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Odontopediatria Aula 3 – Traumatismos de tecidos de sustentação

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Núcleo de Telessaúde Técnico-Científico do Rio Grande do Sul 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS 
Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - PPGEPI 
Faculdade de Medicina - FAMED 
Curso de Odontopediatria 
Trauma Dental - Módulo 4 – Aula 3 – Traumatismos de 
tecidos de sustentação 
Silvana Gonçalves Bragança 
 
Traumatismos de Tecidos de 
Sustentação 
1. Concussão; 
2. Subluxação; 
3. Luxação lateral; 
4. Intrusão; 
5. Extrusão; 
6. Avulsão. 
Concussão 
• A lesão restringe-se às fibras do ligamento periodontal que, não sendo 
suficiente para provocar mobilidade anormal ou deslocamento do dente, é 
diagnosticada pela dor à percussão ou pela sensação de dente crescido ou 
dormente. 
 
• Como a lesão ao feixe vasculonervoso é mínima, na maioria das vezes 
resultante do edema que se forma no espaço do ligamento periodontal 
rompido, o prognóstico pulpar é favorável nas dentições decídua e permanente. 
 
• O exame radiográfico não apresenta alterações e pode ser realizado para 
descartar outras alterações durante o diagnóstico e com a finalidade de realizar 
o acompanhamento e manutenção do paciente ao longo do tempo. O 
tratamento emergencial consiste apenas no repouso articular do dente 
acometido, ou seja, uma dieta pastosa é indicada ao paciente. 
Concussão 
Subluxação 
• Caracteriza-se pela ruptura de fibras do ligamento 
periodontal, aumentando a mobilidade do dente acometido. 
 
• O dente pode apresentar-se levemente deslocado ou sem 
nenhum deslocamento. Ainda há a possibilidade de 
observarmos sangramento no sulco gengival. O exame 
radiográfico não apresenta alterações, mas pode ser 
realizado com a finalidade de se realizar o diagnóstico 
diferencial. 
Subluxação 
• Em dentes permanentes, o tratamento consiste na realização do alívio 
oclusal, pois até mesmo o ato de fechar a boca pode tronar-se 
desconfortável. 
 
• A realização de uma contenção dependerá do grau de mobilidade e do 
grau de desconforto do paciente. Caso a função oral implique em 
movimentos frequentes da área traumatizado, o reparo não irá acontecer, 
esta deve permanecer por, no mínimo, 15 dias. 
 
• Nestes casos, a contenção possibilita a regeneração das fibras 
periodontais e mais conforto ao paciente. A dieta pastosa é indicada e o 
uso de analgésicos, quando necessário. 
Subluxação 
• É uma lesão complexa que envolve ruptura e laceração das 
fibras do ligamento periodontal e lesões extensas da 
superfície radicular e osso alveolar. Em dentes permanente, 
ocorre estrangulamento e ruptura do feixe vasculonervoso 
no ápice. 
 
Luxação Lateral 
• Clinicamente, observa-se o deslocamento do dente no sentido palatino, 
em geral associado à fratura da parede vestibular do alvéolo. 
 
• Nestes casos, a coroa apresenta-se posicionada em direção lingual, e a 
raiz desliza sobre a superfície vestibular da parede alveolar em direção 
apical, mantendo o dente firmemente preso em sua nova posição, ou 
seja, não há mobilidade. 
 
• Pode haver ainda sensibilidade à percussão e som à percussão metálico, 
pois o dente encontra-se anquilosado. 
 
 
Luxação Lateral 
• O achado radiográfico característico desta lesão é a imagem encurtada do 
dente envolvido quando comparada com dentes adjacentes normais. Além 
disso, pode-se observar um aumento no espaço do ligamento periodontal, 
principalmente na região apical. 
 
• O tratamento deve ser conduzido sob anestesia e consiste no reposicionamento 
suave do dente, realizando pressão digital no sulco vestibular e reconduzindo o 
dente ao seu lugar e para o fundo do alvéolo. 
 
• O ideal é que uma radiografia seja realizada após o reposicionamento para 
verificação da correta posição do dente antes da contenção. 
 
• Uma contenção deve então ser realizada por, no mínimo, 15 dias, além do 
ajuste oclusal no dente antagonista. 
 
Luxação Lateral 
• O uso de analgésico e dieta pastosa também é indicado, além do 
controle químico com clorexidina, pois existe maior chance de 
inflamação do LP associado a reabsorções inflamatórias. 
 
• Este tratamento, entretanto, só está indicado para o atendimento 
realizado em um curto período de tempo transcorrido após o 
trauma, no máximo um dia. 
 
• Nestes casos, a chance de revascularização é mais comum em 
dentes com rizogênese incompleta, quanto mais aberto estiver o 
ápice, maior a chance de revascularização e melhor o prognóstico. 
 
Luxação Lateral 
• A revascularização pode ser confirmada radiograficamente pela 
evidência da continuação da formação radicular, iniciação da 
obliteração do canal e usualmente o retorno de resposta positiva 
ao teste de sensibilidade. 
 
• Em dentes com rizogênese completa a chance de necrose pulpar é 
maior. Por isso, o monitoramento da condição pulpar é essencial. 
 
• Em caso de necrose pulpar, o tratamento endodôntico é indicado 
para prevenir infecção relacionada à reabsorção radicular. 
 
Luxação Lateral 
• Quando o atendimento é tardio, o reposicionamento correto é 
praticamente impossível devido à formação do coágulo. Nestes casos, a 
melhor opção é realizar o ajuste oclusal deixando que a cicatrização 
ocorra com o dente em sua nova posição. Posteriormente, o 
reposicionamento pode ser realizado com tratamento ortodôntico. 
 
• A decisão terapêutica nos casos de luxação lateral de dentes decíduos 
está vinculada a alguns fatores como grau de rizólise do dente decíduo, 
tempo decorrido entre o traumatismo e o atendimento, magnitude do 
deslocamento, envolvimento da parede alveolar, relação com o germe do 
dente permanente e interferência oclusal. 
 
Luxação Lateral 
• A apreciação desses fatores deve estabelecer o tratamento, que 
deve consistir na manutenção do dente, seguindo os mesmos 
passos descritos para os dentes permanente, ou em exodontia. 
 
• A proservação clínica é recomendada tanto para dentes 
permanentes como para dentes decíduos, especialmente devido 
ao risco de necrose pulpar. 
 
Luxação Lateral 
• Consiste no deslocamento do dente no sentido do seu longo eixo 
em direção apical. Além da ruptura das fibras do ligamento 
periodontal, a lesão estende-se ao osso alveolar. 
 
• Clinicamente, o dente traumatizado encontra-se em infra oclusão e 
imóvel em sua nova posição, há sensibilidade à percussão, além de 
som metálico. Radiograficamente, observa-se ausência do espaço 
do LP em parte ou em toda a raiz. A junção amelocementária está 
deslocada mais apicalmente do que o normal. 
Intrusão 
• O tratamento das lesões intrusivas varia de acordo com o grau de 
rizogênese do dente atingido. Em casos de rizogêse incompleta, devemos 
aguardar a re-erupção espontânea do dente. 
 
• Caso nenhum movimento seja observado após 3 semanas, a reposição 
ortodôntica pode ser realizada. 
 
• Caso a re-erupção não aconteça, o dente tem chances de aquilosar na 
nova posição. 
 
• É de fundamental importância o acompanhamento semanal do paciente 
nestes casos para observar as estruturas dentárias, a re-erupção e o 
controle de placa. 
Intrusão 
• Em casos de rizogênse completa, a reposição cirúrgica ou ortodôntica está 
indicada. Decidiremos entre elas pela magnitude da intrusão. 
 
• Em casos de intrusão total deve ser realizada a reposição cirúrgica e, em 
casos de intrusão até a metade do dente, a reposição pode ser 
ortodôntica. Uma contenção rígida após o reposicionamento deve ser 
usada de 60 a 90 dias. 
 
• A necrose pulpar representa complicação bastante comum após lesões 
intrusivas, especialmente em dentes com rizogênese completa. Sendo 
assim, o tratamento endodôntico radical deve ser realizado o mais rápido 
possível, a fim de se evitarem quadros avançados de reabsorção radicular.Intrusão 
• Caracteriza-se pela ruptura das fibras do ligamento periodontal e 
ruptura ou estiramento do feixe vasculonervoso no nível do ápice 
radicular. 
 
• Clinicamente, observa-se o deslocamento parcial do dente para 
fora do alvéolo, mobilidade exagerada e sensibilidade à percussão. 
Radiograficamente, observa-se o aumento do espaço do ligamento 
periodontal. Além disso, o exame radiográfico deve ser realizado 
para o diagnóstico diferencial de fratura radicular. 
Extrusão 
• Para dentes permanentes, a conduta profissional consiste em realizar as 
correções necessárias e confecção da contenção flexível, para manter a 
mobilidade fisiológica do dente. 
 
• Quando o reposicionamento for realizado pelo profissional algumas 
horas após o acidente, este deve atraumático, com pressão digital 
delicada e contínua, no sentido apical. 
 
• Após, a contenção deve ser confeccionada e deverá permanecer por duas 
semanas. 
 
• Dieta pastosa, controle químico e o ajuste oclusal são recomendados. 
Extrusão 
• Quando o atendimento é tardio, o reposicionamento correto é quase 
impossível. Nestes casos, a melhor opção é realizar o ajuste oclusal 
deixando que a cicatrização ocorra, mantendo o dente em sua nova 
posição para, posteriormente, realizar o reposicionamento ortodôntico. 
 
• Em dentes com rizogênese incompleta, a revascularização deve ser 
monitorada através da continuação da formação radicular, além da 
avaliação da vitalidade pulpar através de testes de sensibilidade 
periódicos. 
 
• Em dentes com rizogênese completa, o monitoramento da vitalidade 
pulpar também deve ser realizado. Este pode ser positivo após 3 meses 
do acontecimento do trauma. Caso permaneça negativo, a endodontia 
deve ser realizada. 
Extrusão 
Extrusão 
Avulsão 
• Caracteriza-se pelo deslocamento completo do dente de seu 
alvéolo. Clinicamente, não se observa o dente em boca e há 
presença de sangramento e laceração gengival. 
 
• As avulsões acarretam em rompimento do feixe vasculonervoso e 
a revascularização da polpa em toda a sua extensão é pouco 
provável. 
Avulsão 
• Atualmente, o reimplante é considerado um meio efetivo de 
preservar dentes avulsionados. 
 
• Isto dependerá, entretanto, de fatores como tempo fora do 
alvéolo, meio de armazenamento e contaminação do dente 
afetado. 
 
• Para que o implante ocorra o mais rápido possível, esta manobra 
deve ser realizada de preferência no momento do acidente, pelo 
paciente, pais ou responsáveis ou pessoas presentes no local. 
Avulsão 
• Neste sentido, recomenda-se localizar o dente, lavá-lo com soro 
fisiológico ou água corrente segurando-o pela coroa, não esfregar 
a raiz, recolocar o dente no alvéolo e morder uma gaze, algodão 
ou pedaço de tecido limpo e dirigir-se ao consultório 
odontológico. 
 
• Havendo impedimentos de natureza técnica ou emocional, o 
dente dever ser acondicionado em meio de armazenamento 
adequado até que o paciente possa ser atendido por um 
profissional. 
Avulsão 
• Sobre o armazenamento do dente avulsionado, o leite é 
considerado um excelente meio de armazenamento, desde que o 
reimplante seja realizado até seis horas após o trauma. 
 
• Em casos em que o paciente chega ao consultório com o dente 
reimplantado, cabe ao profissional avaliar clínica e 
radiograficamente a posição do dente, realizar as correções 
necessárias e, após, a contenção flexível. 
Avulsão 
• Quando o paciente chega com o dente fora do alvéolo, a 
superfície da raiz deve ser examinada para verificar a existência 
de fraturas radiculares e a presença de partículas de sujeira ou 
fragmentos ósseos aderidos. 
 
• Nestes casos, a limpeza cuidadosa da raiz deve ser realizada antes 
da reimplantação. Nos casos de reimplante tardio, recomenda-se 
apenas a limpeza rigorosa da superfície radicular com gaze 
umedecida em soro fisiológico, com o intuito de remover fibras 
necrosadas do LP. 
 
Avulsão 
• O preparo do paciente para reimplantação inicia-se com exame cuidadoso da 
cavidade bucal e do alvéolo seguido pelo exame radiográfico. 
 
• A radiografia nestes casos é importante para diferenciar a avulsão da intrusão 
total. 
 
• A limpeza do alvéolo deve ser realizada, além da sutura de lacerações gengivais, 
quando necessário. 
 
• O dente deve ser reposicionado lentamente até que seja introduzido em toda a 
sua extensão no alvéolo. 
 
• Em seguida, a contenção deve ser realizada e deve permanecer por 2 semanas. 
Avulsão 
• A necrose pulpar é o principal fator para o prognóstico de dentes 
reimplantados. Por isso, o tratamento endodôntico deve ser 
realizado em até, no máximo, 14 dias, período em que o dente 
estará com a contenção. 
 
• Dependendo da contaminação, o uso de antibiótico pode ser 
avaliado e o acompanhamento clínico e radiográfico deve ser 
realizado.

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