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Ciência Política Resumo P1

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Resumo Ciência Política- P1
A Política pertence ao domínio do conhecimento prático (aquele que o homem constrói a partir de sua existência concreta, e não a partir de elaborações exclusivamente teóricas), utilizando-se como critérios para sua definição aspectos como a justiça, o bom governo, bem como as condições pelas quais seja possível atingir o bem comum.
Polis seria viabilizar a “vida boa” (uma vida harmoniosa, na qual os objetivos que justificam a existência de uma vida são: ser feliz e ser útil à comunidade), sendo que as instituições da vida social são os meios para este fim.
Objetivo da Política é proporcionar aos cidadãos respeito à liberdade de escolha dos bens, valores e finalidades, concedendo iguais liberdades aos demais para fazerem o mesmo.
Política pode ser entendida como tudo aquilo que diz respeito à relação entre os cidadãos (como membros de um corpo social) com seus governantes, quando essa (relação) tem por fundamento um tema do interesse do corpo social (os negócios públicos). Nesta concepção, Política passa a ser uma atividade que pressupõe, não a divergência, mas a cooperação e a busca da “boa vida”, da qual todos os cidadãos estariam habilitados a participar.
Anthony Giddens afirma que o poder consiste na habilidade dos indivíduos ou grupos fazerem valer os próprios interesses ou as próprias preocupações, mesmo diante da resistência de outras pessoas. “Poder legítimo”: é aquele exercido sob o consentimento daqueles que a ele se submetem. Quando o poder é empregado legitimamente, ou seja, sob o consentimento daqueles a quem cumpre seguir as prescrições estabelecidas, denominamos esse poder de “autoridade”.
Metodologia: não existe uma metodologia específica isolada, ela depende do estudo feito. 1- Os que se preocupam com a liderança; 2- análise intensiva de eventos importantes; 3- acontecimentos que se repetem com regularidade. 
A Ciência política é uma área do saber dedicada ao estudo dos fenômenos políticos que possibilitam o funcionamento dessas comunidades e a convivência entre os seus membros. Ela tem pretensão de estudar e analisar a Política, as estruturas e os processos de governo, utilizando-se de uma abordagem cientifica, mais precisamente uma abordagem empírica. 
Discurso Político: se caracteriza pela construção discursiva que busca o convencimento de um determinado grupo em assuntos de interesse coletivo e vem sendo considerado um pré-requisito de grande importância para o exercício de uma vida política plena. Tem como característica expressar suas ideias de forma argumentativa e persuasiva. A ação política e o discurso político estão indissociavelmente ligados.
Componentes do discurso político: 1) logos- seria a convicção, está ligado ao raciocínio e obtém-se a persuasão através de argumentos que levam o auditório a acreditar que a perspectiva do orador é correta; 2) pathos- pertence ao sentimento, orador deve mobilizar os sentimentos e emoções dos ouvintes; 3) ethos- orador põe em destaque virtudes do seu caráter. 
Linhas Teóricas da Formação do Estado
Pelas teorias naturalistas, o ser humano seria naturalmente gregário, e sua associação com os outros seres humanos, de maneira organizada ou não, é que estaria na origem da ideia contemporânea de Estado. Em linhas gerais, os autores convergem para a conclusão de que a sociedade é um fato natural. 
Aristóteles: Ideia do ser humano ser um animal socail, ou seja, a natureza dele e o leva a ser associar com outros, gerando a política. Isto porque, a necessidade de associar-nos não tem por objetivo somente a sobrevivência, mas também o bem-estar e as facilidades da vida em grupo.
O contratualismo é uma linha teórica que abarca várias teorias com características diversas, embora unidas todas elas pela ideia central de que o Estado é fruto de um contrato (ou pacto) entre humanos. Como linha teórica abrangente, tem por pretensão analisar os fundamentos que explicam o surgimento da sociedade, do Estado, bem como aqueles que justificam a autoridade política.
Thomas Hobbes
Os homens são movidos por duas forças, a razão e a paixão. Assim, ele elabora uma hipótese lógica de como seria a vida se não houvesse Estado nem leis. O nome dado a esse exercício de imaginação é estado de natureza. Nele os homens nascem livres e iguais, mas os mesmos são naturalmente invejosos, maus, vaidosos e cobiçam o que é do outro. Nesse estado prevalecem as paixões, assim, em um mundo sem leis, o homem tem instinto de se proteger e vive com medo de uma morte violenta. Não há lugar, então, para a produção material nem realização espiritual, caracterizando um Estado de degradação e pobreza. Hobbes se refere a ele como um estado de “guerra de todos contra todos”. 
 A solução encontrada por Hobbes é o pacto/contrato social (razão de ser um filosófo contratualista). O Estado e a sociedade são criados através de um arranjo político entre os indivíduos, que abrem mão de sua liberdade em troca da proteção das leis do Estado para viverem em segurança. Isto é, o pacto é firmado por cada homem com todos os homens, o soberano não assina o contrato. Logo, ocorre a transferência total e absoluta da poder a um soberano ou a uma assembleia e a submissão dos súditos. Hobbes apresenta uma preferência pela monarquia absolutista, pois não aceitava a divisão do poder, o Estado hobbesiano é absoluto e autoritário. Vale ressaltar que isso não significa a concentração do poder em um individuo, mas sim a não partilha do poder.
O Estado passa a ser uma instância político-jurídica que obriga os indivíduos a agirem com a razão e que tem como valor mais importante a paz social. Formado o Estado, o monarca passa a deter poderes absolutos, pois o poder era indivisível. O pensamento político de Hobbes não se preocupa com a organização da sociedade e o funcionamento do governo, apenas com a legitimidade dele. Portanto, os indivíduos devem obedecer ao Estado, pois esse garante a segurança para os mesmo prosperarem e alcançarem seus objetivos. 
O dever de obediência termina quando uma ameaça pesa sobre a vida (principalmente) ou mesmo sobre a liberdade. A incapacidade do soberano de manter a ordem, a segurança e, consequentemente a vida, geraria o direito de cada um (individualmente) utilizar-se de seus meios privados de defesa aos seus direitos naturais, o que transportaria o indivíduo de volta ao estado de natureza.
Embora no âmbito político seja Hobbes um jusnaturalista (pois entende que existem direitos anteriores aos políticos, os chamados direitos naturais), no que tange à perspectiva jurídica, o pensamento de Hobbes pode assumir uma posição do que hoje chamamos de positivista, ao estabelecer que não há conexão entre direito e justiça. A validade de uma lei, neste sentido, não se definiria em sua justeza, mas sim na legitimidade de quem a emanou (o poder soberano).
Finalidade do Estado em Hobbes: representar os cidadãos, assegurar a ordem e ser a única fonte de lei. 
John Locke 
Locke é considerado pai do pensamento político liberal, era um pensador contratualista e jusnaturalista, ou seja, além de apresentar uma proposta de pacto social para deixar o estado de natureza e formar a sociedade civil, esse pensador desenvolve a ideia de direitos naturais aos homens. Porém o estado de natureza de Locke difere muito do hobbesiano. Para ele, é uma condição histórica na qual os homens vivem em relativa paz, concórdia e harmonia, na qual eles são dotados de razão, possuem e conhecem seus direitos, seguem as leis naturais e, além disso, desfrutam da propriedade.
Os homens abandonam o estado de natureza de Locke e firmam um pacto social por causa da propriedade. Para ele o “homem é naturalmente proprietário”, pois possui a sua força de trabalho. A criação da moeda e seu uso levaram ao acumulo desigual de propriedades, o que culminou na passagem da propriedade limitada (trabalho) para a ilimitada (dinheiro). Assim, a violação da propriedade (vida, liberdade e bens) coloca os indivíduos em estado de guerra uns com os outros. Opacto social é firmado racionalmente entre os homens com intuito de evitar esse estado de guerra, visando à paz social e a preservação a propriedade. 
Esse pacto diferente do de Hobbes é de delegação do poder, ou seja, não há uma entrega total e irreversível dele, e sim, sua limitação. Cria-se então a sociedade civil e do Estado, este criado com intuito de ajudar/guiar os indivíduos, não dominá-los. Para Locke, o poder deve ser divido em três: legislativo (poder supremo), executivo e federativo. Assim, os homens delegam seu poder a uma Assembleia responsável pela criação das leis enquanto o executivo apenas as exerce (submisso ao primeiro). 
Portanto, o governo ideal para ele seria a monarquia parlamentar. Além disso, há direito de insurgência do povo quando o governo viola a lei estabelecida ou atenta contra a propriedade. Os principais fundamentos do estado civil para Locke são, portanto, o consentimento unânime e livre para a formação da sociedade, a proteção do direito de propriedade pelo governo, a submissão do executivo ao legislativo, garantia de paz social pelo governo e o controle do governo pela sociedade. 
A criação do Estado civil por intermédio do pacto (Contrato Social), concomitantemente cria o direito positivo. Desta forma, as condições da coexistência harmoniosa dos indivíduos iguais e livres acabam por ser, em Locke: a) uma lei positiva, clara para todos; b) um juiz reconhecido como tal por todos, imparcial e competente; c) um poder para fazer respeitar a lei.
Jean-Jacques Rousseau
Rousseau considera o homem como um ser naturalmente bom, ou seja, não representa, como acredita Hobbes, “um lobo para o próprio homem”. Nesse estado, os indivíduos estariam todos em pé de igualdade: ainda que existam diferenças naturais entre os, nenhuma dessas é grande o suficiente para fazer com que um homem se torne superior aos demais, ou seja, não há uma hierarquização ou ideia de submissão no estado de natureza. Para Rousseau, os homens são iguais em sua essência: possuem a capacidade de se reconhecerem uns nos outros, subsistindo um sentimento de empatia para com os demais (virtuosidade intrínseca à natureza humana). 
O individualismo exacerbado e a competição não fazem parte da condição natural do homem, essas seriam características trazidas pela vida em sociedade. O homem, porém, possui dois instintos conflitantes e coexistentes entre si: por um lado, existe um “homem individual”, que visa à realização de seus interesses particulares; por outro, há uma inclinação á coletividade, isto é, com os assuntos de interesse público e com a vontade geral. Ambas as tendências fazem parte do ser humano e há uma constante tensão entre elas: as vontades particulares, por terem demandas mais apelativas e imediatas, tendem a ofuscar as demandas da coletividade. Rousseau muito valoriza a condição natural do homem. É importante entender que Rousseau não pensa o estado de natureza como um momento histórico, mas sim como uma hipótese explicativa. 
A condição harmônica do estado de natureza se desfaz a partir da formação de uma sociedade civil e, especialmente, a partir do estabelecimento da propriedade privada (no sentido material, não no sentido lockiano), uma vez que esta é o elemento chave para o aprofundamento severo das desigualdades já presentes na vida social. Com isso também se cria um modo de sobrevivência organizada que exclui grande parte dos homens dos benefícios da natureza. Agora, desprovido do seu alimento e de sua liberdade, por causa da instituição da propriedade privada, o homem torna-se subordinado daqueles que a detém. A propriedade faz perder a liberdade natural. 
É nesse sentido que Rousseau irá pensar a necessidade de constituição de um Contrato Social que vá remediar as mazelas causadas essa acentuada corrupção da natureza humana, sendo necessária a recuperação ao menos de uma parcela da liberdade e da igualdade que vigorava entre os homens no estado natural (para ele, renunciar à liberdade é renunciar à condição de homem). Para que esse Contrato Social possa ser legítimo de fato, tal Pacto deve ser firmado de maneira mútua e unânime entre todos os indivíduos. Assim, a legitimidade do Contrato não pode estar em um ato de força nem em uma suposta autoridade natural. 
No momento em que esse Contrato é firmado entre todos para com todos, é restabelecida uma condição de igualdade entre os indivíduos. A partir do Contrato, os indivíduos, agregados em um povo uno e coeso, formam um único corpo político dotado de vontade própria, a qual é abstrata. Essa vontade própria referente ao corpo político é o que Rousseau nomeia como vontade geral. Tal vontade geral não se caracteriza pela soma das vontades particulares de cada indivíduo nem é relativa à maioria; refere-se ao “interesse de todos e cada um enquanto componentes do corpo coletivo e exclusivamente nesta qualidade”. Ou seja, a vontade geral tem um caráter qualitativo e não quantitativo. 
O corpo político é um corpo orgânico, ou seja, completo em si mesmo, e, assim como o corpo físico, tende a se proteger, a buscar a satisfação de seus interesses. Para Rousseau, soberano é equivalente à unidade do povo formada a partir do Pacto (povo incorporado). A expressão da vontade geral do povo, ou seja, do soberano, é a lei. Por sua vez, a soberania refere-se ao exercício da vontade geral, ao poder do corpo político sobre todos os seus membros. São quatro as características dessa soberania:
Inalienável: o soberano apenas pode ser representado por si mesmo; não há como delegar a soberania para outrem (a uma parcela da sociedade). A vontade particular tende a predileções, ao passo que a vontade geral tende à igualdade. 
Indivisível: a vontade ou é geral ou não o é. Qualquer divisão que a torne menos do que geral, faz dela, na verdade, uma vontade particular. 
Infalível: a vontade geral é sempre certeira, jamais erra. Favorece ou obriga a todos os membros do corpo político de maneira igual. 
Absoluta: é superior às vontades particulares. “O pacto social dá, ao corpo político, absoluto poder sobre todos os seus [membros]”. 
Na sociedade civil formada através do Pacto, a liberdade está relacionada com a prevalência da vontade geral sobre as vontades particulares, ou seja, a liberdade está limitada ao alcance da vontade geral.
OBS: Teorias Coletivistas
1- Concepção Moral- O Estado é um todo ético e tanto a família quanto a sociedade civil são abstrações que praticamente não existem para ele. Esse tipo de coletivismo é radical e concede ao Estado uma autoridade moral e fortemente autoritária que se esforça para regular todos os aspectos da vida pública e priva (Ex: Estado totalitário) 
2- Concepção Sociológica- Visão marxista do Estado, na qual ele representa a força e interesse de uma parte específica da sociedade. Assim, o surgimento do Estado é imperativo para que os interesses de uma dada classe se façam valer no mundo. 
3- Concepção Jurídica- Para Kelsen, o Estado se identifica com o próprio ordenamento jurídico. O direito somente pode ser reconhecido a partir do momento em que o Estado se projeta como tal no mundo. Por consequência, ele tem seus atos reconhecidos quando emanados por meio da forma jurídica, ou seja, por intermédio do direito. 
Configuração do Estado Moderno
O processo histórico que desencadeará na formação do chamado Estado Moderno a partir da Paz de Vestefália. Com ela se dá simbolicamente a passagem de uma organização política típica da medievalidade para uma formação política típica da modernidade, mais especificamente com o surgimento do Estado Absoluto e a criação do Direito Internacional Público. Também é a partir deste período que é possível estabelecer o conceito de Estado partir da coexistência dos seus três grandes elementos essenciais (povo, território e soberania, una e indivisível). Pela primeira vez, no lento processo de evolução da formação do Estado Moderno, tem-se aquilo que se poderia chamar de percepção soberana de um Estado Nacional em relação aos demais.Paz de Vesfália= 1- passagem do Estado Medieval para o Absoluto; 2- criação do Direito Internacional Público; 3- o nascimento do Estado nacional propriamente dito, formado a partir da coexistência dos seus elementos essenciais (povo, território e soberania). 
Soberania: Única fonte do exercício do poder político, isto é, um poder uno e indivisível, que é juridicamente incontrastável. Em outros termos, é possível afirmar que o conceito de soberania una e indivisível, com base na capacidade de estabelecer uma única ordem jurídica válida para todos.
Território 
O território é componente material da estrutura do Estado, indispensável à sua existência como base geográfica do poder estatal e a base física sobre a qual o Estado irá exercer sua jurisdição soberana. Nesta linha, define os limites dentro dos quais se exerce a soberania do Estado. 
O território deve ser visto sob uma perspectiva multidimensional, uma vez que a base física delimitadora do limite de atuação jurisdicional do Estado não se restringe ao elemento terrestre, incluindo o solo, o subsolo, as águas interiores, o mar territorial e o espaço aéreo sobrejacente, perfazendo assim o caráter multidimensional do território.
“Jurisdição territorial do Estado”- ideia de impenetrabilidade, ou seja, outros Estados não podem interferir na ordem jurídica que não seja a sua própria, sobre toda a base física - contínua ou não -, levando em conta do ponto de vista espacial as três dimensões: terrestre, marítima e aérea. Neste espaço, somente ele pode exercer sua soberania. Imunidade à jurisdição quando: aeronaves e embarcações militares, embaixadores e embaixadas.
Áreas do território
Mar territorial: Estado exerce soberania plena sobre o mar (lei opera sobre navios estrangeiros, a menos que sejam de governo), espaço aéreo subjacente, leito e subsolo dele; se estende por 12 milhas. 
Zona Econômica Exclusiva: faixa adjacente ao mar territorial se estende por 200 milhas marítimas; Estado possui direito exclusivos de exploração econômica.
Plataforma Continental: Soberania limitada ao exercício de direitos para efeitos de exploração dos recursos naturais; se estende por 200 milhas. 
OBS: Passagem inocente- rápida e continua; direito de um Estado saber ingresso em seu território de naves e navios. / Passagem invasiva- quando não há nenhum tipo de comunicação. 
Povo
O conceito jurídico-político de povo está relacionado com o vínculo da nacionalidade entre a pessoa e o Estado. Entende-se, assim, por povo, o conjunto de indivíduos que em um dado momento se une para constituir o Estado, estabelecendo um vínculo jurídico de caráter permanente denominado nacionalidade. Esta, então, acaba por ser considerado um atributo que capacita esses indivíduos a se tornarem cidadãos e, com este status, participarem da formação da vontade do Estado e do exercício do poder soberano. 
População
Enquanto o povo é formado pelos membros de uma sociedade política ligada pelo vínculo jurídico-político da nacionalidade, o conceito de população projeta o conjunto de pessoas que se encontram na base geográfica de poder do Estado, sem que isso importe necessariamente ligação com a possibilidade de participar da vida política do País. 
Nação 
A nação representa uma coletividade que se sente unida pela origem comum, pelos laços linguísticos, culturais ou espirituais, pelos interesses comuns, por ideais e aspirações comuns. Assim, nação pode ser entendida como grupos constituídos por pessoas que, não necessitando ocupar um mesmo espaço físico para compartilhar dos mesmos valores e da vontade de comungar um mesmo destino.
Soberania- É uma, indivisível, inalienável, imprescritível, exclusiva, incondicionada. 
Termo histórico e relativo, designa o poder político no Estado, expressando internamente seu poder de comando, ou seja, a plenitude da capacidade de direito em relação aos demais poderes dentro do Estado. Por outro lado, sob uma perspectiva externa, a soberania significar o atributo que possui o Estado nacional de não ser submetido às vontades estatais estrangeiras. 
Teoria do Direito Divino Sobrenatural- Justifica o poder político a partir da vontade de Deus. Assim, Deus é a causa e origem do poder e como criador de tudo e de todos, será vontade dele designar quem exercerá o poder estatal (rei). A origem do poder político vem de Deus, porém o uso do poder e a maneira de exercê-lo provêm dos homens. 
Teoria da Soberania (Jean Bodin)- A soberania como absoluta. É um elemento essencial do Estado e é um poder supremo que não pode ser desafiado por qualquer tipo de oposição. 
Legitimidade X Legalidade
Max Weber- Estado, na qualidade de detentor do poder soberano, tem monopólio legítimo do uso da força. Sustenta, portanto que o Estado de Direito acabou por concretizar de maneira definitiva o império da lei, por meio de um poder racionalmente justificado, atuando sob os ditames de uma Constituição escrita. As hipóteses de poder legítimo: 1- poder tradicional (independe da legalidade formal); 2- poder carismático (líderes; contra o direito vigente); 3- poder racional (autoridades investidas pelas leis). 
Estado Democrático de Direito- fonte básica de legitimação do poder é a lei, principalmente a Constituição. A legitimação governamental aspira sempre à aceitação geral dos governados, sem a necessidade de uso da violência para obtenção de obediência. A legalidade tende a representar a ordem vigente, isto é, uma adesão externa (bastando que o cidadão cumpra a norma emanada).

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