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Nota promissória Resumo

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Nota promissória
CONCEITO: A nota promissória é uma promessa direta de pagamento do devedor ao credor. Constitui compromisso escrito e solene, pelo qual alguém se obriga a pagar a outrem certa soma em dinheiro. O emitente é o obrigado principal. Na nota promissória a relação cambiária se estabelece apenas entre duas pessoas: o emitente, devedor, que promete o pagamento ao beneficiário, que é o credor. O emitente da nota promissória é equiparado, para os efeitos legais, ao aceitante da letra de câmbio, pois no título ocupa a posição de devedor. A nota promissória não tem aceite, pois a simples assinatura do emitente o obriga ao pagamento, como ocorre com o aceitante da letra de câmbio. 
APLICAÇÃO DOS PRECEITOS DA LETRA DE CÂMBIO: Concernentes ao endosso, aval, vencimento, pagamento, direito de ação por falta de pagamento, pagamento por intervenção, cópias, alterações, prescrição, dias feriados, contagem de prazo e interdição de dias de perdão. 
REQUISITOS ESSENCIAIS: 
São requisitos essenciais, sem o que o título não será cambiário: 
a) denominação nota promissória inserida no próprio texto e expressa na língua empregada na redação do título; 
b) a promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada; 
c) o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga; 
d) a indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; 
e) a indicação da data em que a nota promissória é emitida; 
f) a assinatura de quem a emite (subscritor). 
A época do pagamento e a indicação do lugar em que foi passada não são requisitos essenciais, se a nota promissória não indicar a época do pagamento, será considerada pagável à vista; não indicando, de forma especial, o lugar onde o título foi emitido considera-se como tendo sido o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do subscritor; a que não contenha indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo sido no lugar designado ao lado do nome do subscritor. Não se admite a nota promissória ao portador. Desde que inscreveu entre os seus requisitos essenciais a necessidade de conter “o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga”. 
ACEITE DA NOTA PROMISSÓRIA: Não há aceite e sim visto. As notas promissórias pagáveis a certo termo de vista devem ser presentes ao visto dos subscritores nos prazos fixados até um ano após o saque da nota. O termo de vista conta-se da data do visto dado pelo subscritor. A recusa do subscritor a dar o seu visto é comprovada pelo protesto, cuja data serve de início ao termo de vista — acresce aquele dispositivo. 
Endosso: A nota promissória pode ser transferida por endosso em preto ou em branco, dado no verso do título ou em folha de extensão. Podendo ser feito pelo endossador ou seu mandatário especial e se apresentar nas espécies: Procuração (transfere a posse da letra mais não a disponibilidade do crédito), Caução (garantia de obrigação assumida), fiduciário (objeto de alienação fiduciária em garantia) e tardio (endosso posterior ao vencimento, tendo efeito de cessão ordinária de crédito). Tendo o efeito de vinculação do endossante à obrigação. O endossante que inserir cláusula não à ordem, objetiva proibir novos endossos e não garantirá o pagamento às pessoas a quem a nota for posteriormente endossada, com desrespeito a cláusula. Transfere-se o título, mas sem os efeitos cambiário do endosso. Se a cláusula for inserida pelo emitente a circulação do título por endosso fica vedada, Só sendo o título transmissível pela forma e com os efeitos de uma cessão ordinária de crédito. Considera-se não escrito o endosso riscado total ou parcialmente. 
Aval: O aval é a garantia de pagamento da letra de câmbio, dada por um terceiro ou mesmo por um de seus signatários, podendo ser dado de forma parcial ou total, nas modalidades em preto (indicando o avalizado) ou em branco (não indicando o avalizado, caso em que se presume em favor do sacador). A assinatura deve ser aposta na face anterior da letra, a não ser que se trate de assinatura do sacado ou do sacador, cujo aval pode ser dado em qualquer parte do título. A simples assinatura, aposta no anverso da letra de câmbio, será considerada como aval, notadamente quando esta assinatura não é nem a do sacado nem a do sacador, se o aval for dado no verso precisa de indicação de que é aval. O aval será cancelado simplesmente riscando-o. O avalista fica coobrigado em relação ao portador nas condições em que assumiu, no caso do aval dado apenas a certo valor abaixo do total do título. O aval antecipado (dado em favor do sacado antes do visto) é permitido, não sendo atingido pela recusa do visto, permanecendo obrigado mesmo que este não seja dado. No caso de endosso é diferente, porque se o aval for dado antecipadamente e o endosso não se realizar, nenhuma obrigação se originou para o avalista do endossante. O aval não é atingido pela ineficácia da assinatura que ele garante mesmo que a obrigação garantida seja nula por qualquer outra razão que não um vício de forma. Avais em branco, dados sucessivamente obrigam individualmente cada signatário, independente da obrigação pelo outro assumida. Respondem só e pessoalmente pela integralidade da dívida.
Vencimento: Pode ser à vista (ocorre 12 meses a partir da data de emissão), a certo termo do visto (Ocorre 12 meses após a apresentação para visto da nota para demarcação de vencimento), a certo termo da data ou em dia certo (Ocorre no dia estipulado ou no prazo estipulado pelo sacador). A contagem do prazo será feita nas letras/ notas à certo termo de vista ou à certo termo de data o vencimento ocorre no último dia do prazo, não se contando o dia do aceite (vista no caso da nota promissória) da primeira ou o do saque da segunda. Faltando a data correspondente, em vista da variabilidade dos dias do mês, o vencimento será no último dia desse mês. Quando a letra é sacada a um ou mais meses e meio de data ou de vista, contam-se primeiro os meses inteiros; se o vencimento for fixado para o princípio, meado ou fim do mês, entende-se que a letra será vencível no primeiro, no dia quinze, ou no último dia desse mês; Quando uma letra é pagável em um dia fixo em lugar em que o calendário é diferente do lugar de emissão, a data do vencimento é considerada como fixada segundo o calendário do lugar de pagamento; quando uma letra sacada entre duas praças que adotam calendários diferentes é pagável a certo termo de vista, o dia da emissão é referido ao dia correspondente do calendário do lugar de pagamento, para o efeito da determinação da data do vencimento. O vencimento se dará antecipadamente quando: a) na hipótese de falta ou recusa de aceite; Falta ou recusa de vista no caso da NP. b) nos casos de falência do sacado, quer tenha aceito ou não, ou de ter sido promovida, sem resultado, a execução de seus bens; c) na hipótese de falência do sacador de uma letra não aceita. O vencimento antecipado nenhuma influência tem sobre os demais obrigados, em caso de concordata preventiva. Ocorrendo qualquer desses eventos a letra torna-se exequível contra qualquer coobrigado.
Pagamento: A nota deverá ser apresentada para pagamento no dia do vencimento ou em um ou dois dias úteis seguintes. A letra deve ser apresentada ao sacado para o pagamento, no lugar designado e no dia do vencimento ou, sendo este dia feriado por lei, no primeiro dia útil imediato, sob pena de perder o portador o direito de regresso contra o sacador, endossadores e avalistas. Essa regra não se aplica, como já estudamos anteriormente, às letras à vista, as quais podem ser apresentadas ao pagamento a qualquer momento, dentro de um ano da data do saque, a não ser que o sacador haja determinado uma data a partir da qual se deva fazer a apresentação. O portador que não apresentar a letra para pagamento, seja qual for a modalidade de prazo de vencimento, na época determinada, perde em consequência o direito de regresso contra o sacador, endossadores e respectivos avalistas. O mesmo vale para o prazo do protesto por falta de visto ou de pagamento. 
Se o avalista se obrigoupor conta do sacador ou de um endossador, ele pode opor a decadência do direito do portador, como o fariam o sacador ou o endossador, ao passo que, se o avalista se obrigou por conta do sacado, ele não tem, como este, o direito de recusar o pagamento invocando a decadência do direito do portador. O sacado que pagou a letra pode exigir que ela lhe seja entregue, devidamente quitada. Como o portador, credor cambiário, é obrigado a exibir a letra, o devedor deve recusar o pagamento, se o credor não a exibir e nela não passar a quitação. O devedor, dessa forma, tira a letra de circulação, se for o aceitante ou o sacador, impedindo que lhe seja novamente exigido o pagamento por terceiro de boa-fé, em cujas mãos venha ela cair. De nada valeria a quitação em separado, que não poderia ser oposta a terceiro de boa-fé, estranho à relação de pagamento. A posse em mãos do devedor presume o pagamento. 
Essa presunção pode ser, todavia, elidida pela prova de que o título foi roubado ou extraviado quando em mãos do credor, cujo crédito não foi por ele recebido. É preciso, porém, ressaltar que o portador não pode recusar o pagamento que se lhe queira efetuar, seja total ou parcial, se for oferecido no dia do vencimento; mas o pagamento antecipado, seja total ou parcial, pode ser recusado. Aquele que paga a letra é obrigado a verificar a regularidade da sucessão dos endossos, mas não as assinaturas dos endossantes. O pagamento feito de boa-fé ao portador é liberatório, e se o título foi furtado, ao prejudicado resta apresentar queixa à autoridade policial, e, também, intentar ação de perdas e danos, para ressarcir-se do prejuízo. Na falta da indicação do lugar do pagamento, será o lugar designado ao lado do nome e o lugar do domicílio do sacado”. O devedor é demandado em seu domicílio. 
É faculdade do sacador indicação alternativa do lugar do pagamento, à opção do portador. Este escolheria, entre as várias indicações inseridas na letra, o lugar que mais lhe conviesse para a cobrança. Aquele que paga a letra antes do respectivo vencimento fica responsável pela validade desse pagamento. No caso de extravio da letra, no de falência do portador, ou de sua incapacidade, o síndico ou o curador podem exercer a oposição ao pagamento ao portador de má-fé, ao falido ou ao incapaz. O devedor, uma vez advertido pela declaração da oposição ao pagamento, perde a presunção de boa-fé, e se efetuá-lo pode ser compelido a pagar uma segunda vez. A oposição ao pagamento terá que ser dirigida ao devedor, de forma inequívoca, devendo ser feita por carta registrada endereçada ao sacado, ao aceitante e aos outros coobrigados. 
Em caso de extravio ou destruição da letra, o credor deve dar o aviso por carta registrada, que será levada aberta ao Correio, onde, verificada a existência do aviso, o funcionário postal declarará o conteúdo da carta no conhecimento e talão respectivos. Atualmente existe forma mais segura de se dar aviso pelo Oficial do Registro Público, de Títulos e Documentos, que devolve ao destinatário uma cópia certificada ao remetente, depois de feita a entrega do aviso ao devedor. O pagamento efetuado pelo aceitante ou pelos respectivos avalistas desonera da responsabilidade cambial os coobrigados. O avalista que pagou tem ação cambial para receber o que desembolsou, contra o aceitante. O pagamento feito pelo sacador, pelos endossadores ou respectivos avalistas desonera da responsabilidade os coobrigados posteriores. O endossador ou o avalista, que paga ao endossatário ou ao avalista posterior, pode riscar o próprio endosso ou aval e os dos endossadores ou avalistas posteriores. O pagamento por intervenção pode ocorrer por indicação do sacador, de um endossante ou de um avalista, quando indicam uma pessoa para em caso de necessidade aceitar ou pagar. Pode, também, ser um terceiro, ou mesmo o sacado ou uma pessoa já obrigada na letra. 
a) pode ocorrer quando o portador tem direito de ação à data do vencimento ou quando a lei admite o vencimento antecipado; 
b) deve abranger a totalidade da importância devida por honra de quem se realizar;
c) deve ser feito o mais tardar no dia seguinte ao último em que é permitido fazer o protesto por falta de pagamento. 
O portador pode recusar o pagamento parcial, por intervenção, pois o interveniente deve pagar a totalidade da soma devida; pode, ainda, recusar o pagamento da totalidade, mas, em consequência, perde o seu direito de ação contra aqueles coobrigados que teriam ficado desonerados. O pagamento por intervenção pode ser feito independentemente da ocorrência do protesto e deve ficar constatado por um recibo na letra que é entregue ao interveniente, indicando a pessoa por honra de quem foi concedido; na falta da indicação, presume-se que tenha sido feito a favor do sacador. O que paga por intervenção, muito embora seja sempre uma intervenção voluntária, fica sub-rogado nos direitos emergentes da letra contra aquele por honra de quem pagou e contra os que são obrigados para com este. 
Não pode, todavia, endossar de novo a letra. Quando houver o concurso de várias pessoas desejando pagar por intervenção, será preferida a que desonerar maior número de obrigados. Aquele que, com conhecimento de causa, intervier de forma diferente, perde os seus direitos de ação contra os que teriam sido desonerados. A prorrogação dos prazos de apresentação acontece quando ocorre fato escusável que impeça o credor de apresentar a letra para pagamento. Quando a apresentação da letra ou o seu protesto não puder ser feito dentro dos prazos indicados por motivo insuperável, esses prazos serão prorrogados. Sobrevindo caso fortuito ou força maior a nota deverá ser apresentada assim que cessar o impedimento. O portador deverá, ocorrendo o impedimento, avisar imediatamente desse evento o último endossante, fazendo menção ao aviso, datado e assinado no corpo da letra. Para os demais endossantes, vale a regra que determina que cada um deve, por sua vez, dentro dos dois dias úteis que se seguirem à recepção do aviso, informar o respectivo endossante. O motivo deve ser insuperável. 
Prolongando-se o impedimento por mais de trinta dias, a contar da data do vencimento, podem promover-se ações sem que haja necessidade de apresentação ou protesto. Para as letras à vista ou a certo termo de vista o prazo de trinta dias conta-se da data em que o portador, mesmo antes de expirado o prazo para a apresentação, deu o aviso do caso de força maior ao seu endossante; para as letras a certo termo de vista, o prazo de trinta dias fica acrescido do prazo de vista indicado na letra.
Protesto: A primeira função deriva do fato de que o ato é dirigido a constatar algumas circunstâncias que são relevantes para a atuação dos direitos cambiários, que constitui o processo escrito pelo oficial público, da apresentação do título ao obrigado, e do resultado desta apresentação. Através de segunda função (função conservatória), que é posterior àquela típica do ato, assegura, de um lado, aos obrigados em regresso, a garantia necessária, e, de outro, ao titular, um meio para obter o pagamento. Em terceiro lugar, indica uma outra função, a de aferir a insolvabilidade do devedor. 
O efeito constitutivo de mora do devedor. A taxa de juros deve ser estipulada em escritura pública ou escrito particular, e, não o sendo, entender-se-á que as partes acordaram nos juros de 6% ao ano, a contar da data da propositura da respectiva ação ou do protesto cambial. Não exigiu a lei o protesto para marcar o início da fruição dos juros, mas a data do vencimento. Vencido o título, mesmo que não estipulados os juros, passam eles a ser devidos. Dispensando o protesto no caso de falência do sacado, que fosse aceitante ou não, bem como na do sacador de uma letra não aceita, admitindo como suficiente a apresentação da sentença declaratória para que o portador da letra pudesse exercer o seu direito de ação. O protesto se torna necessário: 
Quando do pagamento, para conservar os direitos do portador contra o sacador e contra os outros coobrigados. 
no de letrapagável a certo termo de vista, em que houver falta de data, para o efeito de constatar essa omissão, e o portador conservar os seus direitos de regresso contra os endossantes e contra o sacador;
no de ter sido indicada uma pessoa para pagar, por intervenção, e esta não o tenha feito, para exercer o seu direito de ação antes do vencimento, contra o que fez a indicação; 
no de ter sido a letra aceita por intervenientes e não ser paga, para conservar o direito de regresso contra aquele que tiver indicado as pessoas para pagarem em caso de necessidade; 
no de pluralidade de exemplares, para o portador poder exercer seu direito de regresso, quando o que enviar ao aceite (à vista) uma das vias, e a pessoa em cujas mãos se encontrar não entregue essa via ao portador legítimo doutro exemplar, para poder exercer o seu direito de ação; 
 no de cópia, e a pessoa em cujas mãos se encontre o título original se recusar a entregá-la ao legítimo portador da cópia, para exercer o seu direito de ação contra as pessoas que tenham endossado ou avalizado a cópia.
 Para o credor exigir judicialmente do aceitante ou de seu avalista a dívida cambiária, não é necessário o prévio protesto do título. O protesto é exigido “só para os casos de ação regressiva do portador contra o sacador, endossador e avalista”. “é legítima a interpretação de que o art. 53 estabelece perda da ação, expirados os prazos, contra os endossantes, o sacador e respectivos avalistas, não contra o aceitante e seu avalista”. É competente para extrair o protesto o oficial do lugar em que a letra deva ser paga. seu registro e do instrumento devem constar: 
I — A data e o número de protocolização; 
II — O nome do apresentante e o endereço; 
III — A reprodução ou transcrição do documento ou das indicações feitas pelo apresentante e declarações nele inseridas; 
IV — A certidão das intimações feitas e das respostas eventualmente oferecidas; 
V — A indicação dos intervenientes voluntários e das firmas por eles honradas; 
VI — A aquiescência do portador ao aceite por honra ou pagamento por honra; 
VII — O nome, número do documento de identificação do devedor e endereço; 
VIII — A data e assinatura do Tabelião de Protesto, de seus substitutos ou de escrevente autorizado. 
O parágrafo único do art. 22 autoriza a dispensa, no registro e no instrumento, da transcrição literal do título, desde que o Tabelião de Protesto conserve em seu arquivo gravação eletrônica de imagem, cópia reprográfica ou micrográfica do título ou documento de dívida. E o procedimento do protesto só terá curso se o documento não apresentar vícios. Títulos de dívida em moeda estrangeira, emitidos fora do Brasil, poderão ser protestados, desde que acompanhados de tradução efetuada por tradutor público juramentado, devendo constar do registro do protesto a descrição do documento e sua tradução. Em caso de pagamento, este será efetuado em moeda nacional, cumprindo ao apresentante a conversão na data de apresentação do documento para protesto. Se o título ou documento de dívida estiver sujeito a qualquer tipo de correção monetária, o apresentante indicará o valor do crédito mediante conversão vigorante no dia da apresentação do título ao Tabelião. 
Não disponha expressamente, a intimação ao sacado ou ao aceitante é dispensada no caso de o sacado, ou aceitante, firmar na letra a declaração da recusa do aceite ou do pagamento, e, na hipótese de protesto, por causa de falência do aceitante. A faculdade de determinar que os protestos a fazer no seu território possam ser substituídos por uma declaração datada, escrita na própria letra e assinada pelo sacado, exceto no caso de o sacador exigir no texto da letra que se faça um protesto com as formalidades devidas, podendo ser previsto que essa declaração seja transcrita no registro público no prazo fixado para os protestos. A confissão de recusa do aceite ou do pagamento, assinado por quem o deve. Tal declaração tem o mesmo valor jurídico do protesto. Se impõe que o portador exija o pagamento logo após o vencimento, pois do contrário devido à sua desídia poderiam ficar os coobrigados sujeitos aos efeitos da insolvabilidade superveniente do aceitante. 
No caso de protesto por falta de pagamento devemos seguir a disciplina e, por isso, o dia da apresentação é o do vencimento, sob pena de perder o portador o direito de regresso contra o sacador, endossadores e seus avalistas. Assim, em caso de recusa do pagamento, a letra de câmbio deverá ser entregue ao oficial de protesto no primeiro dia útil seguinte. Deve ser feito nos prazos fixados para a apresentação ao aceite (a vista do subscritor). Se o sacado pedir que a letra lhe seja apresentada uma segunda vez no dia seguinte ao da primeira apresentação, tendo sido está feita no último dia do prazo, pode fazer-se ainda o protesto no dia seguinte. O protesto é tirado por falta de aceite ou de pagamento contra o sacado ou aceitante. Do protesto não são intimados diretamente os coobrigados, avalistas ou endossadores. uma vez protestada a letra, o portador deve avisar da falta de aceite ou de pagamento o seu endossante e o sacador dentro de quatro dias úteis que se seguirem ao dia do protesto ou da apresentação, esta no caso de a letra apresentar a cláusula “sem despesas”. Essa obrigação que deveria ser cumprida dentro de dois dias. 
O prazo foi duplicado pela Lei Uniforme. Recebendo o aviso, cada um dos endossantes deve, por sua vez, informar o seu endossante do aviso que recebeu, indicando os nomes e endereços dos que enviaram os avisos precedentes, e assim sucessivamente até chegar ao sacador. No cumprimento da obrigação de avisar, a Lei Uniforme se satisfaz com qualquer meio, mesmo com a simples devolução da letra. Enviado o aviso, a pessoa que o fez deverá provar que o mesmo foi remetido dentro do prazo, ainda que seja pela simples prova de que a carta que continha o aviso foi posta no correio. Não dando o aviso no prazo indicado, o faltoso não perde os seus direitos, mas será responsável pelo prejuízo a que sua negligência der causa, sem que a responsabilidade possa exceder a importância da letra. A cláusula sem protesto, com a inserção dessa cláusula, o portador, para poder exercer os seus direitos de ação, estará isento, por vontade do sacador, expressa na própria letra, de promover o protesto. 
Não dispensa o portador da apresentação da letra dentro do prazo prescrito, nem tampouco dos avisos a dar. É óbvio que, não provando a apresentação da letra pelo protesto, o portador terá de fazer a prova por qualquer outra forma extra cambiária que o direito permite. Essa prova constituirá ônus daquele que da inobservância da apresentação queira se prevalecer contra o portador. Se a cláusula “sem despesas”, “sem protesto”, ou outra equivalente for inserida pelo sacador, produz os seus efeitos em relação a todos os que se obrigarem na letra. Se for inserida por um endossante ou por avalista somente em relação a ele terá efeito. Se o portador efetuar o protesto dispensável, por efeito de cláusula expressa, as respectivas despesas correrão por conta dele, mas se a cláusula for em benefício somente do endossante ou do avalista, por a terem inserido, as despesas podem ser cobradas de todos os demais signatários da letra. A prorrogação do prazo de protesto por ocorrência de “força maior”, a qual, prolongando-se além de trinta dias a contar da data do vencimento, permite ação sem que haja necessidade de apresentação ou protesto. Somente admitiríamos o cancelamento do protesto em caso de erro, engano ou qualquer outro vício ou irregularidade, apurados em ação anulatória. 
Será cancelado o protesto de títulos cambiais posteriormente pagos mediante a exibição e a entrega, pelo devedor ou procurador com poderes especiais, dos títulos protestados, devidamente quitados, que serão arquivados em cartório. Adverte o parágrafo único desse dispositivo que não serão, para esses efeitos, aceitas cópias, ou reproduções de qualquer espécie, ainda que autenticadas. O devedor, para obter o cancelamento, deverá apresentara declaração de anuência de todos os credores figurantes no registro do protesto, com firmas reconhecidas, para arquivamento em Cartório. Na hipótese de cancelamento de protesto não fundado no pagamento posterior do título, será bastante a apresentação, pelo interessado, de declaração nos termos iguais ao anterior. O cancelamento de protesto que não se enquadre nas disposições das hipóteses antecedentes somente se efetuará por determinação judicial de ação própria. Cancelado o protesto, não mais serão expedidas certidões dele, nem de seu cancelamento, a não ser mediante requerimento escrito do devedor, ou requisição judicial. Dessa forma, o Juiz da falência, ao nosso ver, poderá requisitar do oficial de protestos certidões dos registros efetuados em nome do devedor, a fim de poder fixar o termo legal da falência. A sustação visa a impedir a consumação do protesto. A sustação não constitui, porém, medida definitiva; não se pensa, na verdade, em, através dela, impedir o protesto. 
O que se pretende é apenas sustá-lo, dando-se azo ao protestando para que possa demonstrar judicialmente a inexistência ou invalidade da pretendida obrigação líquida e certa, corporificada no título, ou da inexistência da dívida cambiária quando ocorrer a hipótese de recusa de aceite. A sustação vale, então, como medida processual cautelar. Impõe-se o depósito da quantia reclamada, não em consignação em pagamento, mas como preliminar e preparatória de ação judicial de anulação do título levada ao protesto; poderá o juiz, entretanto, admitir apenas a prestação de caução. Assim admitida a sustação, o depositante teria trinta dias fixados pela lei processual para ajuizar a ação, sob pena de, não o fazendo, ser realizado o protesto. Permanecerão em poder do Tabelião de Protestos, à disposição do Juízo, os títulos ou documentos de dívida cujo protesto foi sustado por ordem do juiz, de cuja autorização dependerá o pagamento, o protesto e a retirada do título ou documento de dívida. Revogada a ordem de sustação, lavrar-se-á o protesto sem nova intimação do devedor, devendo o registro do protesto ser efetivado até o primeiro dia útil subsequente ao do recebimento da notificação da revogação (art. 17, § 2º), salvo se o ato depender de consulta a ser formulada ao apresentante. Nesse caso, o prazo será contado da data da resposta dada pelo apresentante. 
Em poucos casos admitiríamos que o juiz, de plano, decretasse o impedimento do protesto: quando o devedor alegar a prescrição que, extinguindo a dívida, torna impossível o protesto. E a prescrição, todos sabem, pode ser alegada em qualquer época. Deve-se admitir, ainda, a sustação do protesto do título, quando for ele solicitado na pendência de ação anulatória de contrato, ao qual o título estiver vinculado, até ser decidida aquela ação. É admissível a sustação do protesto, em casos excepcionais para evitar que degenere em abuso, convertendo-se em meio violento de cobrança ou intimidação.
Ação cambial: O portador tem, assim, o direito de acionar todos os obrigados e coobrigados, sem estar adstrito a observar a ordem em que eles se obrigaram. O portador pode eleger apenas um obrigado, ou então um coobrigado para contra ele dirigir a ação, ou pode promovê-la contra todos, citando-os solidariamente. Esse direito se transfere do portador a qualquer dos signatários quando haja pago a letra, assumindo este a posição de portador. Por outro lado, a lei deixa claro que “a ação intentada contra um dos coobrigados não impede acionar os outros, mesmo os posteriores àquele que foi acionado em primeiro lugar”. Se no curso do processo de execução um dos coobrigados for à falência, o processo contra este ficará suspenso por efeito da declaração judicial, correndo contra os demais; o credor habilitará a letra também naquela falência. 
Com a ação se pretende obter a importância da letra, que constitui o crédito nela incorporado. Em segundo, os juros e despesas de protesto, se tiver sido tirado. A respeito da cláusula de juros a Lei Uniforme, permite ao sacador estipular na letra o pagamento de juros, mas apenas nas letras com vencimento à vista ou a tempo certo de vista, fluindo a partir da data do título. Nas demais letras, a dia certo ou a tempo certo de data, a cláusula reputa-se não escrita. Assim dispõe a lei porque nas primeiras não é possível contar os juros por dentro, previamente, como ocorre nas segundas. O portador pode reclamar daquele contra quem exerce seu direito de ação, “os juros à taxa de 6% desde a data do vencimento”. Pela Lei Uniforme, os juros moratórios passam a viger desde a data do vencimento independente do protesto. Essa taxa de 6% ao ano, expressamente fixada na Lei Uniforme, pode ser substituída pela taxa legal em vigor no território de qualquer dos países signatários da Convenção. 
A pessoa que pagar a letra pode reclamar dos seus garantes a soma integral que pagou, os juros da dita soma, segundo a taxa legal, desde a data do vencimento, e as despesas que tiver tido com o protesto. Pode opor exceções de defesa ao credor, negando-lhe legitimamente o pagamento. O princípio geral, na verdade, é o da inoponibilidade das exceções aos terceiros de boa-fé, indicando a lei, de forma estrita, os casos em que a regra é derrogada, permitindo-se a oposição ao pagamento. 
Direito pessoal do réu contra o autor; Direito pessoal, no caso, deve ser entendido como um direito que deriva de obrigação assumida pessoal e diretamente pelo obrigado cambiário (réu) para com o portador (autor). Decorrentes de suas relações diretas e pessoais, se incluem: as derivadas de má-fé, erro, simulação. Assim, em síntese, nas relações pessoais e diretas entre devedor e credor (seja na relação original, seja na cadeia de endossos), são admissíveis todas as exceções; mas quando a relação não é direta e de permeio entre os sujeitos da relação pessoal surge um terceiro, a ela estranho, contra este, estando ele de boa-fé, não lhe podem ser opostas. O terceiro pode ter a sua boa-fé contestada, ficando demonstrado, por exemplo, que não passa de uma testa de ferro do autor, ou que com ele se conluiou, procedendo-se nessa hipótese contra ele a recusa de pagamento, tornando-se oponível a exceção. A lei, portanto, concedeu o favor da inoponibilidade das exceções ao devedor, o qual, entretanto, não pode opor ao portador as exceções fundadas sobre relações pessoais dele com o sacador ou com os portadores anteriores, ressalvando que esses terceiros decaem do direito se ao adquirirem a letra tenham procedido “conscientemente em detrimento do devedor. O devedor recobra o direito de opor as exceções quando pode provar que, adquirindo a letra, o portador fez conscientemente uma operação vantajosa para ele em detrimento do devedor: assim é se o portador adquiriu a letra a um preço inferior ao seu valor atual explorando a situação do cedente, cujo crédito estava paralisado por uma exceção do devedor; assim é se o portador, credor ou cedente, usa como pagamento de seu crédito a letra da qual o cedente não se podia servir. Essa solução é perfeitamente conforme ao texto. 
Defeito de forma do título; Os defeitos de forma do título são a ausência daqueles elementos essenciais que a lei indica, e podem ser de duas ordens: defeitos de forma extrínseca e defeitos de forma intrínseca. Os primeiros — defeitos de forma extrínseca — são os defeitos formais, que se revelam materialmente na redação do título. Os segundos — defeitos de forma intrínseca — são os que afetam a obrigação cambial, em sua origem. 
falta de requisito necessário ao exercício da ação. É de natureza processual; diz respeito à ação e não ao título propriamente dito. Dessa ordem são as defesas que se fundarem na não exibição da cambial vencida, na falta de posse da cambial, na extinção da cambial em virtude de pagamento, na falta ou nulidade do protesto se a ação é regressiva, na prescrição (Lacerda). O proprietário da letra, autor da ação, deve justificar, na petição inicial, a sua propriedade, bem como esclarecer as circunstâncias que resultaram no extravioou destruição do título. Na hipótese de extravio, o autor deve requerer ao juiz competente do lugar do pagamento a intimação do sacado ou do aceitante e dos coobrigados, para que não paguem a letra, e a citação do detentor, se for conhecido, para apresentá-la em juízo, no prazo de três meses. Na hipótese de ser desconhecido o detentor da letra extraviada, ou no caso de destruição, deve o autor pedir a citação dos coobrigados para que, dentro do prazo de três meses, apresentem contestação, firmada em defeito de forma do título ou na falta de requisito essencial ao exercício da ação. Devem ser efetuadas por edital. Processado o pedido, decorrido o prazo de três meses sem se apresentar o portador legitimado, ou sem a contestação do coobrigado, o juiz decretará a nulidade do título extraviado, ou destruído, e ordenará, em benefício do proprietário, o levantamento do depósito da soma cambial, caso tenha sido efetuado. Titular dessa sentença, fica o autor proprietário da letra habilitado para o exercício da ação executiva contra o aceitante ou outros coobrigados. A sentença tem, como se vê, efeito executório. Se, todavia, for apresentada a letra no prazo de três meses, acima aludido, ou oferecida contestação, o juiz julgará prejudicado o pedido de anulação da letra, ressalvando-se ao autor o direito de recorrer às vias ordinárias para fazer valer seus eventuais direitos. A ação anulatória, ressalva o Decreto nº 2.044, não impede a expedição de duplicata da letra e nem para os efeitos de responsabilidade civil dos coobrigados, dispensa o aviso imediato do extravio, dado por carta registrada, endereçada ao sacado, ao aceitante e aos outros coobrigados. A carta será, na forma da lei, levada aberta ao correio, onde, verificada a existência do aviso, será certificado o seu conteúdo no conhecimento e talão respectivo. 
Mais prático, porém, é dar-se esse aviso por carta certificada pelo Oficial de Registros Públicos. a) as ações contra o aceitante (subscritor) prescrevem em três anos a contar do vencimento; 
b) as ações do portador contra os endossantes e contra o sacador prescrevem em um ano, a contar da data do protesto feito em tempo útil, ou da data do vencimento, quando se trata de letra com cláusula “sem despesas”; 
c) as ações dos endossantes uns contra os outros e contra o sacador prescrevem em seis meses a contar do dia em que o endossante pagou a letra ou em que ele próprio foi acionado. A prescrição pode ser interrompida, mas só produz efeito em relação à pessoa contra quem foi dirigida (art. 71 da Lei Uniforme). Por iniciativa do portador, é claro, pode interromper-se a prescrição contra um ou todos os obrigados ou coobrigados. 
Qualquer das Altas Partes Contratantes tem a liberdade de decidir que, no caso de perda de direitos ou de prescrição, no seu território subsistirá o direito de proceder contra o sacador que não constituir provisão ou contra um sacador ou endossante que tenha feito lucros ilegítimos. A mesma faculdade existe, em caso de prescrição, pelo que respeita ao aceitante que recebeu provisão ou tenha realizado lucros ilegítimos”. “Sem embargo da desoneração da responsabilidade cambial, o sacador ou o aceitante fica obrigado a restituir ao portador, com os juros legais, a soma com a qual se locupletou às custas deste. A ação do portador, para este fim, é a ordinária”. 
a) o enriquecimento do réu; 
b) o seu empobrecimento; 
c) a falta de justa causa; 
d) a relação de causalidade entre o enriquecimento e o empobrecimento. 
“A prova do prejuízo é feita pelo portador com a simples exibição do título não pago”.

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