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Lesões dos Tecidos Moles e DentoAlveolares

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Lesões dos Tecidos Moles: 
• Abrasão: 
- É uma ferida causada por fricção entre um objeto e a superfície 
do tecido. 
- Essa ferida é usualmente superficial, desnuda o epitélio e 
ocasionalmente envolve as camadas profundas. 
- Atingem as terminações finais de muitas fibras nervosas, elas 
são dolorosas. 
- Geralmente encontramos abrasão na ponta do nariz, lábios, 
bochechas e mento em pacientes que sofreram traumatismo 
dentoalveolar. 
- As áreas abrasionadas devem ser totalmente limpas, com 
detergente antisséptico e irrigação copiosa com solução salina. 
- Se essas partículas são deixadas no tecido, resultarão em uma 
tatuagem permanente e difícil de ser tratada. 
- Lesões mais profundas e contaminadas com sujeira ou outro 
material, pode ser necessário anestesiar a área e usar uma 
escova cirúrgica para remoção dos detritos. 
 
- Uma vez que a ferida esteja livre de detritos, a aplicação tópica 
de uma pomada antibiótica é adequada. 
- Um curativo não compressivo pode ser utilizado se a abrasão é 
profunda, mas é desnecessário em abrasões superficiais. 
• Contusão: 
- É mais comumente chamada de equimose e indicada que 
ocorreu algum rompimento no interior dos tecidos, resultando em 
hemorragia subcutânea ou submucosas em descontinuidade na 
superfície dos tecidos moles. 
- As contusões são normalmente causadas por trauma com um 
objeto rombo, mas também são frequentemente encontradas 
associadas a traumatismo dentoalveolar ou fraturas dos ossos 
faciais. 
- Quando ocorre contusões é importante procurar fraturas ósseas. 
 
- Contusão geralmente não requer tratamento cirúrgico. Uma vez 
que a pressão no interior dos vasos sanguíneos o sangramento 
cessa. 
- Se a contusão é diagnosticada precocemente, a aplicação de 
gelo ou curativos compressivo pode ajudar na vasoconstrição e 
diminuir a formação do hematoma. 
- Se uma contusão não parar de se expandir, é provável que haja 
hemorragia arterial dentro da ferida. Sendo necessário 
exploração cirúrgica e a ligadura do vaso. 
- Antibióticos sistêmicos não são indicados. Todavia, em lesões 
que existe comunicação entre a cavidade oral e o hematoma 
submucoso o antibiótico é recomendado. 
• Laceração: 
- É uma solução de continuidade nos tecidos epiteliais e 
subepiteliais. 
- é a lesão mais comum de tecidos moles, ocasionada por um 
objeto cortante. 
- Quando o objeto apresenta uma superfície irregular as 
lacerações criadas são irregulares, pois o tecido é rasgado pela 
força do golpe. 
 
- Frequentemente encontra lacerações em lábios, assoalho de 
boca, língua, mucosa labial, vestíbulo bucolabial e gengiva 
causadas pelo trauma. 
- Lacerações nos lábios são comumente observadas no 
traumatismo dentoalveolar, mas em muitos casos os dentes ficam 
intactos, porque o tecido mole observa a força do golpe. 
- As feridas de tecidos moles associadas ao traumatismo 
dentoalveolar são sempre tratadas após tratamento das lesões 
dos tecidos duros. Suturar os tecidos moles primeiro é perda de 
tempo, porque as suturas são muito tracionados e podem esgarçar 
durante a manipulação intraoral, necessária para reimplantar um 
dente avulsionado ou tratar uma fratura dentoalveolar. 
- Após anestesia adequada, o tratamento cirúrgico das lacerações 
envolve quatro passos principais passos: 
(1) Limpeza (2) Debridamento (3) Hemostasia (4) Fechamento. 
→Limpeza da ferida: 
- A limpeza mecânica é necessária para prevenir quaisquer 
detritos remanescentes. 
- Pode ser realizada com Degermante antisséptico e necessitar do 
uso de uma escova (difícil). 
→Debridamento da ferida: 
- Refere-se à remoção de todo o tecido contundido e desvitalizado 
da ferida, permitindo um fechamento linear. 
- Na região maxilofacial existe muito aporte sanguíneo 
necessitando realizar um ótimo Debridamento da ferida. 
- Importante ressaltar que apenas tecidos necrosados ou 
desvitalizados devem ser incisados. 
→Homeostasia dos tecidos: 
- Antes do fechamento de qualquer ferida a homeostasia deve ser 
adquirida. 
- Um sangramento contínuo pode comprometer o reparo em razão 
da formação de hematoma dentro dos tecidos. 
- Se encontramos um vaso sanguíneo danificado devemos pinçar, 
suturar ou cauterizar o mesmo. 
- Provavelmente o maior vaso que o buco encontrar será o vaso 
labial que passo horizontalmente abaixo da mucosa labial. 
- Geralmente essa artéria é acometida em lacerações verticais de 
face. 
→Fechamento da ferida: 
- Nem todas as lacerações na cavidade oral devem ser suturadas. 
Ex: Lesões em mucosa palatina causada por queda com um objeto 
no interior da boca não necessita ser fechada. Lacerações na face 
interna do lábio ou da língua causada pelo aprisionamento entre 
os dentes durante uma queda normalmente não requer 
fechamento. 
- Essa opção é definida pois essas lacerações tem uma boa 
cicatrização por segunda intenção. 
- Para fechamento de uma laceração seja considerado 
apropriada, durante o fechamento todas as camadas do tecido 
devem ser reposicionadas. 
- O modo pelo qual será realizado o fechamento depende 
totalmente da localização e da profundidade da laceração. 
- Lacerações da gengiva e da mucosa alveolar são facilmente 
fechadas em apenas uma camada. 
- Se um paciente apresenta uma laceração de língua ou lábio 
envolvendo musculo, suturas reabsorvíveis devem ser usadas 
para fechar as camadas musculares e, em seguida, a mucosa é 
suturada. 
- Em lacerações que envolvam a espessura total o lábio, é 
necessário um fechamento em três camadas: 
- Sutura na junção mucocutânea, quando a laceração atinge a 
vermelhidão do lábio. E os demais pontos devem ser dados de 
forma de dentro para a fora da ferida. 
- Lacerações de lábio deve levar em consideração a utilização de 
antibióticos sistêmicos. 
- Importante conferir a imunização do paciente para o tétano. 
- Importante informa sobre a dieta e cuidados com a ferida. 
- Geralmente suturas na pele face deve ser removidas de quatro a 
seis dias do pós -op. 
Lesões DentoAlveolares: 
- Lesões dos tecidos moles perioral e dentoalveolares são 
frequentemente causadas por muitos tipos de trauma. As causas 
mais comuns são quedas, acidentes automobilísticos, acidentes 
esportivos, brigas, abuso contra crianças e acidentes ocorridos em 
parques de recreação. 
- Uma força direta ou indireta sobre um dente é transmitida 
através do tecido mole sobrejacente, pode causar raumatismo 
dentoalveolar. 
• Tratamento das lesões DentoAlveolares: 
- Lesões aos dentes e ao processo alveolar são comuns e devem 
ser consideradas situações de emergência, pois o resultado 
depende do pronto atendimento à lesão. 
• História: 
- O primeiro passo em qualquer processo diagnóstico deve ser a 
obtenção da história do trauma. 
-Quem é o paciente? 
-Quando ocorreu o trauma? É importante essa pergunta porque 
estudos comprovam que, quanto mais cedo um dente avulsionado 
for reposicionado melhor será o prognostico. 
 
-Onde ocorreu a lesão? Possibilidade e o grau de contaminação 
bacteriana ou química devem ser apurados 
-Como aconteceu a lesão? A natureza do trauma fornece 
informações valiosas sobre qual é o provável dano tecidual 
resultante. Cinemática é muito importante porque obtemos 
informações sobre como a lesão se formou e também possíveis 
lesões escondidas, sejam elas de caráter neurológico, 
traumatológico. 
Outra possibilidade deve ser lembrada ao examinar crianças cujo 
as lesões não parecem apresentar relação com a descrição feita 
pelos pais é o abuso praticado contra elas. 
-Qual tratamento foi realizado desde que a lesão ocorreu? Essa 
pergunta fornece informações importantes relativas às condições 
originais da área traumatizada. O pai ou paciente reimplantaram 
um dente parcialmente avulsionado? Como esse dente foi 
armazenado antes de ser apresentado ao CD? 
-Alguém observou dentes ou fragmentos de dentes no local do 
acidente? 
-Qual é o estado geral de saúde dopaciente? Isso não pode ser 
ignorado pelo CD na pressa de reimplantar o dente. Histórias sobre 
alergia medicamentosa, cardíaco, discrasias sanguíneas, outras 
doenças sistêmicas e uso atual de medicamentos deve ser 
conseguida antes da manipulação, pois a existência desses 
fatores pode afetar o tratamento que o CD realizará. 
-Paciente apresentou náusea, vômito, Inconsciência, amnésia, 
Cefaleia, distúrbios visuais ou confusão após acidente? Qualquer 
confirmação desse tipo de lesão pode ser indicio de lesão 
intracraniana é necessário encaminhar o paciente a uma consulta 
médica logo após completar o tratamento. 
• Exame clínico: 
- O exame clínico é talvez a parte mais importante do processo de 
diagnóstico. 
- O exame completo do paciente vítima de traumatismo não deve 
ser focado apenas na área acometida 
- Lesões concomitantes também podem estar presentes; a História 
pode direcionar o cirurgião-dentista a examinar outras áreas em 
busca de sinais de lesão. 
- Os sinais vitais devem ser checados (PA, batimentos, 
respiração). 
- Durante o exame clínico as seguintes áreas devem ser 
examinadas: 
1- Feridas extraorais dos tecidos moles. (Lacerações, abrasões e 
contusões) são lesões comuns no trauma dentoalveolar e devem 
ser notadas. Se uma laceração está presente devemos observar 
sua profundidade. Sua espessura se estende por todo o lábio ou 
bochecha? Há alguma estrutura vital, como ducto da glândula 
parótida ou o nervo facial cruzando a linha de laceração? 
2- Feridas intraorais dos tecidos moles: estão comumente 
associadas a trauma dentoalveolar. Antes de um exame completo, 
pode ser necessário irrigar com solução salina estéril e remover 
coágulos sanguíneos. Áreas de sangramentos geralmente 
respondem à aplicação de gaze sobre pressão. 
- As lesões de tecido mole devem ser observadas a procura de 
corpos estranhos dentro da lesão como dentes ou coroas 
dentárias, no interior dos lábios, assoalho da boca, bochechas e 
outras áreas. 
- Áreas que se nota uma perda considerável de tecido mole pode 
estar com o suprimento sanguíneo comprometido. 
3- Fraturas dos maxilares ou do processo alveolar: São 
prontamente verificadas por meio de palpação. 
- Sangramento no assoalho da boca ou no vestíbulo labial pode 
indicar fratura dos maxilares. 
4- Exame das coroas dentárias quanto à presença de fraturas ou 
exposição pulpar: 
- Para um exame adequado, deve retirar todo o sangue dos 
dentes. 
- Qualquer fratura deve ser observada a profundidade é um ponto 
importante a ser observado, ela se estende para a dentina ou 
polpa 
5- Deslocamento dentário: 
- Os dentes podem estar deslocados em qualquer direção. Mais 
comumente, estão deslocados na direção vestilolingual, mas 
também podem estar extruídos ou intruídos. 
- No tipo mais grave de deslocamento, os dentes são avulsionado, 
ou seja, totalmente deslocados do processo alveolar. 
- A observação da oclusão pode auxiliar na determinação de 
graus mínimos de deslocamentos dentário. 
6- Mobilidade dentária: 
- Todos os dentes devem ser conferidos quanto à mobilidade nas 
direções horizontais e vertical. 
- Um dente que não pareça estar deslocados, mas apresenta 
mobilidade considerável, pode ter sofrido fratura radicular. 
- Se dentes adjacentes se movem junto com o dente que está 
sendo testado, deve-se suspeitar de fratura dentoalveolar 
7- Percussão dentária: 
- Quando um dente não parece estar deslocado, mas há dor na 
região, a percussão determina se o ligamento periodontal sofreu 
algum dano. 
8- Teste de vitalidade pulpar: 
- Embora raramente usado em traumas agudos, os testes de 
vitalidade (que induzem uma reação dos dentes) podem direcionar 
o tratamento. Resultados falso-negativos podem ocorrer. 
 
• Exame Radiográfico: 
- Uma série de técnicas radiográficas está disponível para avaliar 
o traumatismo dentoalveolar. A maioria pode ser facilmente 
executada no consultório dentário com equipamento disponível, 
mais comumente, usa-se uma combinação de radiografias oclusal 
e periapical. 
- Radiografia permite observarmos as seguintes informações: 
1- Presença de fratura radicular. 
2- Grau de extrusão ou intrusão. 
3- Presença de doença periapical preexistente. 
4- Grau de desenvolvimento radicular. 
5- Tamanho da câmara pulpar e do canal radicular. 
6- Presença de fratura dos maxilares. 
7- Fragmentos dentários e corpos estranhos alojados nos tecidos 
moles. 
• Tratamento das Lesões Dentoalveolares: 
- Após realizar uma completa anamnese e exames clínicos e 
radiográficos, o CD deve ser capaz de determinar se o plano de 
tratamento para o tipo de lesão do paciente está dentro de seu 
alcance profissional. 
- A combinação do trauma com o medo que a criança tem do 
cirurgião-dentista pode tornar um simples procedimento 
impossível de ser realizado sem anestesia geral. 
- O objetivo no tratamento das lesões dentoalveolares é o 
restabelecimento da forma e da função do aparelho mastigatório. 
- Quando a polpa está envolvida diretamente, o tratamento difere 
daquelas lesões dentárias nas quais a polpa não está acometida. 
- Dentes decíduos que foram traumatizados são geralmente 
tratados de maneira similar aos dentes permanentes. No entanto, 
em muitas circunstâncias a falta de cooperação da criança 
compromete o tratamento e frequentemente resulta na extração 
do dente lesado. 
• Classificação das Lesões Traumáticas dos Dentes 
e Estruturas de Suporte: 
- Fenda ou Fissura Coronária: 
>Fissura ou fratura incompleta do esmalte sem perda de estrutura 
dentária 
> Como essas lesões usualmente param antes de atingir a junção 
amelodentinária, normalmente nenhum tratamento é indicado. 
> Contudo, Exames periódicos de controle são valiosos, já que 
qualquer força sobre o dente pode resultar em lesão à polpa e aos 
tecidos periodontais. 
> Múltiplas fissuras podem ser seladas com resinas de 
preenchimento para evitar que fiquem pigmentadas 
 
- Fratura coronária: 
 
> Esse tipo de fratura contém diversas características, podendo 
envolver apenas esmalte, Esmalte e Dentina, Esmalte e Dentina 
com Exposição pulpar, ser horizontal ou vertical, Oblíqua 
(envolvendo o ângulo mesioincisal ou distoincisal). 
> A profundidade do envolvimento do tecido dentário determina o 
tratamento das fraturas coronárias. 
> Para fraturas que envolvem somente esmalte ou para aquelas 
com pequeno envolvimento dentinário, nenhum tratamento de 
urgência é necessário, a não ser o alisamento das extremidades 
pontiagudas. Substituindo o esmalte perdido por resina composta. 
> Quanto mais cedo tratadas melhor o prognóstico para evitar 
hiperemia inflamatória pulpar. 
> Se uma considerável quantidade de dentina está exposta, a 
polpa deve ser protegida. Medidas para selar os túbulos dentinário 
e promover a deposição de dentina secundária pela polpa podem 
ser adotadas. O hidróxido de Cálcio tem sido o material 
tradicionalmente aplicado à dentina exposta antes que a parte 
fraturada seja coberta com restauração. 
> Recomendações atuais são a colocação de ionômero de vidro 
sobre a dentina exposta, seguido de restauração de resina 
composta. 
> O estado pulpar ao longo do acompanhamento das próximas 
consultas dirá qual será o plano de tratamento final. Se a saúde 
periodontal e da polpa forem satisfatórias, nenhuma outra 
intervenção será necessária, a não ser que por motivos estéticos. 
> Se a polpar está exposta, o objetivo do tratamento é preservar 
sua vitalidade. Isso usualmente pode ser obtido pelo capeamento 
pulpar se cinco condições estiverem presentes: (1) a exposição é 
pequena; (2) O paciente é visto logo após o trauma; (3) Não há 
fratura radicular; (4) O dente não foi deslocado; (5) Não há 
restauração grande ou profunda que possa indicar inflamação 
crônica da polpa. O tipo mais comum no qual é necessário o 
capeamento pulpar é aquelas lesões de corno pulpar por fratura 
coronária. 
> Quantomais imaturo o dente apicalmente, mais favorável é a 
resposta ao capeamento pulpar. 
> Assim como em qualquer outro procedimento operatório na polpa 
dentária, o isolamento absoluto com dique de borracha é 
recomendado. 
> Aplicação do hidróxido de Cálcio na polpa exposta, coloca-se 
cimento de ionômero de vidro sobre a dentina exposta, seguido de 
restauração de resina composta. 
 
> A pulpotomia envolve a remoção asséptica do tecido pulpar 
inflamado e lesionado até o nível da polpa clinicamente saudável, 
seguido da aplicação de hidróxido de cálcio. Geralmente 
empregada em exposições, em dentes em que o ápice não está 
fechado. Nesses casos, a pulpotomia deve ser uma medida 
temporária para manter a vitalidade da polpar radicular até o 
ápice fechar. Então, a terapia endodôntica deve ser instituída. 
 
> Exames de controle periódicos são mandatórios após qualquer 
procedimento na polpa. 
> Outra técnica que pode ser utilizado é restaurar o dente com o 
fragmento fraturado usando condicionamento ácido e os novos 
adesivos de dentina e esmalte. Essa técnica é particularmente útil 
no tratamento de grandes lesões. 
- Fratura Coronário-Radicular: 
 
> Sem envolvimento pulpar 
> O tratamento das fraturas coronário-radiculares depende da 
localização destas e da variação anatômica. 
> Se o fragmento da coroa ainda está posicionado deve ser 
removido para avaliar a profundidade da fratura. 
> Se esta não se estender muito apicalmente (e o dente for, 
portanto, restaurável) e se a polpa não estiver exposta, o dente 
deverá ser tratado. 
> Dependendo da extensão apical da fratura, pode ser necessário 
executar procedimentos periodontais para tornar a margem 
apical da fratura acessível aos procedimentos restauradores. 
> Alternativamente, a extrusão ortodôntica da raiz pode ser 
realizada com o mesmo propósito. 
> Se a polpa estiver envolvida e o dente for restaurável, o 
tratamento endodôntico é indicado. 
> Se, contudo, o dente não puder ser restaurado, deve ser 
removido. 
 
 
- Fratura Horizontal da raiz: 
 
> Pode ser envolvendo o terço apical, médio, cervical ou ser 
horizontal ou vertical. 
> Quando ocorre fratura horizontal ou oblíqua da raiz, o principal 
fator na determinação do prognóstico, e, portanto, no 
direcionamento do tratamento é a posição da fratura em relação à 
margem gengival. 
> Se a fratura está além ou perto da margem gengival, o dente 
deve ser removido, ou o fragmento coronário removido e o 
tratamento endodôntico realizado. 
> A raiz pode ser restaurada com pino e núcleo de preenchimento. 
> Fraturas radiculares localizadas entre o terço médio e apical 
têm bom prognóstico quanto à sobrevivência da polpa e 
cicatrização dos fragmentos radiculares entre si. 
> Essas fraturas devem ser tratadas com reposicionamento (se 
qualquer mobilidade for notada) e imobilização rígida por dois a 
três meses. Durante esse período, normalmente ocorre a união da 
fratura com o tecido calcificado, e o dente permanece vital. 
- Intrusão: 
> A intrusão traumática de dentes indica que o alvéolo dentário 
sofreu fratura compressiva para permitir a nova posição do dente. 
> Na percussão, o dente emite um som metálico similar ao do 
dente anquilosado, distinguindo-o, portanto, de um dente 
parcialmente erupcionado ou incluso. 
> A intrusão pode ser tão grave que o dente parece ausente ao 
exame clínico. 
> A intrusão é menos frequente que as luxações laterais. 
 
> O tratamento da intrusão dentária é controverso. Alguns clínicos 
defendem o reposicionamento cirúrgico e a esplintagem desses 
dentes; contudo esse tratamento resulta em sérias consequências 
periodontais e pulpares. 
> Outros acreditam que muitos dentes intruídos vão reerupcionar 
espontaneamente. 
> Outros usam forças ortodônticas para auxiliar na reerupção. 
> Quando a erupção ortodôntica assistida é usada, o dente ser 
extruído lentamente, ao longo de três a quatro semanas. 
> Evidências atuais sugerem que aplicação imediata de força 
ortodôntica é necessária para prevenir a anquilose em um dente 
intruído. 
> A decisão de realizar o tratamento endodôntico é baseada nos 
achados durante o acompanhamento de cada caso. 
> Todavia, se a intrusão ocorreu e u dente apicalmente maduro, a 
necrose pulpar é provável, e o tratamento endodôntico deve ser 
realizado. 
> Se um dente foi intruído a ponto de tocar o folículo do dente 
sucessor, ele deverá ser removido o mais atraumaticamente 
possível. 
> Se o dente decíduo não está em proximidade direta com o dente 
sucessor, recomenda-se um período de observação, pois a 
reerupção é comum. 
> Se o cirurgião-dentista está em dúvida quanto à posição do 
dente decíduo, a remoção é uma conduta profilática que ajuda a 
assegurar a saúde do dente sucessor. 
- Extrusão: 
> Um dente extruído pode geralmente ser preposicionado 
manualmente em seu alvéolo, a esplintagem por um a três 
semanas é usualmente necessária, assim como o tratamento 
endodôntico. 
 
- Luxação Lateral: 
> Se um dente estiver minimamente deslocado, a parede alveolar 
correspondente fraturada pode não estar grosseiramente 
deslocada. Nesse caso, o reposicionamento manual do dente e a 
esplintagem por várias semanas estão indicados. 
> Lacerações gengivais frequentemente acompanham esse tipo de 
lesão. 
> O dente e o osso alveolar devem ser reposicionados 
manualmente, o dente, esplintado, e os tecidos moles, suturados. 
 
 
> Exames de controle pós-cirúrgico determinarão o dano pulpar e 
periodontal. 
- Avulsão: 
> Avulsão total do dente de seu alvéolo é a situação mais grave 
que pode ocorrer, pois coloca em risco a saúde da polpa e dos 
tecidos periodontais. 
> Fatores que estão associados a determinar o sucesso do 
tratamento são o tempo em que o dente ficou fora de seu alvéolo, 
o estado do dente e dos tecidos periodontais e a maneira pela qual 
o dente foi preservado antes do reimplante. Lembrando que 
quanto mais cedo reimplantado melhor o prognóstico. 
> Portanto, quando receber um telefonema de um paciente, 
parente, professor ou outra pessoa informando a avulsão total de 
um dente, é seu dever orientar a pessoa que lave o dente 
imediatamente com a saliva do paciente, água filtrada ou solução 
salina e reimplantá-lo. O paciente deve segurar o dente pela 
coroa, tentando não toca na raiz, reposicionar o dente e procurar o 
cirurgião-dentista. Se ele não consegue reposicionar o dente, deve 
guarda-lo em um meio apropriado até que sejam realizados os 
cuidados pelo cirurgião-dentista. 
> Muitos meios de armazenamento têm sido recomendados, porem 
o meio mais indicado é a solução saliva de Hanks, caso esse meio 
não esteja disponível a utilização do leite é o mais indicado. 
> Quando o paciente chegar ao consultório do CD deve avaliar o 
dente se é viável de reimplante. Se ele já foi reimplantado e está 
em boa posição, deve ser radiografado e esplintado por 7 a 10 dias. 
> Se o dente é levado ao consultório fora de seu alvéolo por um 
tempo inferior a 20 min, deve ser imediatamente lavado em 
solução salina e reimplantado. 
> Não é necessário remover todo o coágulo sanguíneo de dentro do 
alvéolo. 
> A superfície radicular e o alvéolo dentário nunca devem ser 
raspados, ‘’esterilizados’’, ou manipulados anates da 
reimplantação, porque destrói o tecido periodontal viável. 
> Se o dente estiver fora de seu alvéolo por mais de 20 min, não 
deverá ser reimplantado até que seja colocado na solução salina 
balanceada de hanks por 30 min. E depois em doxiciclina (1mg/20 
ml de solução salina) por 5 min. E então o dente pode ser 
reimplantado e esplintado. Armazenar o dente em solução de 
hanks reduzir a incidência de anquilose por melhorar a 
sobrevivência das células periodontais da superfície radicular. 
Além que a solução auxilia na remoção de resíduos da raiz e a 
dissolver as bactérias. A doxiciclina ajuda a inibir as bactérias do 
lúmen pulpar, reduzindoassim, o maior obstáculo à 
revascularização. Lembrando que esse procedimento pode ser 
utilizado também para dentes que foram armazenados 
corretamente. 
> A estabilização de um dente avulsionado pode ser conseguida 
utilizando-se uma variedade de materiais, como fios de aço, 
barras e esplintes. Contudo, vários fatores devem ser 
considerados: O dispositivo de imobilização deve ser o mais 
higiênico possível e estar posicionado longe da gengiva e das 
raízes dentárias. Durante a cicatrização, a inflamação deve ser 
mínima; caso contrário pode provocar uma reabsorção 
inflamatória da raiz, o que constitui uma das desvantagens da 
imobilização por fio de aço e dos esplintes de resina acrílica. 
> A estabilização aplicada ao dente não precisa ser totalmente 
rígida, pois isso pode predispor à anquilose e à reabsorção 
externa da raiz. 
> Uma técnica muito efetiva para a estabilização de dentes 
avulsionado é o uso de um sistema de resina composta. Um fio de 
aço com resistência moderada, mas com alguma flexibilidade, 
como fio ortodôntico trançado, é adaptado às superfícies 
vestibulares de um ou dois dentes de cada lado do dente 
avulsionado. Quanto menos dentes forem necessários para 
estabilizar o dente avulsionado, mais movimentos fisiológicos 
podem ser dados ao dente reimplantado durante a função. 
> Caso um fio ortodôntico não esteja disponível até mesmo um 
clipe de papel pode ser utilizado. 
> As superfícies vestibulares do dente avulsionado e dos 
adjacentes são condicionadas com ácido, e o fio de aço é 
cimentado a eles com resina composta. 
 
> A duração da estabilização deve ser o mais curta possível para o 
dente ser reinserido, normalmente de 7 a 10 dias. Estudos 
mostram que, quanto mais rígida e mais longa for a estabilização, 
maior será a reabsorção radicular. 
 
> Na remoção do dispositivo de estabilização, o dente ainda está 
móvel. Portanto, é importante que o dispositivo seja removido com 
muito cuidado e que o paciente seja instruído a evitar mastigar 
nessa região. 
> Se contundo, o forame apical está muito aberto, a polpa pode 
sobreviver e revascularizar. Para promover essa possibilidade, o 
dente é normalmente estabilizado por três a quatro semanas, em 
vez de um período menor, como para os dentes com formação 
apical completa. 
> Pacientes que não tiveram nenhum reforço da vacina do tétano 
nos últimos 5 anos devem ser encaminhados para a seu médico 
para fazê-lo. O uso de antibióticos (penicilinas) pro 7 a 10 dias é 
recomendado. 
> Paciente deve ser informado que vários resultados são possíveis 
após o reimplante. O melhor resultado esperado é um dente com 
função relativamente normal e que na maioria dos casos 
necessitará de tratamento endodôntico. No entanto, variados 
graus de anquilose reabsorção radicular podem ocorrer. Infecção 
dentária aguda é rara porem pode levar a perda do dente. 
Lembrando que pacientes com dente reimplantado devem ser 
acompanhado cuidadosamente e frequentemente. 
> Cinco fatores que devem ser considerados antes do reimplante 
de um dente avulsionado: 
1- O dente avulsionado não deve ter doença periodontal avançada. 
2- O alvéolo dentário deve estar razoavelmente intacto para 
acomodar o dente avulsionado. 
3- Não deve haver nenhuma contraindicação ortodôntica, como 
apinhamento dentário significativo. 
4- O período extra-alveolar deve ser considerado; períodos que 
excedam duas horas são geralmente associados aos resultados 
negativos. Se o dente for reimplantado dentro dos primeiros 30 
min, excelentes resultados podem ser esperados. 
5- O estágio do desenvolvimento radicular deve ser avaliado. A 
sobrevivência da polpa é possível nos dentes com formação 
radicular incompleta se o reimplante é realizado dentro de duas 
horas após a lesão. 
> Se o dente a ser reimplantado não estiver favorável ao 
reimplante, como determinado por esses fatores, o paciente 
deverá estar ciente de que o prognóstico será ruim. 
> Atualmente, o uso dos implantes dentários pode oferecer aos 
pacientes que sofreram avulsão dentária uma alternativa que não 
estava disponível no passado. Nos casos menos favoráveis, pode-
se optar pelo implante dentário em vez do reimplante assim que o 
alvéolo estiver cicatrizado. 
 
- Fraturas alveolares: 
> Pequenas fraturas do processo alveolar, como mencionado 
previamente, com frequência acompanham lesões dos dentes. 
Todavia, lesões ao processo alveolar podem ocorrer de forma 
independente e constituir um desafio para o tratamento. 
> Lesões concomitantes, como fraturas coronárias ou radiculares e 
feridas de tecidos moles, podem ocorrer. Essas lesões podem ser 
mais bem tratadas se encaminhadas ao buco, pois podem 
envolver o tratamento cirúrgico aberto para reposicionar os 
segmentos ósseos. 
> O tratamento desse tipo de lesão, como para qualquer outro tipo 
de fratura, consiste, primeiramente, em reposicionar o segmento 
fraturado e, então, estabilizá-lo até que a cicatrização óssea 
ocorra. 
> Esse procedimento pode ser facilmente realizado com pressão 
digital após a administração de anestesia adequada. 
Frequentemente, contudo, a fragmentação dos segmentos dento-
ósseos torna a redução difícil, e o tratamento aberto pode ser 
necessário. 
 
 
> Nos dentes cujos ápices radiculares foram expostos pela fratura 
dentoalveolar, o tratamento endodôntico deve ser realizado 
dentro de uma a duas semanas para prevenir a reabsorção 
radicular inflamatória e infecção. 
> O segmento dento-ósseo deve ser estabilizado por 4 semanas. O 
mais simples é fixar uma barra aos dentes, evolvendo o segmento 
fratura e estendendo-a além dele. 
> Esplintagem com resina acrílica autopolimerizavel pode ser feito 
no local ou em modelos obtidos por impressão imediatamente 
após o reposicionamento dos segmentos alveolar. 
- Tratamento da polpa: 
> A polpa dentária pode ser lesionada durante quaisquer lesões 
dentárias, como resultado de exposição direta, resposta 
inflamatória por proximidade à exposição, efeito concussivo ou 
rompimento da artéria nutriente da polpa. 
> Se uma polpa necrosa, ocorre uma resposta inflamatória que 
leva a reabsorção dentária e anquilose. 
> Portanto, para todas as lesões deve ser averiguado o estado da 
polpa, por mais que veja difícil estabelecer o estado de saúde 
pulpar imediatamente após a lesão, o CD deve assumir que, se um 
dente com ápice madure se moveu mais de 1mm em qualquer 
direção, a necrose ocorrerá. 
 
> O tratamento endodôntico não deve ser executado no momento 
do reposicionamento ou do reimplante dentário, pois o tempo 
extra necessário para executar esse procedimento não se justifica 
e expõe mais os dentes a danos externos. 
> Contudo em dentes com forame apical fechado, o tratamento 
endodôntico deve ser instituído após cerca de duas semanas. 
> Esse tratamento ajuda a minimizar a reabsorção inflamatória da 
raiz por eliminar o tecido pulpar desvitalizado. 
> O preparo mecânico do sistema de canais radiculares é, então, 
executado. Todavia, em vez de obturar o canal com guta-percha, o 
clínico trata-o de forma similar à técnica de apificação, que é 
aplicar uma mistura de hidróxido de cálcio e sulfato de bário 
dentro do canal por 6 a 12 meses. 
> Avaliações radiográficas periódicas devem ser realizadas. 
> Quando as radiografias sucessivas indicarem que não há 
reabsorção radicular deve ser realizado o tratamento endodôntico 
convencional. 
> Esse esquema deve ser preferido ao preenchimento do canal 
com material permanente, logo após a preparação biomecânica, 
porque parece minimizar a reabsorção inflamatória da raiz. 
> Em dentes que possuí forame apical aberto, o tratamento 
endodôntico pode ser adiado por várias semanas, até que os 
exames de controle, incluindo o teste de vitalidade pulpar, 
determinem sua necessidade. Quando os ápices estão abertos, é 
esperado que a revascularização do sistema de canais radiculares 
ocorra.> Se a terapia do canal radicular for necessária, os procedimentos 
de apicificação com o uso de hidróxido de cálcio podem ser 
utilizados antes do preenchimento do sistema de canais com um 
material permanente.

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