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1 LISTA 2-3. ELETROMAGNETISMO APLICADO 1) Exemplo 2-28, pg. 101, Krauss. Considere um circuito retangular como na figura. A largura L é constante. O comprimento x é incrementado uniformemente no tempo pelo movimento da barra condutora com velocidade u. O fluxo de campo magnético é normal à superfície do circuito, e varia com o tempo segundo tBB cos0 . Determine a femV total induzida no circuito. ux L x SOLUÇÃO Solução: Neste caso, devemos usar a expressão completa da lei de Faraday: tButLtBxLd t tB t sinsinsin 000 s BB Desde que u e B são perpendiculares, o produto vetorial entre ambos será o produto entre os módulos, com isso Daí, a Vfem total será: 2) Krauss pag 103. Considerar um circuito retangular (dimensões L x R, ver figura) girando num campo magnético uniforme e estático B, com velocidade angular ω em torno da linha tracejada. Determinar a femV induzida no circuito. B L R ω dlBus B lE d t dV fem tLuB cos0 dlBu tLuBtButLV fem cossin 00 2 SOLUÇÃO Olhando o sistema com o eixo de rotação perpendicular à linha de visão, temos: Desde que o campo magnético permanece constante, devemos usar a expressão: Para efetuar o produto vetorial entre v e B, usamos a definição, i.e., o produto do modulo dos vetores pelo seno do ângulo entre eles. Observar que, o vetor resultante deste produto terá componente apenas nos braços de comprimento L da espira, e de sentidos contrários um respeito do outro, i.e., pode-se calcular a circulação desse vetor: onde A é a área do circuito. 3) Ulaby, ex 7-8, pag 225. Uma onda plana uniforme se propaga para baixo, na direção positiva de z na água do mar. O plano xy indica a superfície do mar. Os parâmetros constitutivos da água do mar são εr = 80, μr = 1 e σ = 4S/m. Obs.: εr = εH2O / ε0 e μr = μH2O / μ0. Se o campo magnético em z = 0 é )15102cos(100ˆ),0( 3 tyt H mA/m, a) obter as expressões para E(z,t) e H(z,t). b) Determinar a profundidade na qual a amplitude do campo E é 1% do seu valor em z = 0. SOLUÇÃO Devemos determinar primeiro se a agua é mesmo um condutor nessa frequência. Para isso, avaliamos a quantidade, 1109 1008.7102 4 5 103 2 OH . Logo, a agua se comporta como condutora nessa frequência. Daí, a expressão para a cte de propagação é calculada como, B vθ R ω dlBvfemV )sin()sin(sin2 tABtRLBLvBV fem dlBv 3 2 , 2 )1( 2 j Substituindo os valores, com σ = 4 S/m, = 2103 rad/s e μH2O = μ0 = 410 -7 H/m, temos: )1(104 2 j m –1 . Portanto: )15104102cos()104exp(100ˆ),( 232 ztzytz H mA/m Para calcular o campo elétrico, podemos aplicar o conceito de impedância característica, i.e., s s H E 0 0 . A impedância característica neste caso (meio condutor), 045 2 1 jej . Substituindo os valores, 00 45245 73 102 4 1041022 jj ee Pela equação da impedância característica ( ss HE 00 ), devemos aplicar essa equação às amplitudes complexas (fasores). Daí, escrevemos o campo magnético em forma complexa, )15104102(104 0232100ˆ),( ztjzeeytz H mA/m. Assim, a amplitude complexa )15( 0 0 100 js eH mA/m. Usando a relação )60exp(2)15exp(100)45exp(102 200 jjjHE ss mV/m Desde que a onda se propaga em z, e o campo magnético tem componente y, o campo elétrico estará orientado segundo x. Daí, podemos escrever, )60104102exp()104exp(2ˆ),( 0232 ztzxtz E mV/m Tomando a parte real: )60104102cos()104exp(2ˆ),( 0232 ztzxtz E mV/m. b) )01.0ln()ln(104)104exp(01.0 22 ezz 6.36 104 )01.0ln( 2 z m 4 4) Ulaby, 7-45-pag237. O campo elétrico de uma onda plana que se propaga num meio não magnético (μ = μ0) é dado por: )40102cos(25ˆ),( 930 xteztx x E V/m a) Obter uma expressão para o campo magnético H(x,t). b) Determinar a impedância característica do meio. SOLUÇÃO a) Escrevemos o campo elétrico na forma complexa: )40102(30 9Re25ˆ),( xtjx eeztz E V/m Identificamos então as constantes α e β, bem como a frequência angular : 30 m –1 , 40 m –1 e 9102 rad/s. Dos dados do problema, temos ainda 7 0 104 H/m. O fasor campo elétrico é dado por )4030( s 25ˆ)( xjxezx E V/m. Podemos determinar o fasor correspondente ao campo magnético, Hs, a partir da lei de Faraday em forma fasorial: ss j HE Com isto, desde que o campo elétrico tem componente segundo z e depende de x, o rotacional fica: xjxss ejy x E y 4030403025ˆˆ E V/m 2 xjxxjx s e j ye j y 4030 79 2 4030 0 m H104 s rad102 m V304025 ˆ 304025 ˆH Passando o numero complexo em forma retangular a polar, e lembrando que o Henry [H]=Vs/A, )86.3640(304030 79 2 86.36 0 0 16.0ˆ Am Vs104 s rad102 m V5025 ˆ xjxxjx j s eeye e y H A/m. Multiplicando por exp(jωt) e tomando parte real: 0930030 86.3640102cos16.0ˆ))86.3640(exp(Re16.0ˆ)( xteytxjeyx,t xx H A/m. b) Sabemos que s s H E 0 0 e temos para as amplitudes dos fasores dos nossos campos 250 sE V/m e 086.36 0 16.0 j s eH A/m 0 0 86.36 86.36 25.156 m A16.0 m V25 j j e e 5 5) Os parâmetros constitutivos do cobre são: µ = µ0 = 410 7 H/m, = (1/36)109 F/m e = 5.8107 S/m. Ao longo de qual faixa de frequências o cobre é um bom condutor? SOLUÇÃO Para um bom condutor, temos que 1 1 2 f Hz 1004.1 C V 1004.1 F/m 10)361(2 S/m 108.5 2 1818 9- 7 f Hz 101 18f Obs.: Lembrar que 1 = V/A, e 1 A (ampere)= 1 C/s (com C = Coulomb). Multiplicar e dividir o denominador por segundo (s), para chegar a unidade 1/s = Hz. 6) Ulaby, ex 7-14, pg. 226. Ao longo de qual faixa de frequência o solo seco ( r = 3, r = 1 e σ = 104 S/m) pode ser considerado um dielétrico de baixa perda? Obs.: 0 = 8.851012 F/m. SOLUÇÃO Para dielétricos, temos a condição 2 1 2 1 f f Substituindo os valores: f >> 600 kHz. 7) Cheng, exemplo 7-8, pg. 357. Uma onda eletromagnética harmônica de frequência f = 1 GHz, cujo campo elétrico tem uma amplitude de 250 V/m, se propaga num dielétrico cuja tangente de perdas é 0.001. Considerar r = 2.5 e 0 = 8.851012 F/m. Determine a densidade de potência média dissipada por efeito joule no meio. SOLUÇÃO Determinamos primeiramente a condutividade do dielétrico: m F 1085.85.2 s 1 1012 001.0tan 129 σ = 1.39104 S/m 6 Para saber a densidade de potência média dissipada por efeito joule vemos, no teorema de Poynting que o termo correspondente é dado por, 2EP .Desde que o campo elétrico varia em forma harmônica, o campo elevado ao quadrado será proporcional ao cos 2 (ωt), (ou sin2(ωt)), cujo valor médio temporal é ½. Portanto: 32 2 242 0 m W 34.4 m V 250 m S 1039.1 2 1 2 1 EP 8) Dada uma onda eletromagnética com frequência de 3 MHz propagando-se no cobre (µ = 4107 H/m, = (1/36)109 F/m e = 5.8107 S/m.), calcular: a) Velocidade de fase (comparar com a velocidade da onda no vácuo); b) comprimento de onda (comparar com o comprimento de onda no vácuo); c) Skin depth. SOLUÇÃO Do exercício anterior (probl.5), o cobre é bom condutor para Hz 101 18f . Logo, o cobre é um excelente condutor para a frequência f = 31061/s. Assim, usamos as expressões deduzidas para bons condutores: a) m/s 720 1/Ω/)Vs/Am(2.23 1/s 1012 1/Ω/108.5H/m104 1/s 10322 1/Ω/108.5H/m104 1/s 103222 6 77 6 77 6 v Vemos que é muito menor que a velocidade da onda eletromagnética no vácuo, i.e., 3108 m/s. b) m 1039.2 1/Ω/1/mVs/A1/s1096.6 1 2 1/Ω/108.5H/m1041/s 103 22 4 7 776 f i.e. 0.24 mm. Comparando com o comprimento de onda no vácuo, 0 =c/f = 310 8 (m/s)/3106 (1/s) = 100 m. 7 c) m1081.3 1/Ω/1/mVs/A1/s1096.6 1 2 1/Ω/108.5H/m1041/s 103 1 2 1 5 7 776 fZSk O skin depth (profundidade na qual o módulo do campo elétrico decresce a 1/e do seu valor na entrada nesse meio), é de 0.038 mm., i.e., o meio atenua fortemente uma onda EM nessa frequência. 9) Ulaby, 7-47, pg. 238. Um bloco de cobre retangular tem 30 cm de altura (ao longo de z). Em resposta a uma onda incidente nesse bloco, uma corrente é induzida na direção x. Determinar a razão entre a resistência CA e CC em f = 1 kHz. Considere µ = 4107 H/m, = (1/36)109 F/m e = 5.8107 S/m. SOLUÇÃO Utilizamos )( 1 CA w l Zw l RR SK s . Vamos calcular RCA para l = w = 1 m. O valor de Rs é dado por, 1025.8 Ωm 1 m 1 A Vs s 1 1081.6 m S108.5 m H104 s 11011 6 11 7 73 f Z R SK s Para calcular a resistência CC, usamos a expressão usual, RCC = (1/σ)l/A = 1.7210 8 (Ω/m)1m/0.3m2 = 5.7410-8 Ω. Observação, para calcular a resistência CC, lembrar que o cobre é um bloco de 30 cm de altura; isto foi levado em conta para a seção reta através da qual foi calculada a resistência CC. A= 1 m0.3 m = 0.3 m2. Daí, a razão RCA/ RCC = 144. 10) Exemplo Weinthworth, pg. 137 (pg. 358 na nova ed.) Considerar uma corrente continua I atravessando um condutor cilíndrico de comprimento “L” , raio “a” e condutividade σ. a) Calcular os campos elétrico e magnético num ponto da superfície desse condutor; b) Calcular o vetor de Poynting, verificar o teorema de Poynting e interpretar o resultado. SOLUÇÃO 8 a) Primeiro, observamos que a situação é estática. Logo, o teorema de Poynting fica reduzido a dvEd Scie 2sHE A densidade de corrente no condutor será EJ . Pela simetria do problema, tanto E quanto J são vetores unidimensionais; escolhemos z como eixo de simetria do condutor, ao longo do seu comprimento. Pelo fato da corrente ser uniformemente distribuída, teremos z a I ˆ 2 J . Assim, z a I ˆ 2 J E . Para calcular H, utilizamos a lei de Ampère: ˆ22.d. a I IaHd HSJlH b) Calculando o vetor de Poynting, temos r a I z a I a I ˆ 2 ˆˆ 2 32 2 2 HES . Claramente, o vetor aponta para dentro do condutor (direção rˆ ). Vamos calcular o fluxo dele na superfície fechada. Desde que consideramos a normal à superfície cilíndrica apontando para fora do volume, i.e., na direção rˆ , e nas faces superior e inferior do condutor o vetor de Poynting é perpendicular às normais, o fluxo de S fica (desde que S é constante na superfície do condutor, a integral de superfície se obtém simplesmente multiplicando o integrando pela superfície do cilindro, sem considerar as faces superior e inferior): 2 2 32 2 ˆˆ 2 2 a LI rr a aLI ScieScie dsHEdsS Para verificar o teorema, calculamos σE2 e fazemos a integral de volume (multiplicada por 1). Volume a LI a LaI dv a I a I E 2 2 42 22 42 2 42 2 2 z J H EL a φ r 9 Com o qual o teorema se verifica (desde que E é constante no condutor, a integral de volume se obtém simplesmente pela multiplicação do integrando vezes o volume do cilindro). Interpretação: o resultado nos diz que a potência fluindo para fora da superfície fechada é RI a LI 2 2 2 , o que significa que RI 2 de potência está fluindo para o fio, sendo essa a energia que está sendo dissipada. Obtemos assim a lei de Joule de dissipação de potência.
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