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ALGUNS ASPECTOS SOBRE CHEQUES NO DIREITO CAMBIÁRIO

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ALGUNS ASPECTOS SOBRE CHEQUES NO DIREITO 
CAMBIÁRIO 
 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
 
É um título de crédito regido pela Lei n 
7.357/87. Suas características principais são as 
seguintes: Título abstrato/não causal: Pode ser 
emitido em qualquer situação. Não há causa 
pré-determinada na lei para sua emissão. 
Ordem de pagamento: mas não comporta 
aceite. Sempre emitido contra um Banco. 
Assim, terá o emitente do cheque , o banco, que 
será o sacado e o tomador, que poderá ou não 
ser especificado . 
O banco obedecerá à ordem de pagamento 
em função da existência de fundos disponíveis 
do emitente do cheque na conta que possui 
junto ao banco. Vencimento à vista, 
considerando-se não escrita qualquer menção 
em contrário: É o título que vence no momento 
da apresentação. Em regra, não se admite 
cheque pré-datado, pois se considera não 
escrita qualquer menção contrária ao fato de 
se tratar de ordem de pagamento à vista . 
 
AVAL NO CHEQUE 
 
• aval em branco: não contendo quem será 
o avalizado, considera-se que será avalizado o 
emitente. O devedor principal do cheque é o 
emitente. O avalista se obriga da mesma 
maneira que o avalizado. 
 
PRAZOS PARA PAGAMENTO/COBRANÇA DO 
CHEQUE 
 
O cheque é pago com a sua apresentação, 
já que se trata de uma ordem de pagamento à 
vista. 
 
O PRAZO PARA A APRESENTAÇÃO DO CHEQUE 
VARIA 
 
• 60 dias, se for de praças distintas, 
contados da data de emissão. 
Ex.: se a minha praça é Brasília, mas foi 
emitido em Goiânia. 
 
SÃO CONSEQUÊNCIAS PARA O CREDOR QUE NÃO 
OBSERVAR O PRAZO 
 
• perda do direito de executar o cheque 
contra o emitente, se dentro daquele prazo 
havia fundos e não há mais fundos por uma 
circunstância não imputável ao devedor: ex.: 
banco faliu. Se o sacador emitiu o cheque e o 
credor teria 30 dias para apresentar o cheque, 
mas não o fez, caso o banco venha a falir, como 
o devedor tinha o dinheiro na conta antes, 
não poderá ser executado, visto que só o credor 
é o culpado pelo não recebimento e não o 
devedor. 
O cheque apresentado fora do prazo de 
apresentação poderá ser pago pelo banco, 
desde que não esteja prescrito. Ex.: 
apresentação do cheque no 62 dia. O 
pagamento do cheque pelo próprio banco é 
uma obrigação enquanto não estiver prescrito 
e houve recursos na conta. Também poderá ser 
executado contra o emitente ou seus avalistas , 
observado o prazo prescricional. 
A partir do término do prazo de 
apresentação começa a correr o prazo 
prescricional de 6 meses para sua execução. O 
direito de regresso de um coobrigado contra 
outro também prescreve no prazo de 6 meses, 
contados do momento em que um coobrigado 
pagou o título, nascendo o direito de regresso 
contra o outro coobrigado. Ainda que prescrita 
a ação executiva , a própria lei do cheque prevê 
o prazo de dois anos para o ajuizamento de 
ação de locupletamento ilícito . 
Prescrito o cheque, não há mais que se falar 
em manutenção das suas características 
cambiárias, tais quais a autonomia, a 
independência e a abstração. Inclusive, em 
razão da prescrição do título de crédito, a 
pretensão fundar-se-á no próprio negócio 
subjacente, inviabilizando a propositura de 
ação de execução. 
Assim, perdendo o cheque prescrito os seus 
atributos cambiários, dessume-se que a ação 
monitória neste documento admitirá a 
discussão do próprio fato gerador da 
obrigação, sendo possível a oposição de 
exceções pessoais a portadores precedentes ou 
mesmo ao próprio emitente do título. 
Ressalte-se que tal entendimento vai ao 
encontro da jurisprudência firmada nesta 
Corte Superior no sentido de que, embora não 
seja exigida a prova da origem da dívida para 
a admissibilidade da ação monitória 
fundada em cheque prescrito , nada impede 
que o emitente do título discuta, em embargos 
monitórios, a causa debendi. 
 
SUSTAÇÃO DO CHEQUE 
 
• oposição: poderá o emitente ou o 
portador do cheque emitir a sustação quando 
houver um extravio, roubo, furto dos cheques, 
etc. Por isso, tanto o emitente quanto o 
portador poderão promover a oposição. 
 
PAPEL DE CURSO NÃO FORÇADO 
 
O cheque não é um papel de curso forçado. 
Isso significa que ninguém está obrigado a 
receber um cheque contra a sua vontade. Ex.: 
restaurante com placas «não aceitamos 
cheque». 
 
CHEQUE SEM FUNDOS 
 
O pagamento por meio de cheque tem efeito 
pro-solvendo, e não somente pro-soluto. Ou 
seja, o fato de o cheque ter sido emitido e 
entregue ao credor não significa dizer que a 
obrigação está quitada. A obrigação estará 
quitada apenas a partir do momento em que se 
compensar o cheque. 
Suponhamos a emissão de cheque para fins de 
pagamento de aluguel. 
A importância de se entender essa 
obrigação como pro-solvendo é a de que, se o 
cheque não for compensado por estar sem 
fundos, é possível que o credor se utilize da 
ação de despejo contra o emitente. Se 
considerássemos o cheque pro-soluto, caso ele 
não fosse pago, o aluguel seria considerado 
pago, podendo o credor apenas promover uma 
ação de execução contra o devedor. 
Obviamente as partes podem pactuar de 
modo diverso, estabelecendo que o cheque terá 
efeitos pro-soluto. Nesse caso, se eventualmente 
não for pago, restará apenas ao Direito 
Cambial a regência da execução, mas essa não 
é a regra. 
O cheque sem fundos deverá ser protestado 
dentro do prazo de apresentação. Isso porque, 
somente assim, conservar-se-á o direito contra 
os coobrigados do título. 
Em outras palavras, para se poder processar 
eventuais coobrigados, é necessário o protesto, 
salvo quando o cheque possuir a cláusula sem 
despesas. Se o cheque possui cláusula sem 
despesas, para se executar o coobrigado não 
haverá necessidade de se protestar o título. 
 
JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA 
 
]Em julgamento de REsp repetitivo, decidiu 
o STJ que a correção monetária do valor 
estampado no cheque tem por termo inicial a 
data de sua emissão, enquanto os juros de 
mora incidem apenas a contar da data da 
primeira apresentação do cheque à instituição 
financeira sacada ou câmara de 
compensação. 
 
 
Referência Bibliográfica: 
CARVALHO, Daniel ; Direito Empresarial; 2ª 
edição; Brasilia; CP Iuris; 2021.

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