Buscar

Portfólio B II SETEMBRO

Prévia do material em texto

�PAGE \* MERGEFORMAT�2�
INCLUSÃO E CORPOREIDADE FASE II
Caroline SILVA
UNINTER
Resumo
Este trabalho apresentará uma pesquisa sobre aulas de Educação Física refletindo sobre algumas questões importantes, como: Há alguma inovação tecnológica que permita que alunos com necessidades especiais pratiquem atividades diversas nas aulas de Educação Física?. E também, um relato de experiência sobre estudos e vivências “o tempo e o espaço dos sujeitos e instituições escolares”. Relatarei algumas experiências que vivenciei e tive conhecimento e sua relação com o cotidiano do espaço escolar. Em anexo contém um folder com os dados principais da pesquisa, com o objetivo de apresentar a importância de adaptar o ambiente e as aulas de Educação Física para alunos com necessidades especiais possam participar delas. 
Palavras chave: Inclusão. Acessibilidade. Educação Inclusiva.
1 INTRODUÇÃO 
A inclusão escolar é pauta constante de discussão e estudos, mas a tarefa de incluir portadores de deficiência física nas aulas, não basta por si só, e necessário fazer a integração e socialização. Hoje a inclusão questiona não somente as políticas de organização da educação especial e da regular, mas também o próprio conceito de integração.
E como socialização, a escola como espaço inclusivo dá aos professores a oportunidade de combinar inúmeros procedimentos para remover barreiras e promover a aprendizagem dos seus alunos.
E sobre a escola e seus aspectos temos que antes entender suas relações como instituição suas normas e estatutos que a regem ou as organizam, pois a escola é reconhecida na sociedade como uma instituição importantíssima na formação do homem para o “ser”, atuando como cidadão que contribui ativamente e veemente para sua sociedade, através do conhecimento e seus desdobramentos.
E todos os alunos sem exceção devem frequentar às salas de aula do ensino regular, por isso ela implica em uma mudança de perspectiva educacional, porque não atinge apenas os alunos com deficiência e os que apresentam dificuldades de aprender, mas todos os demais, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral
A Educação Física como disciplina curricular não pode ficar indiferente ou neutra deste movimento de Educação Especial ou Educação Inclusiva que vivemos hoje, mas como parte integrante do currículo oferecido pelas escolas a disciplina de Educação Física pode constituir-se como um ponto fundamental, podendo ser considerada tanto como um obstáculo adicional ou ponto de relevância extremamente positiva, para que o ambiente de trabalho do profissional de Educação Física se torne cada vez mais inclusivo.
E participar de um processo deste tipo, é estar predisposto sobre tudo a considerar e respeitar as diferenças individuais, criando a possibilidade de aprender sobre si mesmo e sobre outro, em uma situação de diversidade de ideias sentimentos e ações que somadas, incluem, integram e socializam a todos.
O objetivo deste trabalho foi analisar e refletir de forma subjetiva as pesquisas sobre o ensino da Educação Física e inclusão, seguido de um relato pessoal sobre como eram as minhas aulas de Educação Física.
2 RELATO DE EXPERIÊNCIA 
O artigo 26 da Lei 10.328/01 altera a LDB, tornando o ensino da Educação Física obrigatório no Ensino Fundamental I. Analisando o Currículo Básico do Rio Grande do Sul, há indicação de uma aula de dois períodos por semana no Ensino Fundamental I. 
Dificilmente a ginástica, a dança, o jogo, a luta e o esporte são contemplados no currículo, como orientam os Parâmetros Curriculares Nacionais. Há raros casos onde o professor realmente consegue dar todo esse assunto, a grande maioria faz apenas a parte teórica, até por não estar apta a dar aula de um leque tão diverso de modalidades, a educação física escolar está precária, por esse motivo sofre uma hierarquização das outras disciplinas para com ela.
Nas escolas que eu tenho conhecimento não há nenhuma inovação tecnológica que permita que alunos com necessidades especiais pratiquem atividades diversas nas aulas de Educação Física, mas, partindo do raciocínio de que o espaço escolar, em todos os seus momentos, deve permitir as interações entre os alunos e as suas potencialidades, para que as manifestações da aprendizagem possam ser compartilhadas na diversidade humana. Desse modo, desde que sejam respeitadas suas capacidades e limitações, os alunos poderão desenvolver qualquer ação pedagógica que lhes sejam apresentadas.
Nesse contexto, penso que a Educação Física, como uma das disciplinas do currículo que contribui para desmistificar o preconceito à diversidade, através de vivências psicomotoras e sócio-culturais, pode contribuir, no sentido de proporcionar o reconhecimento das potencialidades e a ampliação das possibilidades corpóreas desse aluno.
No caso do aluno portador de deficiência mental, acredito que diversos são os caminhos pedagógicos que podem ser percorridos pelo professor de Educação Física, mas é necessário, primeiramente, o conhecimento sobre tal deficiência e suas implicações no cotidiano de seu portador e, a partir desse ponto, definir as ações pedagógicas que serão operacionalizadas, devendo estas estarem interconectadas entre os vários aspectos do saber, do sentir e do fazer. Nesse sentido, nossas diretrizes pedagógicas apontam para vivências corporais interativas do aluno portador de deficiência mental na sua totalidade, reforçando e ampliando a sua condição humana e de sujeito-cidadão.
No caso dos alunos com necessidades educativas especiais, a relação ensino-aprendizagem se dá através, da experiência sensível, onde o aluno começa a organizar e relacionar o conhecimento a partir das referências sensoriais que lhes são devidamente proporcionadas. Neste contexto, enfim, acredito que a Educação Física exerce papel imprescindível para um melhor atendimento e desenvolvimento das potencialidades motoras, cognitivas, afetivas e sociais destes alunos “especiais”.
Nas escolas da minha região quem ministra as aulas de Educação Física até o 5º ano é o professor licenciado em pedagogia. De acordo com o professor Juca Gil na Revista “Gestão Escolar” (2011), “em dezembro de 2010, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou a Resolução CEB nº 07, fixando diretrizes para o Ensino Fundamental de nove anos. Entre outras questões relevantes, o documento estipula que, ATIVIDADE 01 ATIVIDADE 02 3 "do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, os componentes curriculares Educação Física e Arte poderão estar a cargo do professor de referência da turma, aquele com o qual os alunos permanecem a maior parte do período escolar, ou de professores licenciados nos respectivos componentes" (art. 31). Ou seja, tanto um pedagogo quanto um professor formado no magistério de nível médio estão autorizados a dar aulas de Arte e Educação Física para os seus alunos. Contudo, esses profissionais não podem atuar com turmas do 6º ano em diante nem no Ensino Médio”. Apoio o posicionamento de que professores licenciados em Pedagogia ou formados no magistério de nível médio estão aptos a ministrar aulas de Arte e de Educação Física, a decisão é coerente com a tradição na escolarização de crianças de fortalecer os vínculos afetivos entre elas e os professores. Como um docente dos anos iniciais deve alfabetizar e ensinar a fazer contas, mas não precisa ser formado em Letras nem em Matemática, a deliberação é lógica.
Por fim, tenho vagas lembranças das minhas aulas de Educação Física no ensino fundamental, mas acredito que eram muito próximas do que é hoje, aquecimento, brincadeiras, alguns esportes (vôlei, futebol, basquete) e breves aulas teóricas. A escola em que estudei é municipal, e lá conclui meu ensino fundamental. Não tenho memórias sobre as aulas de Educação Física nos anos iniciais. Já nos anos finais, recordo da minha professora. Tínhamos alguns minutos em sala para a realização da chamada e explicações sobre a aula do dia, fazíamos alongamento, praticávamos algum esporte instruído pela professora e após essemomento, tínhamos aula livre. Em nenhum ano tive colegas com alguma necessidade especial, então não presenciei aulas de Educação Física inclusivas. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A presente conclusão nos remete a pensarmos que inúmeras pesquisas, ainda podem ser obtidas através do tema inclusão na ação efetiva das aulas de educação física, pois há uma crescente necessidade de políticas publicas de melhorias nas estruturas físicas e humanas do ambiente escolar, como fatores relevantes para o êxito no processo de inclusão nas aulas de educação física, por isso, há ainda um enorme campo a se pesquisar sobre o tema, na medida em que ações públicas voltadas à área escolar se realizam.
Analisei e identifiquei logo de inicio que a inclusão é uma pratica de educação voltada para todos, mas para que isso aconteça é necessário que muitos paradigmas sejam transcendidos, é necessário que todos os professores compreendam esta realidade crescente nas aulas de educação física, que a aptidão física e a cultura do movimento são abrangentes para todos, desde que respeitadas às diferenças e limitações de cada aluno, pois nosso ambiente de aula dispõe de uma maior liberdade para organizar os conteúdos que se pretendem ser vivenciados ou aprendidos pelos alunos nas aulas, e somos vistos como professores que desenvolvem mais atitudes positivas perante os alunos, talvez devido aos aspectos expressivos no âmbito cognitivo, motor e afetivo da disciplina. Posso concluir que os professores de educação física apresentam atitudes mais favoráveis à inclusão e com maior facilidade de encontrar soluções para a inclusão em aula, por isso essa atitude positiva e dinâmica.
Por fim, é importante destaca que a apesar dos avanços da educação física em nosso país, ainda há a necessidade de novas políticas públicas, trabalhos com família, modificações nos ambientes educacionais, a garantia de direitos e suas diretrizes englobadas nos sistemas sócios educacionais, que apesar de serem garantidos na Lei, ainda há precariedade e exclusão no ensino em muitas regiões, afinal é através da educação que mudaremos a visão da sociedade, transformando em um novo modelo igualitário para todos independente de sua condição física ou social, mas na construção de uma educação para todos.
FOLDER
	
Inclusão na Educação Física é participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características, físicas e de desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por características, pessoais, físicas, sexuais ou sociais.
Referências
BRASIL. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 4024 de 20 de dezembro de 1961. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4024.htm Acesso em 20 de Setembro 2016.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf Acesso em 20 de Setembro de 2016.
RODRIGUES, David. A Educação Física perante a Educação Inclusiva: reflexões conceptuais e metodológicas. Boletim da Sociedade Portuguesa de Educação Física. V.24, p.73-81.
RODRIGUES, Graciele Massoli. Demarcações Sociais e as Relações Diádicas na Escola: Considerações acerca da inclusão. RBCE. V.25, p.43-56.

Continue navegando