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CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA UNICEP BIOMECIDINA ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO I - MICROBIOLOGIA LARISSA ROBERTA DE CARVALHO SÃO CARLOS 2017 LARISSA ROBERTA DE CARVALHO MICROBIOLOGIA Este trabalho tem como objetivo relatar as atividades desenvolvidas durante o estágio supervisionado I do curso de Bacharelado em Biomedicina, no período de 00 de setembro a 00 de outubro de 2017 Centro Universitário Central Paulista – UNICEP, no laboratório de microbiologia. Juliana São Carlos 2017 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO MICROOBIOLOGIA................................................................................ 2. METODOLOGIA............................................................................ 3. BACTERIOLOGIA ........................................................................ 3.3 Preparo de meios de cultura........................................................... 3.4 Esterilização de materiais ............................................................... 4. Coloração de Gram.......................................................................... 5. Coprocultura..................................................................................... 6. Urocultura.......................................................................................... 7. MICOLOGIA........................................................................................... 7.1 Exame direto 7.2 Tubo germinativo 7.3 Micro cultivo 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................... 9. CONCLUSÃO............................................................................... 10.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................. INTRODUÇÃO A palavra Microbiologia deriva do grego: mikros (“pequeno”), bios (“vida”), e logos (“ciência”). Esta Ciência estuda os organismos microscópicos e suas atividades biológicas, isto é, verificam as diversas formas, estruturas, reprodução, aspectos bioquímico-fisiológicos, e seu relacionamento entre si e com o hospedeiro, podendo ser benéficos e prejudiciais. A Microbiologia trata os organismos microscópicos unicelulares, onde todos os processos vitais são realizados numa única célula. Independente da complexidade de qualquer organismo, a célula é, e deve ser considerada, a unidade básica da vida. Todas as células vivas são basicamente estão compostas de: protoplasma (do grego: primeira substância formada), complexo orgânico coloidal constituído principalmente de proteínas, lipídeos e ácidos nucléicos; membranas limitantes ou parede celular; e um núcleo ou uma substância nuclear equivalente. De forma geral, todos os sistemas biológicos possuem as seguintes características comuns: 1) habilidade de reprodução; 2) capacidade de ingestão ou assimilação de substâncias alimentares, visando a obtenção de energia e de crescimento; 3) habilidade de excreção de produtos tóxicos; 4) capacidade de reagir ou se adaptar às alterações do meio ambiente, e 5) susceptibilidade a mutações. Os microrganismos apresentam sistemas específicos para estudo das reações fisiológicas, genéticas e bioquímicas, constituindo a base da vida. Seu crescimento reprodução é rápido e em ritmo elevado, sendo que algumas espécies bacterianas podem apresentar 100 gerações em menos de 24 horas. Os processos metabólicos microbianos são similares ao que ocorrem nos vegetais superiores e nos animais. As leveduras, por exemplo, utilizam a glicose, basicamente do mesmo modo que as células de mamíferos, mostrando que o mesmo sistema enzimático está presente nestes organismos tão diversos. Em Microbiologia podem-se estudar os organismos em detalhes e observar seus processos vitais durante o crescimento, reprodução, envelhecimento e morte. Com a alteração das condições ambientais, se podem alterar as atividades metabólicas, regular o crescimento e, alterar o padrão genético, sem ocasionar a destruição microbiana. Os principais grupos de microrganismos são os protozoários, fungos, algas e bactérias. Os vírus, apesar de não serem considerados organismos vivos e sem partículas, têm algumas características de células vivas. METODOLOGIA Este relatório refere-se ao estágio supervisionado I do curso de Biomedicina, realizado no laboratório de parasitologia da faculdade centro universitário central paulista (UNICEP), onde foram elaboradas atividades técnicas, A metodologia utilizada em todas as aulas foram as anotações de fichas diárias acompanhadas e assinadas pelo professor supervisor e responsável, onde avaliou-se as práticas de laboratório, os exames realizados, os resultados obtidos, e até mesmo organização do ambiente utilizado. Serão apresentados os resultados e documentações relativos às atividades desenvolvidas no estágio curricular obrigatório, realizado no curso de Biomedicina. 3. BACTERIOLOGIA Preparo de meios de cultura INTRODUÇÃO Os meios de cultura são utilizados com a finalidade de cultivar e manter microrganismos viáveis no laboratório, contendo todos os nutrientes necessários para o crescimento de organismos. Dessa forma, os meios de cultura precisam ter em sua composição, nutrientes indispensáveis ao crescimento do organismo em questão, sob forma apropriada e em concentração não inibitória do crescimento. Além disso, após a sua preparação, cada meio de cultura deve ser sujeito a esterilização, de forma que seja eliminado qualquer organismo vivo contaminante. Sabendo disso, para manter uma cultura pura, é necessário que o meio de cultura, do qual se pretende utilizar seja mantido desprovido de qualquer organismo vivo contaminante. Em linhas gerais, os meios de cultura podem ser classificados, levando-se em conta o seu estado físico, a sua composição química e os objetivos funcionais a que se destinam. Assim, alguns fatores são importantes no isolamento como o conhecimento dos nutrientes apropriados ao cultivo e as condições ambientais – pH, temperatura, umidade – que permitirão um melhor desenvolvimento. OBJETIVO Preparar meio de cultura a ser utilizado para o cultivo de microrganismos, uma forma de familiarizar com os métodos de preparo e esterilização de meios de cultura, bem como conhecer a aplicação dos diferentes tipos de meio, visto que, o crescimento dos microrganismos nos diferentes meios de cultura fornecerão as primeiras informações para a sua identificação. Ágar MacConkey O próximo meio preparado foi o Ágar MacConkey, cristal violeta que inibe o crescimento de microrganismos Gram positivos especialmente enterococos e estafilococos devido a concentração de sais de bil e. O procedimento deste meio se dá de forma i gual ao meio Ágar C LED. Aplicou -se então a regra d e três onde de acordo com a bula 51,5g do produto é o essencial para 1 L. Como foi ne cessário 200m L de Ágar M acConkey, o resultado da conta foi 10,3g. A balança serviu de meio para adquirir a pesagem e o Erlenmeyer como recipiente d e transferência. Adicionou-se 200m L de á gua destilada medida em proveta para dissolver e com o auxílio de um bastão de vidro misturou -se evitando a formação de espuma. Foi utilizado a chama d o bico de Bunsen com tela de amianto até a ebulição. Em Seguida, tamponou-se com gaze, algodão e fita adesiva deix ando o material pronto para a esterilização junto com os demais meios. Ágar Nutriente Meio relativamente simples, de fácil preparo e barato, muito usado nos laboratórios de microbiologia. Procedimento igual aos demais meios citados acima, com exceção da água peptonada pelo fato de ter a transferência do caldo para tubos de ensaio após o aquecimento pela chama do bico de Bunsen. A regra de três foi aplicada para a obtençãoda quantidade em gramas para 200mL do Ágar Nutriente. De acordo com a bula 28,0 g é a quantidade necessária para 1L. Desta maneira 5,6 g é o resultado da regra de três. Após pesado em balança, o ingrediente foi transferido para o Erlenmeyer que com a p roveta adicionou-se 200mL de água destilada, além do auxílio do bastão de vidro. Em seguida para melhor dissolver, utiliz ou-se a chama do bico d e Bunsen protegida com t ela de ami anto até ebulição. O material após ter sido tamponado com gaze, algodão e fita adesiva encontrou-se pronto para a esterilização em autoclave. Coloração de gram INTRODUÇÃO: Coloração de Gram é uma técnica de coloração para diferenciação de microrganismos através das cores, para serem observados em microscópio óptico. A técnica recebeu este nome em homenagem ao médico dinamarquês Hans Cristian Joaquim Gram. Por volta de 1884, Hans Gram observou que as bactérias, após serem tratadas com diferentes corantes, adquiriram cores diferenciadas. Assim, as que ficavam roxas foram classificadas de Gram-positivas, e as que ficavam vermelhas, foram chamadas de Gram-negativas. A técnica de Gram é fundamental para a taxonomia e identificação das bactérias, sendo muito utilizada atualmente, como técnica de rotina em laboratórios de bacteriologia. OBJETIVOS: Observar e diferenciar bactérias Gram positivas e Gram negativas, de amostras de células epiteliais retiradas da gengiva e mucosa bucal dos próprios alunos, através do método de coloração de Gram. MATERIAIS: -Lâminas de vidro para microscopia; -Caneta para escrever em vidro; -Solução de cristal violeta (1g de cristal violeta, 10ml de álcool 95°, 2g de fenol e 100ml de água destilada); -Solução de Lugol; -Álcool 95°; -Solução de fucsina (30mg de fucsina, 10ml de álcool 95°, 500mg de fenol e 90ml de água destilada; -Pia com torneira; -Frasco com água; -Bico de Bunsen; -Microscópio óptico; METODOLOGIA: O material biológico foi coletado esfregando firmemente a ponta de um cotonete na gengiva e, com este material, foi feito um esfregaço no centro de uma lâmina de vidro, previamente desengordurada e marcada na face contrária àquela onde o esfregaço foi feito. Depois a lâmina foi passada pela face oposta ao esfregaço sobre uma chama, tendo o cuidado de não torrar o esfregaço. Em seguida foi recolhido todo o líquido que ainda ficou depositado na lâmina por um pote de plástico. Foi gotejada a solução de cristal violeta de maneira a cobrir todo o esfregaço. E deixou-se corar por um minuto. O corante foi escorrido para dentro do pote plástico. Depois foi gotejada sobre os esfregaços a solução de lugol e deixado reagir durante um minuto. O lugol depois foi escorrido no pote plástico. Com a lâmina inclinada, foi gotejado álcool de forma a lavar o resíduo de corante, deixando-o escorrer para o pote plástico. Depois a lâmina foi lavada com água destilada. Depois foi feita a coloração secundária para percebermos o contraste entre as bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. Foi usada a fucsina, que tem cor avermelhada. Ela foi gotejada sobre a lâmina nivelada e escorrida após 30 segundos. Em seguida, o esfregaço foi lavado com água destilada e deixado secar ao ar. Depois de seca, a lâmina já estava pronta para ser observada no microscópio. A lâmina foi posicionada no microscópio e este foi ajustado com a objetiva de 100x . RESULTADOS: A lâmina foi observada primeiramente sem o óleo, e não tivemos o contraste necessário para observar bem os microrganismos. Então foi colocada uma gota de óleo mineral sobre o esfregaço e deu pra observar bem as células epiteliais humanas coradas de violeta e a grande maioria das bactérias sendo Gram-positivas, pois também foram coradas de violeta. Pouquíssimas bactérias Gram-negativas foram observadas. Também foi observado que as células epiteliais humanas são muito maiores que as bactérias. DISCUSSÃO: Com base no que foi visto nos resultados, primeiramente a diferença de tamanho entre as células epiteliais e as bactérias pode ser explicada pelo arranjo mais complexo das células eucariontes em contrapartida às procariontes. A explicação para a grande quantidade de Gram-positivas observadas, sobre as Gram- negativas ocorreu porque na microbiota bucal um gênero específico de bactérias é predominante, o Streptococcus, que tem seus representantes esféricos (cocos) agrupados em forma de cadeia e também são colorados Gram-positivos . CONCLUSÃO: Todos os passos e procedimentos necessários para o método de coloração de Gram foram feitos, seguindo à risca o módulo. Os objetivos foram alcançados, pois tanto bactérias Gram-positivas, quanto Gram-negativas foram bem visualizadas. 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LIBERTO, M. I. M.; CABRAL, M. C.; LINS, U. G. C. (2006). Microbiologia. V.1. 2. ed. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2006. 62,63,64,65 pp.