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Cap.9 Livro DickranBerberian

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Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.1 
 
 
TUBULÕES . CONCEITOS e DEFINIÇÕES 
 
Tubulão é uma fundação profunda, cilíndrica, pouco esbelta, geralmente 
dotada de base alargada, onde sempre se prevê a descida do homem no seu interior. Via 
de regra, despreza-se a parcela de atrito lateral nos cálculos para o caso de tubulões com 
base. 
 
 Segundo a ABNT NBR 6122:2010, trata- se de uma fundação profunda, 
escavada manual ou mecanicamente, em que, pelo menos na sua etapa final, há descida 
de pessoal para alargamento da base ou limpeza do fundo quando não há base. 
 
 Neste tipo de fundação as cargas são transmitidas essencialmente pela 
base a um substrato de maior resistência. 
 
 Este tipo de fundação é empregado acima do lençol freático, ou mesmo 
abaixo dele, nos casos em que o solo se mantenha estável sem risco de desmoronamento 
e seja possível controlar a água do interior do tubulão, respeitando-se as Normas de 
segurança, em particular conforme a Portaria 3 214 do Ministério do Trabalho e 
Emprego- NR18 
 
Face a possibilidade quase ilimitada de alargar-se suas bases, tubulões 
têm sido utilizado para suportar cargas de até 6.000 t. Pode-se também, em condições 
especiais, executar-se mais de uma base (ao longo do fuste) em um único tubulão, ou 
implantar-se mais de um fuste sobre uma única base. 
 
Os tubulões, segundo as condições de escavação, dividem-se em três 
grupos básicos: a céu aberto, submersos e a ar comprimido (ou pneumáticos), estes 
sempre revestidos por camisa de concreto armado ou de aço. 
 
Em passagens moles, pouco coesivas e consequentemente pouco estáveis, 
pode-se proteger o fuste, utilizando-se camisas de aço, cambota de madeira segundo o 
método Chicago/Gow, ou ainda camisa de concreto. Não se conhece nenhum método 
eficiente para escorar bases. 
 
Paira sobre os tubulões um errôneo estigma psicológico de insegurança 
por parte dos profissionais pouco experientes e de pouca prática. Berberian, dentro de 
sua experiência profissional já executou mais de 40.000 tubulões a céu aberto, alguns em 
condições muito adversas, sem nenhum acidente. Pessoalmente inspecionou mais de 
12.000 tubulões, com profundidade de até 37m. Fica claro que todas as medidas de 
segurança foram tomadas, tais como: exame de trincas, sarilhos com eixo de aço, 
dotados de catraca e uso de cinto de segurança. 
 
O cálculo da capacidade de carga de fundações por meio das formulações 
teóricas ainda é um assunto polêmico e transita melhor no campo da pesquisa. Vários 
autores têm proposto métodos semiempíricos, discutidos nos próximos itens. 
 
O autor é um grande apologista dos campos experimentais, onde os 
métodos semiempíricos podem ser aplicados com maior segurança. Fora das regiões 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.2 
 
geotécnicas pesquisadas, essas fórmulas devem ser aplicadas com cautela e bom senso, 
aliás como ainda é toda engenharia geotécnica. 
 
 Pontos a ponderar 
 
1. Diferença entre estacas e tubulões 
 A rigor, a única diferença entre uma estaca e um tubulão é o fato de que no 
tubulão sempre se prevê a descida do homem para escavá-lo ou fiscalizar sua execução. 
 
 Eventualmente é possível executar um tubulão sem que o homem desça no seu 
interior, assim como também se pode descer no interior de grandes estacas (pré-
moldadas, Ø=80 cm, por exemplo). Tais fatos, entretanto não são normais, constitui-se 
uma excepcionalidade. 
 
 Existem outras diferenças menos significativas, tais como tubulões sem base e 
estacas com base. Estes fatos também estão mais do lado da exceção do que da regra. 
 
2. Mesmo não necessitando de base, deve-se alargar uma pequena base 
(Db = 80 cm) dobrando-se a segurança praticamente sem acréscimo de custo. 
 A existência da base faz com que a carga se transfira mais pela base do que 
pelo fuste nos tubulões, e é comum na prática de projeto, como se verá mais adiante, 
desprezar-se a contribuição do atrito lateral. 
 
 3. Diferença entre tubulões e estacões 
 Estacões são tubulões sem base, escavados mecanicamente, com ou sem 
revestimento, com ou sem emprego de lama bentonítica, e ao contrário dos tubulões 
transferem cargas predominantemente por atrito lateral. 
 
4. Métodos Semi-empíricos Estatísticos 
 A expressiva maioria dos profissionais utiliza um ou dois métodos + “bom 
senso”, para definir seus projetos. Esta metodologia não esta errada, mas a adoção de 
uma media abrangendo sugestões renomadas além de aumentar a precisão dos 
resultados, oferecerá uma melhor sustentação jurídica nos casos de litígios judiciais. 
 
5. Diferença entre tubulões e caixões 
 Caixões são tubulões para grandes cargas, onde trabalham simultaneamente 
no seu interior, vários operários. Geralmente são utilizados como fundações de grandes 
pontes, escavados também com o emprego de ar comprimido (principalmente no 
passado, hoje, entretanto substituídos por estacões implantados no leito rochoso, 
escavados mecanicamente por sistema rotativo tipo Wirth). 
 
 
 
 
 
 6. Diferenças entre tubulões e estacas barretes ou diafragmas 
 Estacas barretes são estacões com secção transversal, alongadas retangular ou 
em cruz, escavadas com “clamshells”, com utilização de fluido estabilizado tipo 
lama bentonítica ou similar. 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.3 
 
 7. Diferença entre tubulões e estacas hélice contínua 
 O tubulão é uma fundação escavada, (isto é, onde o solo sai) e há 
predominância de um empuxo próximo ao empuxo ativo sobre o fuste. Na CFA, 
hélice é contínua e o solo é instantaneamente trocado por concreto plástico, 
reinando um empuxo próximo ao empuxo no repouso: não é cravada e nem 
escavada. 
 
 
9.1 VANTAGENS DOS TUBULÕES 
 
 A escolha de um determinado tipo de fundações está baseada na seguinte trilogia 
de condições básicas: 
 
● Mais segura 
● Mais econômica 
● Mais rápida. 
 
Para facilitar esta escolha, apresentamos a seguir as principais vantagens dos 
tubulões: 
 
● Permitem inspeções visuais in loco realizadas por geotecnistas experientes. 
 
● Eliminam a necessidade do bloco de coroamento, vez que via de regra um único 
tubulão pode sozinho suportar a carga imposta pelo pilar. 
Obs.: Alguns calculistas suprimem o bloco inclusive sobre um único tubulão, armando 
sua cabeça. Apesar de que esta medida está teoricamente correta, recomenda-se 
manter o bloco para combater eventuais excentricidades, variações das cargas 
aplicadas, e ainda para facilitar a implantação de reforços futuros, casos sejam 
necessários. Da mesma forma recomenda-se manter as cintas de ligações entre os 
tubulões. 
● Podem ser escavados em matacões e camadas muito resistentes, o que não acontece 
com as estacas. 
 
● Não produzem vibrações quando a escavação é manual, ou produzem muito pouca, 
quando mecânica. Tal fato torna-se mais significativos em obras dentro do perímetro 
urbano e próximoa edifícios já construídos. 
 
● São capazes de resistir a elevados esforços horizontais e podem ser facilmente 
super-alargados, no trecho inicial do fuste (L  15 a 20 Df) para melhor absorver estes 
esforços horizontais e/ou momentos aplicados. 
 
● Em regiões onde o custo do concreto é baixo e o solo apresenta boa coesão, tornam-
se muito competitivos, imbatíveis na relação custo/carga. 
 
● Custo de mobilização nulo quando manuais, ou quando mecanizados bem mais 
baixa do que para estacas, CFA, etc... Para obras com pequeno volume de fundações 
este fator poderá ser decisivo. 
 
● A profundidade de assentamento das bases e do fuste podem facilmente ser alteradas 
na obra, durante o processo de execução. 
 
● Quando a escavação manual é possível, além da informação palmo a palmo que se 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.4 
 
obtêm sobre a geologia local, os tubulões cumprem uma função social considerável, 
vez que é uma fonte geradora de empregos muito maior do que quando a escavação é 
processada mecanicamente. 
 
 
9.2 PROCESSOS de ESCAVAÇÕES 
 
OS TUBULÕES PODEM SER ESCAVADOS PELOS SEGUINTES 
PROCESSOS: 
 
● Manualmente - empregando-se sarilhos manuais ou guinchos elétricos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando a escavação se processa em terrenos moles pouco estáveis, lança-se 
mão do método Chicago ou Gow, Fig. 9.2.2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No método Chicago, pode-se também afunilar o fuste, diminuindo-se o diâmetro 
dos anéis a cada nova etapa de escavação. Normalmente perde-se os revestimentos em 
ambos os métodos face a dificuldade em retirá-los 
 
● Mecanicamente - empregando-se trados mecânicos, caçambas 
 tipo Calweld, sondas tipo Benoto ou Clamshell 
 
 
 
 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A escavação mecanizada a céu aberto, sem revestimento é executada conforme a 
sequência mostrada na Fig. 9.2.4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A empresa Casagrande, renomada fábrica antes de grandes 
perfuratrizes, tentou construir um alargador mecânico de 
base. A descida do homem só se faz necessário para 
escavação e limpeza do rodapé. Infelizmente o alargador 
mecânico caiu em desuso público, por não ser eficiente. 
 
 
 
 
 
 
 
9.3 CONDIÇÕES de ESCAVAÇÕES 
 
● A céu aberto - reinando sempre no seu interior a pressão 
atmosféricas. 
 
 
obs.1 Pode-se em argilas e siltes rijos a duros (SPT >15) escavá-los ainda a 
céu aberto, alguns metros abaixo do nível do lençol freático utilizando-
se bombas submersíveis. Quando houver alguma possibilidade de 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.6 
 
desmoronamento, pode-se lançar mão dos métodos Chicago ou Gow. 
 
 
● Em escavação submersa - escavando-os mecanicamente abaixo do nível do 
lençol freático, utilizando-se a sonda tipo Benoto ou Clamshell, Fig. 
9.3.1 reinando no seu interior a pressão hidrostática da água h. 
 
● A ar comprimido - escavado abaixo do nível d’água, sob pressão de ar 
comprimido, para expulsar (secar) a água do interior da escavação. Neste 
caso os tubulões serão sempre revestidos por camisas de aço ou concreto, e 
são também conhecidos como tubulões pneumáticos Fig. 9.3.2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.8 
 
 
 Fig 9.3.3 Pulmão de Ar p/ Evitar Doenças Descompressivas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig 9.3.4 Escavação Submersa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 9.3.3 Escavação a Ar Comprimido 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.10 
 
9.4 GEOMETRIA dos TUBULÕES 
 
 O dimensionamento geométrico dos tubulões fica muito facilitado, vez que na 
grande maioria dos casos trabalham somente a compressão. 
 
 A escolha da profundidade e o cálculo da capacidade de carga do solo (taxa do 
terreno) são vitais, para o bom desempenho da obra, e é o principal agente causador de 
problemas de fundações. 
 
 
9.4.1 Escolha da Profundidade 
 
 A arte de projetar fundações em tubulões está na escolha da profundidade. Como 
via de regra a contribuição lateral é desprezada, e por isto não há como calcular o 
comprimento ideal/econômico semelhantemente ao caso das estacas. Nos tubulões, a 
profundidade escolhida deve ser compatível com a taxa do terreno adotada. Aqui se 
exige boa dose de experiência + conhecimento teórico + bom senso. 
 
 “Um projeto de fundações sem indicação estimada das profundidades, não pode 
ser considerado como um projeto, mas sim como um anteprojeto”. “Um projeto que 
impõe uma profundidade fixa a ser seguida sem prever eventuais nuances do terreno, 
que só aparecerão durante, a execução é incompetente e pode comprometer segurança da 
obra”. 
O autor procurou resumir sua experiência apontando e elencando alguns 
elementos básicos como guia para adoção da profundidade do assentamento de um 
tubulão. 
 
 1º Em terrenos com SPT acima de 20 
 
Obs.1 Ideal acima de 25, para evitar-se problemas de recalque a médio prazo. Em 
areias, desde que haja experiência comprovado, pode-se implantar tubulões em terreno 
com SPT15. 
 
 2º Em solos coesivos. C, M, SM, SC/ Granulares : S, G etc ... 
 
 Obs. 1 No caso de solos granulares puros deve-se revestir o fuste com anéis de 
concreto ou camisas de aço, e/ou utilizar-se ar comprimido. 
 
Obs. 2 Solos granulares com alguma coesão S3M, S4M, S5M, ou SC S6M etc. 
Neste caso as areias podem apresentar estabilidade e segurança adequada. Em caso de 
duvida executar um tubulão experimental. 
 
 3º Abaixo do N.A. 
 
obs. 1 Abaixo do N.A pode-se utiliza ar comprimido, ou mudar a solução para 
estaca escavada com lama bentonítica ou para hélice contínua. 
 
obs. 2 Em solos coesivos rijos SPT  15, pode-se escavar com bombas 
submersas. 
Neste caso considerar acréscimos significativos no custo da 
escavação. 
 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos9.11 
 
4º Classificação das Profundidades 
 
● Profundidade Ótima até 8m 
● Profundidade Boa até 15m 
● Profundos até 25m 
● Muito profundos – a partir de 25m 
● 
 
9.4.2 Dimensionamento do Fuste 
 
O cálculo do diâmetro do fuste é muito simples, vez que: 
 
 
 
 
segundo a norma brasileira NBR 6122/2010 recomenda-se: 
 
fck = 18 MPa (180 kg/cm
2
 ou 1800 t/m
2
) fcd = 5MPa Slump ~ 12 cm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 9.4.1 Elementos Geométricos dos Tubulões 
 
Considerando-se a não vibração do concreto, a eventual mistura de solo e lama 
no concreto e a provável segregação durante o processo de concretagem, (lançado da 
boca do tubulão através de um pequeno funil “pescoço”, recomenda-se um elevado fator 
de segurança, mesmo porque via de regra, quem comanda a capacidade de carga de uma 
fundação é o solo e não o concreto. De nada valeria, portanto, aumentar exageradamente 
o fck do concreto. 
 
Também não se recomenda diminuir o diâmetro do fuste, face a dificuldade de se 
evitar a formação de vazios, seccionamentos, falhas e nichos no concreto. Por todas estas 
razões recomenda-se fcd = 5 MPa (50 kg/cm2 = 500 t/m2) No caso em especial dos 
tubulões Ff min  60 cm, para permitir a descida do homem no seu interior. 
 
 Tais assertivas só valem para tubulões submetidos a cargas verticais de 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.12 
 
compressão (centradas), com erro de locação inferior a 10% do diâmetro do fuste F e 
desaprumo vertical de 1,5% Lf. Como o terreno circundante ao fuste, mesmo a SPT 
baixos, é capaz de prover um adequado confinamento lateral, o efeito da esbeltez (e 
consequentemente da flambagem) não precisam ser levados em conta. 
 A área do fuste é calculada tal que as tensões não ultrapassem a tensão 
admissível do concreto e do aço caso utilizado. A NBR 6122/98, dispensa a utilização da 
armadura no fuste (exceto a de arranque) para tensões abaixo de 5 MPa (50 kg/cm2) e por 
isto os fustes são calculados como se fossem pilares curtos, com seção de aço nula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.4.3. Dimensionamento da Base 
 
 Definindo-se uma profundidade adequada para implantação da base do tubulão e 
determinado a tensão admissível do solo ao nível da base (ver métodos apropriados nos 
próximos capítulos) o diâmetro da base será: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A NBR 6122:2010 (item 8.2.2.6.1), limita a altura dos tubulões em 1,8m e quando 
em ar comprimido até 3,0m. O autor já executou com sucesso mais de 600 bases, com 
alturas de até 6m. Na reunião para discussão desta norma realizada em Brasília, não se 
firmou conceito sobre a limitação da altura para 1,8m. 
 
 O calcanhar ou rodapé c, pode ser adotado como sendo 20 cm ou: para cargas de 
até 200t c=15cm, entre 200 e 500t c=20cm e c=25cm para cargas acima de 500t. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Para bases ovais (falsa elipse) Fig. 9.4.2 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A Norma Brasileira limita a altura das bases em até 2m, esta limitação foi instituída 
principalmente para tubulões a ar comprimido. Em casos especiais, onde o solo 
apresenta resistência adequada para garantir a segurança da escavação, pode-se executar 
bases com maiores alturas. 
Em casos onde o solo não ofereça esta segurança, recomenda-se aumentar a altura 
da base, aumentando-se  até o máximo de 90º, quando o tubulão perde a base, 
transformando-o em um grande fuste. 
 
O ângulo α também deve ser tal que evite a ocorrência de tensões de tração na 
base, caso contrário a base deve ser armada. 
 
Para que isto não ocorra tensão de tração característica do concreto 
 
 
α deverá satisfazer a relação abaixo 
 
 
tan α/α = , em radianos (180º = 1) 
 
por exemplo, para: 
 
 tensão admissível no solo 
 
 fck = 200 kg/cm
2
 e α = 60º ftk será 7,38 < 20 kg/cm2, OK! 
 
Ovalização de bases / Superposição de Bases 
 
● As Áreas das bases originalmente circulares serão iguais as áreas das bases 
em falsa elipse (2 semicírculo = 0,785 b2+ 1 retângulo = x . b) 
 
● Recomenda-se b > 0,8m p/ P < 100T; b > 1,20m para P < 150T e b 
≥1,5 F para P > 150T, logo z e y  50 cm 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.14 
 
● Recomenda-se espaçamento entre bases de pelo menos 10cm (não 
obrigatoriamente) e a 5 cm da divisa, quando for o caso. 
 
 
● No caso de superposição de bases é recomendável que o quinhão de áreas 
para cada uma seja proporcional as cargas 
 
 
 
● Para manter o ângulo da base igual a 60º, no cálculo da altura h do tronco 
da base, considerar o maior lado a, h = 0,86 (a - F). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Altura da base oval H 
 para garantir-se a inclinação 
 mínima da base α ≥ 60° 
 H = h + c h = 0,86 (a – F) 
 
 
Ovalização de Bases - Roteiro: 
 
step 1. Calculam-se os tubulões originalmente circulares e analisem-se as superposições 
 step 2 . Obtenha y e z, do sistema de equações 
 
 z + y = distância entre eixo dos pilares 
 
 
 
step 3. Obtenha B1 / 2 = Z – 5cm e B2 / 2 = Y – 5cm 
 
Step 4.. Obtenha x, a, e b para cada tubulão conforme recomenda Fig. 9.4.3. 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.15 
 
 
 
TUBULÕES em DIVISA 
 
 No caso de tubulões sobrepassando a divisa, recomenda-se utilizar Vigas de 
Equilibrio ou Vigas Alavanca, afastando-se a base invasora da divisa. (Ver também 
Cap. 3). 
 
 PONTOS A PONDERAR: PARÂMETROS DE CALCULO 
 
1. Apesar de ser possível, não é recomendável utilizar fundações excêntricas. 
 
2. Como haverá duas incógnitas (Ra reação do tubulão de divisa, e excentricidade da 
carga do pilar Pi de divisa) recorre-se ao processo interativo, ou seja, arbitra-se Ra 
obtendo-se e. Através da equação de equilíbrio estático 
 
 R1 = encontra-se a provável reação R1 real. 
 
3. A experiência tem nos recomendado adotar um valor inicial de R1, 15% maior do que 
a carga inicial do pilar Ra= 1.15P1 para evitar várias iterações, já que na prática, o 
erro entre a reação R1 do tubulão de divisa (gerada pelo braço de alavanca e) e a 
carga adotada Ra recomenda-se no máximo de 10%. 
4. Em face dos momentos gerados, R1>P1 e R2<P2. Na prática da engenharia não se reduz 
a reação R2, ou quando muito reduz-se P2 a um valor correspondente ametade da 
diferença encontrada. 
5. Para diminuir o braço da alavanca e consequentemente o momento fletor nos tubulões, 
ovaliza-se a base em ‘‘ falsa elipse’’. 
6. Para garantir a segurança da obra, mantem-se a mesma área das bases, de tal forma a 
preservar a mesma pressão de contato no solo, igualando-se as áreas da base 
originalmente circular com a base oval. 
 7. Apesar de ser possível bases alongadas, não se recomenda base em falsa elipse muito 
longas, a3b. Alguns autores recomendam a2,5 b. 
8. Não se recomenda também bases muito estreitas, portanto sugere-se que b≥1,5F ou 
até b≥2F e em qualquer caso b≥80cm. 
9. Apesar de não ser obrigatório, é recomendável que o afastamento entre bases seja 
maior ou igual a 10cm, para evitar deslocamentos diferenciais interbases nocivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig .9.4.4 Corte esquemático para Tubulões de Divisa 
 
10. Recomenda-se também deixar uma junta de dilatação de 1,5 a 2,0cm entre vizinhos. 
11. Em quase todas os estados do Brasil, os códigos de obras, exigem um afastamento 
mínimo da divisa à face das fundações 50cm. 
 
 
 
 
 
 
12. Calcula-se o fuste Fa, para esta a adotada inicialmente. 
 logo: 
 
 fcd = 5MPa = 50 Kg/cm2 
 
 13. Para facilitar os cálculos recomenda-se referir-se C1 e p à divisa. 
 
 e= C1-p 
 p Distância do eixo do pilar a divisa p= lado do pilar/2 + 2 cm. 
 
 
 
 
 C1 Distância entre o eixo do fuste ( em atenção ao do código de obras) a divisa 
 C1 = Fa/2 + 50 cm. 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.17 
 
 Entretanto para atender as condições estruturais da base muito alongada, na 
qual se recomenda b≥1,5 Fa, C1, deverá ser: 
 
C1=0,75Fa+5cm 
 
 Em cidades onde o código de obras permite pequenos afastamentos das 
fundações a divisa, deve-se afastá-la de tal forma a atender a condição b≥1,5Fa em 
detrimento do aumento do braço de alavanca e, aumentando-se a reação R1 e 
consequentemente o custo das fundações. 
 
 Na condição de equilíbrio estático: 
 
 ∑M = 0 P1 . L – Ra. (L-e) = 0 R1 = P1L / (L-e) 
 ∑Y = 0 R2 + R1 = P1 + P2 R 2 = P1 + P1 – R1 
 
 
14. Se o erro // R1 – Ra // ≤ 10% adota-se, a menor das cargas Ra e R1 que será a reação 
R1 final procurada.. 
 
15. Se o erro for maior do que 10%, adota-se novo valor para Ra (p.ex.: Ra = 1,10 P1 ou 
Ra = 1,20 P1). 
 
16. Para obtenção da tensão admissível do solo, utilizar o maior número de métodos 
empíricos/estatísticos possíveis, ex.: Albieiro e Cintra, Berberian, Décourt, 
Teixeira, etc. 
 
17. Recomenda-se utilizar um desvio padrão μ=0,30, expurgando os valores que 
estiverem 30% acima ou abaixo do valor médio das tensões σa, encontrada pela 
aplicação dos métodos. 
 
18. Fazer uma segunda média com os valores remanescentes. 
 
19. Calcula-se a base elítica, na condição de que Área circular = Área elítica, 
 
 Ac = Ae = 0,785b² + xb ver Fig. 9.2.4 
 
 x = (A
c
 – 0,785b
2 
) 
 
/ b 
 
20. Verifica-se a condição a ≤ 3b, sendo a o lado maior da base. 
 
21. Calcula-se a altura da base tomando-se o lado maior a, como parâmetro de cálculo 
para garantir-se a inclinação α ≥ 60° 
 
 H = h + c h = 0,86 (a-Fa) 
 
 
 A nova NBR limita a altura das bases a 2m. O autor, entretanto, tem executado 
com segurança bases com até 5,0m de altura, em solos argilosos com boa coesão 
(SPT >15). 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.18 
 
 
 Finaliza-se o projeto, arredondando-se todas as medidas para os 5cm próximos 
superiores, uma vez que dificilmente na obra se consegue escavar com precisão 
maior que 5cm. 
 
22. Observações sobre os dados de entrada: 
 
1) A dimensão do pilar para o calculo de p, no caso de não ser quadrado, deve ser 
tomada como aquela a mais próxima da divisa. 
 
 
 
 ou 
 
 
 
2) Não se dispondo de ensaios laboratoriais e nem de correlações para o peso 
específico do solo, adotar  = 1,6 =t /m3 = 16 KN/m3. 
 
 3) Calcanhar: ver tabela ou adotar c= 20 cm conforme NBR 6122/2010 
 
 P (t) C (cm) 
 até 100 10 
100 a 250 15 
250 a 500 20 
maior 500 25 
 
 4) Quando o lado x do retângulo central da base oval for negativo, é sinal de que 
caberá uma base circular. Se a área do fuste já for suficiente como a área 
necessária da base, projetar para efeito construtivo, um alargamento da base com 
diâmetro 20cm maior do que o fuste, gerando um significativo ganho de 
resistência a custo praticamente zero 
 
 
 
T. D A T A S ÁGUA TIPO DE SOLO EXISTENTE 
N F B H ZF Liberação Concreto Sem Pco Mto. NA BASE DO TUBULÃO TÉCNICO 
 
 
 
 
 
 Cortesia Infrasolo LTDA 
 
 
 
 
 
9.5 PARÂMETROS e BASES p/ o PROJETO: Resumo 
(ver detalhes na exposição teórica) 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.19 
 
 
Concreto : considera-se fck = 20MPa 
 fcd = 5MPa 
 Aço CA: 50 Slump = 12 cm 
 
A NBR 6122/2010 permite ultilizar fcd maior do que 5 Mpa, desde que o fuste 
seja armado até que a absorção pelo atrito lateral faça a tensão cair para 5 MPa. 
 
1. Fuste: 
 
 1.1 A área do fuste pode ser calculada como um pilar com seção de ferro nula 
 
Pf = 0,85 F fck/c F=P/fcd com f = 1,4 e 
 c = 1,6 
 
fcd = 0,85 fck / (f -c) para fck = 13,5 Mpa (NBR6121) 
 
fcd = 5 MPa 
 
1.2 O diâmetro do fuste deve ser tal que permita a descida do homem no seu 
 interior F≥60 cm, na pratica o fuste ficará em média com 63 cm. 
 
Obs: Os fustes entre 63 a 70 cm são mais seguros nos casos de soltura da 
corda, tendo em vista que a queda poderá ser amortecida apoiando-se braços 
e pernas contra a parede do fuste. 
 
2. Base: 
 
 2.1 Área da Base 
A=P/a B= 
 
Obs: A NBR 6122/2010, recomenda um diâmetro máximo de 3,50m. 
 Tendo conhecimento e experiência adequada sobre a geologia 
local este limite pode ser ultrapassado. O Autor executou em Argilas 
Lateríticas Porosas (SPT >14 ) pouco mais de 40.000 Tubulões dos quais 
mais de 2.000 eram dotadasde bases com mais de 3,5m e altura acima de 2.0 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.20 
 
m, sem nenhum único caso de insucesso. 
 
 2.2 Altura da Base 
 Adotando-se o ângulo α ≥ 60°, valor este que de uma maneira geral 
 garante segurança para a escavação da base e níveis de tensões de 
tração muito baixas 
 
H = h + c, ( c= 20 cm ou ver tabela ) H = 0,866 (B-F) 
 
Para base em falsa elipse H = 0,866 (B-F) 
 
 2.3 Calcanhar ou Rodapé 
A NBR 6122/2012 sugere c=20 cm. Pode-se, entretanto, adotar os valores práticos 
indicados na tabela abaixo: 
 
 P (t) C (cm) 
 até 100 10 
100 a 250 15 
250 a 500 20 
maior 500 25 
 
 
2.4 Volume da Base 
 
Base circulares (alargamento) 
 
Bases em falsa elipse 
 
 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.21 
 
 
 
3. Espaçamento entre bases 
 
A rigor as bases são concretadas contra barranco, podendo encostar uma nas 
outras. Na prática de projeto recomenda um espaçamento de 10 cm entre 
bases da mesma estrutura ou de estruturas vizinhas 
 
4. Bases ovais justapostas 
O bom senso recomenda aquinhoar espaços para as larguras b de cada base, 
proporcionais a carga de cada um dos pilares 
 
 
5. Base em falsa Elipse 
 
Recomenda-se b ≥ 2,5 F b≥80 cm 
 
Dimensão do lado do retângulo 
 
 , se possível, mas não obrigatória a ≤ 3b 
 
 
 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.22 
 
 
6. Tubulões em divisa . Reações 
 
Quando da existência de divisa, os tubulões terão bases ovais e, portanto 
deslocados dos eixos dos pilares, gerando excentricidades, momentos e 
aumento da reação R1, como o procedimento para definir R1 é interativo, 
recomenda-se iniciar adotando 
Ra = 1,15 R 
 
Comparar em seguida o valor de Ra com R1, permitindo um erro de 10% 
entre Ra e R1, sendo: 
 
R1 = P1L/L-e 
 
 
7. Profundidade dos Tubulões 
 
As fundações em geral não ficarão na mesma profundidade, mas sempre 
apoiados no mesmo solo, daí a necessidade de ter ao termino das fundações o 
“As Built”, preenchido com dados colhidos na obra. 
 
8. As Built 
 
T. 
N° F B H ZF 
D A 
Liberaçã
o 
T A S 
Concret
o 
ÁGUA TIPO DE SOLO 
EXISTENTE BASE DO 
TUBULÃO 
TÉCNIC
O 
Se
m 
Pc
o 
Mto
. 
 
 
 
 
 
Cortesia Infrasolo LTDA 
 
 
9.6 CAPACIDADE de CARGA . TUBULÕES 
 
 A capacidade de carga de um tubulão é obtida através da aplicação de um 
coeficiente de segurança a carga de ruptura calculada. 
 
Carga admissível é aquela que só induz recalques que a estrutura pode suportar 
sem danos e sem provocar a ruptura do terreno de apoio das fundações. 
 
 Assim como nas estacas, adotam-se em geral coeficientes de segurança 
diferenciados par as parcelas de bases e de fuste. 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.23 
 
 
 
A carga de ruptura (carga limite última) e a correspondente carga admissível 
podem ser obtidas através de vários métodos – Teóricos e Experimentais. 
 
 
9.6.1 Transferência de Carga em Tubulões 
 
Por serem fundações profundas (Zf>2DB) os tubulões podem transferir cargas ao 
terreno ao nível da base e/ou ao longo do fuste. 
 
P+PT = PB + PL
 
PB = mb . qr . Ab + 
0
 
 PL = mL . fs . AL sendo, 
 
 PB . t parcela da carga transferida ao nível da base 
 PL . t idem pelo fuste, ambos na ruptura 
 mb e mL fatores de transferência de cargas 
 PT . t peso próprio do tubulão 
 adm fatores de mobilização das cargas através da base e do fuste 
 r. t/m
2
 tensão de ruptura do terreno de base 
 fs . t/m
2
 tensão de ruptura unitária do terreno ao longo do fuste e do fuste 
 . m
2 
 áreas da base e do fuste 
 
0’
 . t/m
2 
 tensão vertical efetiva ao nível da base 
 
Geralmente os códigos de obras, no caso de divisas, exigem um afastamento 
mínimo da face dos fustes das fundações de pelo menos 50cm da divisa. 
 A expressiva maioria dos projetos de Engenharia de Fundações considera PB=P, 
ou seja, despreza-se a contribuição positiva de PL em detrimento da contribuição 
negativa do peso do tubulão PT. 
 
● Razões pelas quais se pode desprezar a contribuição do atrito lateral em tubulões: 
 
11ª. Peso próprio do tubulão quase sempre se aproxima do valor da contribuição do atrito 
lateral. 
 
Conforme observou Berberian (1982), em pouco mais de 900 tubulões 
analisados em obras normais e solos normais, a grande maioria apresentava uma 
diferença entre o peso próprio PT e a parcela do atrito lateral PL, no entorno de 15%. 
 
Como nas equações para o cálculo da capacidade de carga, o peso PT e a 
parcela lateral PL, estão em lados opostos da igualdade, simplificá-los, (em obras 
normais) comete-se um erro desprezível. Esta simplificação por outro lado, traz uma 
enorme economia de cálculos, e de cálculos até certo ponto imprecisos. 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.24 
 
21ª. Em solos coesivos, onde mais se executam os tubulões, ao escavar o fuste, a água do 
solo envolvente por estar sob uma pressão maior do que a do interior do fuste 
(pressão atmosférica) tende a migrar para o fuste diminuindo a coesão do solo no 
contato fuste/solo. 
 
 Na época das chuvas, o aumento da umidade e eventual saturação do terreno 
diminuirão também a resistência do solo ao longo do fuste. 
Em estruturas sensíveis e terrenos especiais (muito resistentes ou muito moles) 
esta simplificação é perigosa, devendo-se, portanto considerar tanto PL como PT. 
 
Mesmo assim o ACI (American Concrete Institute) recomenda desconsiderar 
qualquer contribuição lateral se o tubulão for concretado após 3 dias de sua abertura. 
Berberian (1982) recomenda: 
 
 
 
 
 
 
 
3º As provas de cargas em tubulões instrumentados ao longo do seu fuste, 
 Fig 9.6.1 mostra que: 
 
a. Para pequenas cargas, em relação a carga de ruptura, o comportamento é elástico, e 
quase toda carga aplicada ao topo do tubulão, é totalmente absorvida só pelo fuste. 
No exemplo da Fig 9.6.2 verificou-se que até a carga de 900 KN, não se transferiu 
nenhuma carga para a base. 
b. A deformação de ruptura do fuste necessária para mobilizar toda parcela lateral é 
muito pequena (10 a 20 mm), e bastante diferente do recalque necessário para 
mobilizar toda carga de base (10 a 25% de B). No exemplo da Fig. 9.6.1 onde se 
ensaiou o tubulão sem base (e outro com base), a rupturada base aconteceu com 
15% B = 0,15 x 75 cm = 11,4 cm = 114 mm! Decorre daí que a hipótese simplificadora 
na qual , fica muito comprometida, face a divergência de deformações. 
Como nas obras reais ocorrem com frequencia recalques na ordem de 5 a 15 mm, é 
melhor desconsiderar, também por mais esta razão a contribuição do atrito lateral. 
 
Observações: 
 
1. Berberian tem constatado através de provas de carga instrumetada que quase toda 
resistencia lateral é mobilizada somente pela deformação elástica do fuste. 
 
2. Caso entretanto se o conhecimento prévio do comportamento de fuste em solos 
semelhantes, mostrar e garantir que mesmo após a ruptura, a restistencia residual 
é elevada, pode-se a critério do projetista considerar pelo menos uma fração destas 
cargas residuais. Tab 9.6.2 
 
 
 
 
 
 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.6.2. Métodos de Cálculos 
 
A. Métodos Empíricos / Estatísticos - baseados apenas no conhecimento 
 do perfil geotécnico e na experiência do autor. 
 
B. Semiempíricos ou diretos - soluções advindas diretamente de ensaios in situ. 
 
C. Paramétricas ou indiretos - soluções teóricas apoiadas por parâmetros obtidos 
de correlações. 
 
D. Métodos Estáticos Teóricos - Teorias clássicas, apoiadas por parâmetros do solo 
obtidos em laboratório. 
 
E . Experimentais - Originados da análise de provas de cargas. 
 
É sabido que, ainda o melhor e mais confiável método para obtenção da carga limite 
última de ruptura é a através da prova de carga, principalmente quando instrumentada. 
No caso de tubulões devido sua elevada capacidade de cargas, tornam-se onerosas e por 
esta razão não são frequentemente realizadas, como para o caso de estacas. 
 
A. MÉTODOS SEMIEMPÍRICOS / ESTATÍSTICOS 
 
O cálculo da capacidade de carga de fundações por meio das formulações 
teóricas ainda é um assunto polemico e transita melhor no campo da pesquisa. Vários 
autores têm proposto métodos semiempíricos, discutidos a seguir: 
 
 
 
O autor é um grande apologista dos campos experimentais, onde os métodos 
semiempíricos podem ser aplicados com maior segurança. Fora das regiões geotécnicas 
pesquisadas estas fórmulas devem ser aplicadas com cautela e bom senso, alias como 
ainda é toda engenharia geotécnica. 
 
 Pontos a ponderar 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.26 
 
 
1. Berberian apresenta uma metodologia semiempírica para a obtenção da tensão 
admissível na base de tubulões considerando a experiência brasileira, baseando nas 
pesquisas de Albieiro/Cintra, Décourt, Berberian, Décourt/Quaresma, Aoki/Velloso, 
Teixeira e Urbano Alonso, comparando-os com as poucas provas de cargas existentes em 
tubulões (dotados de base). 
 
Condicionantes 
 
2. Considerando-se que na pratica de projeto as bases dos tubulões geralmente 
estão assente muito próximo do limite das sondagens SPT=50, elevando sobremaneira o 
valor de σa por esta razão adotaremos: 
 
2.1 SPT máximo em todo os métodos = 40 
2.2 Os valores médios de N72, deve ser obtido nas camadas 1,5 x B abaixo da 
base, se os valores de N 72 forem menores do que 40, ou no máximo nas 
camadas 2m abaixo da base, para valores maiores que 40 
 
3. O autor recomenda no máximo uma tensão admissível de σa  12 Kg/cm², para 
evitar recalques em longo prazo. Mesmo não produzindo a rutura física dos tubulões, 
altas pressões poderão comprimir lentes e falhas geológicas porventura existentes. Os 
tubulões de uma maneira e quase que universalmente, transmitem pressões entre 3 e 6 
Kg/cm
2
. Valores acima de 6 Kg/cm2 devem ser tratados com cautela. Para valores acima 
de 8 kg/cm2 garantir a existência de pelo menos 5m de terreno com índice SPT acima de 
20 e/ou com espessura tal que ∆ ≤ 0,10  10 
O autor também uniformiza os vários métodos disponíveis considerando-se o 
fator KP para base (B), como fator de ajuste que depende do tipo de solo. Vale observar 
que nos tubulões a transferência de carga se faz predominante pela base em face da 
diferença entre os recalques mobilizados pelo fuste (10 a 20 mm) e pela base (10 a 30% 
de B) 
A metodologia utilizada considera para a capacidade de carga, os resultados 
obtidos por vários autores, filtrados por duas médias. A Primeira média ponderada, adota 
como pesos os fatores Pc (oriundo de provas de carga) função da percentagem dos 
acertos de cada método em relação a média dos resultados obtidos em grupos de pelo 
menos 10 provas de carga reais no mesmo solo. A segunda média, aritmética, adotando-
se um desvio padrão μ=0.3, é obtida excluindo-se os valores 30% acima ou 30% abaixo 
da primeira média, 
A sugestão de Berberian até a presente data para os valores de Pc são: 
 
Tab. 2.1 Fator Pc de Ponderação de Acertos 
% de Acerto 
em Provas 
de Carga 
< 10 ≥ 10 
≥2
0 
≥3
0 
≥4
0 
≥5
0 
≥6
0 
≥7
0 
≥8
0 
≥9
0 
 
Fator PC 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
 
 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.27 
 
Berberian considera também como acerto para obtenção do fator Pc, os 
valores resultantes dos métodos que se aproximem das tensões admissíveis obtidas 
em provas de carga. 
 
O valor da tensão admissível para a primeira média será: 
 
Dentre todos os métodos para definição da carga/tensão admissível 
recomenda-se o método da NBR 6122/2010, o Método Berberian 2014, no qual 
inverte toda a conceituação de carga admissível ligada a tensão de rutura. 
 
Ligando-o diretamente as patologias observadas em aproximadamente 700 
estruturas por ele examinada, em concordância com as normas brasileiras ABNT 
NB6118 e com a norma de desempenho NBR 15.575, e também as recomendações 
F1p. Estas constatações sugerem pequenas patologias para recalques distorcionais 
B, na razão de 1/300. 
 
Tal acertiva levou berberina a adotar, para um vão médio de 450 cm entre 
pilares, uma tensão admissível de projeto aquela correspondente a um recalque de 
15mm na prova de carga. 
 
O terceiro critério considera um coeficiente de segurança FS = 2 para carga de 
rutura. Dificilmente as provas de carga em tubulões atingem a rutura. Permite-se 
utilizar os métodos tradicionais para estrapolação da carga de rutura, a exemplo do 
método de van der Veen. 
 1media=a
i 
x Pc / Pc
i 
 
 Só devem, entretanto entrar no cômputo das tensões admissíveis por esta 
metodologia, os métodos já comparados pelo conjunto de provas. 
 
 Caso contrário desconsiderar a média ponderada, aplicando apenas média 
aritmética, aplicando todos os fatores de ponderação de provas de carga Pc = 1.0 
 
4. Vale observar que nos tubulões a transferência de carga se faz predominante 
pela base (B) em face da diferença entre os recalques mobilizados pelo fuste (10 a 20 
mm) e pela base (10 a 30% de B) 
 
4. Além do mais, de uma maneira geral, em obrasnormais e terrenos também 
normais, o valor calculado do atrito/aderência lateral se equivale ao peso 
próprio do tubulão. 
 
 
 Ou seja, propõem-se uma troca. Não se calcula a parcela lateral e nem o 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.28 
 
peso próprio do tubulão. Não convém esquecer que a obra e o terreno sejam 
considerados normais, comuns. O próprio autor executou 800 tubulões para o Ed. 
Sede do antigo DNER em Brasília cujo peso próprio de cada um pesava 1000 t (400 
m³ de concreto). 
6. Em face da inaplicabilidade dos métodos teóricos, até que surjam métodos mais 
apropriados, tem-se calculado tubulões como se estacas escavadas fossem. 
 
7. Para refinar as correlações, Berberian (1972) ampliou o sistema unificado de 
classificação de solos, propondo: 
 
 Tab. 9.1.2 Classificação dos solos. USCS/Berberian 
 Tipos de Solo 
Intensidade de 
Mistura 
Umidade 
Tactil/Visual Plasticidade 
 
 
C. Argila 
 
 3. Mto. Pouco 
 
3. Seca 
 
L. Baixa 
 M. Silte 4. Pouco 4. Pouco úmida H. Alta 
 S. Areia 5. Medianamente 5. Úmida I.Intermediaria 
 G. Pedregulho 6. Muito 6. Muito úmida 
 
K. Argila Kaolinítica 
L. Argila Laterítica 
 
 7. Demasiadamente 
Porosa 
7. Saturada 
9. Submersa 
 
 
Não se dispondo do fator de intensidade da mistura, adotar o valor 5 ou seja S5M, seria uma Areia 
 Medianamente siltosa, ou simplesmente SM areia siltosa, subtendendo tratar-se de Areia 
 
 Medianamente siltosa. 
 
 
8. Desprezando-se a contribuição da parcela por atrito/aderência lateral, pode ser 
considerado válida a aplicação das formulas semiempíricas para sapatas, 
adicionando-se a sobrecarga efetiva ao nível da base, que agora passa a ser 
representativas, tomando-se o cuidado de limitar o valor de σ0’ , em tubulões 
profundos 
 
9. Os valores de  podem ser obtidos de correlações diretas com o SPT e a 
umidade (tátil/visual) conforme recomenda Berberian (2004) em Engenharia de 
Fundações cap. 02 ou em Sondagens do Subsolo Cap.04, ou através da tabela 
simplificada mostrada a seguir, ou ainda adotanto-se n  1,6 t m
3 
 
 
 
 
Valor do ϒ' do solo 
SP
T 
1 ao 
5 
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 
≥ 
20 
Submerso 
ϒ' 1,3 
1,
3 
1,3
3 
1,3
7 
1,
4 
1,4
4 
1,4
7 
1,5
1 
1,5
4 
1,5
8 
1,6
1 
1,6
5 
1,6
8 
1,7
2 
1,7
5 
1,
8 
1,1 
 
 
 
A.1. Utilizando o SPT- Experiência Brasileira 
 
MÉTODO 01: Berberian (2007) - Todos os Solos 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.29 
 
Para solos com N72 ≥ 15 (ideal seria N72≥20) σa = ( N72 / kDB) + 1,0 Kg/cm² 
Para solos fracos, N72 < 15 σa = N72 / kDB, em Kg/cm² 
 Recomenda-se N72 ≤ 40 e σa =10 Kg/cm² 
 KBASE Fator de correlação de Berberian, função do tipo de solo. Tab 9.6.3 
 
 
 Pontos a ponderar 
 
1. Recomenda-se σa  12 kg/cm², (ou 1200 KPa ou 120 t/m²).Em argilas saturadas sugeri-
se que σa seja menor do que a pressão de pré-adensamto obtida no ensaio de 
adensamento. Cintra & Aoki (1999). 
 
2. O valor de N/KB é a média dos valores da relação N/KB obtidos na cada camada 
de apoio da base do tubulão, dentro da zona de plastificação com uma espessura 
de 1,5B abaixo da base. 
 
 
 Condicionantes 
 
 
 
1. Na realidade a recomendação de Berberian para solos com SPT > 15, seria σa 
= (N72 / kDB) + σ’0 
 
2. Considerando-se uma profundidade média de 8m, teríamos uma tensão 
geostática de aproximadamente 1,0 Kg/cm² (100 KPa), e SPT no entorno de 5 a 
10 golpes acima da base. 
 
3. σa = 100 (N72 / kDB) + 100 em KN/m² ou em KPa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tab. 9.6.3 Valores de kDB para Tubulões, segundo Berberian (2014) 
 
Coeficiente kDB de acordo com o tipo de solo e o SPT – Berberian (2014) 1/4 
SOLO Class. 
Berb. 
SPT (N72 Brasileiro) 
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 
Areia ( Sand ) S 2,79 2,43 2,48 2,51 2,31 2,33 2,35 2,00 2,36 2,33 2,31 2,82 
Areia Mto Pco.. Siltosa S3M 3,34 2,55 2,60 2,64 2,67 2,70 2,72 2,74 2,14 2,11 2,45 2,67 
Areia Pco.. Siltosa S4M 3,34 2,55 2,60 2,64 2,67 2,70 2,72 2,74 2,14 2,11 2,45 2,67 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.30 
 
Areia Siltosa S5M 3,33 2,55 2,60 2,64 2,67 2,70 2,72 2,74 2,14 2,11 2,45 2,67 
Areia Muito Siltosa S6M 3,34 2,55 2,60 2,64 2,67 2,70 2,72 2,74 2,14 2,11 2,45 2,67 
Areia Silto Argilosa SMC 2,95 2,86 2,60 2,64 2,67 2,70 2,92 2,92 2,93 2,72 2,69 3,09 
Areia Mto Pco.. Argilosa S3C 2,90 2,70 2,51 2,73 2,91 3,26 3,29 3,32 3,34 3,36 3,12 3,09 
Areia Pco.. Argilosa S4C 2,90 2,70 2,51 2,73 2,91 3,26 3,29 3,32 3,34 3,36 3,12 3,09 
Areia Argilosa S5C 2,90 2,70 2,51 2,73 2,91 3,26 3,29 3,32 3,34 3,36 3,12 3,09 
Areia Muito Argilosa S6C 2,90 2,70 2,51 2,73 2,91 3,26 3,29 3,32 3,34 3,36 3,12 3,09 
Areia Argilo Siltosa SCM 3,11 2,89 2,88 2,86 2,85 2,84 2,83 2,82 3,03 3,03 2,80 2,78 
Silte ( Mó ) M 3,76 3,57 3,35 3,44 3,45 3,46 3,47 3,47 3,48 3,48 3,48 3,49 
Silte Muito Pco.. Arenoso M3S 3,35 3,51 3,31 3,04 3,25 3,26 3,67 3,71 3,73 3,76 3,78 3,55 
Silte Pco. Arenoso M4S 3,36 3,51 3,31 3,04 3,25 3,26 3,67 3,71 3,73 3,76 3,78 3,55 
Silte Arenoso M5S 3,36 3,51 3,31 3,04 3,25 3,26 3,67 3,71 3,73 3,76 3,78 3,55 
Silte Muito Arenoso M6S 3,36 3,51 3,31 3,04 3,25 3,26 3,67 3,71 3,73 3,76 3,78 3,55 
Silte Areno Argiloso MSC 3,97 3,77 3,52 3,21 3,17 3,15 3,52 3,53 3,53 3,53 3,54 3,54 
Silte Muito Pco. Argiloso M3C 7,99 7,41 5,80 5,39 5,11 4,91 4,55 4,50 4,46 4,43 4,40 4,37 
Silte Pco. Argiloso M4C 8,01 7,41 5,80 5,39 5,11 4,91 4,55 4,50 4,46 4,43 4,40 4,37 
Silte Argiloso M5C 8,01 7,41 5,80 5,39 5,11 4,91 4,55 4,50 4,46 4,43 4,40 4,37 
Silte Muito Argiloso M6C 8,01 7,41 5,80 5,39 5,11 4,91 4,55 4,50 4,46 4,43 4,40 4,37 
Silte Argilo Arenoso M5C5S 4,64 5,56 5,07 4,75 4,89 4,43 4,39 4,35 4,65 4,64 4,62 4,61 
Argila ( Clay ) C 10,52 8,85 7,95 7,06 6,50 6,11 5,43 5,04 4,98 4,94 4,90 4,87 
Argila Mto Pco. Arenosa C3S 3,78 3,98 3,74 3,58 3,54 3,94 3,95 3,95 3,96 3,96 3,97 3,97 
Argila Pco. Arenosa C4S 3,78 3,98 3,74 3,58 3,54 3,94 3,95 3,95 3,96 3,96 3,97 3,97 
Argila Arenosa C5S 3,78 3,98 3,74 3,58 3,54 3,94 3,95 3,95 3,96 3,96 3,97 3,97 
Argila Mto Arenosa C6S 3,78 3,98 3,74 3,58 3,54 3,94 3,95 3,95 3,96 3,96 3,97 3,97 
Argila Areno Siltosa C5S5M 7,89 7,33 5,76 5,35 5,08 4,87 4,53 4,48 4,44 4,40 4,37 4,35 
Argila Mto Pco. Siltosa C3M 11,18 9,13 7,66 6,83 6,30 5,51 5,31 4,95 4,89 4,85 4,82 4,79 
Argila Pco. Siltosa C4M 11,18 9,13 7,66 6,83 6,30 5,51 5,31 4,94 4,89 4,85 4,82 4,79 
Argila Siltosa C5M 11,18 9,13 7,66 6,83 6,30 5,51 5,31 4,94 4,89 4,85 4,82 4,79 
Argila Mto Siltosa C6M 11,18 9,13 7,66 6,83 6,30 5,51 5,31 4,94 4,89 4,85 4,82 4,79 
Argila Silto Arenosa CMS 7,26 6,08 5,50 5,13 4,87 4,68 4,38 4,34 4,30 4,26 4,24 4,21 
Turfa Pt 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
 
 
 
 
 
 
Coeficiente kDB de acordo com o tipo de solo e o SPT – Berberian (2014) 2/4 
SOLO Class. 
Berb. 
SPT (N72 Brasileiro)17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 
Areia ( Sand ) S 3,07 3,13 3,10 3,13 3,20 4,33 4,52 4,72 4,92 5,12 5,31 5,43 
Areia Mto Pco. Siltosa S3M 3,07 3,06 3,10 3,13 3,20 4,33 4,52 4,72 4,92 5,12 5,31 5,43 
Areia Pco. Siltosa S4M 3,07 3,06 3,10 3,13 3,20 4,33 4,52 4,72 4,92 5,12 5,31 5,43 
Areia Siltosa S5M 3,07 3,06 3,10 3,13 3,20 4,33 4,52 4,72 4,92 5,12 5,31 5,43 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.31 
 
Areia Mto Siltosa S6M 3,07 3,06 3,10 3,13 3,20 4,33 4,52 4,72 4,92 5,12 5,31 5,43 
Areia Silto Argilosa SMC 3,07 3,06 3,10 3,13 3,20 4,33 4,52 4,72 4,92 5,12 5,31 5,43 
Areia Mto Pco. Argilosa S3C 3,07 3,06 3,10 3,13 3,20 4,33 4,52 4,72 4,92 5,12 5,31 5,43 
Areia Pco. Argilosa S4C 3,07 3,11 3,10 3,13 3,20 4,33 4,52 4,72 4,92 5,12 5,31 5,43 
Areia Argilosa S5C 3,07 3,11 3,10 3,13 3,20 4,33 4,52 4,72 4,92 5,12 5,31 5,43 
Areia Mto Argilosa S6C 3,07 3,13 3,10 3,13 3,20 4,33 4,52 4,72 4,92 5,12 5,31 5,43 
Areia Argilo Siltosa SCM 2,76 2,74 3,10 3,13 4,13 4,33 4,53 4,72 4,92 5,12 5,31 5,43 
Silte ( Mó ) M 3,24 3,24 3,24 3,26 3,31 3,36 3,41 3,96 4,05 4,13 4,20 4,72 
Silte Mto Pco. Arenoso M3S 3,53 3,50 3,56 3,60 3,70 3,79 3,88 3,96 4,05 4,13 4,20 4,72 
Silte Pco. Arenoso M4S 3,53 3,50 3,56 3,60 3,70 3,79 3,88 3,96 4,05 4,13 4,20 4,72 
Silte Arenoso M5S 3,53 3,39 3,56 3,60 3,70 3,79 3,88 3,96 4,05 4,13 4,20 4,72 
Silte Mto Arenoso M6S 3,53 3,50 3,56 3,60 3,70 3,79 3,88 3,96 4,05 4,13 4,20 4,72 
Silte Areno Argiloso MSC 3,54 3,27 3,30 3,32 3,37 3,42 3,47 3,52 3,56 4,13 4,20 4,72 
Silte Mto Pco. Argiloso M3C 4,35 4,33 4,35 4,36 4,41 4,67 4,72 4,55 4,58 4,61 4,64 4,98 
Silte Pco. Argiloso M4C 4,35 4,05 4,35 4,36 4,41 4,67 4,72 4,55 4,58 4,61 4,64 4,98 
Silte Argiloso M5C 4,35 4,37 4,35 4,36 4,41 4,67 4,72 4,55 4,58 4,61 4,64 4,98 
Silte Mto Argiloso M6C 4,35 4,00 4,35 4,36 4,41 4,67 4,72 4,55 4,58 4,61 4,64 4,98 
Silte Argilo Arenoso M5C5S 4,60 4,59 4,64 4,68 4,76 4,64 4,69 4,73 4,78 4,82 4,85 4,89 
Argila ( Clay ) C 4,85 4,22 4,84 4,86 4,91 4,96 5,01 5,05 5,09 5,13 4,95 4,97 
Argila Mto Pco. Arenosa C3S 3,98 3,98 3,77 3,80 3,87 3,94 4,00 4,50 4,54 5,20 5,26 5,32 
Argila Pco. Arenosa C4S 3,98 3,56 3,77 3,80 3,87 3,94 4,00 4,50 4,54 5,20 5,26 5,32 
Argila Arenosa C5S 3,98 3,59 3,77 3,80 3,87 3,94 4,00 4,50 4,54 5,20 5,26 5,32 
Argila Mto Arenosa C6S 3,98 3,72 3,77 3,80 3,87 3,94 4,00 4,50 4,54 5,20 5,26 5,32 
Argila Areno Siltosa C5S5M 4,33 4,31 4,33 4,34 4,38 4,42 4,46 4,30 4,32 4,33 4,35 5,32 
Argila Mto Pco. Siltosa C3M 4,76 4,73 4,76 4,78 4,83 4,87 4,92 4,96 5,00 5,03 4,85 4,87 
Argila Pco. Siltosa C4M 4,76 4,73 4,76 4,78 4,83 4,87 4,92 4,96 5,00 5,03 4,85 4,87 
Argila Siltosa C5M 4,76 4,73 4,76 4,78 4,83 4,87 4,92 4,96 5,00 5,03 4,85 4,87 
Argila Mto Siltosa C6M 4,76 4,73 4,76 4,78 4,83 4,87 4,92 4,96 5,00 5,03 4,85 4,87 
Argila Silto Arenosa CMS 4,19 4,17 4,19 4,21 4,25 4,80 4,65 4,69 4,74 4,78 4,81 4,85 
Turfa Pt 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
 
 
 
 
 
 
 
Coeficiente kDB de acordo com o tipo de solo e o SPT – Berberian (2014) 3/4 
SOLO Class. 
Berb. 
SPT (N72 Brasileiro) 
29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 
Areia ( Sand ) S 5,59 5,64 5,68 5,52 5,50 5,48 5,47 5,45 5,44 3,93 5,42 4,08 
Areia Mto Pco. Siltosa S3M 5,59 5,64 5,68 5,52 5,50 5,48 5,47 5,45 5,44 3,93 5,42 4,08 
Areia Pco. Siltosa S4M 5,59 5,64 5,68 5,52 5,50 5,48 5,47 5,45 5,44 3,93 5,42 4,08 
Areia Siltosa S5M 5,59 5,64 5,68 5,52 5,50 5,48 5,47 5,45 5,44 3,93 5,42 4,08 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.32 
 
Areia Mto Siltosa S6M 5,59 5,64 5,68 5,52 5,50 5,48 5,47 5,45 5,44 3,93 5,42 4,08 
Areia Silto Argilosa SMC 5,59 5,64 5,68 5,52 5,50 5,48 5,47 5,45 5,44 3,93 5,42 4,08 
Areia Mto Pco. Argilosa S3C 5,59 5,64 5,68 5,52 5,50 5,48 5,47 5,45 5,44 3,93 5,42 4,08 
Areia Pco. Argilosa S4C 5,59 5,64 5,68 5,52 5,50 5,48 5,47 5,45 5,44 3,93 5,42 4,08 
Areia Argilosa S5C 5,59 5,64 5,68 5,52 5,50 5,48 5,47 5,45 5,44 3,93 5,42 4,08 
Areia Mto Argilosa S6C 5,59 5,64 5,68 5,52 5,50 5,48 5,47 5,45 5,44 3,93 5,42 4,08 
Areia Argilo Siltosa SCM 5,59 5,64 5,68 5,52 5,50 5,48 5,47 5,45 5,44 3,93 5,42 4,08 
Silte ( Mó ) M 4,56 5,64 5,68 5,52 5,50 5,48 5,47 5,45 5,44 3,93 5,42 4,08 
Silte Mto Pco. Arenoso M3S 4,56 5,64 5,68 5,52 5,50 5,48 5,47 5,45 5,44 3,93 5,42 4,08 
Silte Pco. Arenoso M4S 4,56 5,64 5,68 5,52 5,50 5,48 5,47 5,45 5,44 3,93 5,42 4,08 
Silte Arenoso M5S 4,56 5,64 5,68 5,52 5,50 5,48 5,47 5,45 5,44 3,93 5,42 4,08 
Silte Mto Arenoso M6S 4,56 5,64 5,68 5,52 5,50 5,48 5,47 5,45 5,44 3,93 5,42 4,08 
Silte Areno Argiloso MSC 4,56 5,64 5,68 5,52 5,50 5,48 5,47 5,45 5,44 3,93 5,42 4,08 
Silte Mto Pco. Argiloso M3C 5,02 5,05 5,08 5,11 5,14 5,17 5,20 4,95 4,96 4,59 4,58 5,00 
Silte Pco. Argiloso M4C 5,02 5,05 5,08 5,11 5,14 5,17 5,20 4,95 4,96 4,59 4,58 5,00 
Silte Argiloso M5C 5,02 5,05 5,08 5,11 5,14 5,17 5,20 4,95 4,96 4,59 4,58 5,00 
Silte Mto Argiloso M6C 5,02 5,05 5,08 5,11 5,14 5,17 5,20 4,95 4,96 4,59 4,58 5,00 
Silte Argilo Arenoso M5C5S 4,93 4,96 4,99 5,02 5,05 5,07 4,84 4,85 4,49 4,48 4,11 4,14 
Argila ( Clay ) C 4,99 5,01 5,02 5,04 5,05 5,07 5,08 5,09 5,11 5,12 5,68 5,71 
Argila Mto Pco. Arenosa C3S 5,38 5,43 5,48 5,53 5,58 5,62 5,41 5,43 5,44 5,02 5,01 5,00 
Argila Pco. Arenosa C4S 5,38 5,43 5,48 5,53 5,58 5,62 5,41 5,43 5,44 5,02 5,01 5,00 
Argila Arenosa C5S 5,38 5,43 5,48 5,53 5,58 5,62 5,41 5,43 5,44 5,02 5,01 5,00 
Argila Mto Arenosa C6S 5,38 5,43 5,48 5,53 5,58 5,62 5,41 5,43 5,44 5,02 5,01 5,00 
Argila Areno Siltosa C5S5M 5,38 5,43 5,48 5,53 5,58 5,62 5,66 5,43 5,44 5,03 5,01 5,00 
Argila Mto Pco. Siltosa C3M 4,89 4,90 4,92 4,93 4,95 4,96 4,98 5,21 5,23 5,25 5,26 5,00 
Argila Pco. Siltosa C4M 4,89 4,90 4,92 4,93 4,95 4,96 4,98 5,21 5,23 5,25 5,26 5,00 
Argila Siltosa C5M 4,89 4,90 4,92 4,93 4,95 4,96 4,98 5,21 5,23 5,25 5,26 5,00 
Argila Mto Siltosa C6M 4,89 4,90 4,92 4,93 4,95 4,96 4,98 5,21 5,23 5,25 5,26 5,00 
Argila Silto Arenosa CMS 4,88 4,92 5,48 5,53 5,58 5,62 5,67 5,43 5,44 5,02 5,01 5,00 
Turfa Pt 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
 
 
 
 
 
 
 
Coeficiente kDB de acordo com o tipo de solo e o SPT – Berberian (2014) 4/4 
SOLO Class. 
Berb. 
SPT (N72 Brasileiro) 
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 
Areia ( Sand ) S 4,16 4,23 4,30 4,37 4,44 4,51 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Areia Mto. Pco. Siltosa S3M 4,16 4,23 4,30 4,37 4,44 4,51 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Areia Pco. Siltosa S4M 4,16 4,23 4,30 4,37 4,44 4,51 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Areia Siltosa S5M 4,16 4,23 4,30 4,37 4,44 4,51 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.33 
 
Areia Mto. Siltosa S6M 4,16 4,23 4,30 4,37 4,44 4,51 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Areia Silto Argilosa SMC 4,16 4,23 4,30 4,37 4,44 4,51 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Areia Mto. Pco. Argilosa S3C 4,16 4,23 4,30 4,37 4,44 4,51 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Areia Pco. Argilosa S4C 4,16 4,23 4,30 4,37 4,44 4,51 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Areia Argilosa S5C 4,16 4,23 4,30 4,37 4,44 4,51 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Areia Mto. Argilosa S6C 4,16 4,23 4,30 4,37 4,44 4,51 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Areia Argilo Siltosa SCM 4,16 4,23 4,30 4,37 4,44 4,51 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Silte ( Mó ) M 4,164,23 4,30 4,37 4,44 4,51 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Silte Mto. Pco. Arenoso M3S 4,16 4,23 4,30 4,37 4,44 4,51 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Silte Pco. Arenoso M4S 4,16 4,23 4,30 4,37 4,44 4,51 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Silte Arenoso M5S 4,16 4,23 4,30 4,37 4,44 4,51 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Silte Mto. Arenoso M6S 4,16 4,23 4,30 4,37 4,44 4,51 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Silte Areno Argiloso MSC 4,16 4,23 4,30 4,37 4,44 4,51 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Silte Mto. Pco. Argiloso M3C 4,27 4,32 4,38 4,43 4,48 4,53 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Silte Pco. Argiloso M4C 4,27 4,32 4,38 4,43 4,48 4,53 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Silte Argiloso M5C 4,27 4,32 4,38 4,43 4,48 4,53 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Silte Mto. Argiloso M6C 4,27 4,32 4,38 4,43 4,48 4,53 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Silte Argilo Arenoso M5C5S 4,20 4,25 4,30 4,37 4,44 4,51 4,58 4,64 4,71 4,78 4,84 4,91 
Argila ( Clay ) C 5,41 5,00 4,98 4,60 4,63 4,67 4,70 4,75 4,80 4,85 4,89 4,94 
Argila Mto. Pco. Arenosa C3S 4,27 4,32 4,38 4,43 4,48 4,53 4,58 4,64 4,71 4,78 4,84 4,91 
Argila Pco. Arenosa C4S 4,27 4,32 4,38 4,43 4,48 4,53 4,58 4,64 4,71 4,78 4,84 4,91 
Argila Arenosa C5S 4,27 4,32 4,38 4,43 4,48 4,53 4,58 4,64 4,71 4,78 4,84 4,91 
Argila Mto. Arenosa C6S 4,27 4,32 4,38 4,43 4,48 4,53 4,58 4,64 4,71 4,78 4,84 4,91 
Argila Areno Siltosa C5S5M 4,27 4,32 4,38 4,43 4,48 4,53 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Argila Mto. Pco. Siltosa C3M 4,65 4,64 4,49 4,52 4,56 4,59 4,62 4,67 4,71 4,78 4,84 4,91 
Argila Pco. Siltosa C4M 4,65 4,64 4,49 4,52 4,56 4,59 4,62 4,67 4,71 4,78 4,84 4,91 
Argila Siltosa C5M 4,65 4,64 4,49 4,52 4,56 4,59 4,62 4,67 4,71 4,78 4,84 4,91 
Argila Mto. Siltosa C6M 4,65 4,64 4,49 4,52 4,56 4,59 4,62 4,67 4,71 4,78 4,84 4,91 
Argila Silto Arenosa CMS 4,27 4,32 4,38 4,43 4,48 4,53 4,58 4,65 4,71 4,78 4,84 4,91 
Turfa Pt 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
 
 
 
 
 
 
MÉTODO 02: Albieiro e Cintra (1996) - Solo Qualquer 
 
σa = (N72 / KAC= 5 Kg/cm²) + σ
0
’ em Kg/cm² com σ0  0,4 Kg/cm2 , 
 
 Pontos a ponderar 
 
1. σ0’ limitado a um máximo de 40 KPa (0,40 Kg/cm² ou 4t/m2) 
2. KAC=5 constante 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.34 
 
3. Recomenda-se N72 ≤ 40 σa ≤ 12 Kg/cm² 
 Condicionantes 
 
N72médio adm número de golpes médio da sondagem SPT brasileira, na camada de apoio do 
 tubulão, com espessura aproximadamente igual a 1,5 a 2 vezes ao provável 
 diâmetro da base. 
 
 Albieiro e Cintra recomendam como sendo a prática de projetos para tensão 
admissível no Brasil: 
 
σa = (N72 / 0,05) + σ
0
’ em KPa, σ0  40 KPa, σ '0 = n Zf, 
 
 adotando-se n  1,6 t/m
3 onde: 
σa KPa tensão admissível para base de tubulões 
σ0’ KPa tensão geostática efetiva (h) ao nível da base 
 
step 1. Ex : Obtenção da sobrecarga ao nível da base 
 
 Adotando-se  médio = 1,6 t/m3 
 σ0 = 15 x 1,6 = 24,0 t/m
2
 = 2,4 kg/cm2, adota-se o limite de 0,4 kg/cm2 
 
step 2. Cálculo da Tensão Admissível, pelo método 02: Albieiro e Cintra 
 
 σa = 28 / 5 + 0,4 = 5,6 + 0,4 = 6Kg/cm
2 
= 600 KPa 
 
step 3. Pelo método 01: Berberian 
 Entrando-se com argila C, na tabela 9.5.3, tem-se Kbase = 6,0 
 
 σa = 23 / 6 + 1,0 = 4,83 Kg/cm
2 
= 483 KPa 
 
 
 METODO 03: Décourt (1996) - Sem distinção de solo 
 
σa= KPDQ . N72 
 
 Pontos a ponderar 
 
1. Décourt (1989) apresenta uma formulação semelhante àquela para fundações 
superficiais, estendida para fundações profundas adicionando-se ao valor de σa, a 
sobrecarga σ0’ 
 
 
2. Décourt ampliou seu método inicialmente apresentado em 1978, introduzindo os 
fatores α e β que levam em conta o tipo de estaca e a influencia do processo de 
execução na capacidade de carga. 
 
3. Tem-se utilizado também para tubulões o fator α referente estacas escavadas 
 em geral. 
 
4. Décourt não limita σa. Berberian não recomenda σa  12 Kg/cm² 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.35 
 
5. N72 média dos valores:ao nível da base, imediatamente acima e abaixo da base. 
6. Recomenda-se N72 ≤ 40 
 
 σa= KPDQ . N72 
 
Pelo método original, Décourt & Quaresma (1978) e na versão atualizada de Décourt 
(1996), a resistência da base, em termos de tensão pode ser expressa por: 
 
 σr = CDQ .N72 , ao valor de σr aplica-se um fator de segurança 4 
 σa = CDQ .N72 /4 
 
 em 1996 Décourt refinou seu método fazendo, σr = CDQ N72, originalmente 
σa= αKNAp/4 
 
Sendo  e C tabelados. Ao valor de σr aplica-se um fator de segurança, FS = 
4,0. Simplificando e fazendo: 
 
 KPDQ = CDQ/4 , tem-se finalmente σa= KPDQ . N72 
 
 Fator de redução Tab. 9.5.4, para fundações escavadas. 
CDQ Coeficiente característico do solo Tab. 9.5.4 
 
 
 Tab 9.6.4 Valores de KPDQ: Método de Décourt (1986) em Kg/cm² 
 CLASSIFICAÇÃO do SOLO Tubulões KPDQ Kg/cm
2 
 
Valor 
Original 
 
Berberian 
 KPDQ = CDQ/4 
K 
Kg/cm
2
 
 AREIAS S 
 S3M, S4M, S5M, S6M, S7M 
 0,500 
4,0 
 S3C, S4C, S5C, S6C, S7C 
 SILTES M 
 M3S, M4S, M5S, M6S, M7S 0,375 2,5 
 M3C, M4C, M5C, M6C, M7C 
 0,300 2,0 
 ARGILAS C 
 C3M, C4M, C5M, C6M, C7M 
 0,255 
1,2 
 C3S, C4S, C5S, C6S, C7S 
 
 
 
 
 METODO 04: Prática Brasileira (1998) – Sem distinção do tipo de Solo 
 
1. Vários profissionais brasileiros determinaram o valor da tensão admissível para o 
terreno de apoio da base de tubulões, por meio de expressões empíricas aplicadas 
a qualquer tipo de solo. 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.36 
 
Critério: para 5  N72med  20 σa = + σ
0’ (kg/cm²) KPB = 5 σa  12 
Kg/cm² 
 Pontos a ponderar 
 
 
2. Vale observar que a redução do denominador de 5 para 3 leva em conta o efeito 
do aumento da profundidade σ0’, no aumento da capacidade de carga. 
 
3. Cintra e Aoki (1999) mostram que Skempton (1951) já levava em conta o efeito 
da profundidade considerando o fator de capacidade de carga Nc=6,2 para 
fundações superficiais (Zf  1,50) e Nc=9,0 para fundações profundas, (Zf ≥ 
4,0B) assentes em solos puramente argilosos. A titulo de exemplo Skempton 
recomenda σr=c.Nc ou σa= c.Nc/3, com Fs=3,0 Adotando-se c=0,01 N60 
(Mpa) c=0,083 N72 (kg/cm²) logo: 
σa= 0,083N.9/3 = 0,027N72 (kg/cm²) 
 
MÉTODO 05: Teixeira (1998) -– Sem Distinção do Tipo de Solo 
 
 σa = N72/KT + σ0’
 (kg/cm²) KT=5 σa  12 Kg/cm² 
 
 Tomando-se5  N72  20 
 se N72 < 5, adotar 5, se N72 >20 adotar 20, 
σa = N72/KT+ σ0’ ,com KT=5 constante ou σa = 20N72 + σ0’
 
(KPa) 
 
 Pontos a ponderar 
 
1. Teixeira utiliza para tubulões o mesmo modelo para sapatas, somando-se a 
parcela da tensão geostática, que se torna significativa face a elevada 
profundidade dos tubulões. 
 
 Condicionantes 
 
 
O SPT é valor médio dentro do bulbo de pressões (B a 2B abaixo da base) 
 
MÉTODO 06: Alonso (1983) -– Sem Distinção do Tipo de Solo 
 
para 6  N72  18 σa= KAN72 com KA=0,33 (kg/cm²) 
 
 Pontos a ponderar 
 
 
1. Alonso já leva em conta o efeito da profundidade 
 
2. O NSPT médio é obtido dentro da camada de espessura 2B, abaixo da base do 
tubulão 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.37 
 
 
Condicionantes 
 
σa = 0.33N72 (kg/cm²) ou σa = 33N72 (KPa) 
 , 
se N72 < 6 adotar 6 se N72 >18 adotar 18 
 
 
MÉTODO 07: Aoki / Velloso (1975) -– Sem Distinção do Tipo de Solo 
 
σa = KPAV N72medio / 9 (Kg/cm²) KPAV - Coeficiente que depende do tipo de solo Tab. 
9.6.5 
 
Não se recomenda σa >12 Kg/cm² Recomenda-se N72 ≤ 40 
 
Originalmente apresentou a tensão na rutura 
σr = KPAV . N72 , no qual σa = KPAV N72 / Fs . FP 
 
 
 FP = 3.0 Fator de transformação adimensional, para fundações escavadas 
 FS = 3.0 Fator de segurança aplicado a tensão de ruptura. 
 
 
 KLAV da tabela usado somente para fundações capazes de transferir cargas 
por atrito lateral (estacas) 
 
MÉTODO 08: Laprovitera (1988) -– Sem Distinção do Tipo de Solo 
 
σa = KPLB N72 / 9 (Kg/cm²) 
 
O autor originalmente, como fez Aoki & Velloso apresentou a tensão na rutura. 
 
σr = KPLB . N72 , no qual σa KPLB N72 / Fs. FP 
Não se recomenda σa >12 Kg/cm² Recomenda-se N72 ≤ 40 
 
 FP=3.0 Fator de transformação adimensional para fundações escavadas 
 KPLB Coeficiente que depende do tipo de solo Tab. 9.5.5 
 FS = 3.0 Fator de segurança aplicado a tensão de ruptura. 
 Tab. 9.6.5 Valores de KP segundo Laprovitera (1 t/m
2 
= 0,1kg/cm
2
 = 10 kPa) 
 
 KLLB Usado somente para fundações capazes de transferir cargas por atrito 
lateral 
 
MÉTODO 09: Monteiro (1997) -– Sem Distinção do Tipo de Solo 
σa = KPM N72 / 9 (Kg/cm²) 
 
originalmente apresentou a tensão na rutura 
σr = KPM . N72 , no qual σa = KPM N72 / Fs. FP Não se recomenda σa >12 Kg/cm² 
 Recomenda-se N72 ≤ 40 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.38 
 
 FP=3.0 Fator de transformação adimensional para fundações escavadas 
 KPM Coeficiente que depende do tipo de solo Tab. 9.5.5 
 FS = 3.0 Fator de segurança aplicado a tensão de ruptura. 
 
 Tab. 9.6.5 Valores de KP e KL segundo Aoki / Velloso, Laprovitera e Monteiro 
 (1 t/m2 = 0,1kg/cm2 = 10 kPa) 
 
KLAV Usado somente para fundações capazes de transferir cargas por atrito lateral (estacas) 
 
 
Aoki/Velloso Laprovitera Monteiro 
 
 1975 1988 1997 
 SOLO 
KPAV KLAV KPLB KLLB KPM KLM 
 Kg/cm² Kg/cm² Kg/cm² 
 Areia ( Sand ) S 10,0 0.014 6,0 0,014 7,3 0,021 
 
Areia Siltosa S3M, S4M, S5M, S6M, 
 S7M 8,0 0,020 5,3 0,019 6,8 0,023 
 Areia Siltoargilosa 7,0 0,024 5,3 0,024 6,3 0,024 
 
Areia Argilosa S3C, S4C, S5C, S6C, 
S7C 6,0 0,030 5,3 0,030 5,4 0,028 
 
Areia ArgiloSiltosa SCM 5,0 0,028 5,3 0,028 5,7 0,029 
 SOLO 
KPAV KLAV KPLB KLLB KPM KLM 
 Kg/cm² Kg/cm² Kg/cm² 
 Silte ( Mó ) M 4,0 0,030 4,8 0,030 4,8 0,032 
 
Silte Arenoso M3S, M4S, M5S, M6S, 
M7CS 5,5 0,022 4,8 0,030 5,0 0,03 
 Silte Arenoargiloso 4,5 0,028 3,8 0,030 4,5 0,032 
 
Silte Argiloso M3C, M4C, M5C, M6C, 
M7C 2,3 0,034 3,0 0,034 3,2 0,036 
 Silte ArgiloArenoso MSC 2,5 0,030 3,8 0,030 4,0 0,033 
 
SOLO 
KPAV KLAV KPLB KLLB KPM KLM 
 Kg/cm² Kg/cm² Kg/cm² 
 Argila ( Clay ) C 2,0 0,060 2,5 0,060 2,5 0,055 
 
Argila Arenosa C3S, C4S, C5S, C6S, 
C7S 
3,5 
 
0,024 4,8 
 
0,040 4,4 0,032 
 Argila Arenosiltosa 3,0 0,028 3,0 0,045 3,0 0,038 
 
Argila Siltosa C3M, C4M, C5M, C6M, 
C7M 
2,2 0,040 2,5 0,055 2,6 0,045 
 Argila SiltoArenosa CMS 3,3 0,030 3,0 0,050 3,3 0,041 
 
Método que utiliza o cone estático de Bengemman 
 
 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.39 
 
MÉTODO 10: Costa Nunes / Velloso (1960) - CPT solos arenosos e argilosos. 
 
 Condicionantes 
 
1. qc o valor médio da resistência de ponta do ensaio do cone estático CPT, obtido pelo 
menos a 4 ou 5 m abaixo da cota de implantação dos tubulões, desde que não ocorram 
camadas moles abaixo. 
σa = qc / 6 a 8 
 
2. Cintra, Aoki e Albiero (2011) recomendam limitar qc  10 MPa ou qc  10.000 KPa 
 
 
MÉTODO 11: Décourt (1991) -– CPT -– Sem Distinção do Tipo de Solo 
 
 
 Para o ensaio do cone estático, Décourt recomenda: 
 
 σa = (0,10 a 0,14) qc + σ0' 
 
exercício resolvido 9.6.1 Projetar as fundações de uma residência, mais 
especificadamente do pilar P1 (carga de 50 t), a serem executadas no terreno representado 
pela sondagem SP10 (laudo de sondagem no apêndice B.12) executada a 2 m do referido 
pilar. 
Calcular a resistência de base para a profundidade em que a fundação será implantada. 
Dimensionar o tubulão obtendo-se σa na base através da 2º média dos valores obtidos, 
filtrada por desvio padrão, µ = 30%. 
 
Step 1. Escolha do tipo de fundação e profundidade a ser implantada 
 Critérios: 
1º. Valor da carga: 50 t – OK 
2º. Nível do lençol freático: não encontrado – OK 
3º. Solo oferece segurança para escavação face a sua coesão – OK 
4º. Escolha da profundidade: 9 m - SPT = 19 (sempre que possível > 20, porém acima de 15 
já é aceitável) – OK 
5º. Classificação da profundidade: boa – OK 
6º. Tipo de fundação adotada: tubulões a céu aberto – OK 
 
Step 2. Obtenção do diâmetro do fuste 
1º. Estimativa da reação Ra do pilar P1: 
Como não se trata de uma fundação de divisa, ou seja, o tubulão estará centrado em 
relação ao pilar, a reação Ra a ser adotada será igual a carga que está atuando no pilar, 
desta forma: 
Ra = P1 → Ra = 50 t 
2°. Diâmetro do fuste Fa: 
 Cap. 9 Tubulões – Conceitos 9.40 
 
Segundo a Norma Brasileira NBR 6122/2010, recomenda-se: fcd = 5 MPa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No caso especial dos tubulões Fa mín ≥ 0,60 m, deste modo será adotado um diâmetro de 
fuste Fa =

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