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Clínica Infantil Traumatismo na clínica infantil Geralmente ocorrem em região anterior, com ou sem formação completa dos dentes Fratura Sem sinais e sintomas clínicos Prevalência – incidência Maior frequência em crianças e jovens em idade escolar e na fase de crescimento – entre 8 e 12 anos Proporção de 2 meninos para 1 menina 40% sofrem mais de um traumatismo ICS mais acometidos (70% dos casos) Brasil – durante as férias escolares Fatores predisponentes ao traumatismo Indivíduos portadores de classe II divisão I de Angle Sobressaliência (distância do superior pro anterior de maneira horizontal) de 3-6mm – dobro da incidência de traumatismos nos dentes incisivos, em comparação com sobressaliência de 0-3mm Etiologia 1º anos de vida – engatinhar e aprender a andar 4-6 anos – quedas brincando Adolescência – esportes Doenças – epilépticos (pacientes que ficam mais propensos a fraturas dentárias durante ataques epitépticos) Exame do paciente e diagnóstico - Controle da ansiedade - Anamnese resumida (para não demorar, por ser um caso de urgência) - História do traumatismo - Sintomas gerais - Condicionamento rápido da criança - Exame clínico - Limpeza da área afetada - Exame radiográfico - Diagnóstico - Plano de tratamento Prognóstico – pronto atendimento prestado Anamnese Deve conter: - Informações úteis para elaboração do diagnóstico, prognóstico, tratamento e controle Identificação do paciente Relato do acidente Informações sobre saúde geral Histórico da doença atual Relato do acidente: Quando? (tempo decorrido até o atendimento; indicar bom prognóstico) Onde? (terra, grama, lama, água, etc; como está a imunização e vacinas) Como? (acidentes e quedas; indicar tipo de trauma) Anamnese Quando, onde e como o traumatismo ocorreu? Existem outras lesões? (pode ser necessário associar a atendimento médico) Que tratamento inicial foi dado? Existiam outras lesões dentárias no passado? As vacinas estão em dia? Tríplice – tétato – 2,4 e 6 meses – reforços: 15 a 18 meses, 5 a 6 anos História de doença atual Paciente utiliza medicamento? Trauma anterior: resposta biológica a tratamentos mais conservadores Sinais e sintomas: náuseas, vômito, cefaleia, amnésia e sangramento nasal- traumatismo Antes do exame clínico bucal: fazer um exame geral rápido da criança, avaliando as estruturas faciais e observando assimetrias e deslocamentos Exame do paciente e diagnóstico - Procedimento difícil – paciente com dor e tecidos dilacerados e sangramento - 1º atendimento ao dentista ao trauma- condicionamento - Transmitir ao paciente e responsável: segurança e tranquilidade - Cirurgião-dentista: determinar extensão das lesões > diagnósticas > impor tratamento imediato, se necessário > melhor prognóstico Exame clínico Inspeção Palpação Percussão Exame visual e inspeção - Exame geral – extra oral - Presença/não de lesões dilaceradas e corpos estranhos, bem como de saliências que demonstrem a presença de fraturas ósseas, hematomas, edemas - Extensão de fratura coronária, trincas ou infrações do esmalte, exposições pulpares, a posição do dente - Limpeza de área agredida com água ou soro fisiológico e sabão neutro Exame do paciente e diagnóstico - Antes do exame clínico bucal; fazer um exame geral rápido da criança, avaliando as estruturas faciais e observado assimetrias e deslocamento IMPORTANTE: Palpação, observação da linha média em movimentos de abertura e fechamento dos maxilares que fica desviada, indicando um deslocamento mandibular para um dos lados) > Danos na região de articulação Palpação - Grau de mobilidade do dente - Movimentação de estruturas ósseas no rebordo alveolar - Presença de saliências e crepitação - Possíveis fraturas radiculares, lesão da membrana periodontal - Fratura do rebordo alveolar ou do osso maxilar Percussão (Não é realizada em crianças muito novas e em dentes decíduos. A dor causada pelo teste, pode inclusive, tornar mais difícil o atendimento com a criança) - Realizado de maneira suave – testa a sensibilidade dolorosa - Percussão vertical avalia a ocorrência da lesão apical, tangto pulpar quanto do ligamento periodontal apical - Percussão horizontal avalia danos ocorridos no ligamento periodontal lateral - Normalmente esse teste não é realizado em dentes decíduos, por conta da pouca idade do paciente, pois a dor provocada pelo exame pode dificultar a abordagem comportamental da criança, não acrescentando em nada no diagnóstico Teste de vitalidade pulpar - Registrar resultados para comparações futuras - Podem ser precisos - Crianças mais novas tem dificuldade em distinguir contato e estímulo. Não se faz em crianças. (apenas crianças de em média 10/12 anos de idade) Transluminação - Não invasivo - Muito útil para avaliar a presença de rachaduras e/ou fraturas - Alterações sutis na coloração da coroa que podem indicar uma absorção no estado pulpar (feito através da luz do fotopolimerizador, mas também pode ser feito com a luz do foco) (pode ser feito na criança, por ser menos invasivo) Exames complementares – radiografias - Detecção de fraturas radiculares e/ou do processo alveolar - Extensão das fraturas coronárias e sua proximidade com o tecido pulpar - Exposições pulpares, tamanho da câmara pulpar, das reabsorções, da presença de corpos estranhos, principalmente nos tecidos moles - Grau de deslocamentos dentais (se o dente foi de encontro ao permanente, por exemplo), da ausência de espaço do ligamento periodontal nos casos de luxação intrusiva ou seu aumento nos casos de luxação extrusiva - Verificação do estágio de desenvolvimento radicular (rizogênese) e, em especial, para traumatismo em dentes decíduos, grau de rizólise e formação do sucessor permanente - Importância no acompanhamento e controle periódico dos dentes traumatizados, pois algumas alterações nesses dentes só aparecem após algum tempo - É um documento importante para registro do caso - A técnica preconizada é a periapical por meio do método do paralelismo, fazendo uso do posicionador de filme - Procura-se padronizar ao máximo a tomada radiográfica para que sirva no diagnóstico e paara comparação nos futuros exames de acompanhamento - As radiografias extraorais (radiografias panorâmicas) são de grande utilidade em crianças pequenas, particularmente agitadas ou de temperamento difícil. Este pode ser o único meio de se obter alguma evidência clínica na fase aguda do tratamento Tratamento imediato - Sutura, reposicionamento, contenção, proteção ao complexo dentinho-pulpar, reimplante, endodontia, exodontia (procedimentos que não podem esperar) Orientações básicas - Repouso do dente (não morder na região, alimentação mais pastosa, remoção da chupeta/dedo/mamadeira, pois a força de sucção pode prejudicar a cicatrização) - Manter a área limpa (higiene, escovação) - Prescrição medicamentosa (analgésico em caso de dor, avaliaer a necessidade de anti-inflamatório os antibióticos (significativas lesões dentoalveolares ou em tecidos moles) - Vacina (checar se o paciente está em dia com a vacina antitetânica (na dúvida encaminhe para o médico) - Sequelas (explicar aos pais que podem acontecer outras coisas com aquele dente traumatizado, como escurecimento, abcesso, ect) - Importância do acompanhamento - Retorno (1 semana, 15 dias, 1 mês) Higienização: nos primeiros dias normalmente os pais não conseguem escovavar, mas é necessário ao menos higienizar com gaze e antisséptico, como clorexidina) Avaliação e tratamenro das lesões traumáticas Alguns itens podem afetar na escolha do tratamento: Domínio da técnica e condições de trabalho do dentista Cooperação da criança Traumatismo prévio ou lesão de cárie prejudicando a polpa Hábitose falta de higiene afetando o periodonto Tempo decorrido Estágio de desenvolvimento do decíduo/permanente Oclusão Saúde geral Cooperação dos pais no tratamento e retornos, entre outros Observações clínicas - Se o dente decíduo estiver descolorado, porém assintomático, normalmente nenhum tratamento especifico é indicado > Deve-se contudo proservar, acompanhando periodicamente através de exame clínico e radiográfico - Se houver abcesso: pulpectomia ou extração são indicados Classificação das lesões traumpaticas dentárias Lesões dos tecidos duros dos dentes Trinca ou fratura incompleta de esmalte Fratura de esmalte Fratura de esmalte e dentina, sem exposição pulpar Fratura de esmalte e dentina, com exposição pulpar Fratura coronorradicular, sem exposição pulpar Fratura coronorraicular, com exposição pulpar Fratura radicular Lesões dos tecidos de suporte dos dentes Concussão Subluxação Luxação extrusiva Luxação intrusiva Luxação lateral Avulsão dentária LESÕES DOS TECIDOS DUROS DOS DENTES Podem afetar só esmalte; esmalte e dentina com ou sem exposição pulpar; Coronorradiculares com ou sem exposição pulpar; radiculares Trinca ou fratura incompleta de esmalte Conduta clínica: Incentivar as trocas iônicas que existem entre o esmalte e saliva para obliterar essa fenda com sais e fosfato de cálcio - aplicação tópica de flúor - escovação dentária usando dentifrícios contendo flúor ou bochechos com soluções fluoretados - casos de sensibilidade pode ser utilizado um selante de superfície - exame mais minuncioso, com auxílio de transluminação ou, dependendo da incidência dos feixes de luz do refletor de luz do refletor, podem ser detectadas Fratura do esmalte Dois diferentes tipos de intervenção: 1. Desgaste controlado das bordas de esmalte fraturado, eliminando as bordas cortantes e promovendo uma forma mais estética (quando a fratura é realmente muito pequena) 2. Quando não há condições estéticas para o desgaste: restaurar por meio do condicionamento ácido do esmalte e resina composta Fratura de esmalte e dentina, sem exposição pulpar - Mais comum nos ângulos mesiais dos incisivos superiores - Tempo que a área de dentina está exposto ao meio bucal? - Mais cedo ocorrer a proteção > maiores serão as chances da manutenção da vitalidade pulpar - Muito tempo após o traumatismo > verificar a vitalidade pulpar e presença de lesão apical Conduta: (possibilidades de tratamento) - Fratura coronária > colagem do fragmento dental ou restauração com resina composta - Material de proteção pulpar > verificar distância da polpa, profundidade - Restauração com matriz de celuloide Fratura de esmalte e dentina com exposição pulpar Tempo ocorrido entre a fratura e o atendimento clínico Classificar os dentes permanentes, traumatizados com fraturas de esmalte e dentina, com exposição pulpar, em dentes: - vitalidade pulpar ou - com mortificação pulpar e - com rizogênese completa ou - incompleta Tempo ocorrido entre a fratura e o atendimento clínico Classificar os dentes permanentes traumatizados com esse tipo de fratura, em dentes: - Vitalidade pulpar ou com mortificação pulpar, e - com rizogênese completa ou incompleta (difere quanto ao tratamento) 1. Dente com vitalidade pulpar e rizogênese incompleta - Conservar parte da polpa: PULPOTOMIA (se o dente tem vitalidade pulpar, tentar conservar a polpa radicular, mesmo em dente permanente, só que de maneira provisória, isso até que a formação do dente seja completa, para posteriormente, fazer a pulpectomia) Ela permitirá o prosseguimento da formação radicular até o término de sua formação apical Pasta de hidróxido de cálcio Controle clínico e radiográfico para observar o fechamento do ápice radicular Terminada a rizogênese do terço apical ou se o dente em questão já tivesse ápice fechado > tratamento endodôntico Pulpotomia > um tratamento provisório 2. Necrose pulpar em dentes permanentes com rizogênese incompleta - Obturação do conduto radicular com pasta à base de hidróxido de cálcio e soro fisiológico > pasta indutora > várias trocas > APICIFICAÇÃO DO TERÇO APICAL (não adianta fazer pulpotomia, pois o que estimula o desenvolvimento do ápice radicular é a polpa radicular, e se houve necrose isso não irá acontecer) Após o fechamento apical, que pode demorar de 12 a 18 meses, deve-se efetuar o término do tratamento propriamente dito, que em nada se difere do tradicional Polpa pode proliferar > pólipo pulpar (já houve necrose, e nesse caso, o tratamento indicado é a pulpectomia) Pulpectomia fica indicada quando o tecido pulpar sofre uma degeneração hiperplásica (pólipo pulpar) na área da exposição pulpar. Tal fato ocorre em virtude do longo tempo do tecido pulpar exposto após o acidente Fratura coronorradicular, com ou sem exposição pulpar (pode ir até a raíz desviando da polpa ou expondo a polpa) - Difere das anteriores por apresentar direcionamento da linha de fratura no sentido oblíquo, e envolver o esmalte-dentina-cemento radicular, podendo ou não haver exposição pulpar - Deve-se direcionar o tratamento de forma idêntica à dos padrões adotados nos casos de fraturas de esmalte e dentina, com ou sem exposição pulpar, acrescido do cuidado com o tecido gengival para a restauração do dente fraturado - Pode ser possível fazer uma exposição da superfície fraturada à custa de uma cirurgia periodontal ou promover uma extrusão ortodôntica (para expor a margem, tornando possível a restauração) (a extrusão é contra indicada em dentes decíduos) - Rizogênese incompleta em dentes permanentes > preservar o remanescente pulpar para garantir a formação radicular Quanto mais longitudinal for a fratura, mais difícil dicará de realizar manobras conservadoras, pois não haverá condições técnicas de manter o dente se decíduo, uma vez que não se indica a osteotomia ou a tração ortodôntica, por causa da perda de osso de suporte em dentes decíduos. Nesse caso, indica-se a exodontia do dente decíduo Fratura radicular Apical, média, cervical ou longitudinal 4 tipos de reparação: - Reparo por depósito de tecido calcificado - Interposição do tecido conjuntico fibroso - Interposição de tecido de granulação As fraturas de maior grau são as do terço apical, seguindo-se do terço médio Fraturas do tipo longitudinal ou verticais e oblíquas (dente decíduo ou dente permanente) > exodontia Fraturas radiculares horizontais em dentes decíduos - O fragmento coronário apresentando mobilidade > contenção (14 a 21 dias com fio de contenção) se a fratura for apical ou média - Em casos de início de lesão junto ao local da linha de fratura, pode-se tentar o tratamento endodôntico - Sinais de necrose, mobilidade excessiva ou formação de fístula, a porção coronária deve ser promovida > fragmentos da raíz apical sempre são removidos por reabsorção à medida que os dentes permanentes erupcionam Tratamento das fraturas radiculares horizontais – permanentes Fratura no 1/3 cervical (muito próximo da gengiva marginal) > remove a coroa > gengivectomia ou tração ortodôntica > tratamento endodôntico + coroa suportada por pino intrarradicular Fraturas no terço apical > tratamento endodôntico até a linha de fratura e no futuro, se o fragmento apical apresentar uma lesão, poderá ser removido cirurgicamente Fratura radiculat do terço apical e médio > redução dos fragmentos e imobilização por meio de contenção do tipo rígida (diferente das outras, que são semi rígidas), com fio de aço calibroso tipo 0,30mm ou 0,40mm por 90 a 120 dias. Fica observando a vitalidade pulpar Tal manobra deve ser instituída o mais rápido possível, pois, nos casos em que a vitalidade pulpar esteja presente, a formação de um tecido calcificado entre os fragmentos é passível de ocorrer LESÕES DOSTECIDOS DE SUPORTE DOS DENTES Concussão - A concussão é uma pequena lesão das estruturas de suporte do dente traumatizado, com ausência de mobilidade e sem deslocamento anormal do dente de seu alvéolo - Ao exame clínico, o dente pode se apresentar ligeiramente sensível à percussão vertical e horizontal (DP), porém, sem a presença de hemorragia no sulco da gengiva marginal - Normalmente, nesses casos, existe a manutenção da vitalidade pulpar Subluxação - Lesão das estruturas de suporte com ruptura de fibras do ligamento periodontal, com possibilidade de ocorrer ruptura parcial do feixe vasculonervoso, ocasionando um pequeno sangramento no sulco gengival - Esse sangramento é um sinal patognomônico diferencial entre a concussão e a subluxação. O dente assim traumatizado pode apresentar um pequeno grau de mobilidade, porém, sem deslocamento aparente do dente traumatizado de seu alvéolo dental Tratamento imediato da concussão e subluxação - Orientar o paciente de que a somatória de estímulos é importante a ser considerado no aparecimento de alterações pulpares e no surgimento de reabsorções radiculares externas tardias - O “repouso” do dente traumatizado (por 14 dias) consiste em medida eficaz e segura para a sua recuperação - A alimentação deverá ser pastosa e ter temperatura mais natural, os alimentos duros devem ser evitados e a higiene bucal é um fator essencial - O controle clínico – radiográfico do dente lesado é fundamental para poder detectar aparecimento das alterações pulpares e periapicais (podem surgir até 2 anos após o acidente) Luxações - Dente sofre um deslocamento parcial no seu longo eixo e pode acompanhar fratura do alvéolo - Tipos (de acordo com a direção do deslocamento): Extrusiva Intrusiva Lateral Luxação extrusiva - Deslocamento parcial do dente para fora do alvéolo - Pouco comum em dente decíduo - IMEDIATO: reposicionamento (redução da luxação, reposicionamento do dente à sua posição original) > contenção flexível ou semi-rígida por 10 a 14 dias - Se tiver necrose pulpar > tratamento endodôntico - Dente decíduo (apesar de raro, se acontecer): decorrido de muito tempo > exodontia: impossibilidade de reposicionar sem pressionar o germe do permanente - Dente permanente: decorrido de muito tempo > ortodontia Luxação intrusiva - A intrusão pode ser total ou parcial, havendo compressão ou fratura do processo alveolar, particularmente na região correspondente ao ápice do dente intruído - É comum ocorrer o deslocamento palatal e superior da coroa, o que significa que o ápice do dente é empurrado em direção ao folículo do permanente - Mais frequente em dente decíduo > maioria evolui para necrose - Se a coroa está visível e há apenas danos menores ao tecido alveolar, convèm deixar o dente reerupcionar (15/30 dias até 6 meses) - Casos desfavoráveis: contato da raiz do dente decíduo com o germe do permanente (**como saber?) ou se o dente não reerupcionar > exodontia **Diagnóstico de intrusão: se a raíz do decíduoatingiu o germe do permanente - Radiografia extra oral, de preferência com filme oclusal ou periapical (película 3x4), colocado de perfil, perpendicular à comissura labial do paciente. Caso o dente decíduo tenha desviado do permanente, observa-se o ápice radicular vestibularizado. Se não for possível visualizar o ápice do dente decíduo, é porque foi ao encontro do germe do permanente. Outra forma de fazer o diagnóstico de intrusão: (se a raíz do decíduo atingiu o germe do permanente) - Outra técnica: Rx oclusal – técnica modificada para odontopediatria, com película 3x4 Angulação – 90º na ponta do nariz Imagem da raíz do decíduo intruído Encurtada: desviou do germe permanente (nesse caso, manter o dente decíduo e aguardar a reerupção / questão de prova!!) Alongada: atingiu o germe do permanente (nesse caso, realizar exodontia do dente decíduo) Conduta em dente permanente: - Manutenção do espaço no arco dentário para esperar que ele re-erupcione passivamente - Se o dente permanente não iniciar a erupção em 2 semanas, pode-se encaminhar o paciente ao ortodontista para fazer leve tração por meio de aparelhagem ortodôntica Dentição permanente: reposicionar de forma passiva (naturalmente) ou ativa (ortodôntica) e estabilizar o dente em sua correta posição anatômica - Dentes com formação radicular incompleta o objetivo é permitir erupção espontânea - Em dentes maduros o objetivo é a reposição do dente com extrusão ortodôntica ou cirúrgica e iniciar o tratamento endodôntico dentro das primeiras 3 semanas da ocorrência do trauma Luxação lateral Deslocamento: vestibular, lingual, distal ou mesial - Dor, alteração da oclusão (contato prematuro) Tratamento em dentes decíduos e dentes permanentes - Reposicionamento _ contenção flexível ou semi-rígida por 7 a 14 dias - Fratura de tábua óssea (DP): imobilização por 30 a 45 dias - Condições desfavoráveis em DD: tratamento > exodontia Em situações de: Mais de 3h após o trauma Deslocamento acentuado - O tratamento nos DD depende da mobilidade e da extensão do deslocamento - Se houver mobilidade excessiva, o dente deve ser removido Avulsão Avulsão dentária Orientações: sobre primeiros socorros e como acondicionar o dente avulsionado Tempo X sucesso do reimplante - 30 min: sucesso - 60 min: duvidoso - 90 min: 95% reabsorção Em dente permanente: mesmo com o grande risco de não dar certo, deve-se tentar Dentes decíduos avulsionados NÃO devem ser reimplantados > Pode forçar o coágulo sanguíneo contra o alvéolo, ou mesmo a própria raiz contra o dente permanente em desenvolvimento (apenas colocar um mantenedor de espaço e guardar o dente permanente) Avulsão dente permanente - Meio de transporte para dentes avulsionados permanentes: Viaspan, solução salina balanceada de Hank (meio de cultura tecidual), leite frio, saliva (com o dente mantido no fundo de sulco vestibular), soro fisiológico ou água - O risco de anquilose aumenta significativamente com um tempo de desidratação extra-oral de 15 minutos - Se mais de 15min, tem que armazenar - Armazenado até 45/60min > reimplanta Condições especiais para seguir com o reimplante - Saúde bucal favorável - Tempo ideal - Armazenamento - Colaboração da criança Limitações do reimplante – contra indicações - Cáries extensas - Fraturas alveolares - Ausência de dentes adjacentes (são necessários para fazer a contenção) - Criança não colaborativa Avulsão dente permanente com vitalidade do ligamento periodontal (até 60min de armazenamento) - Radiografia - Anestesia - Lavagem do dente (sem esfregar a raíz) - Irrigação com soro - Manuseio pela coroa - Reposicionamento _ contenção flexível semi-rígida 10-14 dias Endodontia: - Ápice fechado: 7 a 10 dias após reimplante - Ápice aberto: aguardar – possibilidade de regeneração / necrose ou reabsorção: terapia com HC – mínimo 1 ano - Complicações: reabsorções radiculares externas inflamatórias ou substituição Avulsão DR – Tempo desfavorável (depois de 60min) > desidratação, sem armazenamento, sem vitalidade do ligamento periodontal - Endodontia antes do reimplante (pode ser feita com o dente em mãos ainda, visto que provavelmente o dente não ficará muito tempo em boca) - Contenção rígida por 45 dias - Acompanhamento – prognóstico não é muito bom
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