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4 1. Introdução Diabetes Mellitus gestacional é definido como qualquer nível de intolerância a carboidratos, resultando em hiperglicemia de gravidade variável, com início ou diagnóstico durante a gestação, é uma síndrome clínica caracterizada por hiperglicemia decorrente de uma deficiência na efetividade da insulina ou por uma diminuição desta, carreando distúrbios metabólicos de carboidratos, lipídeos, proteínas, água e eletrólitos. É uma condição patológica caracterizada por uma disfunção pancreática, branda ou grave, em que este pode sofrer desde um simples funcionamento inadequado até a perda total de sua capacidade de produção de insulina. 1 A instalação desse tipo de diabetes interfere muito no ambiente em que se desenvolve o concepto, observando um aumento de três vezes nas malformações congênitas em gestantes diabética e um aumento de dez vezes nos partos pré-termo. A diabetes gestacional ocorre quando a mulher apresenta taxa elevada de glicose (açúcar) no sangue. Esse açúcar excedido na corrente sanguínea, não passa de uma forma correta para as células do corpo. Um exemplo disso são as células musculares que usam o açúcar como fonte de energia para funcionar com a ajuda do hormônio insulina, que leva esse açúcar para dentro das células. 1 No diabetes gestacional, o organismo não responde corretamente a ação da insulina, devido alguns hormônios produzidos durante a gestação (por exemplo o GH – hormônio do crescimento) e faz com que o corpo resista a esta ação, o que causa excesso de açúcar na corrente sanguínea. 1 O hormônio do crescimento é essencial para a gestação e desenvolvimento do feto e na maioria das gestações, o pâncreas consegue produzir insulina suficiente para agir diante desta situação, porém em alguns casos isso não acontece, e então aparece a elevação da taxa de açúcar na corrente sanguínea causando a diabete gestacional. Conforme ocorre o crescimento do feto, a taxa do hormônio de crescimento também aumenta, e por essa razão essa diabetes, na maioria das vezes começa no trigésimo mês da gestação. No momento do parto, os hormônios voltam ao nível normal, assim como o pâncreas que volta a produzir a quantidade de insulina suficiente para que o nível de glicose no sangue seja o adequado. 1 5 Uma gravidez considerada normal tem o nível de glicose aproximado a 20%, se este nível estiver superior no exame, é sinal de que há diabetes gestacional 2 Para mães que estão acima do peso, ou que tenham histórico de diabetes na família, é importante fazer o teste de tolerância à glicose na primeira consulta do pré-natal. As demais mulheres, que não se enquadram nestas características, podem fazer o teste entre a 24ª e a 28ª semana de gravidez. Uma vez detectada a diabetes gestacional alguns cuidados com a alimentação devem ser tomados para garantir uma gestação e um parto saudável. Esse controle deve ser acompanhado por um profissional, pois dietas mal planejadas podem interferir no desenvolvimento do feto. Em alguns casos, a dieta é tão eficaz que é suficiente para baixar o nível de açúcar no sangue, mantendo um nível aceitável pelos médicos. 2 1.1 Dados Epidemiológicos Ocorre em todas as raças, é mais comum em negros, hispânicos e asiáticos. O Diabetes Gestacional apresenta complicações em 0,75 a 5% das gestações. É uma prevalência altamente variável, depende do estilo de vida, alimentação, IMC, sedentarismo. DMG => prevalência estimada <1% a 28%. O aumento da obesidade leva ao aumento do DMG. A incidência de DMG é de 3% a 7%, variando de acordo com a população estudada e com os critérios diagnósticos utilizados. Nos Estados Unidos, são diagnosticados 135.000 novos casos por ano, tendo uma prevalência de 1,4% a 2,8%, nas populações de baixo risco e de 3,3% a 6,1%, nas populações de alto risco. Em nosso país, estima-se prevalência de 2,4% a 7,2%, dependendo do critério utilizado para o diagnóstico. 3 Aqui no Brasil existe apenas um estudo populacional sobre a prevalência de DMG, o Estudo Brasileiro de Diabetes Gestacional (EBDG). Esse estudo foi realizado em 1999 e avaliou a prevalência de DMG em cerca de 5.000 gestantes atendidas no sistema público de cinco capitais, usando o TOTG com 75g de glicose. Utilizando os valores propostos pela OMS naquela época (jejum ≥ 126 mg/dL e/ou 2 h ≥ 140 mg/dL), a prevalência de DMG foi de 7,6%, mas estima-se que essa prevalência seria aumentada para aproximadamente 18% com a adoção dos novos critérios para diagnósticos de DMG propostos pelo IADPSG e referendados pela OMS. 6 Considerando-se as elevadas taxas de obesidade em nosso país e mesmo a alta prevalência de DM de intolerância à glicose, não se deve subestimar a prevalência de hiperglicemia na gestação. 4 Assim, deve-se analisar as dificuldades regionais para implantação do diagnostico universal, bem como as modificações que se farão necessárias na atenção pré-natal dessas gestantes portadoras de DMG. Dessa forma, vários países estão dedicados a analisar a melhor alternativa para diagnostico do DMG, de acordo com as características de suas populações, bem como dos recursos disponíveis 5 A Organização Pan Americana de Saúde, em 2015, a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) analisou os critérios para diagnóstico de DMG, considerando as dificuldades econômicas de cada pais e elaborou um documento sobre o tema. Alguns pontos importantes merecem destaque. Entre eles estão: O apontamento de que o Brasil está entre os 8 países prioritários para definição de critérios para diagnóstico de DMG; o reconhecimento de que, se houver condição econômica ideal, deve-se utilizar os critérios do IADPSG, que foram referendados pela OMS. 5 Cada pais deverá analisar e propor a melhor forma possível de diagnóstico de DMG, de acordo com os recursos disponíveis para tanto. Nesse mesmo ano, foi realizada em Lima, no Peru, a Conferencia Pan-Americana sobre Diabetes e Gravidez, onde novamente foi enfatizada a importância do diagnóstico de DMG, e a necessidade de que cada pais se organize em relação a melhor forma de realizar esse diagnóstico. 1.2 Fisiopatologia Geralmente quando a gestante começa a desenvolver diabetes gestacional os sinais aparecem leves e não apresenta risco, os sintomas mais comuns são boca seca, aumento da sede, constante vontade de urinar, visão borrada, fadiga, perca ou aumento de peso apesar do aumento do apetite. Somente exames laboratoriais vão diagnosticar o diabetes gestacional. 6 A insulinoterapia é o tratamento padrão do diabetes gestacional devido as comprovadas eficácias e segurança. O tratamento com insulina é iniciado nas gestantes que não atingem as metas de controle glicêmico com dietas ou apresentam falha no tratamento com medicação oral, a dose e o tipo de insulina utilizada dependem do padrão de hiperglicemia o predomínio 7 da hiperglicemia de jejum, ou pré-prandial, indica insulina de longa ação como a NPH, o predomínio da hiperglicemia pós-prandial indica insulina de ação rápida. 6 As diretrizes, tanto nacionais quanto internacionais, divergem sobre o tratamento medicamentoso do diabetes gestacional. A SBD sugere o uso de insulina como tratamento padrão, enquanto o National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE), recomenda o uso de metformina e a International Diabetes Federation (IDF) aponta a metformina e a glibenclamida, como opções de tratamento, principalmente em situações em que o uso de insulina é difícil. 6 Na rotina de tratamento do DMG indica-se a metformina comoo medicamento preferencial, na ausência de contraindicações; a insulina é a segunda opção terapêutica e tem sido, empregada em casos de falha de tratamento, contraindicações à metformina ou de preferência pela paciente. 6 As insulinas humanas (NPH e regular) são as preferidas por serem menos imunogênicas, além de terem eficácia e segurança comprovadas. Entre as insulinas rápidas, a lispro e a asparte foram semelhantes à insulina regular, tanto no controle glicêmico quanto na formação de anticorpos. 6 Meta-analise recente mostrou que os análogos de rápida e longa ação não foram superiores às insulinas convencionais no controle glicêmico e na taxa de hipoglicemia em gestantes com diabetes melitos. 7 2. Avaliação Nutricional Para avaliação Nutricional de uma gestante diabética é necessário aplicar a anamnese como modo de auxilio no diagnóstico nutricional da gestante, que inclui a avaliação antropométrica alimentar bioquímica e clínica, dessa forma o diagnóstico nutricional abrange a análise conjunta de todos esses aspectos. A avaliação antropométrica é a forma mais acessível, rápida não invasiva a recomendada para se avaliar o estado nutricional durante a gestação. As medidas mais utilizadas são: peso, estatura, circunferência de braço e dobra cutânea tricipital e também envolve a utilização de curvas que consideram a idade gestacional o peso e altura da avaliada. 8 8 2.1 Metodologia para Avaliar o Diagnóstico Nutricional de Gestantes. Primeiramente calcula-se o IMC (Índice de Massa Corporal) que é um padrão internacional de cálculo da obesidade de um indivíduo adotado pela OMS (Organização Mundial de Saúde). A altura (calculada em metros quadrado) e o peso calculado em quilogramas). Para calculamos o índice basta dividirmos o peso de uma pessoa pela sua altura ao quadrado. Depois deve-se calcular a semana gestacional, em seguida solicitar exames laboratoriais para diagnosticar os casos de diabetes. 2.1.1 Estudo de caso Clínico: Gestante Diabética Gestante com 23 anos 30ª semana gestacional, peso pré-gestacional atual de 57kg, estatura de 1,51m, peso atual: 77,5kg. Está em acompanhamento dietoterápico em um ambulatório de um hospital especializado, sendo atendido por uma equipe multidisciplinar. Em seu último exame bioquímico o valor de glicemia foi 180mg/dL. Seu diagnóstico é de diabetes gestacional com uso de insulina. 2.1.2 Comparação de Diagnóstico de Obesidade e Diabetes Gestacional com o Caso Clínico apresentado IMC: Igual ou acima de 30kg/m², é classificada como obesidade. Na classificação obesidade, a gestante tem como recomendação o ganho de peso semanal, 2º e 3º trimestre 220g (170 a 270g), com variações. Ganho de Peso Total (kg): 5kg a 9kg. Tabela 1. – Diagnóstico de Diabetes Gestacional: Pontos de corte glicose em jejum. Mulher Normal Tolerância a glicose diminuída Diabetes Mellitus Glicose de jejum < 100mg/dl >100 e < 126mg/dl > ou= 126mg/dl Gestante Normal Diabética Pré gestacional Diabética Gestacional Glicose de jejum < 92mg/dl > ou= 92mg/dl e < 126mg/dl > ou = 126mg/dl 9 2.1.3 Avaliação do Estudo de Caso apresentado Peso Pré-gestacional atual: 57kg (IMC 25kg/m²) classificação sobrepeso. Peso Atual: 77,5kg. Altura: 1,51m. IMC: 34kg/m2, Classificação IMC: Obesidade Ganho de peso na 30ª semana: 20,1kg. (ultrapassou limite peso) Exame bioquímico glicemia: 180mg/dL. Gráfico 1. – Acompanhamento Nutricional e Gestante Fonte: INSTITUTE OF MEDICINE. Nutrition during pregnancy. Washigton DC. National Academy Press, 1990. 10 Tabela 2. – Avaliação Nutricional de Gestante pelo IMC Fonte: Atalah et al, 1997 11 3. Planejamento Dietoterápico Nessas situações fisiológicas relativas ao quadro de Diabetes Gestacional, ocorrem mudanças no hábito alimentar, nos padrões de atividade física, na sensibilidade à insulina e na secreção de hormônios. As necessidades de ingestão dos nutrientes são similares para gestantes diabéticas e não diabéticas. 10 O objetivo da dietoterapia durante a gravidez é promover, a ingestão energética necessária para garantir um ganho de peso adequado, não sendo recomendada a perda de peso nesse período. É fundamental o trabalho do profissional nutricionista, para individualização do plano alimentar². Mulheres com sobrepeso ou obesidade com diabetes gestacional devem ter uma modesta restrição de energia e carboidratos. Além disso, a terapia nutricional deve focar na escolha de alimentos para ganho de peso adequado de acordo com o estado nutricional para manutenção das concentrações de glicose dentro do recomendado e deve ser útil para evitar a cetose e a cetonemia proveniente da cetoacidose. 10 Nessa fase, são frequentes a alteração da secreção de insulina e a redução em sua ação, principalmente pela supressão da liberação de glicose hepática pela resistência à insulina¹. O ganho de peso adequado de acordo com o estado nutricional da gestante, é avaliado pelo índice de massa corporal (peso/altura²) pré-gravídico. 10 Tabela 2 – Referências do ganho de peso recomendado de acordo com índice de massa corporal pré-gravídico Estado Nutricional Inicial (IMC) Recomendação de ganho de peso (Kg) total no 1º trimestre Recomendação de ganho de peso (Kg) semanal médio no 2º e 3º trimestres Recomendação de ganho de peso (Kg) total na gestação Baixo Peso (BP) 2,3 0,5 12,5 - 18,0 Adequado (A) 1,6 0,4 11,5 - 16,0 Sobrepeso (S) 0,9 0,3 7,0 -11,5 Obesidade (O) - 0,3 7,0 12 3.1 Recomendação de Energia A determinação energética para gestantes com diabetes gestacional pode ser feita pelo cálculo de energia por quilograma de peso, podendo ser usados valores entre 30 e 35kcal/kg de peso ideal para a idade gestacional. Há indicações para o uso de 24kcal por quilograma de peso ideal se a gestante apresentar excesso de peso. A distribuição dos macronutrientes depende dos fatores de controle metabólico (glicemia, glicosúria, cetonúria) e dos riscos de patologia decorrentes do DM. A distribuição da energia total foi distribuída para 6 refeições, sendo: 10% para café da manhã, 30% para almoço e 30% jantar, 10% para cada lanche intermediário (lanche matinal, lanche da tarde e ceia). 8 3.2 Recomendações Nutricionais de Macronutrientes para Gestantes Diabéticas A composição calórica diária inclui 40–45% de carboidratos complexos ricos em fibras, 15-20% de proteínas e 30–40% de lipídios. Carboidratos de absorção rápida, como o açúcar comum, quando permitidos moderadamente a gestantes com bom controle metabólico, devem entrar no cálculo do valor calórico total da dieta. A quantidade de açúcar simples (como glicose, frutose e sacarose) não deve ultrapassar 10% a 15% da quantidade total de carboidratos, sendo que o restante vai ser composto por carboidratos complexos. 8 3.2.1 Carboidratos Os carboidratos são um grupo diverso de substâncias com propriedades fisiológicas, físicas e químicas características. Como são primordialmente substratos para o metabolismo energético, podem afetar a saciedade, a glicemia, a insulinemia e o metabolismo lipídico. Por meio da fermentação, exercem influência sobre o funcionamento intestinal (frequência e trânsito), o balanço da microbiota residente e o crescimento celular dos colonócitos. Podem também ter ação imunorregulatória e influenciar a absorção de cálcio no intestino.Com todas essas propriedades têm implicações sobre a saúde em geral e contribuem particularmente para o controle de peso corporal, do envelhecimento, do diabetes, das doenças cardiovasculares, da constipação e da resistência a infecções intestinais. 10 13 A ingestão de carboidratos precisa ser monitorada, uma vez que esse macronutriente é o maior determinante das concentrações pós-prandiais de glicose. Sabe-se que 100% do carboidrato ingerido é transformado em glicose⁶ . Algumas ferramentas são utilizadas para monitorar a quantidade de carboidratos ingeridos, como a contagem de carboidratos e a lista de substituições. A contagem de carboidratos é baseada na proposta de uma alimentação saudável, na qual deve ser incluídos todos os grupos de alimentos. O segredo está na relação entre a quantidade adequada do alimento e sua associação com o tratamento medicamentoso. 11 É essencial a individualização do plano alimentar, de acordo com as necessidades nutricionais do indivíduo. 11 Para gestante diabética a recomendação de carboidratos mínimo é de 40-45% do VET. 3.2.2 Proteínas Proteínas são macromoléculas constituídas por uma cadeia de aminoácidos, e são muito importantes em nossas células. Elas estão envolvidas em praticamente todas as funções celulares. Cada proteína dentro do corpo tem uma função específica, como no apoio estrutural, contração muscular, função hormonal, catalisadores de reações químicas ou na defesa do organismo. 12 É muito importante a inclusão de fontes de proteínas de alto valor biológico (maioria das proteínas de origem animal), pois mesmo em pequenas quantidades, pode aumentar a utilização das proteínas dietéticas totais e, portanto, melhorar significativamente o estado nutricional materno. A recomendação da proteína é 61g por dia com acréscimo de 10g por dia. 12 3.2.3 Lipídios Os lipídeos são substâncias insolúveis em água e são formadas predominantemente por produtos da condensação entre o glicerol e os ácidos graxos, chamados triacilgliceróis. 13 Os ácidos graxos mobilizados a partir dos triacilgliceróis são oxidados para suprir as necessidades de energia de uma célula ou de todo um organismo. A gordura da alimentação é armazenada nas células adiposas localizadas na estrutura do corpo humano, também é essencial para digestão, a absorção e o transporte de vitaminas 14 lipossolúveis, além de inibir as secreções gástricas, tornar mais lento o esvaziamento gástrico e estimular o fluxo biliar e pancreático, assim, facilita o processo digestivo. 13 Na gestação, os lipídeos são nutrientes envolvidos no crescimento intrauterino do feto, contribuem para o desenvolvimento normal da gestação, na estruturação de um fluxo útero- placentário adequado, na formação de membranas celulares e no desenvolvimento do sistema nervoso central, além de serem veículos, por excelência, das vitaminas lipossolúveis e dos hormônios na circulação sanguínea e no leite materno. 13 . 3.3 Recomendações Nutricionais de Micronutrientes para Gestantes Diabéticas A deficiência em micronutrientes é bastante prevalente em pacientes com diabetes. Uma das relações propostas para esse fato é o aumento do estresse oxidativo nessa situação. A hiperglicemia crônica pode causar alterações significativas no estado nutricional dos indivíduos em relação aos micronutrientes e, assim, afetar diretamente a homeostase da glicose. 10 Alguns minerais são conhecidos por sua ação insulino-mimética, ou seja, possuem características comparáveis à insulina, ou, pelo menos, tem a propriedade de regular a entrada da glicose nas células. Entre esses minerais, está o zinco. Em síntese, os micronutrientes antioxidantes podem fazer parte da terapia adjunta nesses pacientes, uma vez que alguns minerais e vitaminas participam indiretamente na redução do estresse oxidativo em virtude do melhor controle glicêmico e/ ou por sua ação antioxidante. A suplementação com micronutrientes, ainda que seja mais recomendada nos casos de deficiências, pode complementar as terapias clássicas no tratamento das complicações diabéticas. 10 Na gestação a deficiência de micronutrientes pode aumentar a frequência de anemias e hipertensão, assim como o comprometimento das funções fetais, o desenvolvimento e o crescimento. 14 15 3.3.1 Cálcio A função primordial do cálcio, assim como a do fósforo, é a da formação dos ossos e dos dentes. A necessidade de adequação da ingestão do cálcio tem despertado a atenção de inúmeras pesquisas, sendo um nutriente essencial necessário em funções biológicas como a contração muscular, é também necessário para, mitose, coagulação sanguínea, transmissão do impulso nervoso ou sináptico e o suporte estrutural do esqueleto. Muitos estudos têm demonstrado que o, consumo de cálcio previne doenças como a osteoporose, hipertensão arterial, obesidade e câncer de cólon. 15 Na gestação as modificações hormonais presentes promovem ajustes no metabolismo de cálcio, incluindo aumento na taxa de utilização pelos ossos, e aumento na absorção intestinal. Durante as 40 semanas de gestação, o feto acumula 30g de cálcio, sendo a maior parte obtida no último trimestre. As recomendações de cálcio sofreram alterações, em comparação com os valores das RDA publicadas em 1989 e das DRI (IOM, 1997). Sabe-se que, apesar dos requerimentos de cálcio estarem aumentados na gestação, as recomendações dietéticas entre mulheres adultas, e/ou adolescentes e gestantes, são iguais: 1.000mg/dia dos 19 aos 50 anos e 1.300g/dia dos 14 aos 18 anos. (IOM, 97). Esses valores podem ser obtidos pela ingestão de 2 copos de leite, 30g de queijo e 150g de iogurte; os vegetais e os feijões são considerados alimentos fontes de cálcio, mas é necessário lembrar que a biodisponibilidade é menor e é necessário que as porções consumidas diariamente sejam relevantes para contribuírem com um percentual razoável em relação à recomendação. 8 3.3.2 Ferro A deficiência de ferro é a deficiência nutricional mais comum, assim como a causa mais comum de anemia entre crianças e mulheres durante os anos de fertilidade nas populações. Os grupos considerados de maior risco são bebês com menos de 2 anos de idade, garotas adolescentes, mulheres grávidas e idosas. O estágio final da deficiência de ferro se manifesta por anemia hipocrômica microcítica que é corrigida pelo fornecimento de suplementos de ferro ou através da dieta propriamente rica em ferro. 15 Na gestante ocorre no último trimestre da gestação o maior requerimento de ferro, devido ao aumento da massa eritrociária para suprir as necessidades do feto. Nesse período o feto adquire a maior parte das suas reservas que atingem o valor aproximado de 340mg ao 16 nascimento. A quantidade de ferro recomendada para gestante é de 27mg/dia no 2º e 3º trimestre, o que requer suplementação medicamentosa, pois considera-se que a dieta habitual fornece de 6 a 7mg de ferro por 1.000kcal, seria necessário consumir em torno de 5.000kcal para atingir o valor recomendado. A OMS recomenda que todas as gestantes recebam suplementos no último trimestre como medida profilática. Quanto a orientação alimentar deve priorizar a ingestão de ferro heme (carnes e vísceras) e melhorar a biodisponibilidade de ferro não-heme (legumes, verduras verdes escuras, ovo), com ingestão de alimentos ricos em vitamina C junto com as refeições. 8 3.3.3 Zinco O zinco é componente de aproximadamente 300 enzimas envolvidas no metabolismo de proteínas, carboidratose lipídeos, e na replicação dos ácidos nucleicos (DNA e RNA), na função antioxidante, na divisão e na diferenciação celulares, tornando-se essencial na embriogênese. É distribuído por todo o reino vegetal e animal em abundância em segundo lugar em relação ao ferro. De 2 a 3 gramas são encontrados no organismo de um adulto, com maiores concentrações no fígado, pâncreas, rim, ossos e músculos voluntários. 15 Na gestação, esse nutriente é fundamental para o crescimento e desenvolvimento embrionário e fetal, assegurando a evolução cerebral do feto, e contribui para o trabalho de parto. 10 A deficiência desse mineral na gestação foi associada a má-formação congênita. Apesar das limitações de se estudar o efeito clínico do zinco para o feto, um estudo mostrou que a suplementação diária de gestantes com baixos níveis séricos foi associada ao maior peso ao nascer dos recém-nascidos. Considerando que a absorção de ferro pode interferir na absorção de zinco, recomenda-se que, em situações de anemia, doses maiores que 60mg de ferro diária sejam acompanhadas de suplementação de zinco. 8 3.3.4 Vitamina A (Retinol) A Vitamina A, foi chamada de retinol em referência a sua função específica na retina dos olhos, encontra os alimentos de origem animal: fígado, gema de ovo, leite integral e derivados. Já os carotenoides (provitamina), considerados como pigmentos amarelo- alaranjado-vermelhos, os quais o organismo converte em vitamina A, com graus variáveis de 17 eficiência, são descritos em termos de betacaroteno, o mais ativo, encontrados nos vegetais, como por exemplo: cenoura, mamão, espinafre, abóbora, manga, almeirão. 16 Entre suas principais funções estão: essencial para a visão, manutenção do tecido epitelial, promoção do crescimento ósseo (crescimento), reprodução. 15 A vitamina A é essencial para gestação, pois atua reduzindo a chance de cegueira noturna, anemia e mortalidade materna. 14 A deficiência dessa vitamina está associada à ruptura prematura de membranas e à eclampsia, à xeroftalmia e à anemia por deficiência de vitamina A. A recomendação de vitamina A para gestantes (770µg/dia) é muito próxima dos valores indicados para mulheres adultas não grávidas. Apesar de sua importância na gestação, essa vitamina pode ser tóxica quando ingeridas em grandes quantidades e parecer ser teratogênica quando quantidades excessivas são utilizadas nos primeiros meses gestacionais, principalmente se a dose ultrapassar 25.000UI (7000µg/dia). A função antioxidante da vitamina A é de grande importância ao nascimento, período do qual o recém-nascido produz grande quantidade de radicais livres em resposta à exposição a elevadas concentrações de oxigênio. O estado nutricional materno é um dos mais importantes fatores que determinam o estado nutricional das crianças, especialmente em relação a vitamina A. 8 Para controlar a deficiência de vitamina A, a suplementação tem sido recomendada. A ingestão de suplementos de suplementos em quantidades próximas à recomendada durante a gestação reduz a mortalidade materna em 40%, sendo esse percentual aumentado 49% quando se utiliza o betacaroteno. A relação da suplementação de vitamina A com a redução no risco da mortalidade foi atribuída à menor suscetibilidade às infecções 10 3.3.5 Vitamina D A vitamina D (colecalciferol) é formada na pele pela ação dos raios ultravioletas (UV) da luz solar. Presume-se que o adulto normal obtenha vitamina D suficiente pela exposição á luz solar e pela ingestão acidental de pequenas quantidades nos alimentos. As necessidades aumentadas de Vitamina D na gravidez e na lactação refletem a necessidade do crescimento fetal e o conteúdo de cálcio no leite materno. A recomendação nutricional para vitamina D pela RDA para gestante é 10 µg. 15 18 Sendo a vitamina D essencial para a saúde da gestante e da criança, a deficiência ou insuficiência durante a gestação influencia no ganho de peso insuficiente; além disso, evidências bioquímicas mostram distúrbio da homeostase óssea da criança, e em situações extremas tal deficiência reduz a mineração óssea e aumenta o risco de fraturas. Ela pode ser encontrada em alimentos como salmão, atum, sardinha, gema de ovo. 8 3.3.6 Ácido Fólico O folato é uma vitamina hidrossolúvel também conhecida pelo nome de folacina. No organismo atua na formação de produtos intermediários do metabolismo, que por sua vez estão envolvidos na formação celular. A principal consequência metabólica da deficiência de folato é a alteração do metabolismo do DNA, que resulta em alterações na morfologia nuclear das células. 16 As necessidades de ácido fólico aumentam durante os períodos de crescimento rápido, a exemplo da gestação, na qual se observa elevação na massa eritrocitária, alargamento do útero e crescimento da placenta e do feto. Na gestação, a necessidade dessa vitamina é elevada em 50% em relação a referência para mulheres adultas, passando de 400 para 600 µg. Em geral, a suplementação com ácido fólico deve ser recomendada antes da concepção até o final do primeiro trimestre da gestação. Na gestação a deficiência dessa vitamina está fortemente associada a risco aumentado de defeitos no tubo neural, de abortos espontâneos recorrentes, de deslocamento prematuro da placenta, de pré-eclâmpsia, de anemia, de parto prematuro.10 19 Tabela 3Valores diários de recomendação/limite superior tolerável de ingestão para Minerais/Vit.para Gestantes. Gestantes MINERAIS RDA (mg/dia) 19 a 50 anos CÁLCIO 1.000 FERRO 27 ZINCO 11 Gestantes VITAMINAS RDA (µg/dia) 19 a 50 anos VITAMINA A 770 FOLATO 600 VITAMINA D 10 RDA: ingestão dietética recomendada; Fonte: Institute of Medicine. 3.4 Pirâmide dos Alimentos A pirâmide alimentar da gestante eutrófica é dividida em quatro níveis os alimentos estão organizados em oito grupos alimentares e porcionados de acordo com as necessidades energéticas determinadas para o primeiro, segundo e terceiro trimestres gestacionais. Ainda não foi proposta uma pirâmide alimentar com enfoque em gestantes diabéticas, porém, as necessidades nutricionais durante o período gestacional e de lactação são similares nos 2 exemplos de gestações. Por esse motivo, a terapia nutricional para DM na gestação deve estar direcionada na qualidade das escolhas alimentares que garantam um apropriado aporte energético para o ganho de peso adequado, o controle glicêmico e controle metabólico na produção de cetonas.. 18 3.4.1 Grupos Alimentares A quantidade de nutrientes varia de acordo com a idade, o sexo, a atividade física e a condição de saúde de cada pessoa. 20 4. Metodologia de cálculos utilizados para gestantes diabéticas: O ganho de peso total até o final da gestação deve ser entre mínimo de 5 kg e máximo de 9kg; com relação ao ganho de peso semanal deve ficar em torno de 220g (170 e 270). O consumo de Kcal para Diabéticas gestantes (DG) em excesso de peso é de 24kcal/kg de peso/dia. Portanto para calcular a Necessidade Energética Total (NET) de uma DG deve usar a seguinte fórmula: pesar o seu peso atual gestacional, multiplicado por 24kcal/kg peso/dia. Com isso aparecerá o resultado do NET em kcal/dia que ela deverá consumir diariamente. A partir do NET calcula-se o valor energético total (VET) da refeição que será consumida durante o dia pela DG. O cálculo do VET da refeição é distribuído entre os seguintes macro nutrientes: Carboidratos (CHO); que correspondede 45% a 65% do VET da refeição; Proteínas (PTN); que corresponde de 10% a 65% do VET da refeição e Lipídeos (LIP), que corresponde de 20% a 35%. A refeição deverá ser fracionada em 6 refeições diárias, as quais corresponde a: desjejum, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. 21 O VET deverá ser distribuído ao longo de todo o cardápio nas seguintes proporções: desjejum entre 10% 20%; colação 10%; almoço entre 20% a 30%; lanche da tarde 10%; jantar entre 20%a 30% e ceia 10%. Para a população diabética em geral é interessante que se faça um cálculo de contagem específica para CHO que deverá ser ingerido ao longo de todo o VET da refeição. Através da Necessidade calórica de cada indivíduo, utiliza-se a kcal/kg de peso/dia multiplicado pelo peso atual, como resultado aparecera o VET da refeição, através desse VET que representa 100% da refeição, é tirado 55% que representa os CHO total da refeição. Então pega-se essa quantidade CHO total e multiplica-se pela proporção de porcentagem correspondente a cada refeição, citado anteriormente, distribuindo através das 6 refeições, divide-se cada resultado por 4 kcal e com isso, se obtém a quantidade de gramas de CHO de cada refeição. Com isso o indivíduo terá certeza da quantidade real de CHO que ele deverá consumir durante todo o dia para o controle da sua glicemia. O quadro a seguir mostra um exemplo da distribuição energética dos macronutriente, as características da dieta e a distribuição da contagem de kcal do CHO, usando como exemplo um VET de 1860 kcal, chegou-se a esse VET, através de 24kcal/kg peso/dia vezes o peso de 77,5kg, tendo como resultado o total de 837 kcal de CHO. Tabela 4 – Distribuição dos Macronutrientes e Kcal dos CHO. DISTRIBUIÇÃO ENERGÉTICA CARACTERISTICAS DA DIETA (6 REFEIÇÕES) DISTRIBUIÇÃO DAS KCAL DO CHO (TOTAL 837) CHO – 45% VET CAFÉ MANHA 20% 837 x 20% = 167,4 kcal / 4 = 42g VET COLAÇÃO 5% 837 x 5 % = 41,8 kcal / 4 = 10g PTN 20% VET ALMOÇO 30% 837 x 30% = 251,1 kcal / 4 = 63g VET LANCHE DA TARDE 10% 837 x 10% = 83,7 kcal / 4 = 21g LIP 35% VET JANTAR 30% 837 x 25% = 209,2 kcal / 4 = 52g VET CEIA 10% 837 x 10% = 83,7 kcal / 4 = 21g 4.1 Dados obtidos através do caso clínico para elaboração de cardápio específico. Paciente na 30º semana gestacional, com peso atual de 77,5kg, altura 1,51m com IMC: 33,98 kg/m². Através do resultado do IMC, sua classificação nutricional é obesidade. Diante das seguintes informações o cardápio individual deverá ser de 1.860kcal por dia. 22 5. CARDÁPIO PARA O PLANO ALIMENTAR DE GESTANTE DIABÉTICA REFEIÇÃO PREPARAÇÃO/ALIMENTO QUANTIDADE UTENSÍLIO/MEDIDA Quantidade (g/ml) Substituição Desjejum Leite de Vaca Desnatado 1 copo 200 Grupo 2 Café 1 colher de chá 1 Adoçante Sucralose 3 gotas 0,2mL Pão de forma integral 1 unidades 25 Grupo 7 Queijo tipo minas 1 ½ fatia 50 Grupo 2 Melão 1 fatia grossa 100 Grupo 5 Lanche da manha Iogurte Natural Desnatado ½ copo 80 Grupo 2 Aveia em flocos finos 1 colher de sopa 15 Grupo 7 Almoço Prato Principal Frango Assado coxa 1 unidade 100 Grupo 6 Guarnição Espinafre refogado 2 ½ colheres de sopa 67 Grupo 1A Prato base Arroz Integral 3 ½ colheres de sopa 100 Grupo 7 Feijão com caldo 1 concha média 86 Grupo 3 Salada Agrião 5 ramos 30 Grupo 1B Tomate 4 fatias 80 Grupo 1B Cenoura 1 colher servir 40 Grupo 1A Temperos Alho 1 dente 5 Óleo 1 colher de (sopa) 8 Grupo 4 Azeite ½ colher sopa 4 Grupo 4 Sobremesa Mamão Papaia 1 fatia 100 Grupo 5 Suco Laranja Pêra 1 copo 250 Grupo 5 Adoçante Sucralose 3 gotas 0,2mL Lanche da Tarde Bolo Salgado Atum 1 fatia 80 Grupo 7 Chá Erva Doce Infusão 5% 1 copo 200 Jantar Prato Principal Picadinho, coxão mole 1 concha média 60 Grupo 6 Guarnição Purê de Abóbora 2 colheres sopa 70 Grupo 1A Prato base Arroz Integral 2 ½ colheres de sopa 100 Grupo 7 Lentilha 1 colher de sopa 24 Grupo 3 Salada Pepino 6 fatias 60 Grupo 1B Temperos Alho 1 dente 5 Óleo 1 colher de (sopa) 8 Grupo 4 Cebola 1 fatia 5 Azeite ½ colher sopa 4 Grupo 4 Sobremesa Pudim Morango Diet 1 potinho 100 Grupo 8 Suco Maracujá polpa 50g + 200ml água 250 Grupo 5 Adoçante Sucralose 3 gotas 0,2mL Ceia Leite Desnatado ½ copo 100 Grupo 2 Bolinho morango zero açúcar ½ unidade 22 Grupo 7 23 Desjejum Medida caseira Quantidade (g/ml) Carboidrato (g) Proteína (g) Lipídio (g) Cálcio Alimento (g) Leite de Vaca Desnatado 1 copo 200 10 6,4 0,8 334 Café 1 colher de chá 1 0,7 Na Na Na Sucralose 3 gotas 0,2mL Na Na Na Na Pão de forma integral 1 unidade 25 14,65 2,0 0,78 4 Queijo tipo minas 1 ½ fatia 50 1,6 8,7 10,1 289,5 Melão 1 fatia 100 7,5 0,7 Na 3 Sub- macro nutrientes 34,4 (x4) 17,8 (x4) 11.68 (x9) 630,5 Sub- macro nutrientes 137,6 71,2 105,12 Sub- total (g) 376,2 Sub- total (Kcal) 313,92 % calórico (refeição) 99,99% 43,83 % 22,68% 33,48% Lanche da Manhã Iogurte Nat. Desnatado ½ copo 80 4,64 3,04 0,24 114,4 Aveia em flocos finos 1 colher de sopa 15 9,99 2,09 0,0 7,2 121,6 Sub- macro nutrientes 14,63 (4x) 5,13 (4x) 0,24 (9x) Sub- macro nutrientes 58,52 20,52 2,16 Sub- total (g) 95 Sub- total (Kcal) 81,2 % calórico (refeição) 99,60% 71,67 % 25,27 % 2,66,2 % Almoço Prato Principal Frango Assado coxa 100 0,1 28,5 10,4 8 Espinafre refogado 2 ½ colheres de sopa 67 2,8 1,8 3,6 75,04 Arroz Integral 2 ½ colheres de sopa 120 30,96 3,12 1,2 6 Feijão com caldo 1 concha média 86 11,70 4,12 0,42 23,22 Agrião 5 ramos 30 0,69 0,81 0,06 39,9 Tomate 4 fatias 80 2,48 0,88 0,16 5,6 Cenoura 1 colher servir 40 3,08 0,52 0,08 9,2 Alho 2 dentes 10 2,38 0,70 0,02 0,14 Óleo 1 colher de (sopa) 8 NA Tr 8,0 Tr Azeite ½ colher sopa 4 NA NA 4,0 Na Mamão Papaia 1 fatia 150 15,6 0,75 0,15 33 Suco Laranja Pêra Polpa 50g + 200ml água 250 15,2 0,14 0,2 14 Adoçante Sucralose 3 gotas 0,2mL Na Na Na Na Sub- macro nutrientes 84,99 (4x) 41,34 (4x) 28,29 (9) 214,1 Sub- macro nutrientes 339,66 165,36 254,61 Sub- total (g) 757,68 Sub- total (Kcal) 759,63 % calórico (refeição) 99,98% 44,71% 21,76% 33,51% Lanche da tarde Bolo Salgado Atum 1 fatia 80 17 9,4 5,6 Na Chá Erva Doce Infusão 5% 1 copo 200 0,8 0,0 0,0 4 Sub- macro nutrientes 17,08 (x4) 9,4 (x4) 5,6 (x9) Sub- macro nutrientes 68,32 37,6 50,4 Sub- total (g) 280 Sub- total (Kcal) 156,32 % calórico (refeição) 100,03% 43,70% 24,03% 32,30% 24 Jantar Picadinho, Coxão Mole 1 concha média, cheia 60 Na 19,44 5,34 Purê de Abóbora 2 colheres sopa 70 7,56 0,7 0,49 5,6 Arroz Integral 2 ½ colheres de sopa 100 25,8 2,6 1,0 5 Lentilha 1 colher de sopa 24 3,912 1,656 0,12 3,84 Pepino 6 fatias 60 1,2 0,54 Tr 6 Alho 1 dente 5 1,19 0,35 0,01 0,7 Óleo 1 colher de (sopa) 8 NA Tr 8,0 Na Cebola 1 fatia 5 0,44 0,08 Tr 1,12 Azeite ½ colher sopa 4 NA NA 4,0 Na Pudim Morango Diet 1 potinho 100 11,4 2,6 1,0 Na Suco maracujá polpa 50g + 200ml água 250 4,8 0,4 0,1 5 Adoçante Sucralose 3 gotas 0,2mL Na Na Na Na Sub- macro nutrientes 56,30 (x4) 28,36 (x4) 20,06 (x9) 27,26 Sub- macro nutrientes 225,2 113,44 180,54 Sub- total (g) 686,2Sub- total (Kcal) 519,18 % calórico (refeição) 99,98% 43,37% 21,84% 34,77% Ceia Leite Desnatado ½ copo 100 4,65 3,0 0,0 167 Bolinho zero açúcar ½ unidade 22 11 1,05 1,7 Na Sub- macro nutrientes 15,65 (x4) 4,05(x4) 1,7 (x9) Sub- macro nutrientes 62,6 16,2 15,3 Sub- total (g) 122 Sub- total (Kcal) 94,1 1164,46 % calórico (refeição) 99,98% 66,52% 17,21% 16,25% TOTAL MACRONUTRIENTES 891,9 424,32 608,13 TOTAL (g/ml) 2.321,08 TOTAL (Kcal) 1.924,35 % CALÓRICA (REFEIÇÃO) 46,34% 22,05% 31,60% RECOMENDAÇÃO % ADEQUAÇÃO NET = 1.860,00 Kcal/ dia VET da refeição 1.924,35 Kcal (Cardápio elaborado) Passou 64,35 kcal (dentro do permitido 3,34%) Desjejum 1.924,35---100% 313,92 --------x 16,31% Lanche manhã 1.924,35---100% 81,2--------x 4,21% Almoço 1.924,35---100% 759,63--------x 39,47% Lanche Tarde 1.924,35---100% 156,32--------x 8,12% Jantar 1.924,35---100% 519,18--------x 26,97% Ceia 1.924,35---100% 94,1--------x 4,88% 25 5.1 Lista de substituições: Os alimentos estão reunidos em grupos, de acordo com as suas características nutricionais. Você pode variar sua alimentação obedecendo aos grupos, para que haja um equilíbrio na sua alimentação. GRUPO 1A: Vegetais Cozidos GRUPO 1B: Vegetais crus – à vontade Abóbora 1 ½ colher de sopa Acelga Nabo Abobrinha 1 ½ colher de sopa Agrião Pepino Acelga 2 ½ colheres de sopa Alface Pimentão Beterraba 3 fatias Almeirão Rabanete Berinjela 2 colheres de sopa Aspargo Repolho Brócolis Refogado 4 ½ colheres de sopa Broto de feijão Rúcula Chuchu cozido 2 ½ colheres de sopa Cebola Salsão Cenoura 1 unidade média Cebolinha Salsinha Couve–flor 3 ramos Couve Tomate Caqui Couve Manteiga 1 colher de sopa Escarola Tomate Cereja Espinafre 3 colheres de sopa Mostarda Tomate Italiano GRUPO 2: Produtos Lácteos Leite, Queijos e Derivados Cream cheese 2 colheres de sopa Iogurte Polpa Frutas Diet 1 pote 200ml Leite em Pó Integral 1 ½ colher de sopa Leite em Pó Desnatado 2 colheres de sopa Queijo Mussarela 1 fatia Queijo Minas Frescal 1 fatia Grande Queijo Parmesão 2 colheres de sobremesa Leite Desnatado 1 copo de 200ml Queijo tipo Cottage 2 colheres de sopa Leite semi-desnatado 1 copo de 200ml Queijo Prato 1 fatia Leite Integral 1 copo (150ml) Requeijão light 1 colher de sopa Leite em Pó Desnatado 2 ½ colher de sopa Ricota 2 fatias média GRUPO 3: Leguminosas GRUPO 4: Óleos e Gorduras Ervilha Seca Cozida 2 ½ colheres de sopa Azeite de Oliva 1 colher de sopa Ervilha em Lata 4 colheres de sopa Manteiga ½ colher de sopa Feijão Carioca Cozido 1 concha média Margarina ½ colher de sopa Feijão Branco Cozido 1 ½ colher de sopa Margarina Light 2 colheres de sobremesa Feijão Preto Cozido 1 concha média Óleo Vegetal (todos liq.) 1 colher de sopa Grão de Bico Cozido 4 ½ colheres de sopa Maionese Light 1 colher de sopa Maionese Tradicional ½ colher de sopa 26 GRUPO 5: Frutas → Limite 300g por dia Ou 2 porções por dia. Abacate 1colher de sopa Melancia 1 fatia (150g) Abacaxi 1fatia média Melão 1 fatia ( 100g) Ameixa Vermelha 1 unidade Morango 5 unidades Banana Prata 1 unidade pequena Pera 1 unidade Goiaba ½ unidade Pêssego 1 unidade Jabuticaba 10 unidades Tangerina/Mexerica 1 unidade Kiwi 1 unidade Uva 10 unidades Laranja (espremida) 1 unidade Vitamina de Mamão ½ copo (requeijão) Limão 1 unidade Salada de Fruta ½ xícara de chá Maça 1 unidade Suco de Abacaxi 1 copo (requeijão) Mamão Formosa 1 fatia média Suco de Laranja Puro ½ copo (requeijão) Mamão Papaya ½ unidade Suco de Melão Puro 1copo (requeijão) Manga polpa batida 5 colheres de sopa Suco de Melancia Puro 1copo (200ml) GRUPO 6: Carnes em Geral → Bovina, Suína, Peixe, Frango e Ovos Atum Enlatado 2colheres de sopa Coração de Frango 3unidades Bacalhoada 2colheres de sopa Espetinho de carne 1unidade Bife Enrolado 1 Porção (100g) Frango Assado 1porção (100g) Bife Grelhado 1Porção (100g) Filé de frango grelhado 1porção (100g) Camarão cozido 12 unidades Merluza cozida 1porção (120g) Camarão Frito 4 unidades Salmão Grelhado 1filé (100g) Carne Assada 1fatia (80g) Sardinha 1unidade Carne Suína 1porção (90g) Nugetts 2unidades Linguiça de Porco assada ½ unidade Omelete (1 ovo) 1unidade Carne moída refogada 4colheres de sopa Ovo Cozido 1unidade Carne Seca 1porção (60g) Ovo Mexido 3colheres de sopa 27 5.2 Orientação Nutricional Consumir durante o dia inteiro 2 porções de frutas, média de 300g. Acrescentar no almoço e jantar algumas verduras e legumes cozidos, além das saladas, seguir (lista de substituições). Fazer as 6 refeições diária, não esquecendo de pular nenhuma delas (Desjejum, café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar). Sempre fazer um pequeno lanche noturno antes de dormir Ingerir água, máximo 1,5 L. Não esquecer de acrescentar fibras na alimentação. (presente nas frutas, verduras e legumes) Sempre tomar as exigências diária de insulina exigida pelo seu médico. GRUPO 7: Cereais, Raízes e tubérculos GRUPO 8: Doces Dietéticos Arroz Integral Cozido 4colheres de sopa Achocolatado Diet 1colher de (sopa) Arroz Branco Cozido 2colheres de sopa Cacau em pó 1colher de sopa Aveia em Flocos Finos 2colheres de sopa Chocolate Diet 1 unidade (25g) Barra de Cereais Diet 1 unidade Geleia Diet 1colher sopa rasa (15g) Biscoito Cream Cracker 4 unidades Pudim Diet 1pote 100ml Biscoito Integral 2 unidades Bolo de chocolate Diet 1 fatia (25g) Bolo simples Diet 1 fatia (40g) Suflês 1 porção (80g) Torrada Integral 2 unidades 28 6. Analise da Interação Droga Nutriente O diabetes gestacional pode ser controlado com alimentação balanceada e acompanhada por nutricionista e também pela prática de atividades físicas, mas em alguns casos é indicado o uso de fármaco. Há sérias complicações trazidas pelo diabetes gestacional, desde o início (durante a fertilização e implantação), que podem resultar em retardo de crescimento fetal, defeitos congênitos e até aborto quando tratado de maneira incorreta. 20 As gestantes devem ter acompanhamento nutricional e individual nesse período, com uma dieta com todos os nutrientes necessários para que ocorra o desenvolvimento do embrião. A dieta deve ter um planejamento, sendo necessário que se evite longos períodos de jejum para que haja prevenção de episódios hiperglicêmicos, hipoglicêmicos ou cetose. É necessário que haja um equilíbrio na relação dos nutrientes de cada refeição e na administração das doses de insulina, sendo necessário que existam três grandes e três pequenas refeições. É indispensável á existência da ceia para mulheres que utilizam insulina à noite, para que não ocorra episódio de hipoglicemia na madrugada, devendo conter carboidratos complexos, proteínas ou lipídios na refeição. 20 O ganho de peso deve ser de 7kg a 16kg durante a gestação, porém esse número varia de acordo com o peso anterior à gravidez. No segundo ou terceiro trimestre, o aumento de calorias na dieta é de 100 a 150kcal por dia. O uso de adoçantes não calóricos (aspartame, sacarine, acesulfame-k e neotame) é permitido com prudência. A prática de exercícios físicos é recomendada desde que acompanhada por um profissional para que não ocorram quedas ou traumas abdominais e desde que essas práticas causemsensação de bem estar, diminuição do ganho de peso, redução da adiposidade fetal, redução de riscos cardiovasculares e também melhora do controle glicêmico da gestante. É indicado ao menos 30 minutos de atividade física ao dia e estes exercícios devem ser feitos preferencialmente após as refeições principais (desjejum, almoço e jantar), podendo ser aeróbicos ou de resistência. A execução de atividade física não é indicada quando há trabalho de parto pré-termo, sangramento uterino, ruptura prematura de membranas, doença hipertensiva induzida pela gravidez sem controle adequado, restrição do crescimento intrauterino, síndrome nefrótica e disautonomia. 29 Quando há monitoramento de dieta e prática de exercícios físicos e mesmo assim a diabetes gestacional não é controlada, o medicamento comumente utilizado é a insulina exógena, sendo necessário o conhecimento do nível de controle glicêmico para que ocorra redução de riscos e/ou complicações fetais e neonatais ocasionadas pelo diabetes gestacional. A insulinoterapia é um método indicado, porém o tempo para início do tratamento ainda é controverso, pois as portadoras de DMG precisam receber orientação nutricional no mínimo duas semanas antes da prescrição da insulina, mas na presença de glicemia materna de jejum superior a 95mg/dL a terapia insulínica pode ser iniciada uma semana antes da dieta. A administração de doses da insulina no DMG é variável pois depende do aumento da resistência à insulina durante a gestação e por isso deve sempre ser ajustada. É necessário a avaliação do perfil glicêmico da gestante, pois algumas precisam de insulina na prevenção de hiperglicemia de jejum e outras precisam no período pós-prandial. A dose diária de insulina é dividida em 2/3 de insulina NPH e um 1/3 de insulina regular, variando com o peso da gestante. 21 O uso de análogos à insulina humana de ação mais rápida (lispro e aspartat) também tem sido investigados na gestação, resultando efetividade clínica, nenhuma evidência de teratogenicidade e transferência transplacentária mínima. Os análogos de ação prolongadada (glargina e detemir) na gravidez são limitados. O tratamento de hipoglicemia oral é uma alternativa à insulinoterapia para portadores de DMG, pois diferentemente dela não há necessidade de administração parenteral e de necessidade de maior manuseio e também de refrigeração. Os hipoglicemiantes mais conhecidos e eficazes durante a gestação são o sulfonilureia gliburida (glibenclamida – classe C, do FDA) e a biguanida metforminas (classe B, do FDA). Apenas a gliburida não é associada a excessos hipoglicemia neonatal em estudos clínicos e tem transferência mínima através da placenta humana (cerca de 4%). Sulfonilureiais de primeira geração estão associados ao aumento de hipoglicemia neonatal e tem cruzamento substancial com a placenta. 20 Com o crescente número de estudos sobre hipoglicemiantes orais, a ADA (2011) considera os dados existentes insuficientes para que haja um estabelecimento sobre a segurança do uso destes durante à gestação. 30 Tabela 5 – Antidiabéticos Disponíveis no Brasil Medicamentos Posologia (mg) Posologia (mg) Nº de Tomadas/dia Mínima Maxima Biguanidas Metformina 1.000 2.550 2 Inibidores da Alfaglicosidase Arcabose 150 300 3 Tiazolidinedionas Rosiglitazona 2 8 1 Pioglitazona 15 45 1 Tabela 6 – Antidiabéticos orais: prós e contras Ações Favoráveis Ações Desfavoráveis Sulfoniuréias Longa experiência Maior poder hipoglicemiante Comodidade posológica Maior risco de hipoglicemia Facilita o ganho de peso Ação sobre receptores cardiovasculares Glinidas Perfil mais fisiológico Menor risco de hipoglicemias no jejum Melhor adequação na hipoglicemia prandial Maior dependência posológica Pouca ação no jejum noturno Ação sobre receptores cardiovasculares Metiformina Baixo risco de hipoglicemia Não promove o aumento de peso Discreta ação anoréxica Longa experiência Clínica Efeitos Gastrointestinais Acidose Lática Glitazonas Baixo risco de hipoglicemia Maior potência como sensibilizador Fácil Posologia Ação na Dislipidemia Promove o ganho de peso Edemas Maior custo financeiro Menor experiência clínica Acarbose Menor risco de hipoglicemia Proteção cardiovascular Medicação não absorvida Sintomas gastrointestinais Menor Potência Esquema Posológico multiplo 31 7. Conclusão O presente Trabalho nos mostra que a Diabetes gestacional é um problema que surge durante a gravidez em determinadas mulheres, chegando a atingir 5% das gestações. No estudo de caso apresentado, a grávida além de ter diabetes também está obesa o que requer uma atenção ainda maior com mãe e bebê, pois o excesso de açúcar no sangue chega até a placenta alcançado o bebê, fazendo com que ele cresça demais gerando o que se chama de macrossomia. É fundamental que a grávida faça acompanhamento nutricional. Por isso elaborou-se uma dieta específica para o caso apresentado, com um cardápio nutricional equilibrado em macro e micronutrientes, atingido todas as suas necessidades nutricionais que ela necessita, com a finalidade de reverter o quadro de diabetes gestacional desta paciente. 32 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA 1. DI CIANNI G, Micolli R, Volpe L, Lencioni C, Del Prato S. Intermediate Metabolism in Normal Pregnancy and in Gestacional Diabetes Metab. 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