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Materiais Dentários - Elastômeros

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Elastômeros
Elastômeros são um grupo de polímeros borrachudos, cujas ligações cruzadas são químicas ou físicas. Eles podem ser facilmente esticados e voltar paras suas dimensões originais quando a tensão é removida.
Dos elastômeros químicos, temos 4 materiais principais: polisulfeto, silicone de polimerização por condensação, silicone de polimerização por adição e poliéter.
Todos são capazes de replicar tecidos intra e extraorais com precisão necessária para a produção de próteses removíveis ou fixas.
Os elastômeros são introduzidos na boca sob forma de pasta viscosa, e a reação de presa os converte em sólidos viscoelásticos.
Os elastômeros são os mais precisos para prótese fixa. Apesar de não ser tão constante volumetricamente quanto a Pasta de OZE, é escolhido pois é flexível, podendo ser usado para pacientes dentados. Não usa-se alginato em virtude da sua variação de volume.
Propriedades viscoelásticas
O material de moldagem ideal deve precisamente moldar estruturas orais, ser facilmente removível da boca sem que haja distorção e permanecer estável dimensionalmente após o despejamento do gesso no molde.
Um comportamento viscoelástico está situado entre o comportamento de um sólido elástico e o de um líquido viscoso – um sólido elástico deforma prontamente sob uma força, e a deformação será totalmente revertida quando a carga é removida; já um líquido viscoso não deforma imediatamente após a submissão a uma carga, mas deforma gradativamente com o passar do tempo se a carga é mantida, e o material não retorna à estrutura original.
Polisulfeto (Mercaptanas)
O principal componente do elastômero de polisulfeto é uma Mercaptana multifuncional (-SH) ou polímero de polisulfeto. 
Um agente oxidante, como o óxido de chumbo é usado como iniciador da polimerização através da união das porções terminais –SH, seja aumentando a cadeia polimérica ou formando reações cruzadas – ao final da espatulação, quando a reação de presa atinge o seu máximo, uma rede resiliente começa a se formar. Com o fim da presa, um material de elasticidade e resistência adequados é formado.
Sob condições de calor e umidade, a reação de presa do polisulfeto é acelerada.
A reação de presa resulta na produção de um subproduto: a água.
O material pode ser adicionado de agentes de carga (como dióxido de titânio) para aumentar a resistência, agente plastificante (como ftalato dibutila) para conferir viscosidade ao material, pequena quantidade de enxofre (odor característico) para acelerar a presa, ácidos oleico ou esteárico para retardar a reação de presa.
Silicona de condensação
A formação deste elastômero ocorre pela ligação-cruzada entre os grupos terminais do polímero de silicone e o silicato de etila, formando uma rede tridimensional.
O álcool etílico é um subproduto da reação de condensação, e a sua evaporação, provavelmente, é motivo da contração que a silicona de condensação sofre.
Foram desenvolvidos produtos mais resistentes, ricos em agentes de carga, com objetivo de reduzir a contração do material.
Silicona de adição
Nesta reação, não há formação de subprodutos, contanto que as proporções de estejam corretas. Porém, poderá haver segunda reação entre a umidade e resíduos de hidridos, que podem levar à produção de gás hidrogênio.
A reação de polimerização ocorre entre os polímeros de silicona nos seus agrupamentos etilenos ou vinílicos terminais.
Este gás hidrogênio pode levar à formação de bolhas e, portanto, os fabricantes podem adicionar platina ou paládio, que irão capturar o gás hidrogênio liberado.
Uma forma mais clínica de driblar a liberação de hidrogênio é esperar 1 hora para vazar o material de impressão.
Deve-se evitar o uso de luvas de látex ao se utilizar silicona de adição, pois o enxofre presente nas luvas inibe a reação de presa do elastômero.
Adiciona-se surfactante para que a superfície do material torne-se hidrofílica.
São, dentre os elastômeros, as de maior estabilidade dimesional, menor contração de polimerização e maior recuperação elástica.
Poliéter
Um éster sulfonado aromático age como iniciador das ligações cruzadas e da polimerização. Nesta reação, não há formação de subprodutos.
O elastômero de poliéter é hidrófilo, com baia resistência ao rasgamento e bastante rígido.
Fatores que alteram a estabilidade dimensional dos elastômeros
Contração de polimerização
Perda de subproduto (água ou álcool) durante a polimerização
Contração térmica por mudança de temperatura da boca para a temperatura ambiente
Embebição
Recuperação elástica incompleta em função de comportamento viscoelástico

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