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4 de maio de 1493 - BULA INTER COETERA - documento do papa dizendo que as terras iam ser divididas, entre Portugal e Espanha, a 100 léguas do cabo verde. 7 de Junho de 1494 - TRATADO DE TORDESILHAS – Portugal não aceita a Bula e faz um acordo com a Espanha. Este acordo ressalva que as terras serão divididas, mas não a 100 léguas de cabo verde e sim a 370 léguas. É o primeiro documento internacional que forma nossas fronteiras. LIVROS DAS ORDENAÇÕES • O livro I trata dos cargos da administração e da justiça. • O livro II ocupa-se da relação entre Estado e Igreja, dos bens e privilégios da igreja, dos direitos régios e sua cobrança, da jurisdição dos donatários, das prerrogativas da nobreza e legislação "especial" para judeus e mouros. • O livro III cuida basicamente do processo civil. • O livro IV trata do direito civil: regras para contratos, testamentos, tutelas, formas de distribuição e aforamento de terras, etc. • O livro V trata do direito penal: os crimes e as suas respectivas penas. 1534 - AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS - Foi um sistema de administração territorial criado pelo rei de Portugal, D. João III. Este sistema consistia em dividir o território brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para particulares (principalmente nobres com relações com a Coroa Portuguesa). O vínculo jurídico era estabelecido em dois documentos: a Carta de Doação, que conferia a posse, e a Carta Foral ou de Foro que determinava direitos e deveres ao donatário. Carta de Doação - diz quem é o donatário, diz quem vai entregar a terra. o donatário recebia a posse da terra, podendo transmiti-la aos filhos, mas não vendê-la. Recebia também uma sesmaria de dez léguas de costa. Devia fundar vilas, distribuir terras a quem desejasse cultivá-las, construir engenhos, dever previsto na Carta Foral. O donatário exercia plena autoridade no campo judicial e administrativo para nomear funcionários e aplicar a justiça, podendo até decretar a pena de morte para escravos, índios e homens livres. Adquiria alguns direitos: isenção de taxas, venda de escravos índios e recebimento de parte das rendas devidas à Coroa. Podia escravizar os indígenas, obrigando-os a trabalhar na lavoura ou enviá-los como escravos a Portugal até o limite de 39 por ano. Carta Foral - tratava, principalmente, dos tributos a serem pagos pelos colonos. Definia ainda, o que pertencia à Coroa e ao donatário. Se descobertos metais e pedras preciosas, 20% seriam da Coroa e, ao donatário caberiam 10% dos produtos do solo. A Coroa detinha o monopólio do comércio do pau-brasil e de especiarias. O donatário podia doar sesmarias aos cristãos que pudessem colonizá-las e defendê-las, tornando- se assim colonos. OBS: As cartas não tem validade assim como a Lei. Aos donatários cabia nomear o seu OUVIDOR, que era a pessoa que exercia a jurisdição civil e criminal. Contudo este primeiro sistema administrativo brasileiro foi um fracasso. 1548 - GOVERNO-GERAL - O governo-geral foi o modo de organização utilizado por Portugal durante todo o período colonial. Respondendo ao fracasso do sistema das capitanias hereditárias, o governo português realizou a centralização da administração colonial com a criação do governo-geral, em 1548. Entre as justificativas mais comuns para que esse primeiro sistema viesse a entrar em colapso, podemos destacar o isolamento entre as capitanias, a falta de interesse ou experiência administrativa e a própria resistência contra a ocupação territorial oferecida pelos índios. Em vias gerais, o governador-geral deveria viabilizar a criação de novos engenhos, a integração dos indígenas com os centros de colonização, o combate do comércio ilegal, construir embarcações, defender os colonos e realizar a busca por metais preciosos. Mesmo que centralizadora essa experiência não determinou que o governador cumprisse todas essas tarefas por si só. De tal modo, o governo-geral trouxe a criação de novos cargos administrativos. O ouvidor-mor era o funcionário responsável pela resolução de todos os problemas de natureza judiciária e o cumprimento das leis vigentes. O provedor-mor estabelecia os seus trabalhos na organização dos gastos administrativos e na arrecadação dos impostos cobrados. O capitão-mor desenvolvia ações militares de defesa que estavam, principalmente, ligadas ao combate dos invasores estrangeiros e ao ataque dos nativos. O governo-geral acabou somente no ano de 1808, quando a Família Real Portuguesa chegou ao Brasil. Naquele momento, o Rio de Janeiro se transformou em capital não só do espaço colonial brasileiro, mas também do Império Português. PACTO COLONIAL: Pode ser definido como um conjunto de regras, leis e normas que as metrópoles impunham às suas colônias durante o período colonial. Estas leis tinham como objetivo principal fazer com que as colônias só comprassem e vendessem produtos de sua metrópole. Através deste exclusivismo econômico, as metrópoles europeias garantiam seus lucros no comércio bilateral, pois compravam matérias- primas baratas e vendiam produtos manufaturados a preços elevados. 1808 – VINDA DA FAMÍLIA REAL AO BRASIL – Fim do pacto colonial No mesmo ano da chegada, D. João determinou a ABERTURA DOS PORTOS AS NAÇÕES AMIGAS podendo assim o Brasil comercializar com os países amigos. D. João determinou o ALVARÁ INDUSTRIAL onde o Brasil poderia começar a produzir seus próprios produtos D. João assinou mais dois tratados: O tratado de ALIANÇA E AMIZADE que previa a extinção do trafico negreiro e a proibição da santa inquisição de atuar no Brasil. (não funcionou, pois a Santa inquisição não veio para o Brasil, porém o tráfico negreiro continuou.) O tratado de COMÉRCIO E NAVEGAÇÃO que fixava as taxas alfandegarias: 15% sobre a importação da Inglaterra, 16% de Portugal e 24% do resto do mundo. (Trouxe como consequência a inviabilização do crescimento industrial do Brasil pois os produtos daqui não eram bons e as pessoas preferiam comprar produtos importados) 7 de setembro de 1822 PRIMEIRO REINADO: O primeiro reinado do Brasil é o nome dado ao período em que D. Pedro I governou o Brasil como Imperador, entre 1822 e 1831, ano de sua abdicação. O primeiro reinado compreende o período entre 7 de setembro de 1822, data em que D. Pedro I proclamou a independência do Brasil, e 7 de abril de 1831, quando abdicou do trono brasileiro. ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO NO PRIMEIRO REINADO: A CONSTITUIÇÃO DE 1824 - Carta Magna do Brasil independente (Texto do Site da Veja) Entrou em vigor dois anos após a Independência do Brasil, tendo por modelo as monarquias liberais europeias, em particular a França da Restauração. Seu efeito mais marcante foi o estabelecimento de um quarto poder, o moderador, acima do Executivo, Legislativo e Judiciário: "O poder moderador é a chave de toda a organização política e é delegado privativamente ao Imperador [...] para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos mais poderes políticos". Embora tenha tratado o catolicismo como a religião oficial do país, previu liberdade de "culto doméstico" para todas as crenças. Para uma sociedade escravista e pouco dinâmica, discriminou textualmente os 'libertos' (escravos alforriados) e só concedeu direito de votar e ser votado aos mais ricos. A Constituição de 1824 foi a primeira Constituição brasileira. Outorgada pelo Imperador D. Pedro I, caracterizou-se pelo extremo liberalismo em relação aos direitos individuais e pelo absolutismo na organização de poderes. As principais características desta constituição estão a seguir arroladas: O governo imperialera uma monarquia hereditária e constitucional (art. 3º); ª instância 1 2 ª instância 3 ª instância Supremo Tribunal de Justiça Tribunais de Relação decreto 2342/ : 73 Corte: Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Maranhão, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Ceará, Mato Grosso, Goiás. Tribunais do Júri Lei 18/1822 instituiu Decreto 4992/1872 passou a ser para crimes graves Juízes de Direito Juiz de paz Juízes Municipais Estabeleceram-se quatro poderes, segundo doutrina de Benjamin Constant, os quais eram o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o Moderador (art. 10); Foi adotado o Estado confessional sendo o catolicismo como religião oficial do Império (art.5º); Instituiu-se o sufrágio censitário, aberto e indireto (art. 92, V e seguintes); Foi estabelecido um conjunto de direitos e garantias individuais (art. 179); Vigeu durante mais de 65 anos (maior vigência); Vitaliciedade aos mandatos dos senadores que eram escolhidos por meio de uma lista tríplice; Adotou-se como modelo externo as monarquias européias restauradas após o Congresso de Viena; As capitanias existentes foram transformadas em províncias; Os juízes e jurados compunham o Poder Judiciário; O Imperador exercia a chefia suprema através do Poder Moderador, interferindo nas demais esferas de poder. Consoante a Constituição, tinha por função garantir a independência, harmonia e equilíbrio entre os demais poderes; A assembléia-geral era constituída pela Câmara dos Deputados e a Câmara dos Senadores exercendo o Poder Legislativo. ORGANOGRAMA DO PODER POLÍTICO DE ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO DE 1824 PODER MODERADOR Poder Legislativo Poder Executivo Poder Judiciário CONSELHO DE ESTADO Senado Câmara dos Deputados Supremo Tribunal de Justiça Presidentes de províncias Conselhos Gerais das províncias 16 de dezembro de 1830 - CÓDIGO CRIMINAL: Foi o primeiro código penal brasileiro. Vigorou desde 1831 até 1891, quando foi substituído pelo Código Penal dos Estados Unidos do Brasil. Tipos de crimes • Públicos: entendidos como aqueles contra a ordem política instituída, o Império e o imperador - dependendo da abrangência seriam chamados de revoltas, rebeliões ou insurreições. • Particulares: praticados contra a propriedade ou contra o indivíduo e, ainda, os policiais contra a civilidade e os bons costumes. Estes últimos incluíam-se os vadios, os capoeiras, as sociedades secretas e a prostituição. • De imprensa: era também considerado policial, e era a responsabilização sucessiva de delitos cometidos através da imprensa. Penas • Prisão Perpétua • Prisão Temporária • Morte • Trabalho Forçado • Banimento 1832 - CÓDIGO DE PROCESSO PENAL: A grande inovação deste dispositivo é a presença do HABES CORPUS. 1834 – ATO “ADICIONAL” DA CF. 1824: A Regência propôs que se reformasse a Constituição de 1824. O Ato Adicional foi um fruto direto da maioria liberal na Câmara dos Deputados, que pregava uma maior autonomia para as províncias. O Projeto fora proposto ainda em 1831 por uma comissão composta por deputados em sua maioria liberal e paulista. A proposta inicial continha alterações bastante radicais, no sentido de ampliação do poder provincial. Dentre suas maiores inovações estavam: Criação das Assembleias Legislativas nas províncias. Este órgão substituía os antigos Conselhos Gerais e legislavam sobre a organização civil, judiciária e religiosa locais, sobre a instrução pública, desapropriações, funcionalismo, política e economia municipais, transporte e obras públicas, detendo então mais autonomia. Art 2º; Cria o Município Neutro como território desmembrado da província do Rio de Janeiro, que deveria noutro lugar que não na cidade do Rio ter sua sede e governo, bem como a Assembleia, escolhendo para tanto a vila de Praia Grande, mais tarde elevada a cidade com o nome de Niterói para tal. Art1º; Estabelece o voto para a escolha do Regente, que passava então a ser UNO, com mandato de quatro anos. Art 26; Extinção do Conselho de Estado. Art 32 (Eram as pessoas próximas do imperador (Hj seriam os Ministros), os 10 mais próximos – os que criaram a CF de 1824); PERÍODO REGENCIAL - de 1831 e 1840. A Regência era a forma de governo prevista pela CF de 1824 para que quando houvesse a falta do imperador (neste caso tinha o imperador, mas o mesmo tinha apenas cinco anos de idade podendo assumir como imperador aos 18 anos), tivesse uma pessoa para governar em seu lugar. A CF de 1824 previa que a Regência fosse TRINA. Uma das inovações instituídas pela Regência Trina foi a criação da Guarda Nacional, já em 1831. Força que remetia o Exército ao segundo plano e se constituía na principal força pública com a qual o poder central procuraria conter os motins que estouravam. 23 DE JULHO DE 1840 – Início do Segundo Reinado com a Declaração de Maioridade de D. Pedro II. Foi feito uma nova Lei para suprir a idade do imperador menor onde ele aos 14 anos seria o Imperador (Declaração da Maioridade, também referida em História do Brasil como Golpe da Maioridade). Como consequência, devolveu a ele o PODER MODERADOR forte e concentrado para tentar acabar com os movimentos separatistas. 18 DE SETEMBRO DE 1850 - LEI DE TERRAS - Foi a primeira iniciativa no sentido de organizar a propriedade privada no Brasil. Ficou estabelecido, a partir desta data, que só poderiam adquirir terras por compra e venda ou por doação do Estado. Não seria mais permitido obter terras por meio de posse, a chamada usucapião. Promulgada por D. Pedro II, esta Lei contribuiu para preservar a péssima estrutura fundiária no país e privilegiar velhos fazendeiros. 1850 - LEI EUSÉBIO DE QUEIROZ - Realizou a extinção do tráfico de escravos no Brasil. (A primeira tentativa desta lei foi em 1810, com o Tratado de Aliança e Amizade entre Brasil e Inglaterra). Extinguiu o Trafico dos negros vindo da África o que estimulou as fazendas de criação de escravos ao trafico interno. 28 DE SETEMBRO DE 1871 - LEI RIO BRANCO - Ficou conhecida como Lei do Ventre- Livre. Esta lei tornava livres os filhos de escravos que nascessem a partir da decretação da lei. Os senhores de fazendas tinham a obrigação de cuidar das crianças até os oito anos, após este prazo, caso o fazendeiro deseja-se se livrar aos oito anos, recebia uma indenização do governo. Se não, eles poderiam usar o trabalho deles sem custo algum até o escravo completar 21 anos como uma forma de indenização. 1885 - LEI SARAIVA-COTEGIPE – Ficou conhecida como Lei dos Sexagenários que beneficiava os negros com mais de 60 anos de idade. Os negros precisavam trabalhar ainda três anos como forma de indenização ao fazendeiro. 13 DE MAIO DE 1888 - LEI ÁUREA – Definiu Liberdade total e definitiva finalmente foi alcançada pelos negros brasileiros. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão em nosso país. Foi ruim para o governo monárquico, pois gerou um grande prejuízo aos fazendeiros deixando estes de apoiar a D. Pedro II. 15 DE NOVEMBRO DE 1889 – Termino do segundo reinado, quando a monarquia constitucional parlamentarista vigente foi derrubada pela proclamação da república brasileira. O Segundo Reinado compreende 49 anos de duração. A Proclamação da República adveio como consequência da Guerra do Paraguai e abolição da escravatura. A guerra fez o exército modernizar-se, deu-lhe novosarmamentos, recebeu em suas fileiras jovens da classe média e jovens negros alforriados. A abolição fez os escravocratas perderem a confiança no imperador, os quais se modernizavam voltados agora também para a indústria e comércio. D. Pedro II, não teve pulso suficiente para evitar o que parecia inevitável: a queda do regime monárquico. Proclamada a república, no mesmo dia 15 de novembro de 1889, forma-se um governo provisório, sendo o chefe do governo Marechal Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente do Brasil, acabando assim com o segundo reinado e com o Período Imperial do Brasil. DIREITO NA REPÚBLICA VELHA - A primeira parte da republica no Brasil. Foi uma fase marcada por revoltas: REVOLTA CANUDOS, REVOLTA DA CHIBATA e REVOLTA DA VACINA. Os Latifundiários bancavam os militares mas não aceitavam suas ordens. Com isso, começa a Republica do Café com Leite (ora São Paulo (Café) governava ora Minas (Leite) governava). Também teve o Voto de Cabresto: Os coronéis escolhiam em quem o eleitor Votaria. 23 DE DEZEMBRO DE 1889 - O decreto 85A, cria a primeira lei de imprensa republicana, onde uma junta militar poderia processar e julgar sumariamente abusos da manifestação do pensamento; Este decreto ganhou o apelido de decreto-rolha e foi reforçado e ampliado pelo decreto 295 de 29 de março de 1890. Foi a primeira vez que se censurava a imprensa desde o Primeiro Reinado de D. Pedro I. Esses decretos estabelecendo censura à imprensa foram revogados em 22 de novembro de 1890 pelo decreto 1069. 24 DE FEVEREIRO DE 1891: CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1891 – Hiath Destacar (Texto Site da Veja) De espírito republicano, e influenciada pelo positivismo, a Constituição de 1891 não fez menção a Deus em seu preâmbulo. Aboliu a pena de morte, estabeleceu o federalismo, ampliou o direito a voto (já o direito de ser votado continuou reservado à elite agrária) e instituiu o mandato de quatro anos para presidente da República. Foi a primeira Carta do país a gravar a fórmula: "Todos são iguais perante a lei". Suas principais fontes de inspiração são a Constituição americana e, para o modelo de federalismo, a argentina. A elaboração da constituição brasileira de 1891 iniciou-se em 1889. Após um ano de negociações, a sua PROMULGAÇÃO ocorreu em 24 de fevereiro de 1891. Esta constituição vigorou durante toda a República Velha e sofreu apenas uma alteração em 1923. A constituição de 1891 foi fortemente inspirada na Constituição da República Argentina, na constituição dos Estados Unidos da América e na Constituição Federal da Suíça, fortemente descentralizadora dos poderes, dando grande autonomia aos municípios e às antigas províncias, que passaram a ser denominadas "estados", cujos dirigentes passaram a ser denominados "presidentes de estado". Foi inspirada no modelo federalista estadunidense, permitindo que se organizassem de acordo com seus peculiares interesses, desde que não contradissessem a Constituição. Exemplo: a constituição do estado do Rio Grande do Sul permitia a reeleição do presidente do estado. Consagrou a existência de apenas três poderes independentes entre si, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Esta Constituição Republicana apresentava os seguintes dispositivos: Aboliu-se o governo monárquico, instaurando-se a forma republicana de governo e a forma federativa de Estado (art. 1º); As províncias foram transformadas em Estados da Federação e o Governante dos Estados era o Governador. O município neutro (Niterói) transformou-se em Distrito Federal, adquirindo grande parcela de competência da União; Os estados da Federação passaram a ter suas constituições hierarquicamente organizadas em relação à constituição federal; Sistema presidencialista consoante modelo norte-americano; Regime representativo; Extinguiu-se o Poder Moderador, adotando-se apenas três poderes, repartindo-os nas seguintes funções: Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário, independentes e harmônicos entre si, inspirados pela teoria da separação entre os poderes de Montesquieu (art. 15); Os Estados da Federação passaram a ter maior autonomia por intermédio de constituições organizadas; Foi abolida a vitaliciedade dos cargos de senadores; O Presidente da República detinha a chefia do Poder Executivo (art. 41, caput), que era eleito, juntamente com o Vice-presidente, através de sufrágio directo e maioria de votos (art. 47, caput) para um mandato de quatro anos não renovável (art. 43, caput). A sua competência (art. 48) era exercida com o auxílio de Ministros de Estado (art. 49); Processo eletivo por voto direto e aberto, mas continuou a ser a descoberto (não-secreto que facilitava o Voto de Cabresto e o Coronelismo); Os mandatos tinham duração de quatro anos para o presidente, nove anos para senadores e três anos para deputados federais; Inexistência de reeleição de Presidente e vice para o mandato imediatamente seguinte, não havendo impedimentos para um posterior a esse; O exercício do Poder Legislativo competia ao Congresso Nacional, cuja composição se dava pelo Senado e Câmara dos Deputados; Foi adotado o Estado laico, isto é, a Religião Católica deixou de ser a religião oficial do Estado brasileiro; Os candidatos a voto efetivo seriam escolhidos por homens maiores de 21 anos, à exceção de analfabetos, mendigos das praças, soldados, religiosos sujeitos ao voto de obediência; Consagrava—se a liberdade de associação e de reunião sem armas, assegurava-se aos acusados o mais amplo direito de defesa, aboliam-se as penas de galés, banimento judicial e de morte, instituía-se o habeas-corpus e as garantias de magistratura aos juízes federais (vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade dos vencimentos). Consagrado artigo especial (Art. 3°) passando para a União a propriedade de uma área de 14.400 m² destinada à futura a transferência da capital do Brasil para o planalto central; A Justiça Federal era constituída por Tribunais Federais de 1.ª instância e um Supremo Tribunal Federal (art. 55). O Supremo Tribunal Federal tinha competência para apreciar a constitucionalidade das Leis Federais e das Leis e actos dos Governos estaduais (art. 59, § 1º,b). DIREITOS FUNDAMENTAIS (Direitos Básicos dos Seres Humanos) NA CF. DE 1891 - A Constituição de 1891 reproduziu e ampliou, na sua essência, os direitos fundamentais já consagrados na Constituição de 1824. No entanto, omitiu alguns direitos sociais como o direito à instrução primária e a garantia da existência de colégios e Universidades. Relativamente a garantias pessoais, instituiu-se o Habeas Corpus (art. 72, § 22) – Primeira Constituição a constar. 1890 - O CÓDIGO PENAL DA REPÚBLICA VELHA - No suceder dos anos, muitas leis extravagantes foram editadas, com o que se tornou o edifício à aplicação do código. Isto levou o Desembargador Vicente Piragibe a redigir uma consolidação das leis penais, que veio ser sancionada, como texto oficial, com esta estrutura o código de 1890 teve vigência até 1941. Recebeu muitas críticas por Difícil linguagem. O código Penal define de imediato que segue o princípio da legalidade (art. 1º) e o princípio da territorialidade (os crimes seriam julgados aonde se cometeu) para os crimes. OBS: Os 2 princípios são validos até hoje. Crime e Contravenção foram explicados neste Código, sendo diferenciado Um do outro, não pelo pressuposto da pena, mas apenas por definição, podendo inclusive causar confusão tanto relativamente a um quanto a outro, principalmente se tomarmos a doutrina atual. PRINCIPAIS ARTIGOS Art.1º Ninguém poderá ser punido por facto que nãotenha sido anteriormentequalificado crime, e nem com penas que não estejam previamente estabelecidas. o A interpretação extensiva por analogia ou paridade não é admissivel para qualificar crimes, ou applicar-lhes penas. Art.2º A violação da lei penal consiste em acção ou omissão; constitue crime oucontravenção. Art.3º A lei penal não tem effeito retroactivo; todavia o facto anterior será regido pelalei nova. (Ex nunc) o si não for considerado passivel de pena; o si for punido com pena menos rigorosa Art.4º A lei penal é applicavel a todos os individuos, sem distincção de nacionalidade,que, em territorio brazileiro, praticarem factos criminosos e puniveis. (Aplicável a todas as classes sociais) Art.7º Crime é a violação imputavel e culposa da lei penal. (Podendo ser comissivo – Ação de Conduta - ou Omissivo – Omissão de Conduta) Art.8º Contravenção é o facto voluntario punivel que consiste unicamente na violação,ou na falta de observancia das disposições preventivas das leis e dos regulamentos. (Penas de Contravenção = Menos Grave do que o Crime e penas mais amenas – Ex: Dividas) Art.9º E' punivel o crime consummado e a tentativa. (A pena pelo ato tentável era menor do que o ato consumado) Art.17. Os agentes do crime são autores ou cumplices. Art.25. A responsabilidade penal é exclusivamente pessoal. Paragrapho unico. Nos crimes em que tomarem parte membros de corporação,associação ou sociedade, a responsabilidade penal recahira sobre cada um dos queparticiparem do facto criminoso. Art.26. Não derimem nem excluem a intenção criminosa: (Que não são motivos de Isenção Penal) o a ignorancia da lei penal; o o erro sobre a pessoa ou cousa a que se dirigir o crime; o o consentimento do offendido, menos nos caso em que a lei sò a elle permitte aacção criminal. Art.27. Não são criminosos: o § 1º Os menores de 9 annos completos; o § 2º Os maiores de 9 e menores de 14, que obrarem sem discernimento; (OBS: Responde sim se tiver capacidade Intelectual) o § 3º Os que por imbecilidade nativa (Doente Mental), ou enfraquecimento senil (Idoso), forem absolutamenteincapazes de imputação; o § 4º Os que se acharem em estado de completa privação de sentidos e de intelligenciano acto de commetter o crime; o § 5º Os que forem impellidos a commetter o crime por violencia physica irresistivel, ouameaças acompanhadas de perigo actual; o § 6º Os que commetterem o crime casualmente, no exercicio ou pratica de qualquer acto licito, feito com attenção ordinaria; o § 7º Os surdos-mudos de nascimento, que não tiverem recebido educação neminstrucção, salvo provando-se que obraram com discernimento. Art.32. Não serão também criminosos: o § 1º Os que praticarem o crime para evitar mal maior; o § 2º Os que o praticarem em defesa legitima, propria ou de outrem Art.43. As penas estabelecidas neste codigo são as seguintes: o prisão cellular; (Preso dentro de Cela sem poder de sair) o banimento; o reclusão; (Tem o Direito de tomar banho de Sol) o prisão com trabalho obrigatorio; o prisão disciplinar; (Crimes Militares) o interdicção; (Pessoas consideradas loucas) o suspensão e perda do emprego publico, com ou sem inhabilitação para exercer outro; (Crime de Funcionário Público) o multa. (Pagamento em dinheiro pelo crime cometido) Art.44. Não ha penas infamantes. As penas restrictivas da liberdade individual sãotemporarias e não excederão de 30 annos. (Caso condenado em 200 anos só ficaria por 30 anos) 1916 - CÓDIGO CIVIL (Previsto na CF. de 1824) - A personalidade civil do homem começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro. (Começa a ter Direitos após o nascimento pois antes de nascer seria a Expectativa de Direito) Incapacidade relativa: 16 à 21 anos (Seria Assistido – Menor de 16 anos seria Representado) Estabeleceu locação e serviço antes de haver contratos de trabalho. (CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas) Pátrio poder (Apenas o pai exercia a decisão sobre os Filhos) Diferença de filho legítimo, ilegítimo e adotado (Legítimo: Tem todos os Direitos, Ex: Bens. Ilegítimos, filhos fora do casamento, não estes direitos) Mulher sob tutela permanente (primeiro do Pai e depois do Marido) Não havia divórcio só anulação por motivo de erro essencial quanto ao conjuge. Direitos e deveres diferentes para marido e mulher. Regimes de casamento: comunhão universal, comunhão parcial, separação de bens, e regime dotal. Propriedade com cunho patrimonialista e individual. (Protege o Patrimônio do Cidadão) Contratos deveriam observar sempre o pacta sunt servanda. (O contrato é a Lei sobre as partes) 1°CÓDIGO ELEITORAL - DECRETO Nº 21.076, DE 24 DE FEVEREIRO DE 1932 - Obra conjunta de Assis Brasil, João Crisóstomo da Rocha Cabral e Mário Pinto Leiva, que, em relação à Lei Saraiva, criou a Justiça Eleitoral no âmbito da magistratura nacional. Em sua vigência instalou-se, em 20 de maio de 1932, o Tribunal Superior Eleitoral, sob a presidência do ministro Hermenegildo Rodrigues de Barros. Este Código adotou o voto direto, obrigatório, secreto e o sufrágio universal. Principais pontos: Foi criado por Vargas; Diminuiu a idade eleitoral para 21 anos, Acabou com o voto censitário (Voto com características especifica tais como Renda, Patrimônios, não ser negro...); O voto é secreto; O voto é direto; As mulheres podem votar, mas somente com autorização do pai ou do marido; Analfabeto não podia volta; Houve a criação da justiça eleitoral, separada da comum (Especial); Este código foi revisto na constituição de 1934 com algumas diferenças (Baixou de 21 para 18 anos e as mulheres passaram a ter o voto obrigatório) PRINCIPAIS ARTIGOS Art. 1º Este Código regula em todo o país o alistamento eleitoral e as eleições federais, estaduais e municipais. Art. 2º E’ eleitor o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo, alistado na forma deste Código. (Este artigo foi a grande diferença pois homens e mulheres poderiam votar) Art. 4º Não podem alistar-se eleitores: o os mendigos; o os analfabetos; o as praças de pré (Soldados), excetuados os alunos das escolas militares de ensino superior. Parágrafo único. Na expressão praças de pré, não se compreendem: o 1º) os aspirantes a oficial e os sub-oficiais; o 2º) os guardas civís e quaisquer funcionários da fiscalização administrativa, federal ou local. Art. 5º É instituida a Justiça Eleitoral, com funções contenciosas e administrativas. (Na Capital = Rio de Janeiro) o Parágrafo único. São orgãos da Justiça Eleitoral (Instâncias): o 1º) um Tribunal Superior, na Capital da República; o 2º) um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no Distrito Federal, e na sede do Governo do Território do Acre; o 3º) juizes eleitorais nas comarcas, distritos ou termos judiciários. Art. 6º Aos magistrados eleitorais são asseguradas as garantias da magistratura federal. Art. 56. O sistema de eleição é o do sufrágio universal direto, voto secreto e representação proporcional. Art. 59. São condições de elegibilidade: o 1º) ser eleitor; o 2º) ter mais de quatro anos de cidadania (Naturalizado, exceto cargos que levam a presidência). GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934 – 1937) TEMPO DE VIGOR DA CF. DE 1934 - Ascensão de dois grandes movimentos políticos em terras brasileiras. De um lado estava a Ação Integralista Brasileira (AIB), que defendia a consolidação de um governo centralizado capaz de conduzir a nação a um “grande destino”. Esse destino,segundo os integralistas, só era possível com o fim das liberdades democráticas, a perseguição dos movimentos comunistas e a intervenção máxima do Estado na economia. De outro, os comunistas brasileiros se mobilizaram em torno da Aliança Nacional Libertadora (ANL). Entre suas principais ideias, a ANL era favorável à reforma agrária, à luta contra o imperialismo e à revolução por meio da luta de classes. Contando com esse espírito revolucionário e a orientação dos altos escalões do comunismo soviético, a ANL promoveu uma tentativa de golpe contra o governo de Getúlio Vargas. Em 1935, alguns comunistas brasileiros iniciaram revoltas dentro de instituições militares nas cidades de Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ) e Recife (PE). Devido à falta de articulação e adesão de outros estados, a chamada Intentona Comunista foi facilmente controlada pelo governo. Mesmo tendo resistido a essa tentativa de golpe, Getúlio Vargas utiliza-se do episódio para declarar estado de sítio. Com essa medida, Vargas ampliou seus poderes políticos, perseguiu seus opositores e desarticulou o movimento comunista brasileiro. Mediante a “ameaça comunista”, Vargas conseguiu anular a nova eleição presidencial que deveria acontecer em 1937. Anunciando outra calamitosa tentativa de golpe comunista, conhecida como Plano Cohen, Getúlio Vargas anulou a constituição de 1934 e dissolveu o Poder Legislativo. A partir daquele ano, Getúlio passou a governar com amplos poderes, inaugurando o chamado Estado Novo (1937 – 1945). CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1934 (Texto Site da Veja) Em julho de 1932, São Paulo se insurgiu contra o governo provisório de Getúlio Vargas, instalado um ano e nove meses antes, para exigir o retorno da ordem constitucional. A 'Revolução Constitucionalista' (para os paulistas) ou 'Contrarrevolução' (para os getulistas) foi esmagada, mas Vargas, até então hesitante, acabaria cedendo às pressões para convocá-la no ano seguinte uma nova Assembleia Constituinte. O texto foi influenciado pela Constituição alemã da República de Weimar. Estabeleceu o voto universal e secreto, o salário mínimo e a jornada de oito horas e, pela primeira vez, assegurou às mulheres o direito a participar das eleições. A Constituição Brasileira de 1934, promulgada em 16 de julho de 1934 pela Assembleia Nacional Constituinte, foi redigida "para organizar um regime democrático, que assegure à Nação, a unidade, a liberdade, a justiça e o bem-estar social e econômico", segundo o próprio preâmbulo. A Carta de 34 foi elaborada e discutida na Assembleia Nacional Constituinte inaugurada em 15 de dezembro de 1933, que era formada de 214 parlamentares, mais 40 representantes de sindicatos. Inovações da CF. de 1934 Instituiu o voto secreto (Sem fiscalização); Estabeleceu o voto obrigatório para maiores de 18 anos (Reduziu de 21, previsto no Código Eleitoral de 32, para 18); Propiciou o voto feminino, direito há muito reivindicado, que já havia sido instituído em 1932 pelo Código Eleitoral do mesmo ano (Continuou); Previu a criação da Justiça do Trabalho; Previu a criação da Justiça Eleitoral; Nacionalizou as riquezas do subsolo e quedas d'água no país (Tudo encontrado no Solo Brasileiro pertence a União e não ao proprietário das terras); De suas principais medidas, podemos destacar que a constituição de 1934: Prevê nacionalização dos bancos e das empresas de seguros (Não podendo ser Estrangeiros); Determina que as empresas estrangeiras deverão ter pelo menos 2/3 de empregados brasileiros; Confirma a Lei Eleitoral de 1932, com Justiça Eleitoral, voto feminino, voto aos 18 anos (antes era aos 21) e deputados classistas (representantes de classes sindicais); Cria a Justiça do Trabalho; Proíbe o trabalho infantil (Menores de 14 anos, já menores de 16 podiam desde que não fosse trabalho noturno. Menor de 18 e mulheres não podiam trabalhos insalubres), determina jornada de trabalho de oito horas, repouso semanal obrigatório, férias remuneradas, indenização para trabalhadores demitidos sem justa causa, assistência médica e dentária, assistência remunerada a trabalhadoras grávidas. E salario mínimo; Proíbe a diferença de salário para um mesmo trabalho, por motivo de idade, sexo, nacionalidade ou estado civil; Prevê uma lei especial para regulamentar o trabalho agrícola e as relações no campo (que não chegou a ser feita) e reduz o prazo de aplicação de usucapião a um terço dos originais 30 anos. A Constituição de 1934 ainda garante ao cidadão: • A manutenção dos princípios básicos da carta anterior, ou seja, o Brasil continuava sendo uma república dentro dos princípios federativos, ainda que o grau de autonomia dos estados fosse reduzido; • A dissociação dos poderes, com independência do executivo, legislativo e judiciário; além da eleição direta de todos os membros dos dois primeiros. O Código eleitoral formulado para a eleição da Constituinte foi incorporado à Constituição; (Defendendo sempre o Sistema de Freios e Contrapesos) • O direito de todos à educação, com a determinação de que esta desenvolvesse a consciência da solidariedade humana; • A obrigatoriedade e gratuidade do ensino primário, inclusive para os adultos, e intenção à gratuidade do ensino imediato ao primário; • O ensino religioso facultativo, respeitando a crença do aluno (Em escolas Públicas, sem obrigatoriedade); • A liberdade de ensinar e garantia da cátedra. • Que a lei não prejudicaria o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada (Proteção a Pessoa); • O princípio da igualdade perante a lei, instituindo que não haveria privilégios, nem distinções, por motivo de nascimento, sexo, raça, profissão própria ou dos pais, riqueza, classe social, crença religiosa ou ideias políticas (Todos são iguais perante a Lei); • A aquisição de personalidade jurídica, pelas associações religiosas, e introduziu a assistência religiosa facultativa nos estabelecimentos oficiais; • A obrigatoriedade de comunicação imediata de qualquer prisão ou detenção ao juiz competente para que a relaxasse e, se ilegal. requerer a responsabilidade da autoridade co-autora; • O habeas-corpus, para proteção da liberdade pessoal, e estabeleceu o mandado de segurança, para defesa do direito, certo e incontestável, ameaçado ou violado por ato inconstitucional ou ilegal de qualquer autoridade; • A proibição da pena de caráter perpétuo; • O impedimento da prisão por dívidas, multas ou custas; • A extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião e, em qualquer caso, a de brasileiros; • A assistência judiciária para os desprovidos financeiramente (O governo pagava um advogado para defender Hipossuficientes); • Que as autoridades a emitam certidões requeridas, para defesa de direitos individuais ou para esclarecimento dos cidadãos a respeito dos negócios públicos; • A isenção de impostos ao escritor, jornalista e ao professor; • Que a todo cidadão legitimidade para pleitear a declaração de utilidade ou anulação dos atos lesivos do patrimônio da União, dos Estados ou dos Municípios; • A proibição de diferença de salário para um mesmo trabalho, por motivo de idade, sexo, nacionalidade ou estado civil; • Receber um salário mínimo capaz de satisfazer às necessidades normais do trabalhador; • A limitação do trabalho a oito horas diárias, só prorrogáveis nos casos previstos pela lei; • A proibição de trabalho a menores de 14 anos, de trabalho noturno a menores de 16 anos e em indústrias insalubres a menores de 18 anos e a mulheres; • A regulamentação do exercício de todas as profissões.ORGANIZAÇÃO DO JUDICIÁRIO 1ª Instancia Justiça Distrital; Justiça Comum. Justiça Federal; Junta de Conciliação e Julgamento; Justiça Eleitoral; Justiça Especial. Auditorias Militares; 2ª Instancia Tribunal de Justiça; Justiça Comum. Tribunal Federal de Recursos; Tribunal Regional do Trabalho; Tribunal Regional Eleitoral; Justiça Especial. Tribunal Superior Militar; 3ª Instancia Supremo Tribunal de Justiça - STJ; Justiça Comum. Tribunal Superior do Trabalho; Justiça Especial. Tribunal Superior Eleitoral; Guardião da Constituição – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – STF Obs 1: No total são duas Justiças: Federal e Estadual ambas com três instancias (Não existe municipal); Obs 2: A militar só possui duas instanciais; Obs 3: A constituição definia os detentores dos poderes da seguinte forma: Executivo – Presidente Legislativo – O Congresso Judiciário – Os Juízes Na de 1937, o Executivo e o Legislativo vão para a mão do Presidente. CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1937 – ESTADO NOVO (Texto do site da Veja) A Carta de 1937 é o marco-fundador do Estado Novo. Foi escrita sob influência do fascismo e apelidada de 'polaca', pelas semelhanças com a Constituição autoritária da Polônia, de 1935. Centralizou poderes, estendeu o mandato presidencial para seis anos, reintroduziu a pena de morte e eliminou o direito de greve. Por meio dela, Vargas passou a indicar os governadores e acumulou poderes para interferir no Judiciário. Obs: A constituição de 1937 foi OUTORGADA, mas havia uma previsão de um plebiscito que não foi realizado e houve uma centralização dos poderes. A Constituição Brasileira de 1937 (conhecida como Polaca), outorgada pelo presidente Getúlio Vargas em 10 de Novembro de 1937, mesmo dia em que implanta a ditadura do Estado Novo, é a quarta Constituição do Brasil e a terceira da república de conteúdo pretensamente democrático. Será, no entanto, uma carta política eminentemente outorgada mantenedora das condições de poder do presidente Getúlio Vargas. É também conhecida como Polaca por dois motivos: por ter sido baseada na Constituição autoritária da Polônia e porque, na época, chegavam a grande número ao Brasil, fixando-se em São Paulo, buscando refugiar-se das más condições econômicas e perseguições, mulheres polonesas, muitas vezes de origem judaica, das quais algumas, para sobreviverem e sustentarem seus filhos, viram-se forçadas à prostituição, por causa dessas prostitutas polacas, para os paulistas, apelidar a constituição de 1937 de Polaca tinha uma conotação especialmente pejorativa. Foi redigida pelo jurista Francisco Campos, ministro da Justiça do novo regime, e obteve a aprovação prévia de Vargas e do ministro da Guerra, general Eurico Gaspar Dutra. A Constituição de 1937 foi a primeira republicana autoritária que o Brasil teve, atendendo a interesses de grupos políticos desejosos de um governo forte que beneficiasse os dominantes e mais alguns, que consolidasse o domínio daqueles que se punham ao lado de Vargas. A principal característica dessa constituição era a enorme concentração de poderes nas mãos do chefe do Executivo. Seu conteúdo era fortemente centralizador, ficando a cargo do presidente da República a nomeação das autoridades estaduais, os interventores. A esses, por sua vez, cabia nomear as autoridades municipais. De suas principais medidas, pode-se destacar que a Constituição de 1937 concentra os poderes executivo e legislativo nas mãos do Presidente da República; estabeleceu eleições indiretas para presidente, com mandato de seis anos; acabou com o liberalismo; admitiu a pena de morte; retirou do trabalhador o direito de greve; instituiu o voto secreto; estabeleceu o voto obrigatório para maiores de dezoito anos; propiciou o voto feminino, direito há muito reivindicado, que já havia sido instituído em 1932 pelo Código Eleitoral do mesmo ano; previu a criação da Justiça do Trabalho e da Justiça Eleitoral; nacionalizou as riquezas do subsolo e quedas d'água no país; A emenda de 2 de dezembro do mesmo ano em que a Constituição foi outorgada extinguiu todos os partidos políticos. Quase todos eram efêmeros da República Velha, pois já não restava quase nada do PRP, do PRM ou do PRL, e os demais PS, PD, UDB e outros eram formados apenas em época de eleição e costumavam dissolverem-se tão logo estas eram realizadas. Os dois únicos partidos de projeção nacional em 1937 eram o PCB (Partido Comunista do Brasil) e a AIB (Ação Integralista Brasileira), sendo que o primeiro estava na clandestinidade praticamente desde sua fundação. No novo estado também podemos dizer que houve: Fim das leis políticas e civis: fim de greves, não poderia aprender língua estrangeira nas escolas, controle dos sindicatos, sem eleições para o legislativo e executivo. Não estiveram de pé os Direitos Humanos. A magistratura perdeu suas garantias (art.177). Um tribunal de exceção, o Tribunal de Segurança Nacional, passou a ter competência para julgar os crimes contra a segurança do Estado e a estrutura das instituições (art.172). Leis eventualmente declaradas contrárias à própria Constituição autoritária, ainda assim podiam ser validadas pelo Presidente. A Constituição declarou o país em Estado de emergência (art.186), com suspensão da liberdade de ir e vir, censura da correspondência e de todas as comunicações orais e escritas, suspensão da liberdade de reunião, permissão de busca e apreensão em domicílio (art.168). Enfim, muitas garantias individuais, até mesmo aquelas que não representavam risco algum ao regime vigente, perderam sua efetividade. DOS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS – CF 1937 – OBS: Repare que mesmo com este artigo em vigor, os direitos e garantias eram dados a população, mas sempre com alguma coisa que ficava a entendimento do estado. Art 122 - A Constituição assegura aos brasileiros e estrangeiros residentes no País o direito à liberdade, à segurança individual e à propriedade, nos termos seguintes: 1º) todos são iguais perante a lei; 2º) todos os brasileiros gozam do direito de livre circulação em todo o território nacional, podendo fixar-se em qualquer dos seus pontos, aí adquirir imóveis e exercer livremente a sua atividade; 3º) os cargos públicos são igualmente acessíveis a todos os brasileiros, observadas as condições de capacidade prescritas nas leis e regulamentos; 4º) todos os indivíduos e confissões religiosas podem exercer pública e livremente o seu culto, associando-se para esse fim e adquirindo bens, observadas as disposições do direito comum, as exigências da ordem pública e dos bons costumes; 5º) os cemitérios terão caráter secular e serão administrados pela autoridade municipal; 6º) a inviolabilidade do domicílio e de correspondência, salvas as exceções expressas em lei; 7º) o direito de representação ou petição perante as autoridades, em defesa de direitos ou do interesse geral; 8º) a liberdade de escolha de profissão ou do gênero de trabalho, indústria ou comércio, observadas as condições de capacidade e as restrições impostas pelo bem público nos termos da lei; 9º) a liberdade de associação, desde que os seus fins não sejam contrários à lei penal e aos bons costumes; 10) todos têm direito de reunir-se pacificamente e sem armas. As reuniões a céu aberto podem ser submetidas à formalidade de declaração,podendo ser interditadas em caso de perigo imediato para a segurança pública; 11) à exceção do flagrante delito, a prisão não poderá efetuar-se senão depois de pronúncia do indiciado, salvo os casos determinados em lei e mediante ordem escrita da autoridade competente. Ninguém poderá ser conservado em prisão sem culpa formada, senão pela autoridade competente, em virtude de lei e na forma por ela regulada; a instrução criminal será contraditória, asseguradas antes e depois da formação da culpa as necessárias garantias de defesa; 12) nenhum brasileiro poderá ser extraditado por governo estrangeiro; 13) não haverá penas corpóreas perpétuas. As penas estabelecidas ou agravadas na lei nova não se aplicam aos fatos anteriores. Além dos casos previstos na legislação militar para o tempo de guerra, a lei poderá prescrever a pena de morte para os seguintes crimes: a) tentar submeter o território da Nação ou parte dele à soberania de Estado estrangeiro; b) tentar, com auxilio ou subsidio de Estado estrangeiro ou organização de caráter internacional, contra a unidade da Nação, procurando desmembrar o território sujeito à sua soberania; c) tentar por meio de movimento armado o desmembramento do território nacional, desde que para reprimi-lo se torne necessário proceder a operações de guerra; d) tentar, com auxilio ou subsidio de Estado estrangeiro ou organização de caráter internacional, a mudança da ordem política ou social estabelecida na Constituição; e) tentar subverter por meios violentos a ordem política e social, com o fim de apoderar-se do Estado para o estabelecimento da ditadura de uma classe social; f) o homicídio cometido por motivo fútil e com extremos de perversidade; 14) o direito de propriedade, salvo a desapropriação por necessidade ou utilidade pública, mediante indenização prévia. O seu conteúdo e os seus limites serão os definidos nas leis que lhe regularem o exercício; 15) todo cidadão tem o direito de manifestar o seu pensamento, oralmente, ou por escrito, impresso ou por imagens, mediante as condições e nos limites prescritos em lei. 16)dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal, na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar; 17) os crimes que atentarem contra a existência, a segurança e a integridade do Estado, a guarda e o emprego da economia popular serão submetidos a processo e julgamento perante Tribunal especial, na forma que a lei instituir. Questões trabalhistas Proibição das greves, recurso antipatriótico. Sindicatos atrelados ao Estado Criação do serviço de alimentação e previdência social que dá origem aos institutos de previdência social Imposto sindical obrigatório CÓDIGO PENAL BRASILEIRO DE 1940 - O código penal vigente no Brasil foi criado pelo decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, pelo então presidente Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo. O atual código é o 3º da história do Brasil e o mais longo em vigência, os anteriores foram os de 1830 e 1890. O Decreto instituidor é o Decreto - Lei 2.848 de 07/12/1940, sendo que a Lei de Introdução ao Código Penal e a Lei de Contravenções Penais, se incorporaram posteriormente através do Decreto - Lei 3.914 de 09/12/1941. Modificações importantes ocorreram a partir da vigência da Lei 7.209 de 11/07/1984. O CP também é composto pela Parte Geral e Especial, de forma semelhante ao Código Civil. Entretanto, no Código Penal, no que se refere à Parte Geral são descritos e explicitados os conceitos e as compreensões gerais sobre os seguintes aspectos: Aplicação da Lei Penal, Do Crime, Da Imputabilidade Penal, Do Concurso de Pessoas, Das Penas, Das Medidas de Segurança, Da Ação Penal, Da Extinção de Punibilidade. Na Parte Especial é exatamente a tipificação do crime e a pena relativa. PENAS PRINCIPAIS o RECLUSÃO o DETENÇÃO o MULTA ACESSÓRIOS o PERDA DE FUNÇÃO o INTERDIÇÕES DE DIREITOS o PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA (Textos da Veja) CONSTITUIÇÃO DE 1946 A vitória dos aliados na II Guerra Mundial expôs a contradição do Estado Novo: na Europa, a ditadura de Getúlio Vargas havia engrossado a frente contra o fascismo; no Brasil, apoiava-se em uma Carta inspirada naquele regime. Encurralado, Getúlio entregou o cargo em 1945. No ano seguinte, o país ganhava uma nova Constituição, que proporcionaria um respiro democrático de 18 anos. O novo marco legal, promulgado sob a presidência de Eurico Gaspar Dutra (que havia sido ministro da Guerra de Getúlio), retomou diversos pontos da Carta de 1934, reassegurando a livre expressão e os direitos individuais. CONSTITUIÇÃO DE 1967 Três anos após o golpe de 1964, os militares patrocinaram uma nova Constituição, enterrando as previsões democráticas da Carta de 1946. O texto restringia a organização partidária, concentrava poderes no Executivo, impunha eleições indiretas para presidente e restabelecia a pena de morte. O arcabouço legal da ditadura militar seria remendado nos anos seguintes por sucessivos decretos: mais 13 atos institucionais, 67 complementares e 27 emendas. O mais notório, o AI-5, decretado em 1968, suspendeu as mais básicas garantias, como o direito ao habeas corpus. Foi revogado dez anos depois, em 1978. Já a Carta de 1967 duraria outros dez anos. CONSTITUIÇÃO DE 1988 A ditadura já havia caído e, após a presidência de cinco militares, o país tinha de novo um civil à frente do governo, José Sarney. Faltava o marco legal que livrasse o país do entulho autoritário. Em 1º de fevereiro de 1987, um domingo, foi instalada a Assembleia Constituinte, que seria presidida por Ulysses Guimarães. Em 5 de outubro de 1988, uma quarta-feira, foi promulgada a nova Carta. Para espantar o fantasma do regime militar, o texto ganhou forte acento “garantista”. Estabeleceu ampla liberdade política e de imprensa, restabeleceu o equilíbrio entre os poderes e fixou direitos individuais. Mas para além das garantias fundamentais, o texto enfileirou uma série de direitos que custam a sair do papel. Tendo cedido ao assédio dos mais diversos grupos de interesse, resultou prolixa, ambígua, paternalista e, especialmente no campo econômico, desastrada, o que exigiu dezenas de remendos. Certamente não é a Constituição ideal. Mas nem seus críticos questionam sua legitimidade. Bem ou mal, o texto proporcionou o mais longo período ininterrupto de democracia que o país já atravessou. Não é o caso, portanto, de ceder à tentação de reformá-la em grandes blocos, muito menos de deitar abaixo o edifício inteiro. É o caso de depurá-la, segundo os mecanismos que ela mesma prevê. DIREITOS FUDAMENTAIS Começamos no Brasil a ter uma inserção dos Direitos Fundamentais na constituição de 1824, no Art. 179, o ultimo artigo da CF de 1824. Todas as nossas constituições posteriores mantiveram estes direitos com uma diferença de que ele passou a ser inserido mais ao inicio com, por exemplo, a de 1988 onde eles estão contidos no Art. 5º. CONSTITUIÇÃO DE 1824 E 1937 - OUTORGADAS As duas foram outorgadas. As duas tinham em vista a centralização dos poderes, porém a de 1824 foi feita por um monarca que está inserido em uma monarquia absoluta, era a favor de uma monarquia constitucional. D. Pedro aceita algumas limitações dos poderes e a inserção dos direitos fundamentais (Art. 179). Era Outorgada pois D. Pedro era um Monarca mas foi liberal já a de 1937 foi outorgada com caráter Ditatorial tendo repressão ao povo pelo estado. 1
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