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CAPÍTULO 2 Estrutura Cristalina � 2.1 Sistemas Cristalinos � 2.2 Estrutura CCC � 2.3 Estrutura CFC � 2.4 Estrutura HC � 2.5 Estruturas Cristalinas dos Metais � 2.6 Alotropia e Polimorfismo � 2.7 Pontos � 2.8 Direções Cristalográficas � 2.9 Planos Cristalográficos � 2.10 Densidade Linear e Planar � 2.11 Monocristais � 2.12 Materiais Policristalinos � 2.13 Anisotropia 2.1 Sistemas Cristalinos � Um material cristalino é aquele em que os átomos estão posicionados em um arranjo repetitivo; � Os materiais que não se cristalizam são chamados materiais amorfos; � Algumas das propriedades dos sólidos dependem da estrutura cristalina. 2.1 Sistemas Cristalinos Figura 2.1 – Comparação esquemática da estrutura em escala atômica de (a) uma cerâmica (cristalina) e (b) um vidro (não-cristalina). 2.1 Sistemas Cristalinos Figura 2.2 – Distribuição de átomos no espaço. 2.1 Sistemas Cristalinos Existem sete combinações diferentes que representam um sistema cristalino distinto: � cúbico, � tetragonal, � ortorrômico, � monoclínico, � triclínico, � hexagonal, � romboédrico. Figura 2.3 – Célula unitária com os eixos coordenados e os ângulos entre os eixos. As 14 redes de Bravais Dos 7 sistemas cristalinos podemos identificar 14 tipos diferentes de células unitárias, conhecidas com redes de Bravais. 2.2 Estrutura CCC Figura 2.4 – Estrutura CCC. A) Célula unitária por meio de esferas rígidas; B) Célula unitária com esferas reduzidas; C) Agregado de átomos. A B C 2.3 Estrutura CFC Figura 2.5 – Estrutura CFC. A) Célula unitária por meio de esferas rígidas; B) Célula unitária com esferas reduzidas; C) Agregado de átomos. A B C 2.4 Estrutura HC Figura 2.6 – Estrutura HC. A) Célula unitária com esferas reduzidas; B) Agregado de átomos. A B 2.4Estrutura HC Figura 2.7 – Estrutura HC. 2.4 Estrutura HC Figura 2.8 – Estruturas cristalinas para o alumínio e o magnésio. 2.4 Estrutura HC Figura 2.9 – Comportamento mecânico sob tração do (a) alumínio (relativamente dúctil) e (b) magnésio (relativamente frágil) resultantes da diferença de estruturas. 2.5 Estruturas Cristalinas dos Metais Tabela 2.1 - Estrutura cristalina dos principais metais puros. Urânio: estrutura ortorrômbica; Polônio α: se cristaliza com estrutura cúbica simples. 2.5 Estruturas Cristalinas dos Metais � Número de coordenação: o número de vizinhos mais próximos de um átomo em uma determinada estrutura; � Fator de empacotamento atômico (FEA): grau de ocupação de uma célula unitária, definido da seguinte maneira: (Eq 2.1) Exercício 2.1 Qual o número de coordenação das estruturas: A) CCC: B) CFC: C) HC: Exercício 2.2 Calcule o volume de uma célula unitária CFC em termos do raio atômico R. Exercício 2.3 Qual o fator de empacotamento da estrutura CFC. Resumo para o sistema cúbico Átomos Número de Parâmetro Fator de por célula coordenação de rede empacotamento CS 1 6 a=2R 0,52 CCC 2 8 a=4R/(3)1/2 0,68 CFC 4 12 a=4R(2)1/2 0,74 2.6 Alotropia e Polimorfismo � Alotropia: elementos com diferentes estruturas cristalinas no estado sólido; � Polimorfismo: substância composta com diferentes estruturas cristalinas no estado sólido; � Estas mudanças de estruturas geralmente ocorrem em função de variações de temperatura e pressão. 2.6 Alotropia e Polimorfismo Tabela 2.2 – Materiais alotrópicos. 2.6 Alotropia e Polimorfismo � Na temperatura ambiente, o Ferro têm estrutura CCC, número de coordenação 8, fator de empacotamento de 0,68 e um raio atômico de 1,241Å. � A 910°C, o Ferro passa para estrutura CFC, número de coordenação 12, fator de empacotamento de 0,74 e um raio atômico de 1,292Å. � A 1394°C o ferro passa novamente para CCC. Alotropia do ferro 2.6 Alotropia e Polimorfismo Estanho Outro material que ocorre mudança alotrópica é o estanho. O estanho branco (ou β) possui estrutura cristalina tetragonal de corpo centrado à temperatura ambiente, mas se transforma, a 13,2ºC, no estanho cinza (ou α) que possui estrutura semelhante à do diamante. Figura 2.10 – Alotropia do estanho. 2.6 Alotropia e Polimorfismo Estanho � A taxa de transformação do estanho é lenta, entretanto quanto menor a temperatura mais rápida é a taxa de transformação; � A alotropia do estanho é acompanhada por aumento do volume (27%); � Essa expansão resulta na desintegração do metal estanho branco em um pó grosseiro do alótropo cinza; � Em sub ambientes normais, não é preciso se preocupar com esse processo, devido à taxa extremamente lenta na qual a transformação ocorre. Figura 2.11 – Amostra de estanho branco (esquerda) e de outra amostra desintegrada devido a sua transformação em estanho cinza (direita). 2.6 Alotropia e Polimorfismo Estanho Em 1850 o inverno na Rússia teve temperaturas mínimas durante longos períodos de tempo. Isto provocou alguns problemas, conhecido como a “doença do estanho”: � os uniformes de alguns soldados russos que tinham botões de estanho foram esmigalharam; � o mesmo ocorreu com muitos tubos de estanho em órgãos de igrejas. 2.7 Pontos Figura 2.12 – Localização dos pontos na célula unitária. 2.8 Direções Cristalográficas � Os três números (a, b e c) são multiplicados ou divididos por um fator comum, para reduzi-los aos menores valores inteiros; � A representação é feita entre colchetes [u v w], sem vírgulas; � Índices negativos são representados com uma barra sobre o índice [ ].111 Figura 2.13 – Direções no interior de uma célula unitária. Exercício 2.4 Determine os índices para a direção mostrada na figura. Exercício 2.5 Esboce uma direção [ ] no interior de um célula unitária. 011 2.9 Planos Cristalográficos Os planos são especificados por índices de Miller (hkl). Procedimento: � Se o plano passa pela origem selecionada, um outro plano paralelo deve ser construído mediante translação ou uma nova origem deve ser estabelecida no vértice de uma outra célula unitária; � O plano cristalográfico ou interceptará cada um dos três eixos ou será paralelo a algum dos eixos, determinando os comprimentos de a, b, c; � Os valores inversos desses números são calculados. Um plano que é paralelo a um eixo pode ser considerado como tendo uma interseção no infinito, tendo índice igual a zero; � Se necessário, esses três números são modificados para o conjunto de menores números inteiros; � Os índices inteiros, não separados por virgulas, são colocados entre parênteses obtendo (h k l); � Uma interseção no lado negativo é indicada por uma barra sobre o índice. 2.9 Planos Cristalográficos Figuras 2.14 – Planos cristalográficos. 2.9 Planos Cristalográficos Figura 2.15 – Nova origem no planos cristalográficos. 2.9 Planos Cristalográficos Figuras 2.16 – Série de planos cristalográficos PLANOS DE MAIOR DENSIDADE ATÔMICA NO SISTEMA CCC � A família de planos {110} no sistema ccc é o de maior densidade atômica PLANOS DE MAIOR DENSIDADE ATÔMICA NO SISTEMA CFC � A família de planos {111} no sistema cfc é o de maior densidade atômica 2.10 Densidade Linear e Planar numero de atomos centrados no vetor direçaoDL comprimento do vetor direçao = (Eq 2.2) (Eq 2.3) numero de atomos no planoDP area do plano = Exercício 2.6 Determine a densidade linear na direção [110] e a densidade planar (110) da estrutura cristalina CFC. 1 12 1 [ , ,...] 4 2 atomosDL m nm R R − − = = 2 2 2 2 2 2 1 [ , ,...] 4 .2 2 8 2 4 2 atomosDP m nm R R RR − − = = = 2.11 Monocristais � Quando um arranjo periódico é repetido e perfeito, sem interrupções, o resultado é um monocristal; � Os monocristais existem na natureza (algumas pedras preciosas que assumem a forma geométrica retangular), mas eles também podem ser produzidos artificialmente. Figura 2.17 – Seqüência de empilhamento. 2.12 Materiais Policristalinos Figura 2.18 – Grão e contorno de grão. Figura 2.19 - Desenho Esquemático de uma amostra Policristalina. 2.12 Materiais Policristalinos 2.12 Materiais Policristalinos Figura 2.20 – Contorno de grão. 2.12 Materiais Policristalinos Figura 2.21 – Grãos presentes no aço. 2.12 Materiais Policristalinos Figura 2.22 – Nucleação dos grão. 2.12 Materiais Policristalinos Contornos de grãos � Há um empacotamento ATÔMICO menos eficiente; � Favorece a difusão; � O contorno de grão ancora o movimento das discordâncias. 2.13 Anisotropia � Quando as propriedades físicas de algumas substâncias dependem da direção cristalográfica na qual as medições são feitas. � As substâncias em que as propriedades medidas são independentes da direção são isotrópicas. Tabela 2.3 – Valores do módulo de elasticidade na mudança de orientação cristalográfica.
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