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VIRUS DA CINOMOSE CANINA ORDEM: Mononegavirales FAMÍLIA: Paramyxoviridae SUBFAMÍLIA: Paramyxovirinae GÊNERO: Morbillivirus CARACTERIZAÇÃO DO VIRUS: Possui estrutura esférica ou filamentosa. O capsídeo viral fica organizado numa estrutura helicoidal que guarda o RNA e o complexo transcriptase. Seu genoma é composto por uma molécula de RNA de fita simples de polaridade negativa não segmentado. Ele possui 6 genes que codificam 8 proteínas virais, sendo 2 não estruturais e 6 estruturais. Esta estrutura é externamente circundada por uma bicamada lipídica (envelope) que é originada da membrana celular da célula hospedeira. Como outros vírus envelopados ele é inativado por solventes lipídicos como clorofórmio e éter. Também são inativados por formalina, fenol, agentes oxidantes e soluções de hipoclorito. Além disso, o calor e a radiação ultravioleta o destroem rapidamente. O vírus é sensível também a faixas de pH inferiores a 4,5 e superiores a 9,0. O vírus é inativado após 30 minutos sob temperaturas de 50 a 60ºC, pode sobreviver por até 3 horas em temperatura ambiente e por meses quando congelado. Possui a capacidade de permanecerem várias semanas em temperaturas entre -4 e 0 ºC, característica que permite que o vírus sobreviva por longos períodos em ambientes frios e secos. CINOMOSE CANINA EPIDEMIOLOGIA O vírus da cinomose é transmitido através de secreções e excreções de animais contaminados e é altamente contagiosa em cães e outros carnívoros. Ela causa uma infecção generalizada que acomete vários sistemas de órgãos. É observado uma grande incidência de infecção pelo vírus entre os filhotes com idade entre 60 a 90 dias, que é justificado devido à diminuição dos anticorpos maternais nesse período. PATOGÊNESE Após a inalação da partícula viral ela se aloja no sistema respiratório e se replica no epitélio linfoide, e com isso observa-se a primeira elevação da temperatura corporal. Após a multiplicação inicial, o vírus é transportado por linfócitos para todos os tecidos linfoides (baço, timo, linfonodos, medula óssea) causando uma viremia primária. Entre o 7º e o 14º dia, o animal pode produzir uma resposta humoral e celular e se recuperar sem maiores transtornos, mas isso vai depender da sua condição imune e da cepa envolvida. Animais sem essa capacidade irão desenvolver a doença, ocorrendo a dispersão do vírus pelo trato digestório, respiratório e nervoso central. Os sinais clínicos são variados, entre eles incluem: diminuição do apetite, febre, infecções respiratórias, dispneia, tosse, descarga oculonasal mucopurulenta, incoordenação motora, ataques convulsivos, hiperqueratose, tremores, torcicolo, e rigidez cervical. Animais que chegam a apresentar sinais neurológicos costumam não sobreviver ou permanecem com alguma sequela. CONTROLE O controle pode ser feito através da administração de vacinas e elas devem ser administradas em filhotes depois da imunidade materna ter declinado, aproximadamente após 12 semanas de idade.
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