ocasionando sua morte. Os efeitos do herbicida Glyphosate sequer são mencionados. Os 
representantes das empresas fornecedoras do produto alegam, inclusive, que se trata de um “medicamento” 
inofensivo para animais e seres humanos, o qual, em contato com o solo, se converteria em outras substâncias 
não tóxicas. Mas, na realidade, isso não confere. Glyphosate é uma substância química desenvolvida a partir do 
“Agente Laranja”, usado na guerra do Vietnã. Seus efeitos no Vietnã ainda hoje são visíveis, onde toda uma 
geração sofre de anomalias congênitas que afetam o normal desenvolvimento de seus braços e pernas. 
 
 
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9 
Brasil, o governo foi duramente pressionado pelos grandes proprietários rurais a liberar a 
comercialização e o plantio de soja transgênica no país. A discussão não está encerrada. 
 
2.5 O que é soja orgânica 
 
A soja orgânica é cultivada livre de produtos químicos como herbicidas, fungicidas e 
inseticidas, é também um bom investimento para pequenos produtores: a soja orgânica é 
comercializada com preços superiores à soja convencional. 
 
Além disso, de modo geral, o custo de produção é menor do que no sistema convencional. 
O cultivo de soja orgânica para consumo humano é uma alternativa para pequenos 
agricultores. O sistema orgânico proporciona ainda inúmeros benefícios para o meio 
ambiente. 
 
2.6 Cadeia produtiva da soja 
 
 
Figura 1 – Delimitação da cadeia produtiva da soja no Brasil 
Fonte: LAZZARINI; NUNES. 
 
3 PROCESSOS INDUSTRIAIS DE OBTENÇÃO DE ÓLEO DE SOJA 
 
A obtenção do óleo de soja divide-se em duas importantes etapas de produção: 
- produção do óleo bruto e da torta ou farelo; 
- refinação do óleo bruto. 
 
3.1 Etapas da produção do óleo bruto e da torta ou farelo 
 
As etapas da produção do óleo bruto e, conseqüentemente, da torta são: 
 
- armazenamento da soja; 
- preparação da matéria-prima; 
- extração do óleo bruto. 
 
3.1.1 Armazenamento 
 
A industrialização da soja em óleo deve ser efetuada durante a maior parte do ano, 
otimizando desta forma a utilização dos equipamentos industriais e melhorando custos de 
produção, portanto, é necessário um bom sistema de armazenamento que garanta a 
qualidade do produto final. 
 
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10 
A soja recebida como matéria-prima nas unidades industriais é classificada conforme 
padrões de umidade, impurezas, percentual de grãos quebrados e outros. Em função da 
classificação pode-se proceder a uma operação conhecida como pré-limpeza, que é 
realizada por máquinas dotadas de peneiras vibratórias ou de outros dispositivos que 
separam os grão de materiais contaminantes ou sujidades de tamanho maior que o grão. 
 
É importante esclarecer que as sementes oleaginosas são melhor armazenadas com baixa 
umidade, onde a atividade enzimática e o crescimento de microfloras de fungos e bactérias 
têm crescimento inibido. As sementes com excessiva umidade devem, portanto, passar por 
secadores antes do armazenamento, cujo objetivo é mantê-las com a umidade crítica dentro 
dos padrões definidos do processo. Quando a umidade é mantida acima do nível crítico, a 
deterioração promove a degradação de proteínas, de carboidratos, de fosfolipídeos, etc., 
gerando compostos lipossolúveis e que, por isso, contaminam o óleo, afetando a cor, odor e 
o sabor. 
 
Além disso, o processo de deterioração é invariavelmente acompanhado da hidrólise de 
glicerídeos com conseqüente aumento dos ácidos graxos livres no óleo extraído. As 
sementes como as de soja que escoam facilmente são usualmente armazenadas em silos 
verticais até a data de seu processamento. 
 
3.1.2 Preparação da matéria-prima 
 
Antes de serem processados, os grãos devem ser limpos e é nesta etapa que sujidades e 
fragmentos de metais são removidos por peneiras vibratórias e rotativas sob ventilação, e 
impurezas metálicas são eliminadas por meio de imãs instalados próximo às peneiras. 
 
• Descorticação 
 
Na seqüência, o grão é descorticado em equipamentos, sendo que os mais freqüentemente 
encontrados consistem de rolos estriados horizontais, girando com velocidade diferente e 
em sentido contrários. Além dos rolos existem aparelhos com discos verticais, 
descorticadores de barras e outros. 
 
• Trituração e laminação 
 
Segue-se então para a desintegração dos grãos, cuja função é facilitar o rompimento do 
tecido das paredes das células, diminuindo a distância entre o centro da semente e sua 
superfície, aumentando a superfície de saída do óleo. Por outro lado, esta desintegração 
ativa as enzimas celulares, em especial a lípase e peroxidase, o que tem um efeito negativo 
sobre a qualidade do óleo e da torta ou farelo. Portanto, o processo de trituração deve ser 
efetuado rapidamente e seguido da inativação dos fatores acima mencionados. 
 
A trituração pode ser realizada por moinhos tipo martelo, disco ou de rolos horizontais ou 
oblíquos e depois laminados. 
 
• Cozimento 
 
Mesmo com a trituração e a laminação, as sementes ainda necessitam de uma ruptura 
adicional, feita através da aplicação de calor úmido, por chaleiras com três a seis bandejas 
sobrepostas, aquecidas com vapor direto e indireto. 
 
Este aquecimento proporciona diversos efeitos tais como: 
a) diminuição da viscosidade e tensão superficial do óleo; 
b) coagulação e desnaturação parcial de substâncias protéicas; 
c) inativação de enzimas lipolíticas; 
d) aumento de permeabilidade das membranas celulares; 
e) diminuição da afinidade do óleo com partículas sólidas da semente. 
 
As chaleiras possuem um eixo vertical que suporta os agitadores, e é acionado 
eletronicamente. O aquecimento é feito por vapor indireto e o umedecimento por vapor 
 
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11 
direto. 
 
As bandejas superiores têm temperatura de 70 a 105° C dependendo da semente 
processada. Na ultima bandeja a semente é seca e depois processada nas prensas 
contínuas. 
 
3.1.3 Extração do óleo bruto 
 
• Prensagem mecânica 
 
A prensagem mecânica é efetuada modernamente por prensas contínuas, que são usadas 
para uma parcial remoção de óleo, seguida por extração com o solvente, constituindo o 
processo misto. A prensagem mecânica sob alta pressão reduz o conteúdo de óleo na torta 
em até 5%. 
 
O material acondicionado entra na prensa por um eixo alimentador. A prensa é constituída 
de um cesto de barras de aço retangulares, distanciadas por lâminas. O espaçamento das 
barras é regulado para permitir a saída do óleo e ao mesmo tempo filtrar os resíduos da 
prensagem. Dentro do cesto uma rosca movimenta e comprime o material 
simultaneamente, a pressão é controlada através de um cone de saída. 
 
O preparo do material depende do tipo de semente processado e destina-se a uma pré-
prensagem ou ao tratamento de alta pressão. A soja é, via de regra, submetida à extração 
direta, sem pré-prensagem. 
 
• Extração dos óleos vegetais com solventes 
 
Nesse tipo de extração, a obtenção da matéria oleosa é feita por meio de um solvente 
proveniente da mistura de hidrocarbonetos (hexana) com uma fração de petróleo, com 
ponto de ebulição de 70°C. Para facilitar a penetra ção do solvente no interior das sementes, 
o material a ser extraído é triturado e laminado. 
 
O óleo aparece no material com duas formas de extração: 
a) forma de camada, ao redor das partículas das sementes trituradas e laminadas, que 
são recuperadas por simples dissolução; 
b) contido em células intactas, que são removidas do interior destas por difusão. 
 
A extração consiste em dois processos: dissolução e difusão. Durante a extração, a 
velocidade do desengorduramento da semente é, de início, muito rápido, porém a 
velocidade decresce com o decorrer do processo. Na pratica, pretende-se alcançar uma 
extração de conteúdo de óleo no farelo após a extração entre 0,5 e 0,6%. 
 
A solução de óleo no solvente é chamada miscela, e o fator que define a velocidade da 
extração é a obtenção do equilíbrio no sistema óleo-miscela-solvente. A espessura dos 
flocos resultantes da laminação a temperatura próxima da ebulição do solvente e a 
apropriada umidade são fatores que facilitam o processo de difusão. 
 
A hexana satisfaz uma serie de exigências de um solvente apropriado: dissolve facilmente o 
óleo sem agir sobre outros componentes; possui estreita faixa de temperatura de ebulição; 
é imiscível com água. Porém, este solvente tem desvantagens como alta inflamabilidade e 
alto custo. 
 
• Sistemas de extração 
 
Existem três métodos de extração: o semicontínuo, o descontínuo e o contínuo. 
 
- Extração semicontínua 
 
A extração desse tipo é feita por uma bateria de 3 a 6 extratores que apresentam tanques 
com uma tela na parte inferior. 
 
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12 
O solvente novo entra num extrator que contém o material quase totalmente 
desengordurado e é bombeado através dos tachos seguintes, produzindo uma miscela cada 
vez mais concentrada, sendo que o último extrator contém material gorduroso. 
Subseqüentemente, se descarrega o 1° extrator, que passa a ser o último. 
 
- Extração contínua 
 
O sistema consiste em roscas colocadas em posição inclinada. A parte inicial da rosca é 
alargada, sendo a torta proveniente da pré-prensagem, mergulhada em banho de solvente 
ou miscela, a qual é transferida pelo movimento do espiral para o extrator seguinte. 
 
Em algumas instalações, a rotação dos extratores é variável, em outras é feita por força 
gravitacional. A torta permanece em contato com a miscela por um período e a extração da 
massa é uniforme. 
 
Há também o sistema “LURGI”, usado em algumas industrias, que utiliza uma esteira 
horizontal munida de semi-canecas. A esteira se movimenta independentemente da tela ou 
chapa perfurada que também gira. Uma válvula rotativa regula o enchimento das canecas, 
que ao fim da esteira deixam cair o conteúdo e retornam. O solvente e a miscela são 
respectivamente injetadosna esteira superior e tela inferior, assegurando a extração 
completa. O material extraído é depois transportado aos secadores ou ao desolventizador. 
 
O sistema de SMET, também usa esteira e baseia-se no principio da “chuva solvente”. O 
extrator consiste em um corpo horizontal de chapa soldada, onde o material a ser extraído é 
levado pela esteira. Um registro regula a altura da camada das sementes, sobre as quais há 
uma serie de atomizadores do solvente. Sob a esteira, há uma série de receptáculos da 
miscela. Cada receptáculo é ligado a uma bomba centrífuga que alimenta um atomizador 
correspondente; enquanto cada seção de irrigação é seguida de uma de secção de 
escorrimento da miscela. Apos a saída do material, a esteira é continuamente limpa por 
uma escova rotatória. 
 
O sistema ROTOCEL tem forma cilíndrica dividida em setores, nos quais é colocada a 
matéria-prima, mantidos a baixa rotação. A matéria inicial é percolada pela miscela mais 
concentrada e depois gradativamente com miscelas mais diluídas, até a entrada de solvente 
puro, onde a parte inferior com tela se abre e deixa cair o farelo, que é transferido para o 
dissolventizador. 
 
• Destilação da miscela 
 
A miscela que sai do extrator é filtrada e transferida para um destilador, onde o óleo é 
separado do solvente por aquecimento sob vácuo. No destilador contínuo da miscela, o 
conteúdo de solvente no óleo pode ser reduzido até 5%, a uma temperatura de 70 a 90° C. 
A hexana residual é destilada em um evaporador de filme com insuflação de vapor direto. 
 
• Dessolventização e tostagem do farelo 
 
Depois da extração, o material retém 30% ou mais da miscela, o que tem de ser removido 
para se utilizar o farelo em rações e outras finalidades. O farelo necessita de um tratamento 
térmico para reduzir os fatores antinutricionais, tóxicos e de sabor indesejável. A tostagem 
feita por um aparelho vertical que combina a evaporação do solvente com cocção úmida, 
denominado dessolventizador-tostador. 
 
O aparelho tem normalmente 7 estágios. O vapor direto entra no 3° estágio, sendo 
distribuído pelo farelo no 2° pelas venezianas late rais. O solvente é eliminado quase por 
completo nos dois primeiros estágios, com simultânea umidificação do farelo, que adquire 
18 a 20% de umidade. Nos estágios seguintes, o farelo é tostado e seco após sua saída do 
tostador. O tempo de permanência do farelo no tostador é de aproximadamente uma hora e 
a temperatura do aparelho é de 85 a 115° C. 
 
O produto final é armazenado em silos e sua umidade não deve ultrapassar 12%. 
 
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13 
• Recuperação do solvente 
 
A dessolvatização da miscela e do farelo remove quase todo o solvente usado na extração. 
A principal causa da perda do solvente é a mistura incondensável formada entre seus 
vapores e o ar. A recuperação do solvente contido nessa mistura é feita com o emprego de 
compressores de frio ou por colunas de absorção com óleo mineral. Nas instalações de 
recuperação de hexana por óleo mineral, os gases incondensáveis entram na parte inferior 
da coluna e o solvente é absorvido pelo óleo mineral em contracorrente, sendo o contato 
aumentado pelos anéis de “Rasching” ou por atomização do óleo mineral. 
 
3.2 Refinação do óleo de soja 
 
A refinação consiste num conjunto de processos que visam transformar os óleos brutos em 
óleos comestíveis. O processo de refinação tem como finalidade a melhora da aparência, 
odor e sabor do óleo, o que ocorre devido à remoção dos seguintes componentes do óleo 
bruto: 
a) substâncias coloidais, proteínas fosfatídeos e produtos de sua decomposição; 
b) ácidos graxos livres e seus sais, ácidos graxos oxidados, lactonas, acetais e 
polímeros; 
c) corantes, tais como clorofila, xantofila, carotenóides; 
d) substâncias voláteis, tais como hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos, cetonas e ésteres 
de baixo peso molecular; 
e) substâncias inorgânicas, tais como sais de cálcio e de outros metais, silicatos, 
fosfatos e outros; 
f) umidade. 
 
As principais etapas do processo de refino são: degomagem (hidratação), neutralização 
(desacidificação), branqueamento (clarificação) e desodorização. 
 
3.2.1 Degomagem 
 
Esse processo visa remover do óleo bruto fosfatídeos, proteínas e substâncias coloidais, 
assim, reduzindo a quantidade de álcali durante a subseqüente neutralização, de forma a 
reduzir as perdas de refinação. 
 
O método de degomagem mais utilizado consiste na adição de 1 a 3% de água ao óleo 
aquecido de 60 a 70° C e agitado durante 20 a 30 mi nutos. Forma-se um precipitado que é 
removido do óleo por centrifugação a 5000-6000 rpm. As gomas obtidas no processo que 
contiverem cerca de 50% de umidade são secas sob vácuo a uma temperatura de 70 a 80° 
C. 
 
O produto obtido é chamado de lecitina comercial e consiste em cerca de 60% de mistura 
de fosfatídeos (lecitina, cefalina e fosfatidil-inositol), 38% de óleo e 2% de umidade. A 
degomagem também pode ser feita através da injeção de água ao óleo aquecido ou 
misturando 0,1 a 0,4% de ácido fosfórico a 85% com o óleo a uma temperatura de 60 a 65° 
C, seguido pela adição de 0,2% de terra branqueadora, separação de gomas por filtração 
ou centrifugação. 
 
3.2.2 Neutralização 
 
A neutralização ocorre na interfase do óleo e da solução alcalina, sendo essas fases não 
intersolúveis, a neutralização exige uma dispersão de solução alcalina em óleo. Existem três 
métodos de neutralização: descontínuo, contínuo e Zenith. 
 
• Neutralização descontínua 
 
O óleo é colocado num tanque com capacidade de 6 a 15 toneladas, provido de agitador 
mecânico, com camisa ou vapor indireto e chuveiro para solução alcalina e água. 
 
No caso do óleo com baixa acidez, adiciona-se solução aquosa de hidróxido de sódio 
 
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14 
quente (baixa concentração) ao óleo aquecido entre 90 e 95° C, sem contudo agitá-lo. Em 
caso de soluções alcalinas mais concentradas adiciona-se o óleo à temperatura ambiente 
sob intensa agitação para facilitar o contado entre as fases. Depois de 15 a 30 minutos, 
aquece-se a mistura a temperaturas de 50 a 70° C, c om a velocidade do agitador reduzida, 
depois, deixa-se em repouso até a formação da “borra”. 
 
Depois de retirada a “borra” pela torneira, o óleo é lavado 4 vezes em porções de 10 a 20% 
de água fervente, intercalando as lavagens. 
 
• Neutralização contínua 
 
Adiciona-se ao óleo, solução de soda cáustica por um proporciômetro e, após o 
aquecimento da mistura a temperaturas entre 65 e 90° C, separa-se o óleo e a borra pelo 
processo de centrifugação. 
 
Além do hidróxido de sódio, pode-se empregar o carbonato de sódio ou a mistura de 
ambos. O uso do carbonato reduz a saponificação do óleo neutro, porém afeta a eliminação 
de fosfatídeos e outras impurezas. O óleo neutralizado é submetido a uma ou duas 
lavagens com 10 a 20% de água aquecida e depois centrifugado novamente. 
 
• Neutralização com método Zenith 
 
Depois de aquecido a 95° C, o óleo bruto sobe em fo rma de gotículas através de uma 
coluna de solução alcalina diluída, esta pré-aquecida também a 95° C. 
 
O sistema consiste em três unidades, das quais a primeira trata o óleo aquecido com ácido 
fosfórico, a segunda age como neutralizador, onde o óleo transformado em gotículas entra 
em contato com a solução de hidróxido de sódio por meio de um dispositivo de alertas, a 
terceira elimina os traços dos sabões no óleo neutralizado, pela adição de ácido cítrico. 
 
3.2.3 Branqueamento 
 
O processo de degomagem e a neutralização com álcalis já removem certa quantidade de 
corantes do óleo, produzindo um efeito branqueador. Mas, atualmente são exigidos óleos e 
gorduras quase incolores,o que é possibilitado pela absorção dos corantes com terras 
clarificantes, naturais ou ativadas, às vezes, misturadas com carvão ativado na proporção 
de 10:1 a 20:1. 
 
As terras ativadas são preparadas com silicatos de alumínio, por aquecimento com ácido 
clorídrico ou sulfúrico, removendo quase todo cálcio e magnésio e parcialmente o ferro e 
alumínio, seguido por lavagem com água, secagem e moagem. 
 
As terras naturais têm um poder clarificante bem inferior ao das terras ativadas, porém são 
bem mais baratas. 
 
O óleo neutralizado sempre contém umidade. A ação da terra clarificante é mais eficiente no 
meio anidro, portanto a primeira etapa do branqueamento é a secagem, feita de maneira 
contínua no processo de neutralização ou no branqueador à temperatura de 80 a 90° C sob 
vácuo (30 mm Hg) por 30 minutos. Depois se adiciona terra clarificante por sucção, 
agitando o óleo com temperatura de 80 a 95° C, dura nte 20 a 30 minutos. 
Subseqüentemente, o óleo é resfriado de 60 a 70° C e filtrado por filtro-prensa. Dos vários 
tipos de filtro-prensa, o mais usado é o de placa, que permite a obtenção de resíduos de 
grande espessura. 
 
Depois da filtração, o resíduo no filtro contém aproximadamente 50% de óleo, o qual é 
reduzido de 30 a 35% pela aplicação de ar comprimido. Após o tratamento, o resíduo de 
filtragem é desprezado. 
 
 
 
 
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15 
3.2.4 Desodorização 
 
A última etapa da refinação é a desodorização que elimina sabores e odores indesejáveis. 
Durante esta etapa são removidas as seguintes substâncias: 
a) aldeídos, cetonas, ácidos graxos oxidados, produtos de decomposição de proteínas, 
carotenóides, esteróis, fosfatídeos e outros compostos desenvolvidos na armazenagem 
e processamento das sementes e óleos; 
b)substâncias naturais como: hidrocarbonetos insaturados e ácidos graxos de cadeia 
curta e média; 
c) ácidos graxos livres e peróxidos. 
 
As substâncias odoríferas e de sabor indesejáveis sob pressão absoluta de 2 a 8 mm Hg e 
temperatura de 220 a 250° C, com insuflação do vapo r direto, alcançam a completa 
desodorização e a quase total remoção dos ácidos graxos livres residuais. 
 
O vácuo é produzido por ejetores a vapor, bombas mecânicas ou ambos; atualmente as 
bombas mecânicas têm custo bem menor. 
 
A desodorização é feita de maneira descontínua, contínua ou semicontínua. O 
desodorizador descontínuo, um tacho vertical com capacidade de 6000 a 15000 litros, é 
munido com uma serpentina para o vapor indireto e dispositivo para insuflação do vapor 
direto. O tempo de desodorização neste processo é de 6 a 8 horas. 
 
Num desodorizador contínuo, devido ao alto vácuo de 2 a 6 mm e temperatura entre 240 e 
260° C, o tempo de desodorização a 1 a 5 horas. Con tudo, o aparelho mais utilizado nas 
indústrias é o semicontínuo, um aparelho com corpo de aço comum, no qual são colocadas 
5 ou mais bandejas de aço inoxidável. Nas primeiras bandejas o óleo é pré-aquecido, nas 
intermediarias, aquecido a temperatura entre 230 e 240° C com insuflação de vapor direto e 
na última resfriado de 40 a 50° C. O aquecimento é feito por óleo tipo Dow-Therm, óleo 
térmico ou vapor indireto de alta pressão. O óleo permanente em cada bandeja é passado 
de uma para outra durante meia hora por controle automático. 
 
Enquanto num desodorizador semicontínuo o resfriamento é feito no próprio aparelho, o 
óleo processado num desodorizador descontínuo é transferido por gravidade a um tacho 
munido com uma serpentina e um agitador, onde é resfriado a temperatura ambiente, sob 
vácuo. Depois do resfriamento, em ambos os casos, o óleo é armazenado em tanques, 
preferencialmente de alumínio ou aço inoxidável, sob atmosfera de um gás inerte. 
 
4 ROTULAGEM 
 
Os óleos com destino à alimentação devem atender aos regulamentos técnicos específicos 
de aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia de fabricação; contaminantes; 
características macroscópicas, microscópicas e microbiológicas; rotulagem de alimentos 
embalados; rotulagem nutricional de alimentos embalados; informação nutricional 
complementar, quando houver e outras legislações pertinentes. 
 
Quando houver informação nutricional complementar (declaração de propriedades 
nutricionais), baseada em características inerentes ao alimento, deve haver um 
esclarecimento próximo à declaração, com caracteres de igual realce e visibilidade, de que 
todos os alimentos do mesmo tipo também possuem essas características. 
 
A utilização de óleo ou gordura de espécie vegetal que não é tradicionalmente utilizada 
como alimento pode ser autorizada, desde que seja comprovada a segurança de uso, em 
atendimento ao regulamento técnico específico. 
 
Para os óleos vegetais deve constar, em destaque e em negrito, a recomendação: "manter 
em local seco e longe de fonte de calor", ou expressão equivalente sobre a conservação do 
produto. Para os produtos acondicionados em embalagens transparentes, acrescentar "ao 
abrigo da luz". 
 
 
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16 
Resumindo, nenhuma informação de rótulo ou propaganda pode ser enganosa ao 
consumidor, nem ressaltar como vantagem propriedades intrínsecas ao produto. No rótulo, 
deverão também ser apresentadas informações fundamentadas referentes às condições 
ideais de utilização e conservação; cuidados na reutilização e impropriedade para o 
consumo. Fica a cargo da própria agroindústria determinar o prazo de validade do seu 
produto. Toda informação ao consumidor, seja no rótulo ou propaganda, deverá ser 
previamente submetida ao Serviço de Vigilância Sanitária/Ministério da Saúde (SVS/MS), 
para avaliação e deliberação. 
 
Sugere-se pesquisar a Resolução RDC n. 360, de 23 de dezembro de 2003, Regulamento 
técnico sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados, da Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária – Anvisa. 
 
• Rotulagem nutricional obrigatória 
 
O conhecimento das informações básicas de nutrição na rotulagem dos gêneros 
alimentícios é importante para permitir ao consumidor fazer a sua escolha nutricional. Para 
chamar a atenção do consumidor e atingir os fins a que se destina, a informação fornecida 
deve ser simples e de fácil compreensão. 
 
Conforme informações extraídas do site da Anvisa, segue dois modelos de rótulos 
(QUADROS 4 e 5). 
 
 
Quadro 4 – Modelo de rótulo de alimentos – óleos e gorduras 
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL 
Porção de 15 ml (medida caseira) (1) 
Quantidade por porção % VD (*) 
Valor calórico 120 kcal 5% 
Carboidratos 0 g 0% 
Proteínas 0 g 0% 
Gorduras totais 14 g 17% 
Gorduras saturadas 2 g 8% 
Colesterol 0 mg 0% 
Fibra alimentar 0 g 0% 
Cálcio 0 mg 0% 
Ferro 0 mg 0% 
Sódio 0 mg 0% 
Outros minerais (1) mg ou mcg 
Vitaminas (1) mg ou mcg 
* VD - Valores Diários de referência com base em uma dieta de 2.500 calorias. 
(1) quando for declarado 
Fonte: ANVISA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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17 
Quadro 5 – Declaração simplificada do óleo de soja 
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL 
Porção de 15ml (medida caseira)(1) 
Quantidade por porção % VD (*) 
Valor calórico 120 kcal 5% 
Carboidratos 0 g 0% 
Proteínas 0 g 0% 
Gorduras totais 14 g 17% 
Saturadas 2 g 8% 
Colesterol 0 mg 0% 
Sódio 0 mg 0% 
* VD - Valores Diários de referência com base em uma dieta de 2.500 calorias. 
(1) quando for declarado 
Fonte: ANVISA 
 
5 INFORMAÇÕES PARA FICHA DE SEGURANÇA/TRANSPORTE 
 
A ficha de emergência é um documento de porte obrigatório para o transporte de produtos 
perigosos, conforme prevê o art. 22 do Regulamento para o Transporte de Produtos 
Perigosos – RTPP, aprovado pelo Decreton. 96.044/88 e é prevista ainda na Resolução n. 
420/04 da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT. 
 
A ficha de emergência é regulada pela norma técnica NBR 7503 da Associação Brasileira 
de Normas Técnicas - ABNT e acompanha o produto desde o seu acondicionamento da 
carga até o destinatário do produto. A NBR 7503 especifica os requisitos e as dimensões 
para a confecção da ficha de emergência e do envelope para o transporte terrestre de 
produtos perigosos, bem como instruções para o preenchimento da ficha e do envelope. 
 
A Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico - FISPQ deve ser entregue ao 
cliente que adquire o produto perigoso. Não é de competência dos agentes de fiscalização 
solicitar a FISPQ uma vez que esta competência é do Ministério do Trabalho. A ficha 
fornece informações sobre vários aspectos desses produtos químicos (substâncias ou 
preparados) quanto à proteção, à segurança, à saúde e ao meio ambiente. A FISPQ 
fornece, para esses aspectos, conhecimentos básicos sobre os produtos químicos, 
recomendações sobre medidas de proteção e ações em situação de emergência. Em 
alguns países, essa ficha é chamada Material Safety Data Sheet - MSDS. 
 
Os números ONU dos produtos são analisados por uma comissão de especialistas da ONU 
(Organização das Nações Unidas), de acordo com suas características, são classificados ou 
não como perigosos para fins de transporte; aqueles produtos que não possuem número de 
ONU não são isentos de perigo, principalmente à saúde, por isso o cuidado deve ser o 
mesmo. 
 
No transporte em navios existe o código IMO (International Maritime Organization) que 
prescreve regras para o armazenamento de contêineres e no transporte aéreo a 
regulamentação fica sob a responsabilidade da IATA (International Association Transport 
Air), que também possui regras e restrições para produtos químicos e ambas adotam a 
classificação da ONU. 
 
A título de ilustração segue uma ficha de segurança para óleo de soja obtida com a 
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB (ANEXO 1). 
 
6 UTILIZAÇÕES E APLICAÇÕES DO ÓLEO DE SOJA E SEUS DERIVADOS 
 
O óleo de soja tem como principal utilização a alimentação humana. É usado diretamente 
na obtenção de óleo de cozinha e como matéria-prima na preparação de temperos de 
 
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18 
saladas, produção de margarinas, gordura vegetal, maionese, entre outras. A vantagem do 
óleo de soja em relação a outros óleos deve-se ao seu baixo preço aliado a sua excelente 
qualidade. 
 
Além de ser muito utilizado na alimentação humana e na fabricação de produtos 
alimentícios, o óleo de soja tem várias aplicações dentre as quais pode-se citar: cosmética, 
farmacêutica, veterinária, ração animal, industrial (na produção de vernizes, tintas, plásticos, 
lubrificantes, etc), entre outras. 
 
Segue um esquema ilustrativo de algumas das principais utilizações do óleo de soja e seus 
derivados (QUADRO 6). 
 
 
Quadro 6 – Principais utilizações do óleo de soja 
 
Fonte: adaptado de BRUMFIELD. 
 
Uma das utilizações mais promissoras do óleo de soja é como matéria-prima para a 
obtenção do biodiesel. Recomenda-se a leitura do Dossiê Técnico “Produção de Biodiesel” 
para mais informações (disponível em: <http://www.respostatecnica.org.br>). 
 
7 TECNOLOGIAS EM DESENVOLVIMENTO 
 
Interessados em reduzir e gerenciar a quantidade de material residual produzido no 
processo de obtenção de óleo de soja, uma das principais mudanças que estão sendo 
realizadas nas plantas tem sido a substituição do refino químico com tratamento com soda 
cáustica para processos de refino físico. No refino físico, o tratamento com soda cáustica, 
usado para a remoção de ácidos graxos livres, é eliminado e um processo de destilação a 
vácuo remove os ácidos graxos livres bem como a desodorização pela remoção de voláteis. 
O refino físico da soja pode-se dizer que é difícil, devido à alta variabilidade da quantidade 
de fosfatídeos, especialmente os fosfatídeos nonohidratados ou NHP. Desta forma, torna-se 
necessário melhorias no processo de degomagem. 
 
Uma alternativa para o refino ácido e alcalino desenvolvida por WIR, Grace & Co é o refino 
com sílica. A sílica tem o alto poder de absorver sabões e fosfatídeos. 
 
Outro novo processo inclui o uso das enzimas para finalidades da extração e como 
expansor. As enzimas produzidas pelos microorganismos do bacilus Aspergillus Niger tem 
mostrado que auxiliam na soltura física dos glóbulos de óleo das proteínas e 
polissacarídeos da soja. 
 
 
 
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19 
8 PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR - 
PRONAF 
 
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF é um programa 
de apoio ao desenvolvimento rural, a partir do fortalecimento da agricultura familiar, 
coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio da Secretaria da 
Agricultura Familiar - MDA/SAF. 
 
Por meio de perfis agroindustriais são disponibilizadas informações sobre equipamentos e 
processos em escala mínima de operação, acompanhados de análise de viabilidade técnica 
e econômica do empreendimento correspondente. 
 
O perfil Soja na Produção Familiar - SOJAF (disponível em: <http://www.mda.gov.br/saf/>) é 
um estudo de viabilidade para agroindustrialização de soja que mostra ao produtor a 
oportunidade para que ele, integrado em instituições associativistas, produza o farelo e o 
óleo de soja e, com isso, melhore sua produtividade e reduza seus custos com os 
concentrados que utiliza na produção animal. Assim, o SOJAF apresenta-se como uma 
alternativa agroindustrial que favorece a produção de insumos (farelo de soja) para 
pequenos e médios produtores dedicados à produção animal e que permite ainda o alcance 
de mercados alternativos para o óleo bruto obtido no processamento. 
 
As informações a seguir, têm o objetivo de apresentar as principais diferenças entre 
processos usuais de obtenção de óleo versus o processo sugerido no SOJAF, para 
agroindústria familiar. 
 
• Soja na Produção Familiar – SOJAF 
 
O processo sugerido no SOJAF apresenta algumas modificações em relação aos processos 
tradicionais. Na preparação das sementes, os tratamentos de moagem, condicionamento, 
laminação e cozimento são substituídos pela simples extrusão em um equipamento especial 
(FIG. 2). Essa simplificação do processo diminui o custo em máquinas, mão-de-obra e 
tempo na preparação das sementes. 
 
A limpeza, mesmo considerando-se sementes de boa qualidade, é indispensável, em 
qualquer escala, para evitar que pedras, poeira ou até mesmo pedaços de metal que 
possam danificar os equipamentos. 
 
No SOJAF, a extrusão substitui todos os tratamentos de preparação das sementes. A 
extrusora é formada por um cilindro de aço, no interior do qual o material é empurrado por 
uma rosca com eixo de diâmetro crescente. 
 
Durante o trajeto, do início até o final do cilindro, o material é comprimido e aquecido por 
atrito com as paredes do cilindro, atingindo altas temperaturas e pressões. Na saída do 
cilindro, as sementes passam de um ambiente de alta pressão para a pressão atmosférica. 
A água existente na massa, devido à umidade das sementes, é evaporada explosivamente, 
rompendo as células que contém o óleo. O aquecimento durante o processo de extrusão 
deve ser suficiente para a inativação dos fatores antinutricionais da soja. 
 
No SOJAF, a extração do óleo de soja é feita por prensagem, quando o mais usual para a 
soja tem sido a extração por solvente. A extração por prensagem se justifica pelo pequeno 
porte dos empreendimentos sugeridos. Plantas de extração por solvente somente são 
rentáveis para empreendimentosde grande porte, processando mais de 1000 toneladas/dia, 
enquanto o SOJAF prevê o processamento de 9 toneladas/dia. A extração é feita em uma 
prensa contínua, de pequeno porte, de construção e operação simplificadas, e de baixo 
custo. 
 
Nas prensas hidráulicas ou descontínuas, o material colocado no cilindro é comprimido por 
um pistão que "espreme" o óleo para fora das sementes ou frutas. 
 
Nas prensas contínuas, o material que entra por uma das extremidades é empurrado 
 
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20 
através do cilindro por uma rosca que tem o diâmetro do eixo aumentando do início para o 
fim. Desse modo, o material é comprimido contra as paredes do cilindro. 
 
Em ambos os casos, o óleo "espremido" escoa pelas perfurações ou aberturas do cilindro, 
restando a "torta" que é retirada do cilindro, no caso de prensa hidráulica, ou é empurrado 
para fora pela rosca, no caso da prensa contínua. A "torta" transportada pela rosca 
transportadora é levada ao resfriador rotativo para redução de temperatura e posterior 
ensacamento e armazenagem. 
 
 
LIMPEZA
EXTRUSÃO
PRENSAGEM / EXTRAÇÃO DE ÓLEO
EMBALAGEM
COMERCIALIZAÇÃO
Grãos de Soja
EMBALAGEM
COMERCIALIZAÇÃO
Farelo de Soja Óleo de Soja
Tambor de 200 lSacas de 60 kg
 
Figura 2 - Fluxograma da produção de óleo bruto e farelo de soja 
Fonte: PINTRO 
 
Para um dia normal de processamento, tem-se o seguinte balanço de massa (FIG. 3): 
 
 
100%
SOJA EM GRÃOS
(9 toneladas)
PLANTA INDUSTRIAL DE
PRODUÇÃO DE FARELO DE SOJA
E EXTRAÇÃO DE
 ÓLEO DE SOJA BRUTO
FARELO DE SOJA
(7.275,60 kg)
ÓLEO DE SOJA BRUTO
(1.184,40 kg)
100% (9.000 kg)
 
Figura 3 – Balaço de massa – produção de óleo de soja e farelo 
Fonte: PINTRO 
 
9 PROJEÇÕES DO AGRONEGÓCIO DA SOJA E SEUS DERIVADOS 
 
A soja não tem sido alvo apenas de polêmicas sobre modificações genéticas, mas, também 
vem apresentando crescimento em sua importância econômica no Brasil e no mundo. 
Devido ao crescimento da produção e do consumo nos últimos anos, a soja e seus 
derivados tomam posição de destaque nas projeções do agronegócio. 
 
Segundo o Food and Agricultural Policy Research Institute - FAPRI, estima-se que na 
 
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21 
safra 2014/15 a produção mundial de soja será de 305 milhões de toneladas, e a 
concentração nos maiores produtores será ainda maior, sendo de acordo com o previsto, 
Argentina, Brasil e Estados Unidos detentores de 75% da produção mundial. 
 
De acordo com as projeções, até 2010, o complexo oleaginoso apresentará o maior 
crescimento do setor agropecuário, devido ao aumento do emprego de oleaginosos em 
outros setores fora da alimentação e, principalmente, pelo aumento da produção e consumo 
do óleo de soja. De todo o óleo produzido no mundo, estima-se que em pouco tempo, 23% 
sejam óleos de soja. 
 
Atualmente, os Estados Unidos são os maiores produtores de soja com 33% da produção 
mundial, seguido pelo Brasil com 22%, pela Argentina com 17% e pela China com 13%, 
porém as previsões são de queda para as produções de Estados Unidos e China e aumento 
para Brasil e Argentina, modificando os números da produção mundial de 2015 para: 29% a 
produção dos Estados Unidos, 27% para a do Brasil, 19% para a Argentina e 12% a China. 
Quanto ao consumo, os Estados Unidos são hoje os maiores consumidores, mas em 
2012/13 serão ultrapassados pela China, que obterá, segundo o FAPRI, 22% do consumo 
mundial até 2014/15. No consumo de oleaginosos, principalmente óleo de soja, a União 
Européia continuará a ser o maior importador, para atender sua demanda doméstica. 
 
Os preços da soja, de acordo com projeções do International Food Policy Research Institute 
- IFPRI terão pouca alteração, crescendo apenas 1,2% até 2020, chegando a US$ 250 por 
tonelada. 
 
Estudos realizados pelo FAPRI, United States Department of Agriculture (USDA) e 
Organization for Economic Co-operation and Development (OCDE), apontam o Brasil como 
o futuro maior exportador de soja até 2015, passando de 36% para 51% a participação 
brasileira nas exportações mundiais. 
 
Estas projeções foram extraídas do site do site do Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento – Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) - Projeções do Agronegócio 
Mundial e Brasil, de fevereiro de 2006 (Disponível em: 
<http://www.agricultura.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/MAPA/MENU_LATERAL/AGRICULTUR
A_PECUARIA/PROJECOES_AGRONEGOCIO/PROJECOES%20AGRONEGOCIO%20MU
NDIAL%20E%20BRASIL%202006-07%20A%202017-18.PDF>. Acesso em: 24 nov. 2006). 
 
• Evolução dos preços do óleo de soja para exportação 
 
Quadro 7 - Preços FOB para farelo, grão e óleo (primeiro embarque) 
Soja (US$/ saca de 60 Kg) 
Para embarque em Set/06 
Farelo (US$/t curta) 
Para embarque em Set/06 
Óleo (US$/t) 
Para embarque em Set/06 
13,57 184,28 513,89 
 
Obs: Porto de Referência - Paranaguá 
Bolsa de Referência: CBOT 
Prêmios sobre contratos de Set./06 para a soja em grão, farelo e óleo. 
Fonte: CEPEA/ESALQ 
 
 
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22 
 
Gráfico 2 – Evolução do preço do óleo de soja 
Fonte: CEPEA/ESALQ 
 
10 EQUIPAMENTOS PARA PRODUÇÃO DE ÓLEO DE SOJA 
 
Os equipamentos necessários para as operações deste empreendimento são apresentados 
a seguir. Todos podem ser adquiridos no mercado interno. O futuro empreendedor poderá 
identificar equipamentos com especificações técnicas diferentes que venham a contemplar 
melhor seus interesses, conforme orientações técnicas. 
 
Os equipamentos para processamento de oleaginosas, principalmente em pequena escala, 
são fabricados geralmente sob encomenda. 
 
Equipamento 
Peneira pré-limpeza 
 
Destinada a separar impurezas maiores e menores que a semente oleaginosa em 
processamento. Acionada por motor elétrico de 5 cv. 
 
Elevador de canecas 
 
Para alimentação da peneira de limpeza, construído em aço carbono, acionado por 
motor elétrico de 1 c.v. Dimensão: 4.800 mm de altura entre bocas. 
 
Silo alimentador 
 
Construído em aço carbono, com capacidade para regulagem da alimentação da 
extrusora. Capacidade de 2 t. 
 
Extrusora 
 
Possui uma rosca alimentadora, dotada de velocidade variável, que abastece o canhão 
extrusor com grãos de soja inteiros ou moídos. A ação do extrusor, empurra a soja 
contra os elementos restritores de fluxo, elevando a temperatura do produto e a pressão 
interna do canhão. O canhão é segmentado para permitir a substituição de peças 
desgastadas, fundidas em liga de aço especial. Possui capacidade de processar 500 a 
700 kg/hora. Acionada por motor de 20 c.v. 
 
 
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Tambor resfriador rotativo (500-700 kg/hora) 
 
Resfriador cooler com ciclone, com capacidade de resfriar 500 a 700 kg/hora. Recebe a 
torta da prensa horizontal através da rosca transportadora. Possui 5 c.v. 
 
Prensa horizontal 
 
Formada por eixo helicoidal com diâmetro e passo variável e cesto de barras construído 
em aço carbono com tratamento térmico. Provida de sistema de regulagem que permite 
o controle da espessura da torta e da compressão interna no cesto. Acionada por motor 
elétrico de 20 c.v., redutor, polias e correias. 
 
Tanque de óleo 
 
Construído em chapa de aço carbono. Destinado a decantação das impurezas do óleo e 
estocagem. Capacidade para 500 litros. 
 
Caixa coletora de óleo 
 
Construído em chapas de aço carbono, destinado a receber óleo proveniente da 
prensagem. Capacidade para 300 litros. 
 
Chave triangular para motor de 30 cv 
 
Acessório de ligação.Rosca transportadora/resfriadora 
 
Construída em aço carbono para transporte do material extrusado à prensa (9" x 2.000 
mm) e para transporte do farelo de soja (torta) da prensa ao tambor resfriador rotativo 
(9" x 3.000 mm). 
 
 
11 PRINCIPAIS PRODUTORES DE ÓLEO DE SOJA NO BRASIL 
 
ABC-INCO INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. 
Avenida José Andraus Gassani, 2.464 Distrito Industrial 
CEP: 38402-322 – Uberlândia - MG 
Fone: (34) 3218-3800 - Fax: (34) 3218-3900 
Site: www.inco.com.br 
 
AMAGGI EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO LTDA. 
Avenida Presidente Médici, 4269 
CEP: 78705-000 - Rondonópolis - MT 
Fone: (66) 3411-3000 - Fax: (66) 3411-3032 
Site: www.grupomaggi.com.br 
 
BUNGE ALIMENTOS S.A. 
Caixa Postal 45 
CEP: 89110-000 – Gaspar – SC 
Fone: 0800 727 5544 
Site: www.bunge.com.br 
 
CARGILL AGRÍCOLA S.A. 
Avenida Morumbi, 8234 Brooklin 
CEP: 04703-002 - São Paulo – SP 
Fone: (11) 5099-3311 
Site: www.cargill.com.br 
 
COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA 
 
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24 
Rua Fioravante João Ferri, 99 Jardim Alvorada 
Caixa Postal 460 
CEP: 87308-445 - Campo Mourão – PR 
Fone: (44) 3518-0123 
Site: www.coamo.com.br 
 
EISA EMPRESA INTERAGRÍCOLA S.A. 
Rua Conde Francisco Matarazzo, 99 
CEP: 19600-000 - Rancharia – SP 
Fone: (18) 3265-9300 - Fax: (18) 3265-9301 
Site: www.ecomtrading.com 
 
IMCOPA IMPORTAÇÃO, EXPORTAÇÃO E INDÚSTRIA DE ÓLEOS LTDA. 
Avenida das Araucárias, 5899 
CEP: 83707-000 - Araucária - PR 
Fone: (41) 2141- 8000 - Fax: (41) 2141- 8001 
Site: www.imcopa.com.br 
 
LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL S.A. 
Matriz 
Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1355, 14º andar, Pinheiros 
CEP: 01452-919 – São Paulo – SP 
Site: www.ldcommodities.com.br 
 
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS ORLÂNDIA S.A. -COMÉRCIO E INDÚSTRIA 
Avenida do Café, 129 
Orlândia – SP 
Fone: (16) 3820-5000 - DDG: 0800 345 322 
Site: www.brejeiro.com.br 
 
12 PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES 
 
12.1 Nacionais 
 
Nome: Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
Sigla: ANVISA 
Site: http://www.anvisa.gov.br 
Missão: a finalidade institucional da Agência é promover a proteção da saúde da 
população por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização 
de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, 
processos, insumos e tecnologias a eles relacionados. Além disso, a Agência 
exerce o controle de portos, aeroportos e fronteiras e a interlocução junto ao 
Ministério das Relações Exteriores e instituições estrangeiras para tratar de 
assuntos internacionais na área de vigilância sanitária. 
 
Nome: Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais 
Sigla: ABIOVE 
Site: http://www.abiove.com.br 
Missão: a ABIOVE tem como objetivo representar as indústrias de óleos vegetais, 
cooperar com o governo brasileiro na execução das políticas que regem o setor, 
promover os produtos brasileiros, fornecer suporte para seus associados, gerar 
estatísticas e preparar estudos setoriais. 
 
Nome: Associação Nacional dos Exportadores de Cereais 
Sigla: ANEC 
Site: http://www.anec.com.br 
Missão: tem o propósito de promover o desenvolvimento das atividades 
relacionadas aos cereais (milho, arroz), feijão e outros grãos, defendendo os 
interesses de seus associados perante as autoridades públicas e privadas. 
 
 
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Nome: Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição 
Sigla: ESALQ/LAN 
Site: http://www.esalq.usp.br/departamentos/lan/loleos.html 
Missão: realizar pesquisas na área de óleos e gorduras alimentícias. Dar condições 
aos alunos de graduação e pós-graduação para acompanharem ou desenvolverem 
pesquisas sob orientação, de forma a capacitá-los a desenvolver raciocínio 
científico, trabalhar em pesquisas e em controle de qualidade. 
 
Nome: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 
Sigla: EMBRAPA SOJA 
Site: http://www.embrapa.br 
Missão: viabilizar soluções para o desenvolvimento sustentável do espaço rural, 
com foco no agronegócio, por meio da geração, adaptação e transferência de 
conhecimentos e tecnologias, em benefício dos diversos segmentos da sociedade 
brasileira. 
 
Nome: Instituto de Tecnologia de Alimentos 
Sigla: ITAL 
Site: http://www.ital.sp.gov.br 
Missão: é uma instituição de pesquisa, desenvolvimento e assistência tecnológica 
da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, do governo do Estado de São Paulo. 
 
Nome: Laboratório de Óleos e Gorduras 
Sigla: FEA – UNICAMP 
Site: http://www.fea.unicamp.br/oleos 
Missão: destina-se a pesquisas em óleos e gorduras, contando com equipamentos 
modernos, uma equipe técnica muito capacitada e um alto número de alunos de 
pós-graduação (pesquisadores) interessados em desenvolver novas técnicas e 
descobrir novas tecnologias para esta área. 
 
Nome: Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos 
Sigla: SBCTA 
Site: http://www.sbcta.org.br 
Missão: promover o avanço da pesquisa e desenvolvimento da área de alimentos 
no país e estimular o progresso profissional de técnicos e pesquisadores da área. 
 
12.2 Internacionais 
 
Nome: Asociación Argentina de Grasas y Aceites 
Sigla: ASAGA País: Argentina 
Site: http://www.asaga.org.ar 
Missão: ser uma organização sem fins lucrativos, de alta relevância técnica e 
científica em óleos e gorduras, seus derivados e subprodutos. Gerar ações que 
favoreçam a investigação e o desenvolvimento da especialidade. Capacitar 
profissionais relacionados com a atividade. Colaborar com a indústria sobre os 
temas que estão dentro das atividades específicas, propondo melhorias de 
produção e processamento dos óleos e gorduras. 
 
Nome: American Fats and Oils Association Inc. 
Sigla: AFOA País: Estados Unidos 
Site: http://www.afoaonline.org 
Missão: é uma organização sem fins lucrativos, cujo propósito é promover o 
comércio de animais, peixes óleos e gorduras vegetais e proteínas, dos EUA com o 
mundo. 
 
Nome: Asociación Nacional de Industriales de Aceites y Mantecas 
Comestibles, A.C. 
Sigla: ANIAME AC País: México 
Site: http://www.aniame.com 
 
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Missão: representação patrocinada pelos seus sócios. O site na Internet tem como 
objetivo principal, reunir de uma maneira acessível as informações atualizadas de 
indústrias mexicanas de óleos, gorduras e proteínas vegetais comestíveis, 
intercambiar opiniões e idéias e estabelecer contatos com pessoas, empresas e 
instituições afins ou interessadas em conhecer as atividades do setor. 
 
Nome: American Oil Chemists' Society 
Sigla: AOCS País: Estados Unidos 
Site: http://www.aocs.org 
Missão: ser um fórum mundial para promover a troca de idéias, informação e 
experiência, promover altos padrões de qualidade, principalmente aqueles de 
interesse da ciência e tecnologia de óleos, gorduras, surfactantes e materiais 
correlatos. 
 
Nome: American Soybean Association 
Sigla: ASA País: Estados Unidos 
Site: http://www.soygrowers.com 
Missão: o foco principal é desenvolver políticas de desenvolvimento para o setor de 
soja e seus derivados. 
 
Nome: Australian Oilseeds Federation Inc. 
Sigla: AOF País: Austrália 
Site: http://www.australianoilseeds.com 
Missão: assistir a indústria australiana de óleos de sementes vegetais, 
posicionando-a como setor lucrativo; com valor adicional viável; dinamizar com 
habilidade a maximização de oportunidades; crescer, diminuindo a importação e 
aumentando as exportações. 
 
Nome: Camara de la Industria Aceitera de la Republica Argentina 
Sigla: CIARA País: Argentina 
Site: http://www.ciaracec.com.ar 
Missão: desenvolver a inovação tecnológica no setor

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