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Antropologia: Autores e Culturas Indígenas

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Etinicidade
Frederick Barth
 Nasceu em 22 de dezembro de 1928, em Lepzig na Alemanha.
 Atualmente é professor do Departamento de Antropologia da Universidade de Boston.
“Grupos Étnicos e suas fronteiras” 
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“Grupos Étnicos e suas fronteiras”
Aborda 3 principais pontos nos ensaios desta obra:
1- Define os grupos étnicos como categorias de atribuição e identificação realizadas pelos próprios autores, organizando assim a interação entre as pessoas;
2- Explora os diversos processos que parecem estar envolvidos na geração e manutenção desses grupos;
3- Desloca-se o foco de investigação interna aos grupos para as fronteiras étnicas e manutenção delas.
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 “Eu tenho proposto que as fronteiras são igualmente mantidas entre as unidades étnicas e que, consequentemente é possível especificar a natureza da continuidade e a persistência de tais unidades. Os ensaios tentaram mostrar que as fronteiras étnicas, em cada caso, são mantidas por um conjunto imitado de traços culturais. Assim, a persistência da unidade depende da persistência dessas diferenças culturais, ao passo que sua continuidade pode igualmente ser especificada por meio das mudanças da unidade resultantes das mudanças nas diferenças culturais definidoras da fronteira” 
Barth, Frederick.
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Principais autores
Viveiros de Castro 
 (A Inconstância da Alma Selvagem - Editora: Cosac & Naify, 2002)
Roberto Cardoso de Oliveira 
(A Sociologia do Brasil Indígena - Edições Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, 1972)
Fredrik Barth 
(Grupos étnicos e suas fronteiras - Editora UNESP, 1998)
Maria Manuela Ligeti Carneiro da Cunha
(Direito dos Índios - São Paulo- Editora Brasiliense, 1987) 
Abner Cohen 
(O homem bidimensional - Editora Zahar, 1978)
Livio Sansone
(Etnicidade na América Latina: um debate sobre raça, saúde e direitos reprodutivos - Editora Fiocruz, 2004)
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Viveiros de Castro
Obra: A inconstância da alma selvagem
Movimento Gota D’água
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A inconstância da alma selvagem
		Coletânea de artigos publicados pelo autor acrescidos e até fundidos de modo a lhes dar mais destaque.
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Video
http://www.youtube.com/watch?v=4UpAr8wYJAY&hd=1
Vou baixar, e vou levar no pendrive, alguém ai podia baixar de seguraça
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Roberto Cardoso de Oliveira
Contribuição para a etnologia e na defesa do índio;
Trabalhou no Serviço de Proteção ao índio;
Antropólogo no museu do índio;
Pesquisas de campo.
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Pesquisas de campo
Índios Terêna: 1955 (cinco meses); 1957 (dois meses); 1958 (dois meses); 1960 (dois meses).
Índios Tapiraré: 1957 (dois meses).
Índios Tukuna: 1959 (dois meses); 1962 (três meses); 1975 (um mês).
Índios Tarascos (México): 1973 (três meses).
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Xingu
Na década de 1940, dois irmãos se disfarçaram de sertanejos e viajaram ao Mato Grosso para estudar a população indígena local. Anos mais tarde, eles tiveram a iniciativa de fundar o Parque Indígena do Xingu.
Arawak;
Kuikuro;
Kalapálo;
Nahukuá;
Matipú;
Txikao;
Mehináku;
Waurá;
Yawalapití;
Awetí;
Kamaiurá;
Juruna;
Kayabí;
Trumãi;
Suiá;
Menbengokrê;
 Panará.
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Colonização e Redução de Tribos no Xingu
De acordo com estudos arqueológicos a primeira ocupação aconteceu no século IX DC. As tribos chegaram com indústrias cerâmicas evoluídas, parecidas com as produzidas pela população arawak. 
 Escavações em doze sítios pré-históricos na região do Xingu atestam que as aldeias das épocas eram pelo menos dez vezes maiores do que as existentes na atualidade.
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Linguagem nas Tribos do Xingu
Os aproximados seis mil índios da região trazem quatro diferentes famílias lingüísticas (macrojê, macrotupi, caribe e aruaque).
Os aproximados seis mil índios da região trazem quatro diferentes famílias lingüísticas (macrojê, macrotupi, caribe e aruaque).
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Música Nas Tribos do Xingu
Algumas tribos acreditam que as músicas servem para afastar os maus espíritos. De acordo com a crença, as mulheres realizam rituais cantando para proteger os homens que estão nas florestas em busca de alimento à tribo. Momentos de comemorações também fazem o povo indígena cantar e dançar.
As flautas uruás ou taquaras possuem quase um metro e meio de altura. Os índios tocam o instrumento que possui alto poder sonoro. 
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Rituais
Aqui, acho q poderia verificar só a questao mais cultural, tipo a prova relacionando a cultura e doença...
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Alimentação
Os povos indígenas dedicam grande parte do seu tempo em atividades relacionadas à alimentação, porque é preciso obter ou produzir os próprios alimentos. 
Os pratos típicos dos povos indígenas mais conhecidos são: Tapioca, pirão, pipoca, beiju. As mulheres sempre preparam os alimentos e os homens caçam e pescam.
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Medicina
Nas aldeias indígenas de uma forma geral o tratamento e cura de doenças é feita pelos curandeiros ou pajés que possuem práticas mágicas. As crenças indígenas são baseadas nos poderes espirituais que também podem ser utilizados como cura e cada grupo indígena tem o seu processo de cura. 
Por exemplo, os xamãs são uma espécie de médico-pajé que entram em estado de êxtase (a alma sai do corpo e e percorre vários lugares). 
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 Alta qualidade de vida
Segundo a Fundação Nacional do Índio, há plantas e ervas que possuem efeito quando utilizados, e, através dos conhecimentos dos índios brasileiros das espécies de plantas há uma contribuição tanto para a cura de diversas doenças, quanto para a caça e pesca, na fabricação de objetos e outros elementos. Há índios que sabem como utilizar as plantas de forma adequada, a partir disso vemos a criação de produtos da floresta, desde remédios até cosméticos.
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Sociedade Indígena
Entre os indígenas não há classes sociais . Todos têm os mesmo direitos e recebem o mesmo tratamento. A terra, por exemplo, pertence a todos e quando um índio caça, costuma dividir com os habitantes de sua tribo. Apenas os instrumentos de trabalho (machado, arcos, flechas, arpões) são de propriedade individual. O trabalho na tribo é realizado por todos, porém possui uma divisão por sexo e idade. 
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		Duas figuras importantes na organização das tribos são o pajé e o cacique.O pajé é o sacerdote da tribo, pois conhece todos os rituais e recebe as mensagens dos deuses. 
		Ele também é o curandeiro, pois conhece todos os chás e ervas para curar doenças. Ele que faz o ritual da pajelança, onde evoca os deuses da floresta e dos ancestrais para ajudar na cura. O cacique, também importante na vida tribal, faz o papel de chefe, pois organiza e orienta os índios.
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		O poder do líder é limitado por um conselho de homens formado pelos mais experientes e pelos chefes das maiores famílias da comunidade.
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Grupo doméstico e formado por irmãos e suas respectivas famílias,sendo o líder chamado de “dono da casa”;
Nos primeiros anos de casamento, o marido deve residir na casa dos sogros, pagando em serviços pela cessão da filha destes. Cumprido esse período, em geral o casal vai morar na casa de origem do marido;
O casamento preferencial é, idealmente, entre primos cruzados;
A casa-dos-homens.no Xingu, ela está aberta a todos os membros masculinos da aldeia, independentemente da idade;
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Divisão do Trabalho
As mulheres são sempre responsáveis por coletarem os alimentos na mata, plantam e colhem os produtos agrícola e o artesanato; 
E os homens pela caça,pesca e construção das casas,como citado no estudo de Murphy (1960);
As principais atribuições do dono da casa são a transmissão das solicitações do líder da aldeia ao seu grupo doméstico com relação às tarefas cotidianas, que também são por ele coordenadas;
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Educação na aldeia
Os pequenos índios,chamados de curumins,aprendem desde pequenos observando os adultos e treinando desde cedo;
Portanto a educação indígena é bem prática e vinculada a realidade da vida da tribo indígena;
Quando atinge os 13 os 14 anos, o jovem passa por um teste e uma cerimônia para ingressar na vida adulta;
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Os professores produzem os seus próprios livros didáticos nas línguas
índigenas e na língua portuguesa;
Atualmente a educação índigena é realizada pelos professores não-indios, porém, eles sentem a necessidade de educar e conscientizar seus jovem com professores da própria tribo;
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Visão Antropológica
Alto Xingu é um caso privilegiado, pois lá encontramos, até hoje, formas bem definidas de chefia e de hierarquia, bem como uma intensa ritualização de um poder cosmo-político (Carlos Fausto - Entre o passado e o presente: Mil anos de história indígena no Alto Xingu).
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	Em 1936 aproximadamente,Claude Lévi-Strauss registrou as sociedades indígenas que, apesar de não dominarem a escrita, se expressam culturalmente por meio de seus objetos artesanais, trajes, objetos artísticos e utensílios, por meio de seus mitos contados oralmente e passados através de gerações, e pelas pinturas de rostos e corpos o que levou ao reconhecimento de uma “forma de organização social sofisticada” e não primitiva, como era a visão da época.
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No Xingu as unidades étnicas persistem como grupos tribais,como mencionado;
“É como afirmar que, se os índios não tivessem nada de interessante para nós, poderíamos acabar com eles”.
Viveiros de Castro
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"Para mim se você é Índio, você é Índio.Não é necessário se paramentar, andar de mocassim, vestir o cocar ou qualquer outra "roupa" para ser Índio." 
Cecilia Mitchell, MOHAWK
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Mudanças Culturais
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Na década de 1950, a população do estado do Mato Grosso representava 0,41%, até chegar a 1,5% no ano 2000.
Passou de 212.649 habitantes, para 2.504.353. 
População
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 Antigamente os únicos meios de acesso ao Parque eram por avião, que aterrisavam nas pistas existentes nos postos dentro do Parque;
 No inicio da década de 90, ocorreu a criação dos postos de fronteira. Entretanto, o que tinha o objetivo de fiscalizar, acabou por criar também pontos de saída e entrada no Parque;
 Antes a viagem até Brasilia era de um dia a barco e três a pé;
 Atualmente o caminho leva apenas um dia, de barco a motor, objeto de grande aquisição;
 Multiplicaram-se também as pistas de pouso de avião.
Pontos de entrada e Deslocamento
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 Em 1985, eram raríssimos eram os índios que falavam o Português;
 Hoje é raro encontrar quem não fala;
 Os jovens saem para estudar nas cidades, alguns chegam a cursar faculdade;
Dialeto
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Vestuário;
Uso do “beiço de pau”.
Ornamentos Corporais
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 Baseada no que eles plantavam, coletavam, pescavam ou caçavam;
 Gradativamente vem ganhando espaço alimentos industrializados da cidade, como massas, doces, açúcar, refrigerante, entre outros;
Este contato com alimento da cidade tem o impacto primeiro na saúde:
Cáries;
Diabetes;
Diarréia;
Hipertensão arterial e derrame.
Alimentação
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 Aumento do fluxo de pessoas da cidade para dentro do Parque;
 Transformações culturais;
 A Introdução do dinheio;
 Bens de consumo;
Mudança em festas e ritos.
Ecoturismo
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 Maior movimento de barcos poluindo as águas;
 Um maior volume de peixes que os índios tem que pescar para poder alimentar os visitantes;
 Dejetos deixados pelos turistas.
Problemas Ambientais
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Problemas Da Comunidade Xingu
"Estamos muito preocupados não só pelo desmatamento no entorno, mas por causa dos rios, que é a vida para nós. Tudo sai de lá, os peixes... Nosso sustento vem de lá. Quando eles [os produtores] tiram a mata ciliar, eles plantam [soja] até a beira do rio. Eles fazem um barranco alto para o rio não invadir a plantação. Mas quando dá chuva ou enxurrada, carrega tudo pro rio".", 
MairawëKaiabi, presidente da Associação Terra Indígena Xingu.
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 "Acho estranho a idéia de progresso do branco. Porque eu vejo tanto sofrimento aí nesse mundo ... Progresso, seria se não deixassem ninguém comer no lixo, dessem comida para todos, que todo mundo tivesse lugar para dormir, lugar para ficar, ter uma casinha. Eu vejo muita gente aí passando fome. Então, para mim isso não é progresso. O progresso pro índio não significa nada. O que trouxe pra nós? Ficamos aí esperando que se faça alguma coisa pros índios, garanta a terra pros índios e não acontece. Não tem estrutura para atender a comunidade indígena. Então eu não vejo nada ..."
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MairawëKaiabi (centro), na sede da Atix, em Canarana, durante o planejamento da expedição.
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Usina Hidrelétrica de Belo Monte 
Localizada no Rio Xingu(PA), o projeto inicial (1970) previa a construção de seis grandes usinas ao longo do Rio Xingu. 
O conjunto de barragens alagaria uma área de 20 mil Km², equivalente ao estado de Sergipe.
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Após reivindicações de Índigenas , população ribeirinha, movimento socioambientalista brasileiro (1989) e a grande repercussão mundial, projeto inicial foi modificado, passando para uma área de 600Km².
Os movimentos sociais e as lideranças indígenas da região são contrários á obra porque consideram que os impactos socioambientais não estão suficientemente mencionados.
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“Aqui (Palácio do Planalto) não é a nossa casa. Nossa casa é a aldeia, que nós queremos proteger das usinas do governo, que se porta sim como nosso inimigo. Se fosse nossa casa daqui não sairia esse tipo de projeto!” 						
						Valdenir Munduruku. 
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Projeto Gota D’água
Vídeo
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Composição Etnica do Brasil 
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Caracterizado pela miscigenação (mistura entre grupos étnicos);
 Resultado de aproximadamente 500 anos de historia.
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Principais grupos que aconteceu a mistura:
Os índios (povos nativos);
Brancos (sobretudo portugueses);
Negros (escravos).
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		Devido a mistura das raças, formou-se um povo composto por :
 Brancos;
 Negros;
 Indígenas;
 Pardos;
 Mulatos;
 Caboclos; 
 Cafuzos. 
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