Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
2 UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP Maria Suelda Lopes Furlan Estudo de caso – OSASCO 2021 Maria Suelda Lopes Furlan Estudo de caso – Trabalho apresentado à disciplina estágio supervisionado em nutrição hospitalar do curso de graduação em Nutrição apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Supervisora: OSASCO 2021 RESUMO Palavras chaves: Sumário 1. INTRODUÇÃO 5 2. OBJETIVOS DO ESTUDO 9 2.1 Objetivo do Plano Nutricional 9 2.2 Nível de Assistência Nutricional 9 3. DESENVOLVIMENTO 10 3.1 Identificação do Paciente 10 3.2 Evolução Clínica/ Antecedentes Médicos 10 3.3 Histórico clínico 10 3.3.1 Perfil Laboratorial 10 3.3.2 Fármacos 11 3.4 Evolução Nutricional 12 3.4.1 Avaliação do Estado Nutricional 12 3.5 Diagnóstico Nutricional 16 3.6 Avaliação Dietética 16 3.7 Hábitos Alimentares 17 3.8 Recomendações dietoterápicas 18 3.9 Prescrição Dietoterápica 18 3.10 Hospital 20 3.11 Orientação Nutricional de Alta 21 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 23 ANEXOS 25 1. INTRODUÇÃO Dores de cabeça repentinas sem causa aparente, dificuldade para falar e dormência dos membros podem ser sinais de um desastre, ameaçando o cérebro de milhões de pessoas e limitando suas vidas para o resto de suas vidas. O AVC é uma das doenças mais mortais do mundo (ABRAMCZUK; VILLELA, 2009). Existem diferentes tipos de acidente vascular cerebral, mas geralmente ocorre após a morte rápida dos neurônios, que é causada por alguma interrupção ou ruptura dos vasos sanguíneos do cérebro. O AVC pode ser dividido em dois tipos principais: isquêmico ou hemorrágico. O derrame isquêmico mais comum é o resultado do bloqueio dos vasos sanguíneos que levam o sangue ao cérebro. No derrame hemorrágico menos comum, os vasos sanguíneos que transportam sangue para o cérebro se rompem, causando sangramento. As principais causas incluem hipertensão, diabetes, consumo excessivo de álcool e fumo, infarto recente, falta de atividade física e alcoolismo. O AVC também pode ter origem genética, mas sua incidência é menor do que outras causas (MALHEIROS, KENJI, ALAMINO, 2017). Seguindo todos os conselhos médicos e escolhendo hábitos saudáveis, reduzirá a chance de novos derrames. Outras medidas preventivas básicas são: exercícios físicos moderados, adicionar o mínimo de sal e gordura ruim possível à dieta, manter o peso, evitar fumar e bebidas alcoólicas. Seis milhões de pessoas morrem todos os anos. No Brasil, o AVC é a segunda causa de morte e invalidez e tem grande impacto econômico e social. Depois de um derrame, cerca de 0% das pessoas não voltam ao trabalho e 50% das pessoas dependem de outras pessoas todos os dias. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) é um inquérito epidemiológico de base familiar que utiliza uma amostra nacional representativa para avaliar a prevalência de AVC no Brasil, calcula o número absoluto estimado de AVC e pessoas com deficiência de AVC e suas respectivas prevalências. Existem cerca de 2.231.000 pacientes com AVC e 568.000 pessoas com deficiência grave. A taxa de prevalência pontual é de 1,6% para homens, 1,4% para mulheres, 29,5% para homens e 21,5% para mulheres. A prevalência de residentes urbanos com menor escolaridade aumentou com a idade e não houve diferença na cor da pele autoproclamada. Não houve diferença estatística no grau de incapacidade após o AVC de acordo com sexo, raça, escolaridade ou área residencial. Dados não publicados da PNS mostram que a prevalência de AVC é maior, principalmente entre idosos que não possuem educação formal e residem em centros urbanos, mas o grau de incapacidade causado pela ACV independe das características sociodemográficas da população brasileira (BENSENOR, 2013). No Hospital Israeli Albert Einstein (HIAE), quando o paciente chega ao hospital, ele será examinado por uma enfermeira usando a escala de triagem pré-hospitalar de AVC do Hospital de Los Angeles (LAPSS). Quadro 1 - LAPSS (Los Angeles Prehospital Stroke Screen) e Cincinnati Prehospital Stroke Scale Fonte: Traduzido e adaptado de: Kidwell CS, Starkman S, Eckstein M, Weems K, Saver JL. Identifying stroke in the field. Quadro 2. National Institutes of Health – Stroke Scale (NIHSS) Fonte: Traduzido e adaptado de: American Stroke Association: NIH Stroke Scale [homepage on the Internet]. Washington: Internet Stroke Center; c1997-2007. [cited 2008 Fev 12]. Avaliable from: http://www.ninds.nih.gov/doctors/NIH_Stroke_Scale.pdf Se a avaliação inicial for positiva, o paciente é encaminhado imediatamente para o pronto-socorro e um neurologista é chamado. Uma vez que a hipótese de acidente vascular cerebral é determinada, o paciente é transferido para um exame de imagem, de preferência um exame de TC (TC) de crânio em uma emergência. Durante o transporte no hospital, o paciente é acompanhado por um neurologista. Quando o paciente apresentar instabilidade cardiopulmonar ou alteração do nível de consciência, um anestesiologista será acompanhado durante o transporte. O paciente pode retornar ao pronto-socorro ou ser transferido para a unidade de terapia intensiva (UTI) imediatamente. A reabilitação é realizada por meio da utilização de diversas tecnologias profissionais, sendo que a combinação e integração dessas tecnologias podem possibilitar a reabilitação múltiplas vezes, superando as expectativas frente à condição inicial do paciente. O ambiente farmacológico é baseado no uso de medicamentos que produzem a desintegração de trombose (ZUKERMAN, 2009). A terapia nutricional deve ser sempre aceita. O escopo dos objetivos do tratamento é variável e depende da adesão à dieta, correções de estilo de vida: perda de peso, atividade física e fumo. A otimização do comportamento alimentar pode levar a um efeito de cuidado para fins entre 20 e 50%. Este efeito leva à perda de peso corporal, reduzindo a distribuição de açúcar, substituindo a fibra de fibra, a eliminação ou a redução de gorduras trans e ácidos graxos saturados associados a um padrão de alimentos mediterrâneos e o consumo de AGPI. O impacto dessas diretrizes de triglicérides é reconhecido, especialmente aqueles relacionados a mudanças de alimentos e estilo de vida (AQUINO, PHILIPPI, 2016). Quadro 3- Impacto da modificação de hábitos alimentares e estilo de vida sobre a trigliceridemia. Fonte: AQUINO, PHILIPPI, 2016. 2 2. OBJETIVOS DO ESTUDO Avaliar o estado de saúde da paciente e como consequência estabelecer estratégias nutricionais que promovam evolução das comorbidades apresentadas. 2.1 Objetivo do Plano Nutricional Trabalhar um processo de modificar seu comportamento alimentar, no qual os pontos mais importantes cobertos foram os seguintes: divisão dietética, adaptação alimentar de macronutrientes (principalmente carboidratos e ácidos graxos), aumento do consumo de fibra, e ajuste de cargas de refeição glicêmica, com atenção especial para o excesso de carboidratos, açúcares e doces refinados. No que diz respeito às gorduras, os aspectos qualitativos foram enfatizados, buscando estimular o consumo de fontes de energia ômega-3, com o objetivo de melhorar a relação entre os ácidos graxos ômega-6. Reduzir o consumo de gordura pelo menor consumo de carne vermelha, queijos gordurosos e integrados. Os objetivos da terapia nutricional são contribuir para a melhoria do perfil lipídico e glicêmico. A importância da redução do consumo de sódio também foi fortalecida, destinada a manter os níveis de pressão dentro dos limites normais. 2.2 Nível de Assistência Nutricional A Tabela 1 demonstra a classificação do nível de assistência nutricional Fonte: Manual de dietoterapia e avaliação nutricional: serviço de nutrição e dietetica do instituto do coração, pag.36. De acordo com a classificação do nível de assistência nutricional, no caso de pacientes internados ou em retorno ambulatorial, o nutricionista determinará o tipo de atendimento e a frequência das consultas (ISOSAK, CARDOSO, OLIVEIRA, 2009). 3. DESENVOLVIMENTO3.1 Identificação do Paciente Paciente J.R.E.,84 anos, sexo masculino, negro, naturalidade Jacareí/SP, brasileiro, solteiro, aposentado (metalúrgico). 3.2 Evolução Clínica/ Antecedentes Médicos Diagnóstico Clínico: AVC Histórico da moléstia atual: Paciente internado neste serviço Hospitalar, onde deu entrada apresentando sonolência, hemiplegia (direita). PA, 187/125 MMHG. Apresenta-se acianótico, afebril, eupineico. Antecedentes médicos: Apresenta como antecedentes pessoais hipertensão, dislipidemia, sofreu 2 Acidentes Vascular Cerebral (AVC) prévios, resultando como sequela paralisia facial e disfagia. 3.3 Histórico clínico 3.3.1 Perfil Laboratorial Quadro 1 – Exames laboratoriais, Osasco, 2021 Exame Valor de referência 10/03 14/03 Hemoglobina Homens: 13 a 18 g/dL Mulheres: 12,5 a 16 g/dl 15.2 g/Dl 12.9 g/Dl HT Homens: 42 a 52% Mulheres: 36 a 48% 48.6 % 39.2% Sódio 136 a 145 mmol/l 137 mmol/l 141mmol/l Potássio 3,5 a 5,6 mmol/l 4.9 mmol/l 2,5mmol/l Ureia 7 a 23 mg/Dl 76.5 mg/Dl 103 mg/Dl Creatinina 0,50 a 1,20 mg/Dl 1,10 mg/Dl 0,90 mg/Dl Colesterol total Normal: até 200mg/dl Limítrofe: 200 -239 mg/dl Alto: ≥ 240 mg/dl 248mg/dl 235 mg/dl Triglicerídeos Normal: até 150 mg/dl Limítrofe: 150 -200 mg/dl Alto: 200 - 499 mg/dl 210mg/dl 180mg/dl Glicose Normal: < 100 mg/dl 95ml/dl 93 mg/dl Estado proteico: a proteína é essencial para regular (hormônios e enzimas) e funções estruturais (colágeno e elastina). As proteínas séricas frequentemente avaliadas para determinar o estado nutricional incluem albumina, transferrina e pré-albumina; Balanço de nitrogênio: Este parâmetro pode monitorar a adequação da terapia nutricional e avaliar o balanço entre a ingestão e excreção de nitrogênio na urina. Quando a ingestão for suficiente para compensar a perda, um saldo positivo será alcançado. No caso contrário, a perda supera o composto, confirmando assim o saldo negativo (por exemplo, trauma, sepse, queimadura, fístula, etc.) Devido a dificuldades técnicas, sua precisão só se aplica a pacientes em terapia metabólica (ISOSAK, CARDOSO, OLIVEIRA, 2009). A ureia é outra substância produzida no fígado, bem como o resultado da metabolização das proteínas alimentares. Como creatinina, a ureia também é eliminada por rins. Elevações nos níveis de ureia do sangue, como mostrado nos 2 exames laboratoriais do paciente, são um sinal de mau funcionamento dos rins (CYSNE, e col.,2016). Tabela 2 – Classificação da pressão arterial para indivíduos maiores de 18 anos. Fonte: Manual de dietoterapia e avaliação nutricional: serviço de nutrição e dietética do instituto do coração, pag.53. (POTASSIO) 3.3.2 Fármacos Quadro 2: Fármacos utilizados pelo paciente, Osasco, 2021. Droga (princípio ativo) Indicação Efeitos colaterais Interação nutricional (droga-nutriente) Furosemida Edema (na insuficiência cardíaca congestiva, cirrose do fígado, doença renal); hipertensão arterial (tratamento adjunto, com outros anti-hipertensivos). Barulho nos ouvidos; descontrole de eletrólitos (sódio, potássio, cloreto); queda de pressão ao se levantar; sensibilidade a luz; tontura. pode aumentar a toxicidade de: lítio. Hidrocortisona Asma brônquica; colite ulcerativa; doença do colágeno; edema angioneurótico (angioedema); inflamação grave; insuficiência suprarrenal; pênfigo; reação alérgica grave. SISTEMA NERVOSO CENTRAL: euforia; insônia. GASTRINTESTINAL: úlcera no estômago. Não interage com alimentos. Sinvastatina Hiperlipidemia (para a redução dos níveis elevados de colesterol total e LDL-colesterol em pacientes com hipercolesterolemia primária; hipercolesterolemia combinada e hipertrigliceridemia, quando a hipercolesterolemia for a anormalidade mais preocupante). GASTRINTESTINAL: náusea, vômito. não ingerir bebida alcoólica. Lanzoprazol Esofagite de refluxo; síndrome de Zöllinger-Ellison; úlcera de estômago; úlcera de duodeno. GASTRINTESTINAL: diarreia. SISTEMA NERVOSO CENTRAL: dor de cabeça. Não interage com alimentos. Dipirona é indicado como antitérmico (para febre) e analgésico (para dor). Distúrbios cardíacos (Síndrome de Kounis), choque anafilático, anemia aplastica, leucopenia, lesões inflamatórias, reações hipotensivas, entre outros. Não interage com alimentos. Fonte: HELDT e LOSSA, 2013; MedicinaNET,2021. 3.4 Evolução Nutricional 3.4.1 Avaliação do Estado Nutricional Foi avaliado através da coleta de medidas antropométricas que estão demonstradas a seguir: Quadro 3: Avaliação do estado nutricional. Osasco, 2021. Avaliação 5/02/2020 (* Data da 1º avaliação – ADMISSÃO) 21/02/2020 (*Data da 2º avaliação) Peso Atual Aferido ou estimado 61,11 kg 58,25 kg Peso Habitual ------------------------------ -------------------------------- Altura (Referida/Medida ou estimada) 1,53 m. 1,53 m. IMC/ Classificação eutrofia eutrofia Circunferências Classificação CB: 28mm Desnutrição moderada CB: 27mm Desnutrição grave AJ: 46 cm AJ: 46 cm CP: 29cm CP: 28 cm Desnutrição grave DCT: 29 mm 28 mm Desnutrição moderada CMB: 18,9 18,21 AMBC: 18,42 16,40 Apresenta-se acamado FA = 1,2 FI = 1,1 Altura estimada: (CHUMLEA e col., 1988) Homens: [2,02 x comprimento da perna] – [0,04 x idade] + 64,19 [2,02x46] - [0,04x84] +64,19 92,92 – 3,36 + 64,19 89,56+64,19 153,75 cm 153,75 / 100 A = 1,53m. Peso estimado: (CHUMLEA e col., 1985) 1ª avaliação: Idoso/ homem/ negro= [AJ x 0,44] + [CB x 2,86] – 39,21 [46 x 0,44] + [28 x 2,86] – 39, 21 20,24 + 80,08 – 39,21 100,32 – 39,21 P= 61,11 2ª avaliação: Idoso/ homem/ negro= [AJ x 0,44] + [CB x 2,86] – 39,21 [46 x 0,44] + [27 x 2,86] – 39,21 20,24 +77,22 – 39,21 97,46 – 39,21 = 58,25 IMC (Kg/m²) = PESO (kg) / (ALTURA m) ² = 61,11/ (1,53x1,53) 61,11/ 2,34 26,12 IMC (Kg/m²) = 58,25 / 2,34= 24,89 Segundo os pontos de corte de Lipschitz, 1994, os indivíduos são classificados como baixo-peso com IMC < 22kg/m²; eutrofia, IMC entre 22kg/m² e 27kg/m²; e obesidade IMC > 27kg/m². CMB CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO DA 1° CONSULTA: 1ª avaliação: CMB cm= CB cm – π x DCT mm/ 10 28 – 3,14 x 29/10 28- 3,14 X 2,9 28 – 9,86 18,14 2ª avaliação: CMB cm= CB cm – π x DCT mm/ 10 27 – 3,14 x 28/10 % Adequação 18,9 x100 21,5 87,9% AMBC ARÉA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA 1° CONSULTA: AMBC (mm²) = [CB – (π x DCT)] ² - 10,0 4 π [28- 9,106] ² - 10,0 4 π 356,98 – 10/12,56 = 18,42 AMBC ARÉA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA 2° CONSULTA: AMBC (mm²) = [CB – (π x DCT)] ² - 10,0 4 π [27 – 8,79] ² - 10 4 π 331,604 -10 / 12,56 = 16,40 Adequação da CB %= CB obtida x 100 CB percentil 50 16,4 x 100 23,7 69,19 % Adequação da DCT %= DCT obtida x 100 DCT percentil 50 2,8 x 100 6,6 42,42% No ambiente hospitalar, a desnutrição é um grande desafio para os nutricionistas e depende de vários fatores. Desta forma, a atenção dos sinais iniciais é essencial, o que pode levar a uma fase clínica óbvia do risco nutricional ou desnutrição (Lima e col., 2018). Tabela 3: Avaliação do estado muscular, segundo percentis. Fonte: Frisancho, 1990 3.5 Diagnóstico Nutricional 3.6 Avaliação Dietética Realizado recordatório 24 horas, para coleta de dados de ingestão alimentar habitual. Desta forma foi avaliado conforme o recordatório 24 horas, de acordo com o Quadro 4. Quadro 4: Recordatório 24 horas paciente. Osasco, 2021. REFEIÇÃO ALIMENTO Desjejum Um copo americano de café com leite integral com uma colher de sobremesa de açúcar dois pães francês com margarina – duas pontas de faca Colação Uma banana Almoço 2 colheres de servir de arroz branco Meia concha média de feijão Dois pedações médios de linguiça de porco Um prato de sobremesa de agrião. Duas colheres de sopa cheia de vagem refogada Um copo grande de coca cola, Lanche da Tarde Um copo grande de leite integral ½ pão francês com uma ponta de faca de margarina Jantar Igual ao almoço Ceia Um copo grande de leite integral com uma colher de açúcar Quadro5: Adequação de macronutrientes, Osasco ,2021. Macronutrientes Necessidades Recomendadas (Dieta ideal) Valor do cardápio paciente (habitual) % Adequação CALORIAS 1584kcal PTN (g) 15% 34,58g CHO (%) 70% 65,8% LIP (%) 15% 25,6% FIBRAS 30g 12,22g Fonte: Dietbox, 2021. Quadro 6: Adequação de micronutriente, Osasco ,2021. Micronutrientes Necessidades Recomendadas (Dieta ideal) RDA/ AI Valor do cardápio paciente (habitual) % Adequação CÁLCIO 1200mg 495,77mg 41,3% FERRO 8mg 10mg 125% SÓDIO 2300mg 2053mg 89,3% POTÁSSIO 4700mg 1077mg 22,9% VITAMINA A 900mcg 530mcg 58,9% VITAMINA C 90mg 53mg 5,9% VITAMINA E 15mg 7,95mg 53% Fonte: Dietbox, 2021 3.7 Hábitos Alimentares Paciente fictício, sendo assim, partindo desse pressuposto não foi possível realizar a coleta de informações sobre hábitos alimentares, tabus, alergias, intolerâncias ou aceitação de determinados alimentos, assim como a verificação de mudança no hábito alimentar após a instalação das comorbidades apresentadas e seus sintomas. 3.8 Recomendações dietoterápicas Peso utilizado (estimado): 58,25 FA: 1,2 Acamado (Harris Benedict, 1919) FI: 1,1 Homem GEB = 66,5 + (13,7 x P) + (5 x A) - (6,8 x I) 66,5 + (13,7 x 58,25) + (5 x 153) – (6,8 x 84) 66,5 + 798,02 + 765 - 571,2 864,52 + 765 – 571,2 1629,52 – 571,2 1058,32 GET (Kcal/dia) = GEB x fator de atividade x fator de estresse (somente em caso de doença) 1058,32 x 1,2 x 1,1= 1397 kcal Distribuição de Macronutrientes: 45-65% CHO, 20-35% Lipídeos, 10-35% Proteínas (DRI’s, 2005) Distribuição de Micronutrientes: Cálcio: 1200mg. (DRI’s, 2005) Ferro: 8mg/dia. (DRI’s, 2005) Magnésio: 320mg/dia. (DRI’s, 2005) Sódio: 1200g/dia. (DRI’s, 2005) Potássio: 1,5 a 2,5g/dia. (Chemin Dan, 2009) Vitamina A: 700ug/dia. (DRI’s, 2005) Vitamina C: 75mg/dia. (DRI’s, 2005) Vitamina D: 10ug/dia. (DRI’s, 2005) Tiamina: 1,1mg/dia. (DRI’s, 2005) 3.9 Prescrição Dietoterápica Via de acesso: oral Dieta: Hipossódica - Para o controle hipertensivo. Consistência: Pastosa - Com a proposta de reduzir o esforço da mastigação. Fracionada: 5-6x\dia Energia: Normocalórica Proteínas: Normoprotéica - Manter a síntese adequada de massa magra, sem comprometer os rins da paciente. Carboidratos: Normoglicêmica – Optar pelos complexos ricos em fibras. Lipídios: Hipolipídica – Com restrição de ácidos graxos saturados, preferência por monoinsaturados e poli-insaturados, e utilizar TCM como parte da oferta lipídica. Fibra: 30g/dia sendo 5g de fibra solúvel – Para o fornecimento adequado do controle glicêmico e do bom funcionamento digestivo. Orientações: - Ofertar frutas e verduras fontes de vitaminas e minerais, visando o consumo de alimentos antioxidantes e compostos bioativos presentes nos alimentos. - Utilizar alimentos bem cozidos, macios/moles, amassados/purês, moídos/desfiados. (RECOMENDAÇÕES DE ALTA) Quadro 7- Recomendações dietéticas para controle da hipertrigliceridemia. Preferir Consumir com moderação Ocasionalmente em pouca quantidade Cereais Grãos integrais Pães, bolos, massas e biscoitos refinados e cereais açucarados Pães doces, bolos, tortas e croissants Vegetais Vegetais crus - Vegetais preparados na manteiga ou creme Legumes Todos - - Frutas Frescas e congeladas Frutas secas, compotas, geleias e sorvetes - Doces e adoçantes Adoçantes não calóricos Mel, chocolates e doces Bolos e sorvetes Carnes e peixes Peixe magro e oleoso, frango sem pele Cortes de carne bovina magra, carne de porco e frutos do mar Salsichas, salame, toucinho, costelas e vísceras Alimentos lácteos e ovos Leite e iogurtes desnatados, clara de ovo Leite semidesnatado, queijos brancos e derivados magros Queijos amarelos e cremosos, gema de ovo, leite e iogurtes integrais Molhos para temperar e cozinhar Vinagre, molhos artesanais com ervas e azeite de oliva Óleos vegetais, margarinas leves, molhos de salada, maionese Manteiga, margarinas solidas, gorduras de porco e trans, óleo de coco Nozes e sementes todas Coco Preparo dos alimentos Grelhados, cozidos e no vapor Assados e refogados fritos Fonte: AQUINO, PHILIPPI,2016. 3.10 Hospital Quadro 8: Alimentação oferecida no Hospital. Osasco, 2021. REFEIÇÃO ALIMENTO Desjejum Um copo (200ml) de café com leite desnatado com adoçante Um pão de leite com margarina – uma ponta de faca Colação Um copo (200ml) vitamina de fruta – leite desnatado com maçã Almoço 4 colheres de sopa de arroz papa Meia concha média de caldo de feijão 2 colheres de sopa de carne moída refogada 2 colheres de sopa de purê de batata 2 colheres de sopa de cenoura refogada Uma unidade média de pera cozida Um copo (200ml) suco de limão com adoçante Lanche da Tarde Um copo (200ml) de café com leite desnatado com adoçante 1 pão de leite com uma ponta de faca de margarina Jantar 4 colheres de sopa de arroz papa Meia concha média de caldo de feijão 2 colheres de sopa de peito de frango desfiado refogado 2 colheres de sopa de purê de mandioquinha 2 colheres de sopa de abobrinha refogada Uma unidade média de banana prata cozida Um copo (200ml) suco de limão com adoçante Ceia Um copo (200ml) de café com leite desnatado com adoçante 2 unidades de bolacha água e sal Fonte: Estudo de caso Calcular o cardápio (Anexo I) Quadro 9: Adequação de cardápio hospital. Osasco, 2021. Macronutrientes Necessidades Recomendadas (Dieta ideal) Valor do cardápio aceito pelo paciente % Adequação Calorias (kcal) 1953,70kcal Proteínas 15% 13,74% Carboidratos 70% 73,17% Lipídios 15% 13,09% Fibra alimentar 30g 39,15g Fonte:Dietbox, 2021 Quadro 10: Adequação de cardápio hospital. Osasco, 2021. Micronutrientes Necessidades Recomendadas (Dieta ideal) RDA/ AI Valor do cardápio paciente (Hospital) % Adequação Vitamina A 900mcg 1689mcg Vitamina C 90mg 252,24mg Vitamina E 15mg 4,25mg Cálcio 1200mg 1103mg Ferro 8mg 21,32mg Sódio 2300mg 1280mg Potássio 4700mg 3453,74mg Fonte:Dietbox, 2021 3.11 Orientação Nutricional de Alta 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAMCZUK, Beatriz; VILLELA, Edlaine. A luta contra o AVC no Brasil. ComCiência, Campinas, ed. 109, 2009. Disponível em: http://comciencia.scielo.br/pdf/cci/n109/a02n109.pdf. Acesso em: 12 abr. 2021. AQUINO, R.D.C.D.; PHILIPPI, S.T. Nutrição Clínica: Estudos de Casos Comentados. [Digite o Local da Editora]: Editora Manole, 2016. 9788520445143. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520445143/. Acesso em: 12 Apr 2021 BENSENOR, Isabela M. et al. Prevalência de acidente vascular cerebral e de incapacidade associada no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde - 2013. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, São Paulo, v. 73, n. 9, p. 746-750, set. 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/anp/v73n9/0004-282X-anp-73-9-0746.pdf. Acesso em: 12 Apr 2021 CYSNE, A.C et al. Manual de Exames Laboratoriais de rede SUS - BH. [S. l.]: Secretaria Municipal de Saúde, Belo Horizonte, 2016. 108 p. v. 1. Disponível em: https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura governo/saude/2018/documentos/Laboratorios/manual_exames_laboratoriais_rede_SUS-BH.pdf. Acesso em: 14 Apr. 2021. FRISANCHO, A.R. New norms of upper limb fat and muscle areas for assessment of nutritional status. American Journal of Clinical Nutrition, Bethesda, 1984. Acesso em 12 de Apr de 2021. HARRIS JA, BENEDICT FG. Biometric studies of basal metabolism in man. Washington, DC: Carnegie Institute of Washington, 1919. Acesso em: 10 de Apr de 2021. ISOSAK, Mitsue, CARDOSO, Elisabeth, OLIVEIRA, Aparecida de Manual de dietoterapia e avaliação nutricional: serviço de nutrição e dietética do instituto do coração- HCFMUSP- 2 ed. São Paulo-SP: Editora Atheneu, 2009 LIMA, RSM; DE, MCM; JULIO, T. Avaliação Nutricional - Teoria e Prática, 2ª edição. Grupo GEN, 2018. 9788527733694. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527733694/. Acessoem: 15 abr 2021 MALHEIROS, E.; KENJI, M.; ALAMINO, S. 49 Perguntas sobre AVC.:Editora Manole, 2017. 9788578683207. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788578683207/. Acesso em: 12 Apr 2021 TACO Tabela Brasileira de Composição de Alimentos, 2011. Disponível em: https://www.cfn.org.br/wpcontent/uploads/2017/03/taco_4_edicao_ampliada_e_revisada.pdf. Acesso em 10 Apr 2021. TBCA Tabela Brasileira de Composição de Alimentos, 2020. Disponível em: http://www.tbca.net.br/. Acesso em 10 Apr 2021. ZUKERMAN, E.; BRANDT, R.A.; COELHO, F.M.S.; PIERI, A.; ALVE Acidente Vascular Cerebral: Protocolos Gerenciados do Hospital Israelita Albert Einstein. [Digite o Local da Editora]: Editora Manole, 2009. 9788520441756. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520441756/. Acesso em: 12 Apr 2021. ANEXOS Anexo 1- Cardapio oferecido no hospital, Osasco, 2021. Fonte: Dietbox Análise qualitativa da alimentação usual do paciente GRUPO ALIMENTAR RECOMENDAÇÕES (Porção) PORÇÕES CONSUMIDAS CEREAIS, RAÍZES E TUBÉRCULOS 5-9 porções 6 porções HORTALIÇAS (verduras e legumes) 4-5 porções 4 porções FRUTAS 3 porções 1 porções LEGUMINOSAS 1 porção 2 porções CARNES E OVOS 2 porções 2 porções LEITE E DERIVADOS 3 porções 4 porções ÓLEOS E GORDURAS 1-2 porções 4 porções AÇÚCARES E DOCES 1-2 porções 1 porções Fonte: (PHILIP, S.T, et al., 1999). Análise quantitativa da alimentação usual do paciente OBS: Para preencher essa tabela é necessário calcular o DIA ALIMENTAR HABITUAL do paciente NUTRIENTES NECESSIDADE NUTRICIONAL CONSUMO USUAL % ADEQUAÇÃO CLASSIFICAÇÃO CALORIAS 1676kcal 1584kcal 94,5% ( x ) Adequado () Inadeq. PTN (g) 64g 34,58g 54,03% ( ) Adequado (X) Inadeq. CHO (%) 60% 65,8% 109,6% (x) Adequado ( ) Inadeq. LIP (%) 25% 25,6% 102,4% (x) Adequado () Inadeq. FIBRAS 30g 12,22g 40,7% ( ) Adequado (X) Inadeq. CÁLCIO 1200mg 495,77mg 41,3% ( ) Adequado (X) Inadeq. FERRO 8mg 10mg 125% (x) Adequado () Inadeq. SÓDIO 2300mg 2053mg 89,3% (x ) Adequado () Inadeq. POTÁSSIO 4700mg 1077mg 22,9% ( ) Adequado (X) Inadeq. VITAMINA A 900mcg 530mcg 58,9% ( ) Adequado (x) Inadeq. VITAMINA C 90mg 53mg 5,9% ( ) Adequado (X) Inadeq. VITAMINA E 15mg 7,95mg 53% ( ) Adequado (X) Inadeq. Fonte: DRI homens maiores de 70 anos Cálculo do DIA ALIMENTAR HABITUAL Fonte: Dietbox, 2021
Compartilhar