Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sistemas Dispersos Géis e Magmas Profa. Msc. Iluska Martins Pinheiro Disciplina Farmacotécnica II 1. Introdução Conceito. ➢ Sistemas semissólidos constituídos por dispersões de pequenas partículas inorgânicas ou de grandes moléculas orgânicas interpenetradas por um líquido. ➢ Sistemas semirrígidos, em que o movimento da fase dispersa é restrito por uma rede tridimensional entrelaçada de partículas ou macromoléculas solvatadas da fase dispersa. 1. Introdução Filamentos entrelaçados Forças de wan der Waals Formar regiões cristalinas e amorfas no sistema Goma adragante e CMC 1. Introdução Por quê? Os componentes podem não estar dispersos molecularmente de forma completa (solúvel ou insolúvel) ou então formar agregados que dispersam a luz. Aspecto dos géis Turvos Transparentes 1. Introdução Gel monofásico X Gel bifásico Os Géis e Magmas são considerados dispersões coloidais por conterem partículas de dimensão coloidal. Dimensão coloidal: 1nm a 0,5 μm. Macromoléculas são distribuídas de tal maneira que não haja limites aparentes entre elas e o líquido. O gel é constituído de pequenas partículas distintas. Também chamado de Magma. 2. Diferença entre sistema coloidal e soluções verdadeiras Nas dispersões coloidais, o tamanho das partículas da fase dispersa são maiores. Propriedades ópticas: as soluções verdadeiras não espalham luz e, por isso, mostram-se transparentes, mas as dispersões coloidais contêm partículas opacas que espalham a luz e, por conseguinte, são turvas. 3. Dispersões coloidais Sol: Dispersão coloidal de uma substância sólida em meio líquido, sólido ou gasoso. Mais comumente usado para indicar um sistema disperso sólido—líquido. Hidrossol X Alcossol: de acordo com meio dispersante. Aerossol: termo empregado para indicar a dispersão de um sólido ou líquido em uma fase gasosa. 3. Dispersões coloidais ATENÇÃO!!! Tamanho da partícula NÃO é o único critério importante para se estabelecer o estado coloidal. 3. Dispersões coloidais ➢ A NATUREZA da fase dispersante é também muito importante! A existência ou não de atração entre a fase dispersa e a fase dispersante influencia a facilidade de preparação e o caráter da dispersão. 3. Dispersões coloidais Liofílico x Liofóbico Amido é liofílico em relação à água e liofóbico em relação ao álcool. Liofílico: a fase dispersa interage bastante com o meio dispersante. Liofóbico: se o grau de atração da fase dispersa pelo meio dispersante é pequeno, ou sem afinidade pelo solvente. 3. Dispersões coloidais Hidrofílico x Hidrofóbico Em termos gerais, devido à atração que as substâncias liofílicas têm pelo solvente, os sistemas coloidais liofílicos costumam ser mais fáceis de preparar e tem mais estabilidade que os liofóbicos. 3. Dispersões coloidais Sol Aerossol Sol coloidal, coloide de associação ou anfifílico: formado pelo agrupamento ou pela associação de moléculas que apresentam propriedades liofílicas e liofóbicas. 4. Um pouco mais sobre... COLÓIDES LIOFÍLICOS São constituídos de moléculas orgânicas grandes, capazes de ser solvatadas ou associadas a moléculas da fase dispersante. Essas substâncias se dispersam logo que são acrescidas ao meio, formando dispersões coloidais. 4. Um pouco mais sobre... COLÓIDES LIOFÍLICOS Conforme mais moléculas são adicionadas ao sol, a viscosidade aumenta, e quando a concentração de moléculas é suficientemente alta, o sol líquido pode transformar-se em semissólido ou dispersão sólida, passando a chamar-se gel. Mudança na temperatura – pode fazer o gel retomar seu estado sol ou líquido. Agitação - pode fazer o gel tornar-se fluido, reassumindo seu estado sólido ou semissólido somente depois de ficar algum tempo em repouso (tixotropia). 4. Um pouco mais sobre... COLÓIDES LIOFÓBICOS ➢ São em geral compostos de partículas inorgânicas. ➢ Quando adicionadas à fase dispersante existe pouca ou nenhuma interação entre as fases. ➢ Ao contrário dos colóides liofílicos, os materiais liofóbicos não se dispersam de forma espontânea, mas devem ser estimulados. Sua adição à fase dispersante não afeta grandemente a viscosidade do veículo. 4. Um pouco mais sobre... Colóides anfifílicos Formam dispersões tanto em meio aquoso quanto em não aquoso. Dependendo de seu caráter e da natureza da fase dispersante, podem ou não se tornar solvatados. No entanto, costumam aumentar a viscosidade do meio de dispersão quando sua concentração é elevada. 4. Um pouco mais sobre... Colóides Colóides naturais: Goma arábica. Se dispersam espontaneamente quando acrescidos ao meio dispersante. Colóides artificiais: Exigem métodos especiais para dispersão. Necessitam da pulverização das partículas grosseiras em moinho coloidal ou micropulverizador para atingir as dimensões coloidais ou então as partículas são formadas por reação química, sob condições altamente controladas. 5. Terminologia relacionada aos géis Terminologia Definição Embebimento É a captura de certa quantidade de líquido sem um aumento mensurável no volume. Intumescimento É a captura de um líquido por um gel com aumento de volume. Somente líquidos que solvatem um gel podem causar intumescimento. É influenciado pelo pH e pela presença de eletrólitos. Sinerese Ocorre quando a interação entre as partículas da fase dispersa torna-se tão grande que, em repouso, o meio de dispersão é comprimido e o gel se contrai. É uma forma de instabilidade de géis aquosos e não aquosos. Tixotropia É uma formação gel-sol reversível sem mudança no volume ou na temperatura, um tipo de fluxo não-newtoniano. Xerogel É formado quando líquido é removido de um gel e apenas a rede molecular permanece. 6. Classificação e tipos de géis 7. Preparação de magmas e géis VÍDEO https://www.youtube.com/watch?v=6Z2DsaKHcZY https://www.youtube.com/watch?v=oiayq1Jtigo 8. Exemplos de agentes gelificantes Goma arábica Ácido algínico Bentonita Carbômero CMC sódica Álcool cetoestearílico Dióxido de silício coloidal Etilcelulose Gelatina Goma guar Hidroxietilcelulose Hidroxipropilmetilcelulose Silicato de alumínio e magnésio Maltodextrina Goma adragante Goma xantana 9. Considerações sobre a formulação de géis Nas preparações de géis, os polímeros em pó, quando adicionados à água, podem formar géis temporários, que reduzem a velocidade de dissolução. Visto que a água se difunde para dentro dos grumos, o seu exterior é com frequência constituído por partículas solvatadas que envolvem o pó seco. Os grumos de gel dissolvem-se muito lentamente devido à alta viscosidade e ao baixo coeficiente de difusão das macromoléculas. 9. Considerações sobre a formulação de géis Soluções de polímeros tendem a formar géis, porque o soluto consiste em cadeias moleculares flexíveis e longas que costumam mostrar-se emaranhadas, atraídas umas pelas outras por forças de valência secundárias e mesmo cristalizar. A reticulação de moléculas de polímero também leva à formação do estado gel. 10. Exemplos de géis e magmas Gel de ácido fosfórico e fluoreto de sódio – profilático da cárie. Gel de tretinoína – tratamento da acne; renovação celular epidérmica. Gel tópico de peróxido de benzoíla e eritromicina – tratamento da acne vulgar. Gel de hidróxido de alumínio – antiácido estomacal. Magma de bentonita – agente suspensor, pH alcalino (pH = 7). 11. Leite de magnésia Formulação: Hidróxidode magnésio 7-8,5% Preparo: reação entre hidróxido de sódio e sulfato de magnésio 2NaOH + Mg SO4 Mg(OH)2 + Na2SO4 MgO + H2O Mg(OH)2 Referências ALLEN Jr., L.V., POPOVICH, N. G., ANSEL, H. C.; Formas farmacêuticas & sistemas de liberação de Fármacos. 9° edição. São Paulo: Artmed, 2013. https://www.youtube.com/watch?v=6Z2DsaKHcZY https://www.youtube.com/watch?v=oiayq1Jtigo
Compartilhar