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A linguagem no cotidiano jurídico (novo) 1

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A linguagem no cotidiano jurídico
A linguagem funciona como canal de conexão de sentimentos, ideias, padrões e arquétipos, circunscrevendo a forma pela qual se determina o mundo pelo simbólico, na mesma medida em que somos determinados pela realidade. Ela determina e constitui a condição humana, e esta questão não pode ser pensada sem que se possa evocar a ideia de que o homem é ser de ação e de fala. Segundo Bittar, o homem como ser de linguagem tem a capacidade de definir as coisas, e a partir deste exercício, definir-se a si mesmo. A linguagem, entendida como atividade humana de fala, apresenta cinco dimensões universais; criatividade, materialidade, semanticidade, alteridade e historicidade. O Direito, por sua vez, é um conjunto de normas, um dever ser, expressado por meio de textos escritos e transmissão oral que nada mais são do que uma forma de linguagem, um conjunto de signos naturais e artificiais. A discussão a respeito da importância dos estudos de linguagem para o Direito justifica todo o percurso da investigação que orienta essa reflexão a respeito da semiótica no campo do Direito. A linguagem tem uma função de servir como uma forma de conexão, com estratos da realidade, permitindo a circulação das formas de entendimento e interpretação, interação e transformação do mundo. O jurista White aborda o seguinte: “E uma vez que a história tanto começa como acaba na linguagem e experiência vulgares, o essencial do Direito é o processo de tradução através do qual tem que trabalhar da linguagem vulgar para a jurídica e outra vez para a vulgar”. A legislação não é imutável, uma vez que a sociedade se modifica a cada minuto. O Direito tem sua própria linguagem e é através das palavras ou signos que se exterioriza a lei, que por sua vez deve ser interpretada e aplicada ao caso concreto. A linguagem, além disso, não é extremamente clara e objetiva, havendo imprecisão em seus signos, e o Direito contém em suas normas as figuras da ambiguidade, tendo inúmeros casos de imprecisão ou de dúvidas de interpretação acerca da significação de algum termo contido na lei. Por isso a importância de aprofundar os estudos com um vocabulário enriquecido e ao mesmo tempo conseguir a tradução desta linguagem técnica para a comum, para ser entendida por todos indistintamente. Então, a arte das palavras faz com que o jurista descubra a solução mais adequada. Salienta-se que o jurista com vocabulário pobre não terá sucesso profissional. Portanto, é de suma importância estudar a linguagem jurídica para melhorar o vocabulário de argumentação, para utilizar de oralidade formal e culta, expressões diretas e claras para melhor entendimento do público alvo.
Palavras chave – linguagem jurídica; argumentação; direito.
Autores:
Matheus Alves de Oliveira;
Rayan Thallys Alves Cabral Ramos;
Augusto César de Andrade Moreira;
Antonio Ian Marques Borges;
Kaique Régis Santos de Figueiredo;
Objetivo: tem por finalidade analisar a importância da linguagem no campo da argumentação jurídica, constatar as diferenças de vocabulário, na oralidade e semântica, 
Justificativa:
Considerações finais: 
DeVry – João Pessoa
22-03-17

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