Buscar

Febre aftosa

Prévia do material em texto

Febre Aftosa
Doença infecciosa viral aguda, altamente contagiosa, que acomete animais biungulados (que se apoia em dois dedos). Se caracteriza pela presença de lesões vesiculares e aftas, principalmente em bovinos. Grande importância econômica.
Virus epiteliotropico. Se replica em tecidos não importantes, ou seja, epitélio. A reprodução viral é tao intensa que destrói a célula. Formação de vesículas, com bolhas de líquidos, que será rica em vírus. Quando se rompe o conteúdo vai para o ambiente. 
Fatos a Considerar
Importancia econômica. O Brasil possui o maior rebanho comercial do mundo, com animais de baixo custo de produção. O Brasil é o 2 maior produtor de carne. 
O estado de SC não precisa mais de vacinação (ago/2017). Rondonia está prevista a suspensão para 2018. A maioria dos estados são livres com a vacinação. Amazonas e Amapá está na fase de erradicação. 
Com aftas, a alimentação fica comprometida. Ferimentos nas unhas e cascos dificulta o andar. E assim, não há produção de lã e leite. Não mata, mas causa prejuízo econômico.
Há 7 tipos de vírus circulante: O, A, C (nas Americas). SAT1, SAT2, SAT3 (Africa), Asia 1 (Asia); 
Virus resistente às condições ambientais. Refrigeração conserva melhor. Inativado a temp maiores 50graus e ph <6 e >9. Resistente a desinfetantes: Iodóforos, amônia quartenaria, hipoclorito e fenol, éter (orgânicos). Inativado pelo hidróxido de sódio 2%, carbonato de sódio 4%, ac. Cítrico 0,2% e formol, ou seja, subst. Acida e alcalinas, que desregulam o ph. 
Resistencia e persistência nas carcaças: sobrevive na medula óssea em ph neutro. Medula óssea congelada por 5 a 7 semanas. Destruido no musculo quandoo pf < que 6 (após rigor mortis) 
Resistencia ambiental: No solo, na ausência de luz solar direta: 2 a 5 semanas. Na silagem, pode ficar inviável mais de 1 mês. 
Mortalidade baixa ( < 5%), exceto animais jovens com baixa imunidade. Morbidade alta (em torno de 100%). Todos os solípedes são resistentes. Camelídeos menos susceptíveis (nem todos os animais adoecem)
Fontes de infecção: animais infectados, portadores (em incubação, covalescentes ou não). Bovinos podem ser portadores por até 30 meses, ovinos 9 meses, suínos 1 mês. Transmissão por via direta ou indireta, por aerossóis, fomites contaminados, POA: carne e derivados com ph>6. Transmissão aérea por mais de 60km em climas temperados. 
PATOGENIA
A principal porta de entrada é a mucosa respiratória.Se replica na porta de entrada, provoca minúsculas vesículas, produz o vírus, cai na circulação, e o vírus sai na saliva também. Vai para os órgãos de reprodução primaria (medula óssea, baço, fígado), pois tem células inativas. Depois vai para os órgãos alvos, que são o que tem epitélio. Vai para o coração, rumen. Há multiplicação nos tetos também. 
SINTOMATOLOGIA
Febre, anorexia, sialorréia, pelos arrepiados, queda na prod de leite por 2 a 3 dias. Movimentos de ranger de dentes, claudicação. Recuperação em 8 a 15 dias.
Vesiculas: Lingua, gengivas, narinas, palatos, narinas, bochechas, rodete coronários, espaço interdigital. Há o descolamento do epitélio. É uma zoonose, mas causa poucas lesões em humanos. 
Só observando as lesões, não há diagnotisco, pois pode ser confundido com estomatite.
Internamente, observa-se lesões nos pilares do rumen e degeneração do miocáridio. 
SUINOS 
As lesões ocorrem nos cascos, causando claudicação. Causa desprendimento da pele da pata. A infecção vai para a parede laminar. 
OVINOS 
Enfermidade leve, lesões menos pronunciadas, vesículas na boca. 
DIAGNOSTICO 
Clinico não é definitivo. Pode ser confundido com estomatite vesicular (bov), Exantema vesicular e doença vesicular dos suínos. 
Dagnostico laboratorial: 
Identificar o agente: Fixação de complemento diferencia febre aftosa de outras estomatites
Elisa indica os tipos de vírus da febre aftosa. É mais sensível.
Enviar para laboratórios credenciados. 
Quando as amostras não forem possível de serem coletasas: fluido esofágico faringeano colhido por meio do copo de Probang. Pequena aste metálica com um copinho na ponto, introduz no esofado, faz pequenos movimentos de vai e vem, e assim extrai o muco. 
Estomatite Vesicular: ocorrência em equinos. Propagação mais lenta. Doença americana. 
PREVENÇÃO E CONTROLE
Organização de serviço veterinários, vacinação obrigatorioa, notificação compulsória, assistência a focos. 
Vacina inativada. Antigeno + adjuvante oleoso. Oleoso é melhor, pois não libera o antígeno de uma vez só pro organismo, demora para digerir, e assim aumenta o tempo de imunidade do organismo. 
Estrategia de Vacinação
E. 1: vacinação semestral de todos os animais, em etapas com duração de 30 dias. Inclui a Zona de Alta Vigilancia do Mato grosso do Sul
E. 2: vacinação semestral de animais com até 24 meses de idade e, anual para animais com mais de 24 meses
E. 3 vacinação semestral de animais com até 24 meses...
Retirada da Vacinação. Divisão do país em 5 blocos. De maneira gradual vai suspender a vacinação. Até 2023.

Continue navegando